N/A: É, eu sei que eu não devia começar outro long, sendo que tenho que terminar Fearless (Supernatural - Wincest), mas eu to devendo um presente pra Marina - Narcisa Le Fay - desde o aniversário dela (14 de junho). Sem contar que essa fic é pro Projeto de Marriage Law do fórum Marauders Map. Então, é. Saibam que SIM, eu vou demorar para postar, mas NÃO, não vou abandonar essa fic. Ficaria imensamente feliz com reviews, ok? (: Boa fic!


Release Me

Prólogo

"Finalmente a guerra terminou e o mundo bruxo poderá erguer-se novamente." – O Profeta Diário, 23/05/1998

"O Ministério está cogitando a idéia de obrigar todo e qualquer bruxo a se casar para poderem, assim, aumentar a população de bruxos que foi reduzida graças à guerra." – O Profeta Diário, 01/06/1998

"Foi confirmado, hoje, pelo Primeiro Ministro, Kingsley Shacklebolt, que todos os bruxos maiores de idade devem, obrigatoriamente, casar-se. Porém, há uma regra para isso. Bruxos sangue puro não podem casar-se com outros bruxos sangue puro. Os bruxos nascidos trouxas também não devem casar-se com bruxos nascidos trouxas. Além disso, os bruxos devem se casar com bruxos férteis – homens ou mulheres. E em um ano, devem estar casados e com um filho. Aqueles que não cumprirem a ordem em três meses serão casados com outros bruxos que também não se casaram – e se mesmo assim não houver a consumação do casamento após cinco meses desde o início da lei, estes bruxos serão presos em Azkaban, sem uma data específica para ser libertado. A Lei de Casamento entrará em vigor nesta tarde." – O Profeta Diário, 08/06/1998

Harry já sabia o que fazer. Ele, o salvador do mundo bruxo, não poderia ser um mau exemplo para a população bruxa e deveria se casar o mais rápido possível.

Hermione e Ron já haviam combinado de que, caso a lei realmente entrasse em vigor, eles se casariam. E com isso, Harry sobraria. Porém, ele lembrou-se de Ginny.

Ginny fora sua namorada e também não tinha ninguém para casar-se. E ele ainda gostava dela, claro.

Porém, quando chegou n'A Toca naquele dia, ele não sabia que tudo poderia dar errado.

Ao chegar lá, escutara muita barulheira, muitas pessoas conversando ao mesmo tempo – o que fez com que não entendesse nada do que era dito lá dentro.

Meio receoso de estar interrompendo algo, Harry bateu na porta e engoliu em seco. Quando a porta abriu, uma Senhora Weasley risonha aparecera, olhando curiosamente para o garoto.

"Harry, querido! O que faz aqui hoje? Ron não avisou que viria." Ela saiu da frente, para que assim o moreno pudesse entrar em sua casa.

"Ah, não, Ron não sabia que eu vinha." O moreno respondeu um pouco envergonhado por não ter avisado a ninguém que apareceria ali. Algumas pessoas explodiram em risadas, e outras mais continuavam a conversar. "Estou interrompendo algo, Senhora Weasley?"

"Claro que não, Harry. É que com essa nova Lei, estamos preparando todos os casamentos... Sabe como é, certo? Muitos filhos, muitos casamentos e pouco tempo para ver tudo..." Harry assentiu.

Realmente, havia se esquecido da grande família e que todos deveriam se casar, uma vez que todos eram maiores. Lembrou-se, então, de pedir a mão de Ginny em casamento.

"Senhora Weasley, falando nisso... Eu gostaria de me casar com a Ginny e..." Porém parou de falar ao ver a cara da ruiva. Não entendera aquela cara, mas sabia que não podia ser um bom sinal. Ansioso, esperou.

"Ah, Harry, querido..." E ela colocou ambas as mãos no rosto do moreno. "Ginny já está noiva." Harry sentiu como se seu coração estivesse sendo triturado e arregalou os olhos, não acreditando. "Ela se casará com Seamus... Eles estavam namorando há algum tempo agora, e decidiram se casar, já que ela fez dezessete recentemente."

Harry não sabia o que fazer. Ele ainda gostava da ruiva, e agora que tivera a oportunidade de casar-se com ela, ela já estava com outro.

O moreno se despediu da mãe dos Weasley e aparatou. Não sabia ao certo aonde ia, mas estava chocado.

Sabia que Ginny não poderia esperar por ele para sempre. E, caso ele tivesse morrido na guerra, teria sido uma grande injustiça fazê-la esperar. Contudo, saber que ela não o amava mais doía.

A partir daquele dia, no entanto, ele foi à busca de uma noiva. Ele sabia que não poderia casar com qualquer uma, e desejava que ao menos fosse com alguém que ele conhecesse, uma amiga.

Até Ron e Hermione tentaram ajudar, correndo atrás de antigas colegas de escola, tentando arranjar alguém com boa índole para se tornar a mulher do grande salvador.

"Harry, por que não tenta arranjar algum amigo?" Hermione falou uma noite, faltando apenas um mês para o término de três meses.

O moreno cuspiu o suco que bebia, engasgando-se. Porém, antes de dizer qualquer coisa, Ron falou.

"Ah, Hermione! O Harry não é gay. Se ele fosse ele teria nos avisado com antecedência e teríamos procurado só homens!" O ruivo falou, colocando um pedaço imenso de bolo de chocolate na boca.

"Mas Ron, a essa altura, temos que fazer com que Harry case com alguém – de preferência conhecido – e que seja fértil!" Ron ia responder, mas Harry foi mais rápido.

"Para tudo. Homem? A idéia não é casar e ter filhos?" Tanto Hermione quanto Ron ficaram parados, olhando para Harry como se ele tivesse duas cabeças.

"Harry... Você não sabia que alguns bruxos homens – geralmente os sangues puros – podem gerar filhos?" A garota perguntou.

"Er... Não?" Harry corou, perguntando-se se aquilo não era uma piada.

"Harry, você passou seis anos da sua vida numa escola para aprender o que? O essencial para viver numa sociedade bruxa, obviamente, você não aprendeu."

"Desculpe, cara. Mas nisso eu tenho que concordar com ela." Ron respondeu, segurando a mão da noiva.

"Mas...! Como eu saberia disso? Eu... Não me lembro de ter estudado sobre isso." O moreno falou, confuso. Os amigos se entreolharam e depois voltaram a olhar para Harry. Hermione suspirou e voltou a falar.

"Harry, neste momento, o mais importante é fazer você casar. Você precisa arranjar alguém para gerar o seu filho – ou para você gerar o filho dele. Imagina se você é obrigado a se casar com qualquer pessoa? Ou pior, se você é preso?"

Harry havia entendido, mas não sabia por onde começar. Precisava arranjar amigos solteiros – esperava que ao menos fosse mais fácil do que com as mulheres.

No entanto, o tempo foi passando e a lista de amigos diminuía. Era incrível como todos conseguiam se comprometer, mas ele não. E isso estava deixando-o cada vez mais preocupado.