Disclaimer: - Esses personagens não me pertencem. São todos da Tia Jô e da Warner Bros,e não quero ser processada por isso,sabe como é.

Shipper: James Potter & Lílian Evans.

Obs 1. : Essa fanfic é meio que baseada em fatos reais sim.

Obs 2. :Não vai ter aquela coisa clichê da Lily que odeia o James e do James que corre atrás da Lily. Na verdade,é bem diferente disso.

Obs 3. : Não me apedrejem,mas é apenas a segunda fanfic desse shipper, por isso não é das melhores.


There's a boy on my bus
He's the boy that I like
He's the boy that I think of
Every day and every night

Eu sempre o vejo sentado no mesmo lugar.

Pego o mesmo ônibus todos os dias, no mesmo terminal, às 7:30 da manhã. Sento sempre no mesmo banco, para ir ao mesmo lugar,fazer a mesma coisa. Todos os dias, menos nos fins de semana. E é assim desde que meus pais se separaram,porque minha mãe teve que começar a trabalhar de manhã e de tarde,e ela saía mais cedo que eu, não podia me levar mais a escola como antigamente.

Não liguei para o fato de ter que ir à escola de ônibus, por mim era uma coisa normal, que todos os meus amigos faziam. Só que eu moro longe de todo mundo, digamos assim. Sempre pego ônibus sozinha,e isso pode ser meio solitário quase sempre. Ouço música,mas sinto falta de ter alguém para conversar durante os 30 minutos de 'viagem'.

Até que ele me apareceu.

Foi exatamente uma semana depois do início das aulas deste ano letivo.

Eu estava meio que dormindo ainda,sabe como é. Até que ele passou pela roleta e se sentou na fileira da esquerda, no quinto banco, do lado da janela. E fez isso sucessivamente,por muito tempo. Faz quase um mês que o 'conheço'. E ele nunca sentou em outro lugar,e sempre pega ônibus dois pontos depois de mim,e desce no mesmo lugar que eu.

The boy on my bus
Doesn't know my name
The boy on my bus
Won't care either way

Acho que ele nunca reparou em mim. Não como eu reparei nele. Mas umas duas ou três vezes ele me olhou de esguelha quando me postei atrás dele para descer do ônibus. Não foi um olhar significativo, não foi um olhar de surpresa como o meu quando o vi pela primeira vez,foi só um olhar. Um simples olhar e mesmo assim eu me senti muito mais disposta e bem humorada ao chegar na escola.

Ele tem olhos castanhos esverdeados. Belos olhos,devo acrescentar. Não sei porque,deve ser pelo desenho dos olhos dele. É meio puxado,mas não muito. E ele tem um rosto totalmente perfeito e liso, sem barba nem nada do tipo. E a boca dele é fina,mas eu adoro isso. Sabe, os lábios são meio avermelhados e convidativos. Uma perfeita tentação. Os cabelos dele são escuros,bem curtos e espetados. E ele usa óculos para ler. Percebi isso enquanto ele lia um livro de Física na última sexta-feira. Ele fica perfeito até mesmo usando óculos.

Desde que ele começou a pegar ônibus comigo, tenho me arrumado mais. Sabe como é,antigamente só ia com o cabelo preso e sequer colocava uma pulseira. Agora tento,de todas as formas,ficar mais bonita para que ele me note. Mas apenas ele,mais ninguém.

Não imaginei que isso chamaria a atenção de um garoto da escola.

Amos Diggory é bonito,de fato. Mas é preciso dizer que ele nem chega perto do garoto do ônibus? Pois é.

Ele é meio loiro,tem olhos azuis e é até meio inteligente. É melhor amigo do namorado da Alice,a minha melhor amiga. Andávamos quase sempre de vela para ela e o Frank,mas nunca pensei que ele fosse se interessar logo por mim,sabe como é. Ele me conhece bem para ver que eu nunca ficaria com alguém como ele. Não que ele seja uma má pessoa,mas ele é simplesmente galinha demais e convencido demais. E ele quase não falava comigo na escola. Era mais quando segurávamos vela mesmo,e apenas por educação.

Agora ele faz questão de vir puxar assunto comigo cada vez que nos esbarramos. Outro dia ele veio elogiar meu cabelo. Sério mesmo. Eu estava com a franja presa pra trás,nada de muito diferente. E ele chegou e disse que minha franja ficava ótima presa daquele jeito. Ele acrescentou que ficava ótima solta também,que eu não devia me ofender. Sabe como é,eu fiquei tipo 'Eerr,desde quando você ao menos sabe que eu tenho franja?' Mas agradeci depois de alguns minutos em choque. E saí andando,para a aula de educação física. Então ele foi me seguindo,perguntando como eu tinha me saído no teste vocacional, e eu troquei poucas palavras,apenas fui educada. Afinal,não podia deixar o garoto falando sozinho.

Depois de uns dois dias,ele me chamou para ir ao cinema. Isso mesmo,ao cinema! Ele que mal falava comigo! Só porque comecei a me arrumar mais!

Eu inventei que ia para a casa do meu pai,e ele se mudou para outro estado,sabe como é. Uma hora de carro,mas ainda assim é longe para vir até aqui apenas para ir a um cinema. Não sei se ele entendeu que eu não queria mesmo ir com ele,porque ele respondeu que podíamos deixar para a outra semana. Eu concordei,porque sou péssima em dar foras. Não que eu tenha precisado dar muitos,mas é uma coisa realmente constrangedora. Quero dizer,ele com os olhos azuis meio que brilhando,e um sorriso cheio de expectativa,esperando ansiosamente por um 'sim'. E preciso relembrar que ele é até bem bonitinho?

Bom,depois perguntei se mais alguém ia,meio que sondando porque podia não ser um convite com segundas intenções,oras! Ele disse que a Alice e o Frank também iam,e eu exclamei um 'Ah bom'. Ele não gostava de segurar vela. E isso só podia significar que ele não pretendia segurar vela. Quero dizer,era óbvio que era um convite com segundas intenções bem claras.

Avistei Alice na saída da escola e disse que precisava falar com ela,e saí de lá o mais rápido possível.

Depois de relatar tudo para ela,Alice me disse que isso era o máximo e que já sabia que Amos estava interessado por mim há algum tempo. Ah,que ótimo. Eu não contei para ela do garoto do ônibus,até porque soaria meio idiota. Quero dizer,eu não sei o nome dele, não sei quem de fato ele é,eu sequer sei se ele sabe que eu existo. É confuso,tudo bem. Mas ele mexe comigo,entende? Não sei porque, já que não temos absolutamente nada... Só que ele é tão perfeito, e é tão engraçado como eu fico repentinamente alegre cada vez que ele entra no ônibus. Mais engraçado ainda como eu fico nervosa cada vez que chego perto dele na hora de descer do ônibus,mesmo que ele nem saiba que eu estou ali. É uma coisa meio esquisita,entende?

Eu sei que ele pode nunca me olhar,sei que pode ser apenas uma fantasia da minha cabeça,e sei muito bem que garotos bonitos como ele não olhariam para uma garota tão normal quanto eu.

Mas não consigo impedir meu pensamento de ir até ele toda vez que entro no ônibus,e me sento no mesmo lugar estratégico para observá-lo. Fico no sexto banco da fileira da direita,para ter uma boa visão dele. E,de fato,tenho. Vejo cada movimento dele,cada sorriso quando ele mexe no celular,cada careta quando ele folheia os cadernos a procura de algum dever não feito.

Ele deve ter namorada.

Penso nisso cada vez que me pego imaginando coisas que provavelmente não vão acontecer.

Ou talvez nem tenha. Namorada,eu quero dizer. Pode ser que ele esteja solteiro,não é? É,claro que é. Nem todo mundo que é bonito está namorando. Bom,quase todo mundo. Mas nada impede que ele não namore. Ele nunca fez aquelas ligações matinais para desejar um bom dia para a amada, nunca vi aquele brilho apaixonado que toda pessoa que namora tem nos olhos,independente de estar com o amado. Eu espero que ele realmente não tenha namorada, nem nenhum rolo com qualquer garota,nem nada do tipo. O que é meio difícil,convenhamos. Afinal,ele é lindo! E ele tem braços fortes,sabia? Reparei isso quando ele foi sem casaco e com uma camiseta de mangas curtas. Não é aquele braço super malhado e artificial. É mais um braço não muito forte, acho que numa medida bem normal para alguém alto como ele.

Enfim, poderia ficar o dia inteiro falando tudo que reparei nele, todas as qualidades,os traços,essas coisas. Poderia até ficar repetindo o quanto ele mexe comigo mesmo sem saber,mesmo sem ter essa intenção. E eu nunca me senti assim por ninguém. Muito menos por um desconhecido.

Eu sei que pode ser a maior besteira colocar tanta esperança em alguém assim. E que ele não vai vir falar comigo do nada. Caso eu queira uma aproximação, não devo esperar por um milagre ou por um primeiro passo dele. Vou ter que fazer a minha sorte,pela primeira vez.

Bom,agora já está feito.

Não posso parar de chamá-lo inconscientemente de meu garoto do ônibus.

The boy on my bus
Will I ever talk to him?