Capítulo 1 – O Adeus
Fazia muito calor naquele mês de julho em toda a Inglaterra, Tio Valter e Tia Petúnia já estavam começando a se acostumar com as incríveis temperaturas e ainda mais com a idéia de que em 1 semana se veriam livres, para sempre, de seu indesejável sobrinho.
Harry estava em seu quarto, folheava alguns exemplares antigos do profeta diário enquanto tentava relaxar, nos últimos tempos ele havia ficado extremamente inquieto com a possibilidade de finalmente se ver livre da sina de ter que viver preso na casa número 4 da rua dos Alfaneiros, mas a imagem de seus amigos, Rony, Hermione e principalmente Gina (agora não mais uma amiga), não saia de sua cabeça, a saudades que sentia deles o torturava e contribuía para o gradativo aumento de seu nervosismo.
Ao mesmo tempo em que esperava noticias da Ordem da Fênix sobre sua remoção da casa de seus tios ele também esperava notícias sobre Voldomorte, mas o Profeta Diário, única fonte de informações do garoto nos últimos tempos, recusava-se a comentar sobre este e nenhuma das cartas que recebia de seus amigos passava de duas linhas, evitando assim que informações confidenciais fossem interceptadas caso os Comensais capturassem a coruja.
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Quatro dias antes de seu décimo sétimo aniversario Harry recebeu uma carta da Ordem informando que no dia seguinte eles iriam removê-lo da residência dos Tios e que estes também teriam de ser removidos. O coração do garoto batia rapidamente, finalmente ele estaria livre das garras de seu Tio Valter e enfim livre para viver para sempre no mundo bruxo, mesmo que ele estivesse sofrendo com uma antiga guerra.
Harry não dormiu bem, a excitação com o futuro que se abria a sua frente invadia sua mente, e, portanto, aproveitou para arrumar seus pertences, não eram muitos já que a maior parte deles seria deixada para trás, visto o fato de que ele não mais voltaria para Hogwarts. Pela manhã Harry já tinha tudo pronto e abotoava o ultimo botão de sua camisa quando ouviu as batidas na porta e em seguida os berros de tio Valter.
- SAIA DE PERTO DA MINHA CASA AGORA SUA ABERRAÇÃO!!!
- Calma meu senhor, vejo que Harry não lhe falou que viríamos – Uma voz bem familiar para o garoto invadia o hall de entrada da casa.
Harry correu para a escada, parando na metade desta para poder observar Lupin adentrando e desviando das investidas do tio Valter, por algumas vezes ele tentou argumentar, mas Valter estava decidido de que nenhum Bruxo colocaria os pés em sua residência. Sem nenhuma saída possível Lupin se viu obrigado a lançar um feitiço que fez o corpulento homem cair ao chão como se estivesse amarrado.
- Meu deus!!! O que você pensa que esta fazendo, solte meu marido agora, AGORA!! – Tia Petúnia berrava com toda a sua força que seus frágeis pulmões permitiam enquanto Duda se escondia atrás do sofá principal da sala.
- Calma Petúnia, só estou tornando as coisas mais fáceis – Lupin estava calmo como se nada estivesse acontecendo.
-Oi Lupin – Harry falou para tentar se mostrar presente.
-Vejo que você não se deu ao trabalho de avisar os seus tios, você sabe o quanto isso está dificultando minha tarefa?- Lupin não permitiu que Harry respondesse a sua pergunta – Todos vocês... – O bruxo apontou com seu dedo indicador para a família Dursley - ...vão ser removidos desta casa e vão ser mantidos em constante cuidado e vigilância da Ordem da Fênix, antes que possam falar qualquer coisa vou avisar que eu vou removê-los desta casa por bem ou por mau e você... – Lupin lançou um olhar autoritário para Harry - ...traga suas coisas rápido. Nós não temos tempo.
Harry já estava quase no final da escada quando ele ouviu algo que o fez parar e quase rolar todos os degraus.
-Lupin seja razoável, não podemos sair desta casa, vivemos aqui já tem dezessete anos, você bem sabe disso - Tia Petúnia suplicava por sua permanecia na casa, mas o mais estranho era o tom com que ela falava com Lupin. Ela nunca havia se dirigido daquela maneira para um bruxo, parecia que ela conhecia Lupin há muito tempo.
-Petúnia você sabia que isso viria a acontecer algum dia, você mais do que qualquer outro nesta casa – Lupin fez uma breve pausa e gritou para Harry se apressar.
Mesmo estando deveras intrigado, o garoto acelerou seus passos e trouxe seus pertences, uma vassoura, uma coruja e uma pequena mala com roupas e objetos que julgava serem úteis.
- Vamos Harry! Tonks e os outros estão esperando lá fora e vão lhe explicar o que iremos fazer.
Só neste momento Harry percebeu que havia mais quatro bruxos do lado de fora da casa, Tonks, Moddy, Sr. Weasley e Gui, sendo que todos estavam se certificando de que ninguém estava olhando.
- Olá – Harry estava extremamente feliz por rever seus amigos e companheiros da Ordem.
- Olá – Todos responderam juntos, mas nenhum olhou para Harry, eles continuavam procurando por possíveis inimigos. – precisamos ir agora. Ouça Harry e não questione. Nós iremos sair daqui por meio de uma chave de portal, a qual nos levará diretamente para a casa de Siri.., sua casa no Largo Grimmauld e de lá iremos para A Toca. Este é o meio mais seguro.- Moody falava apressado e nervoso enquanto tentava dar ordens aos outros.
- Tudo bem – Harry não entendia o motivo de tanta preocupação - Mas porque eu tenho que me preocupar com este plano?
- Bom, digamos que desde que Snape mudou de lado, nós não temos mais tanta confiança na casa do Largo Grimmauld, assim como tínhamos antes.- O cabelo de Tonks estava da cor vermelho sangue e a varinha estava segura em sua mão.
-Vamos então? – O olho mágico de Moody girava em todas as direções enquanto ele estendia a mão para Harry.
- Sim – Antes de encostar na chaleira, que estavam usando como chave de portal, Harry deu uma ultima olhada na casa que foi seu lar nos últimos dezessete anos, reviu todos os seus momentos nela e sentiu toda a dor que sofreu na mesma, mas mesmo assim não conseguiu impedir o sentimento que nutria pelo lugar que lhe abrigou por tanto tempo.
Harry sentiu o gélido metal da chaleira entrar em contato com as pontas de seus dedos e a "viagem" se iniciou. Segundos após isso ele já estava no Largo Grimmauld número 12 e antes que pudesse pensar em qualquer coisa Moody o agarrou e desaparatou com ele para as proximidades da Toca.
