Resolvi fazer uma fanfic com um dos personagens menos prováveis em Bleach, mas que seria um tanto interessante e revigorante. Espero que vocês gostem do pedacinho da estória.
Prólogo
Inexpressivo.
Como todos os dias Ulquiorra estava inexpressivo perante a princesa da pureza, como ele costumava pensar, era tão inocente com a presença do arrankar que o deixava confuso.
Esperava a garota terminar de comer os algorismos da comida estranha e desumana, a ruiva comia lentamente com um olhar triste e desiludido, certo que sempre fora forte e animada, mas já se fazia dois meses que estava ali e já então perdia a vontade de continuar acreditando que seus amigos conseguirão resgatá-la, não tinha nem mesmo certeza se irão resgatá-la. Com tantas horas para pensar ela acabou perdendo a esperança, sem mais, ela perdia toda aquela animação que fora uma dádiva sua.
— Coma rápido, mulher — já acostumada com a costume inexpressividade e a voz gélida do arrankar apenas suspirou descontente mastigando o alimento mais rápido ingerindo-o logo em seguida. Ulquiorra grunhiu em irritação — Quer que eu mesmo dê a comida em sua boca, mulher?!
Suspirou frustrada consigo mesma, quando seria resgatada?
Por um minuto ela realmente acreditou.
Não que acreditasse em contos de fadas, em castelos e em príncipes encantados, seria inútil acreditar. Talvez fosse apenas pela vida monótona que ela levava ou por seu irmão ter morrido naquele trágico acidente, ás vezes sentia-se em um mundo cheio de pessoas com frases gravadas e revividas.
Suspirou resistindo a aquela ideia de fugir daquele local, tão quanto ela fosse tentar fugir não conseguiria. Nem ao mesmo conseguiria abrir aquela porta quanto mais fugir daquele local. Também não conseguiria deixar aquele arrankar gélido e frio, o considerava um amigo, afinal o único que lhe dirigia palavras ali - por mais grossas que fossem -, era ele e por um momento ela quis que isso nunca mudasse. Agora estava do lado deles, o lado que ela antigamente considerava o inimigo, e sequestrada, consequentemente acabara por estar do lado deles. E por mais que odiasse isso, ela temia que algo a tirasse de seu primeiro e verdadeiro amigo em Las noches.
Olhou pela janela.
Viu a preciosa fumaça daquele dia, como em todos os dias, não sabia o por que daquela fumaça ali, mas sabia que todos os dias aquela fumaça aparecia.
— Pelo menos, você está livre...
