Traduzida em: 09/08/2009
Autora: Sarah
Parte Um
David vai fazer isso. Ele vai contar a Pierre como ele se sente. Contar a ele que ele, na verdade, intencionava todo o flerte que tem acontecido durante o último ano. A amizade deles e, inferno, seu lugar na banda eram forte o bastante – ele espera – para que se Pierre não gostar dele, bem, ele não seja descartado ou odiado. Talvez?
Deus, ele espera que não. Ele pode não querer mais se manter quieto sobre isso, mas, mais que isso, ele apenas realmente não quer ser dito para dar o fora. Ele não acha que poderia lidar com Pierre o odiando.
Não conseguir Pierre, não ter Pierre gostando dele, bem, isso iria machucar como o inferno, mas ele poderia sobreviver a isso. Apenas... Não ser forçado a ir embora.
Embora, se ele for honesto? Se Pierre pedisse ou desse qualquer indicação de que ele queria que David fosse embora, então David estaria no próximo vôo de volta para Montreal. Ele está meio que pateticamente apaixonado assim.
Mas ele tem esperança, ele realmente tem esperança de que Pierre não se importe, inferno, que Pierre goste dele. Se Pierre retornasse seus sentimentos, ele... Bem, ele sequer sabe. Ele nunca teve uma de suas quedas gostando dele em retorno. É provavelmente por isso que ele tem pouca fé de que isso vai terminar bem.
São esses pensamentos que o tem impedido de confessar por, digamos, três meses? Desde que ele finalmente admitiu que ele estava completamente de quatro pelo vocalista, sério. E, oh, não foram essas doze semanas dolorosas? Suas usuais táticas de fuga nunca funcionavam, por que, bem, eles estavam juntos em um ônibus. Isso tornava meio que impossível.
Ele tentou se esconder em seu beliche uma vez, afirmando que estava cansando. Isso funcionou por uma semana, antes de Pierre começar a ficar preocupado com ele. Demorou dois dias de contato continuo com Pierre, antes que o outro ficasse satisfeito que ele não estava prestes a morrer. Ele meio que queria estrangular Pierre por se importar tanto. O resto de si queria apenas beijá-lo.
É por isso que ele decidiu que já está na hora de realmente fazer algo sobre isso. Ele ia confessar... Bem, talvez não amor, mas no máximo uma queda. Ele veria como isso ia e, então, ele talvez, talvez trabalhasse para jogar a bomba maior, sobre amor. Ele acha que uma granada emocional é melhor para começar, de todo modo. Ao menos, é isso o que ele se diz, enquanto anda ao redor da pequena área ao fundo do ônibus.
Ele está lá por, talvez, dez minutos e até agora todos da banda tinham ido atrás dele, exceto Pierre. Quando tudo o que ele fez, foi murmurar pequenas e confusas respostas para eles, eles o deixaram em paz. Quanto mais ele era deixado em pensamentos, entretanto, menos sólidos eles era; isso é uma maldição, sério. Ele é amaldiçoado com dúvidas de si mesmo e desespero em preservar sua amizade com Pierre.
Ele começa a morder seu lábio inferior mais e está considerando correr e se esconder em seu beliche, quando mãos pousam em seus ombros, gentilmente virando-o. Ele encontra com o sorriso de desarmar de Pierre, mas ele ainda consegue ver o fraco brilho de preocupação em seus olhos também.
-Qual o problema, David?
David mentalmente odeia o fato de que tudo o que seu cérebro está ciente é quão perto eles estão e que Pierre ainda está segurando seus ombros. Quando ele não responde, o sorriso de Pierre desaparece e a preocupação duplica: - David, sério. O que está errado?
Sai como um choramingo patético: - Eu estou apaixonado.
Pierre pisca, seu rosto cheio de choque. David, entretanto, está parecendo horrorizado: ele não consegue acreditar no que ele acabou de dizer, mas, porra, ele está apenas agradecido que ele não colocou o 'por você' no final.
-Você está apaixonado? – Pierre repete lentamente; ele ainda está piscando a cada segundo e David se chuta internamente por pensar no quão fofo ele parece. – David?
Seu nome é enfatizado com um leve balançar em seus ombros e ele sai de seus pensamentos para corar e olhar para seus pés: - Talvez. Eu... Sim.
-Por... Uh. – Pierre hesita. – Quero dizer... Você quer falar sobre isso?
Suas palavras, na verdade, soam forçadas, como o que ele realmente quer fazer é exigir uma resposta, mas ele está respeitando a privacidade de David sobre isso. David se vê abraçando Pierre. Ele é, instantaneamente, envolvido por braços fortes, enquanto ele se aninha no calor do outro.
-Eu não sei como te dizer. – David sussurra, seu rosto se movendo para se esconder no pescoço de Pierre, então ele não vai deixar mais nada escapar... E, talvez, sentir o perfume de Pierre, mas, você sabe.
-Por quê? – Pierre pergunta, antes de David conseguir ouvir o sorriso em sua voz, enquanto ele brinca. – Não é a esposa de ninguém, né? – David sorri apesar de si mesmo, mas o sorriso morre quando ele é afastado, então Pierre pode olhar para ele. Pierre ainda está sorrindo, enquanto suas mãos voltam para os ombros de David. – Você pode me contar qualquer coisa, David.
David suga seu lábio inferior, mordiscando o piercing que o adornava. Seus nervos estão no ponto que ele arrasta o pé e praticamente pula. Pierre não comenta, ele conhece David bem demais.
-Eu... Uh. – ele hesita e seus olhos se enchem de preocupação, enquanto ele dá o maior passo que ele acha que pode agüentar agora. – Não é uma garota.
Pierre está confuso por um momento, antes de David ver a mente dele entendendo. Ele não está certo do que esperar, mas Pierre soltar uma pequena risada e o balançar levemente não está entre as opções.
-David. – Pierre censura, mas sua voz é gentil e conforta David. – Você não devia ficar tão preocupado. Nós não nos importamos se você for gay. – ele pausa, franzindo o cenho um pouco para perguntar. – Ou bissexual?
David se move timidamente, antes de murmurar: - Gay.
Assentindo, Pierre apenas sorri, antes de puxar David para outro abraço. David derrete dentro abraço. Eles ficam dessa maneira por alguns momentos, antes de Pierre perguntar, uma pitada de provocação em sua voz: - Você já acabou de ficar estressado e surtar com a gente, agora?
David ri um pouco, antes de responder, um pouco de preocupação em suas palavras, que ele não consegue esconder: - Não. Eu ainda tenho que descobrir um jeito de contar pra ele.
Os separando, Pierre passa um braço frouxamente ao redor dos ombros de David, então agora eles estão lado a lado: - Eu posso ajudar, sabe.
-Obrigado. – David diz, inconscientemente se inclinando contra Pierre. – Mas isso é algo que eu tenho que descobrir sozinho. Aterrorizante como o pensamento é.
Pierre apenas sorri e se afasta. Ele bagunça as mechas loiras de David, recebendo um bico do homem mais novo, que apenas faz o sorriso de Pierre se alargar: - Eu vou te deixar andar de um lado pro outro, então. Grite se precisar de algo.
Sorrindo de volta, David concorda e observa Pierre começar a ir embora. Ele pausa na porta, entretanto, e se vira. Ele dá a David um olhar inflexível: - Mas prometa que você vai contar para os caras. Nós somos seus amigos. Você não devia ter que esconder esse tipo de coisa.
-Eu vou. Obrigado, Pierre.
Com um sorriso aparecendo em seu rosto, Pierre desaparece pelo ônibus, enquanto David apenas escorrega para o chão. Então, ele tinha confessado sua sexualidade, bom, isso era ótimo. Agora, tudo o que ele tinha que fazer era dizer a Pierre que ele era por quem David estava apaixonado. Ele acha que isso vai demorar outros três meses mais ou menos para acontecer, se ele tiver sorte.
