Santana entrou em seu apartamento e encontrou a usual bagunça, caixas de pizza e garrafas de cerveja na mesinha da sala, camisetas espalhadas pelo chão e mais alguns objetos perdidos por entre os minúsculos cô suspirou, não por causa da bagunça, mas sim porque seu dinheiro estava cada vez mais escasso, desde que seus esquemas com o tráfico de drogas foram descobertos ela estava tendo uma vida de cão, logo ela, considerada uma das melhores policiais de seu distrito, agora era caçada como um coelho indefeso.
Assim que pisou na cozinha ela sentiu algo que lhe deu um calafrio, porque ela sabia exatamente do que se tratava. Alguém encostara uma pistola em sua nuca. A latina mal conseguia respirar , tinha certeza que seus ex-colegas de trabalho a encontraram.
"É um prazer te ver outra vez, Lopez." A voz feminina era de Quinn Fabray, a traficante com quem ela montava seus esquemas corruptos.
"Qual é Fabray?" Santana perguntou , não podendo deixar de estar nervosa, então Quinn riu.
"Ora ora, para alguém procurada pela polícia você não toma nenhuma precaução, não é mesmo?" a loira ironizou, abaixando a arma, fazendo a outra soltar um suspiro aliviado. "Borrou as calças, é?"
"É que eu não estou acostumada a ver fantasmas." Santana a provocou, agora que estava encarando Quinn, e não podia deixar passar a oportunidade de mencionar o atentado que a outra sofrera tempos atrás ,e boatos de sua morte estavam por todos os lugares. Quinn por sua vez, não conseguia esconder a escuridão de seus olhos cada vez que alguém lhe mencionava aquele atentado contra sua vida.
"Eu não tenho tempo a perder com você, então eu vou direto ao assunto, eu estou aqui para te propor um negócio." Santana riu ao ouvir isso, a outra só podia estar de gozação com a sua cara.
"Fabray, minha vida está toda ferrada, eu não tenho condições de fazer negócio nenhum com você." Quinn sorriu, como se tivesse algum ás na manga.
"Na verdade, eu quero contratar seus serviços Lopez, e eu pago muito bem por isso." A loira piscou para a latina que cruzou os braços, intrigada.
"Que serviço meu você quer contratar?" Quinn engoliu seco e crispou os lábios.
"Eu quero que você pegue a piranha que tentou me matar." Santana não segurou o riso, quando os boatos da morte de Quinn se espalharam ela não acreditou que quem tivesse tentado matá-la fosse sua namorada stripper, que ela nunca tinha visto na vida. "Eu não vejo graça nenhuma nisso, e além do mais, você sabe que eu posso acabar com você agora mesmo."
"E vai perder a sua chance de vingança?" Santana perguntou, como se soubesse a resposta , quando Quinn começou a abrir sua camisa branca, deixando Santana pensativa, então ela mostrou à latina uma cicatriz relativamente grande em seu abdômen.
"Foi isso o que ela fez em mim, ela tentou me matar e me roubou cinquenta mil dólares." Quinn parecia muito mais machucada do que aquela cicatriz mostrava, o seu tom de voz mudava toda vez que ela falava de sua ex-namorada traidora.
"Selvagem..." Santana comentou, então a loira fechou sua camisa. "Quanto você vai me pagar para pegá-la?"
"Cem mil dólares, o que você acha?" Santana levantou uma sobrancelha. Era muito dinheiro.
"Me fale sobre ela." As duas sorriram, aquilo era o sim de Santana.
"Se chama Brittany Pierce e é uma stripper." Quinn tirou do bolso da calça uma foto e a entregou a Santana. Na fotografia Quinn estava acompanhada de uma loira muito bonita. As duas pareciam felizes com os sorrisos estampados em seus rostos. "Eu sei que ela está em Los Angeles, eu andei investigando, ela está trabalhando em uma casa noturna de um cara chamado Noah Puckermann, a Prazeres do Puck." Santana riu, que porcaria de nome ridículo era aquele? "Pelo visto a vadia não soube aproveitar meus cinquenta mil."
"Você quer que eu a mate?" Santana perguntou, mas Quinn chacoalhou a cabeça.
"Não, eu quero ela viva, bem viva, eu mesma quero matá-la, não sem antes fazê-la pagar por tudo que ela me fez." A expressão sombria da loira deixava claro que ela não estava blefando.
"Quando eu vejo a grana?" Era só isso o que lhe interessava.
"Quando Brittany estiver em minhas mãos." Quinn respondeu, e sorriu. "Eu quero evitar fracassos."
"Tudo bem, e você vai bancar minha ida à Los Angeles?"
"Claro, não se preocupe quanto às despesas, tudo é por minha conta, justo não?" Santana apenas sacudiu a cabeça concordando. "Você começa amanhã."
"Claro, essa loirinha não vai conseguir escapar." A latina lhe assegurou, olhando para a foto com um sorriso esnobe nos lábios.
"Não pense que será tão fácil, ela parece inocente mas é maquiavélica e não confiável." Quinn lhe disse, lembrando dos olhos azuis e do sorriso encantador e tão traiçoeiros que lhe enganaram como ninguém conseguira antes.
"Ninguém nesse mundo é confiável Fabray." Santana guardou a foto em seu bolso e olhou diretamente nos olhos da loira. "Logo você terá sua vingança."
"É o que eu espero." Quinn e Santana apertaram as mãos, simbolizando o contrato que acabara de ser firmado. Santana não gostava de Quinn, a achava simplesmente uma riquinha que não dera certo na vida, não alguém que nascera no gueto e sofrera o diabo como ela, mas pela grana alta envolvida nisso ela poderia fazer esse "favor" à ela, afinal, não deveria ser tão difícil assim colocar a mão em uma stripper de boate de quinta categoria, apenas Quinn Fabray não conseguiria fazer isso, mas agora ela teria que descansar porque queria acabar com isso o mais rápido possível e colocar a mão nos cem mil dólares.
