- Claro que estive este tempo todo ao seu lado, Harry - dizia Gina, suplicando perdão ao garoto baixo, branquela e moreno.

- Como? Ficando ao lado de Draco? Não seja ingênua, você está tão perdidamente apaixonada por ele, que me deixou de lado, e pôs o Mr. Sangue-Puro em primeiro lugar. Mas não se esqueça de quem fui eu o seu primeiro amor e fui eu quem fui seu único amigo aqui neste lugar, além de seus irmãos e de Hermione - olhou à sua volta, fitando o antigo castelo que servia de abrigo a famosa escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

- Harry, não seja tolo. Eu sempre estive ao seu lado, mesmo estando namorando o Draco. Não dei opiniões a respeito de sua briga com ele... Apenas não separei você dele, pois ele é meu namorado - fez uma pausa, acrescentando um tom mais auto na palavra "namorado", depois continuou com o mesmo tom de antes - e eu tenho que defendê-lo, por isso o segurei.

- Ele é seu namorado, mas eu sou seu amigo!

- Claro que é, mas eu o amo e você tem que entender isto!

- E me largou para ficar com ele... Eu sei, não precisa me lembrar.E... - disse em tom de censura.

- Para mim, isto é apenas ciúmes - falou a garota ruiva com sardas no rosto, com um leve sorriso no canto de seus lábios, cortando o garoto, satisfeita.

- Agora você é que tem que parar de ser tola. Sabe muito bem que eu e a Cho estamos muito bem, obrigada. - olhou-a, desejando que estivesse em sua cama, debaixo de suas cobertas quentinha, tendo um sonho com Gina.

Apesar de achar Gina uma menina esnobe depois dela ter começado a namorar Draco, ele ainda a amava muito, e sempre ficava pelos cantos do castelo, nos intervalos das aulas, relembrando seus momentos inesquecíveis com a ruivinha. Ele podia até sentir borboletas no estômago, quando lembrava da vez em que a beijou na frente de Draco, e o louro ficou com tanto ciúme, que começou a duelar com Harry, que saiu vitorioso e Draco com duas semanas de hospital. É lógico que teve de ir a detenções por uma semana, na cabana de Hagrid, ajudando-o a cuidar da floresta Proibida, mas como era um grande amigo, o guarda-caça sempre dava ao garoto uma caneca de suco de abóbora e feijõezinhos de todos os sabores, e fazia o serviço de Harry por completo, deixando Harry cuidando de seu cachorro e se divertindo com os feijõezinhos, então, Harry não teve dificuldades em achar que sua briga com Draco foi muito mais do que bem sucedida.

- Cho? Você fala dela com se fosse uma pessoa qualquer sem sentido em sua vida, Harry. Você não a ama de verdade não é mesmo? - indagou Gina, com muito interesse pela resposta de Harry, mas já sabendo a verdade sobre os sentimentos de Harry por Cho.

- É claro que a amo, tanto quanto você ao Draco! - mentiu, tentando mostrar-se furioso.

- Ah! Pára de mentir. Nunca gostou realmente dela.

- Pense o que quiser, Gina. Estou cansada de você esnobar a mim e a todos. - revirou os olhos, caminhando para a aula de poções, que começaria a cinco minutos e ele não queria se atrasar, para dar um gostinho de satisfação a Snape em gozá-lo e dar alguma detenção ou mesmo descontar pontos de Grifinória acentuando o fato dele ser o único responsável disto para a turma da Grifinória.

Apressou-se, em direção às masmorras. No caminho, encontrou Draco, que o olhou e começou a dar risada; por um instante, Harry soltou um suspiro e pensou em encará-lo, mas pensou em sua aula de poções e seguiu caminhando. Tão brevemente viu Cho passando, mas quase não a notará, passando rapidamente, com destino traçado.

Ao chegar na aula de poções, foi um dos primeiros a sentar-se. Claro que, com muita satisfação, sentou-se nas últimas mesas, como era de costume e guardara a suas extremidades para seus amigos, Rony e Hermione. Hermione era filha de trouxas, uma garota sensacional, bonita e esperta. Inteligente? Ah! Sim, e como. Seus dons para o estudo eram tão impressionantes, que até ela se orgulhava deles, e não escondia isto de ninguém. Cabelos castanhos, mione, assim tratada pelos seus amigos, era bastante preocupada com a matéria poções, pois sabia tristemente que o professor nunca fora com a sua cara, e nem ela, para falar a verdade. Snape fazia de tudo para tirar pontos da Grifinória quando de tratava de desavindos dos três e nunca deixava que Hermione pudesse demonstrar seus incríveis talentos, e a menosprezava, o único professor.

Harry achou estranho não encontrar seus amigos ali, Hermione principalmente. Demorou alguns intensos e desconfortáveis minutos para que os dois chegassem. Minutos ao qual os olhares furiosos de raiva de Snape penetrava aos de Harry, ainda mais com raiva. Harry nunca teve medo de Snape, só tentava não entrar em confusões e desavindos, pois sabia que Snape seria o primeiro a criticá-lo, por isso, ficava calado e nunca contrariava o professor de poções, cujo só os alunos de Sonserina, com destaque Malfoy, o agüentava e o idolatrava.

Quando Hermione e Rony chegaram, Harry não pôde esconder um sorriso de gratidão por eles terem chegado, bem no momento em que Snape caminhava em direção à ele. Sentando-se com um baque na cadeira da direita de Harry, Hermione não escondia um sorriso estridente e brilhante. Ela concerteza estava feliz. Harry estranhou, aulas de poções nunca são bem-vindas para Hermione.