Nota:
Inuyasha e seus personagens não me pertencem. Infelizmente u.u
Essa fic pode se parecer com várias, mas não vou plagiar ninguém!
Escrita ouvindo:My Immortal
Artista:Evanescence
Cherish
A tempestade caía cada vez mais forte.
O hospital estava vazio.
Poucas pessoas entravam e saiam com suas olheras de sono.
O lugar tinha um iluminação horrível, sendo dirigido, por nenhuma, sequer atendente.
Os doutores existente ali, apenas entravam nas pequenas saletas, cuidando de seus pacientes que provavelmente passavam a noite na maca.
Em um pequeno cômodo, em frente da recepção, uma garota de seus 5 anos, sentada, chutava o chão impacientemente.
Enquanto a outra menina de seus 8 anos observava cada movimento da pequena.
-O que te preocupa? - perguntou a mais velha
-Por quê ele tem que estar lá dentro? - perguntou inocente, a menor.
-Porque sim.
-Quero ver o papai.
-Não vai mais vê-lo.
-Mamãe também disse isso! – falou alto com sua voz esganiçada, agora de pé. – Se é assim, quero falar com ele pela última 'veixx'. – disse indignada.
-Para vê-lo morrer? – perguntou a outra criança também de pé.
-Ele não vai morrer! – gritou chorando.
Ela virou-se e correu para a sala onde tinha certeza que se pai estaria.
Era tarde da noite, nenhum médico perceberia que a menina estava ali.
Encostou na maçaneta e a girou lentamente, podendo sentir o cheiro medicinal da sala.
Ainda com lágrimas nos olhos viu seu ente deitado, com os olhos fechados.
-Pai! – exclamou o abraçando.
O homem abriu os olhos e segurou a mão da filha.
-Minha filha...O que faz aqui...? – perguntou com dificuldade.
-Papai... – começou soluçando – Mamãe e Kikyou falam que vais morrer.
-Não tenha medo, Kagome. – pediu apertando sua mão.
-Não quero que vá, papai!Não me abandone, 'pu favô'!
-Não irei te abandonar...De maneira alguma...Sempre estarei aqui – pousou sua mão junto à dela no tórax da criança. – No seu coração.
Ela chorou mais.
-No coração não vale papai!Quero você aqui!Comigo, sempre! – gritou balançando a cabeça.
-Ninguém vive para sempre... - riu docemente - Mas as pessoas ficam guardadas conosco, eternamente.
-Como vou viver assim, papai?
-Estarei com você. A toda a hora. Eu te amo, Kagome.
-Também te amo papai. – disse o abraçando. – Não quero que vá.
-Mamãe vai cuidar de ti.
-E Souta-kun?Só tem alguns meses...
-Vai cuidar dele pra mim não vai?
-Sem o senhor, não vai ser a mesma coisa.
Ele sorriu carinhosamente.
-Você é capaz de tudo, Kagome. Tudo. - passou a mão no rosto da menina - Nunca deixe que seus medos afetem sua vida...
-Meu medo é que você parta.
Ele sorriu novamente.
-Disso?Não tema.Lembra-se do nosso pingente? – perguntou apontando para um colar em seu pescoço, onde havia a metade de um coração, com palavras indescritíveisá distancia. – Tens a outra metade não é mesmo?
-Claro que sim!E está 'qui ! –apontou para seu colar.
-É o nosso pacto, para todo sempre, certo?
-Todinho papai?
O homem riu dificultado.Aproximou a cabeça de Kagome até seu rosto e beijou a testa dela.
-Amo-te muito Kagome...Minha filha querida.
-Eu também papai, eu também... – murmurou com os olhos marejados.
-Promete que não esquecerá do seu velho pai? - perguntou feliz.
-Prometo. – sorriu também. Deixando com que várias lágrimas rolassem sobre sua face.
O homem respirou pesadamente.Assim, fechando os olhos, ainda sorrindo.
A criança ouviu os apitos dos aparelhos que havia em volta de seu pai.Provavelmente, mostrando o estado sem saídas do paciente.
Kagome encostou o ouvido no peito do ente.O coração parava de bater.Ela soluçou enquanto agarrava a manga da blusa dele.
-Eu juro! –sussurrou a pequena.
A porta se escancarou.
-Kagome!Eu disse para não vir até seu pai!
-Mamãe! – ela berrou abraçando a mulher.
A mãe observou o estado do pai, apertando mais a filha.Deixando o choro cair junto à da menina.
-Não chore minha pequena...
Os médicos entraram correndo e começaram a mexer nas máquinas.Choacalhavam o homem, gritavam uns para os outros e pediram para que Kagome saísse, enquanto a mãe desta chorava inconsolável.
A criança voltou devagar com as várias lágrimas caindo quietas.Passou pelo corredor notando o vazio daquele local.
Chegou novamente até a pequena salinha em que estava.
Observou a outra menina sentada em um dos bancos, séria, olhando a noite pela janela.
Kagome deu mais alguns passos vagarosos, que fizeram Kikyou virar-se.
-Gostou de ver seu pai morrer?
Kagome sorriu ainda com lágrimas.
-Sabe, prima?Pelo menos...Eu pude ver meu papai pela última vez. Pude ouvir a voz dele de novo. – abriu um sorriso ainda maior.Se aproximou de Kikyou, olhando a janela e pode ver uma pequena estrela no céu.Pôs suas mãos para trás graciosamente. – E... pude ver... Seu sorriso, mais uma vez.
Continua...
OBS:O jeito que a Kagome está falando é aqueles jeitos de criancinha, sabem?Por isso algumas palavras, eu escrevi do jeito que são ouvidas.
OBS.2:A parte em que ela entrou no quarto do pai,eu escrevi ouvindo: Time After Time. Da Eva Cassidy.
OBS.3:Quem não conhecer as músicas e quiserem ouvir, vão no Musica Uol (endereço no profile) e bote o nome da música.A maioria que eu botar aqui vai ter lá.
Oi!
Estou começando outra fic...
Especialmente de romance...Totalmente diferente de AP.
O próximo capítulo vou postar ainda nesse feriado.O resto pode demorar porquê ainda não tenho muitas idéias...
Beijos...Espero que gostem.
