E aí, beleza?
Então estou aqui com mais uma parte não contada do Retorno. Trata-se do Carter, de como conheceu Lillian, como se envolveu e como descobriu que era pai do Kai. Eu sei que muita gente odeia o Carter, mas eu digo... foda-se. Eu amo ele e achei que deveria ter uma parte da história dele contada.
Two-shot totalmente dedicada a Xia M. que me ajudou muito, me deu apoio. Então amiga é pra tu!
OBS: Tenha dó de mim, porque não será no estilo script, no qual to acostumada, vamos ser se me adapto e será melhor para as fanfics. ^^
Mas é isso, vamos lá.
A história de Carter
Em uma bela tarde, um senhor saía de um grande prédio e ia em direção à uma multidão, entre eles políticos, repórteres, desde os mais importantes até o mais comum, ao chegar ao lado de um outro senhor de terno preto e gravata vermelha, só faz um sinal de positivo, o velho da gravata vermelha vai até um microfone.
- É uma honra estar presente aqui hoje. – era o prefeito da cidade. – O Japão já é número um em vários aspectos e esse será o primeiro passo para sermos os primeiros no Beyblade. – a multidão aplaude. – Agora com as palavras o fundador da Associação de Luta Beyblade, senhor Dickinson.
- Obrigado, senhor prefeito. – diz alegre. – Depois de muitos anos de pesquisa e estudando sobre o beyblade, nós descobrimos que além de ser um esporte muito promissor, também abrirá portas para todos que gostam do beyblade, mas infelizmente não tem oportunidades para lutar em campeonatos. Essa associação tornará isso possível! – novamente a população aplaude. – Então, meus amigos, declaro que hoje, está oficialmente inaugurado a Associação de Luta Beyblade, A.L.B. – pega uma tesoura dourada e corta a fita vermelha que estava a sua frente. – Vamos, entrem todos conheçam a primeira associação totalmente dedicada ao beyblade. – aponta para a porta sorrindo. Assim que a multidão entra, ele fica admirando a estrutura do prédio.
- Gostei do discurso. – diz um rapaz de mais ou menos 22 anos, alto, cabelos castanhos claro, olhos azuis, alto e bem apanhado.
- Carter, que bom te ver aqui. – dizia Dickinson alegre.
- Passei aqui para te dar um oi. – olha para o prédio. – Finalmente conseguiu sua empresa de beyblade. – sorri. – E estou feliz por você, além disso, você é meu pai e amigo.
- Ah sim, mal espero ver crianças de todas as idades lutando Beyblade. – fala Dickinson empolgado. – Quer conhecer?
- Claro, mas terá que ser em outra hora. Só passei rápido aqui, minha aula começa logo. – Carter olha o relógio.
- Sim, é bom não se atrasar para a faculdade. – sorri para o filho. – Mas qualquer horário que queira ver.
- Claro, que tal amanhã?
- Com certeza, mas vá para sua aula, se não vai se atrasar.
- Tá, até mais ver! – se despede do pai e vai em direção da faculdade. Quase chegando ao seu destino, ele ouve um grito de pânico.
- Socorro! – grita uma jovem.
- Me passa a bolsa, agora! – grita um homem encapuzado com uma faca na mão apontada para a moça.
- Pegue e me deixe em paz. – joga a bolsa no chão. O ladrão pega o objeto no chão, mas encara novamente ela.
- Até que você é bonitinha. – fala o ladrão maliciosamente e vai se aproximando da garota que fica muito assustada.
- Fique longe dela! – Carter chega e dá um golpe na cabeça do ladrão com um pedaço de madeira que acha na rua. – Corre! – fala para moça, que sem pensar duas vezes sai correndo.
- Seu maldito! Você me paga! – diz o ladrão com raiva, que se levanta e parte para a pancadaria contra Carter. O ladrão até tenta esfaquear Carter, mas ele desvia e dá um soco no bandido. Não demora muito e a moça volta com um policial.
- Ali está o ladrão! – a jovem aponta para o homem encapuzado.
- Pode deixar comigo. – diz o policial, que vai algemando o bandido. Carter pega a bolsa da jovem e devolve para ela.
- Você está bem? – fala Carter preocupado.
- Sim, obrigada pela ajuda. – pega a bolsa. – Você salvou minha vida, eu nem sei como te agradecer.
- Nem precisa, o importante é que aquele maldito não te machucou. – logo o policial se aproxima dos dois.
- Moça, poderia me acompanhar até a delegacia, para oficializarmos a queixa. – diz o policial levando o ladrão algemado.
- Ok. – ia acompanhando o policial, mas se vira para o Carter. – Mais uma vez obrigada. – vai embora.
- Por nada. – ia seguir seu caminho novamente para a faculdade, mas acaba pisando em uma joia, uma pulseira para dizer a verdade. Ele se vira para devolver a pulseira, mas não a vê, sem muita escolha, guarda a pulseira no bolso.
Passado algumas aulas, os universitários mal entraram em sala e o professor já passava a aula.
- Desculpe o atraso, professor. – a voz feminina que acabou de falar chama à atenção de Carter, que até então estudava, era a moça que ele ajudou mais cedo.
- Tudo bem, sente-se, já começamos a aula. – diz o professor apontando para uma cadeira vazia. Ela ao se dirigir a cadeira, olha para o pessoal e vê Carter. Assim que se senta, ela se vira e sorri para Carter, que retribui o sorriso.
Mais tarde no final da aula, a moça sai da sala e fica no corredor esperando. Assim que Carter sai da sala, ela vai até ele.
- Mundo pequeno não? – dizia tímida.
- Verdade, além disso, na mesma faculdade. – sorri para a jovem, faz uma feição de que se lembra de alguma coisa e mexe no bolso. – Acho que isso é seu. – entrega a joia para ela
- Minha pulseira. – pegou a mesma. – Eu realmente não sei como te agradecer. – Carter pega a pulseira de volta.
- Eu já disse para não se preocupar com isso. – diz Carter, gentil, enquanto coloca no pulso da jovem. Assim que ele coloca a joia no pulso da jovem e a olha, ele nota na beleza da jovem. O perigo que ela corria mais cedo, não deu chance de Carter reparar na jovem de pele clara, cabelos de cor preta, olhos violetas e esbelta. – Certo, eu vou indo.
- Claro, eu também tenho que ir, acho que meu taxi já chegou. – a moça ia saindo, mas se vira. – Desculpe, mas eu não sei o seu nome.
- Carter. Carter Dickinson. E o seu?
- Lillian Hiwatari! – se aproxima e estende a mão, ao se separarem ela olha no relógio. – Agora eu realmente tenho que ir, mais uma vez muito obrigada.
-x-
Passado alguns meses Carter e Lillian ficam mais amigos, falavam sobre suas vidas, suas alegrias, seus problemas.
- Como veio parar no Japão? – pergunta Carter um pouco curioso.
- Meu pai, ele veio para cá a negócios. Só que eu quero estudar, aí enquanto ele trabalha. Eu cuido da minha vida. – diz tranquila.
- Eu não sei se você estaria interessada, mas o pessoal daqui está planejando uma festa. – fica corado, mas respira fundo e olha para a moça. – Você gostaria de ir comigo?
- Claro. – responde Lillian.
- Perfeito, se quiser eu te busco às 8 da noite?
- Claro, eu te passo o meu endereço. – escreve o endereço num pedaço de papel e entrega para Carter.
- Combinado então. – guarda o papel no bolso do casaco.
Mais a noite, Carter esperava Lillian, mas estranha porque quando ela sai da casa, estava com uma feição triste.
- Aconteceu alguma coisa? – pergunta preocupado.
- Nada demais, só uma discussão boba de família. – tenta disfarçar a tristeza.
- Se quiser, podemos deixar para outro dia ou se quiser ir para um lugar mais tranquilo. – Lillian balança a cabeça negativamente.
- Não, eu preciso me distrair, deixa pra lá, não quero estragar a noite. – Lillian sorri.
- Tem certeza? – questiona Carter.
- Claro, vamos. – já dizia bem mais calma. Carter sorri, liga o carro e vão até a festa. Chegando lá havia muita bagunça, música, comida, bebida, pessoas, tudo que o uma festa tem direito. Chegou um amigo dos dois que era da mesma classe.
- Poxa Carter não vai beber nada? – já com a fala arrastada.
- Não, estou de carro. – fala Carter.
- E você gata? – diz o amigo quase que abraçando Lillian.
- Eu não bebo, obrigada. – se afasta um pouco do bêbado.
- Vocês dois são uns sem-graças. Caretas. – sai e vai atazanar outros amigos.
- Desculpe por isso. – diz Carter sem graça. – Acho que realmente você iria se divertir mais com eles.
- Não, eu não bebo, aí iria ficar deslocada. – eles ficam conversando a noite toda. – Você se dá bem com seu pai né? – dessa vez era Lillian que fica curiosa.
- Na verdade, ele é o meu melhor amigo. – diz com orgulho. – Me dou muito bem com ele.
- Eu queria ser assim com o meu pai, mas ele é muito severo. – diz um pouco desanimada.
- Provavelmente ele faz isso para te proteger, não deve ser por maldade. – diz Carter, Lillian apenas o olha.
- Obrigada. – a noite chegou, os dois foram alvo das piadas, já que eram os únicos que não ingeriram nenhuma gota de álcool, mas curtiram a festa ao seu modo. Tanto que acabaram por dormir lá mesmo. No dia seguinte Lillian acorda e vê que já era dia, o sol brilhava forte, mas isso não chama a atenção e sim é o fato de ter dormido abraçada a Carter.
- Nossa, que horas são? – pergunta Carter que acaba de acordar.
- São quase meio-dia. – diz ela se levantando.
- Acho que passamos da hora. – dá risada Carter.
- Nem me fale, meu pai vai me matar. – diz Lillian, mas dando risada. – Parece que voltamos a adolescência.
- Verdade. – também ri Carter. – Eu vou te levar pra casa. Vamos?
- Sim. – vão embora da festa, ao chegar na frente da mansão onde Lillian vivia, os dois ficam no silêncio.
- Obrigado por ter ido comigo. – diz Carter de maneira gentil.
- Eu que agradeço pelo convite, foi bem divertido. – Lillian mexe na bolsa e pega a chave do portão, mas não sai do carro ainda, só que quando ela resolve sair. Carter respira fundo.
- Lillian... – fala um pouco envergonhado.
- O que foi? – Ela pergunta. Carter tenta falar alguma coisa.
- Nada não, a gente conversa depois? – tentando mudar o rumo da conversa.
- Claro, eu te ligo. – ela sai do carro, mas olha para o jovem e acaba voltando.
- Lillian, o que... – mas antes de qualquer resposta, Lillian o beija. Carter imediatamente corresponde. Depois de alguns segundos os dois se separam, ela olha para rapaz.
- Me desculpe! Eu não deveria ter feito isso. – diz ela envergonhada.
- Você só fez algo que eu não tive coragem. – sorri de maneira envergonha. – Lillian, eu estou gostando de você e muito.
- Eu também. – Lillian sorri para o Carter. Se aproximam e dão mais um beijo mas dessa vez um pouco mais demorado. Depois do beijo eles ficam se olhando, Carter acaricia o rosto da moça. – Tenho que ir, te vejo depois. – ela sai carro e entra na mansão, mas o que seria um dia lindo, acaba ficando nublado ao dar de cara com Voltaire.
- Quem era ele? – pergunta direto e seco.
- Um amigo. – sai do recinto, deixando o velho. – Depois conversamos. – sobe as escadas, por mais que Voltaire a chamasse ela não respondia.
Quando Carter chega em casa, sem olhar muito para os lados, vai até quarto, deitou na cama e ficou pensando lá. Dickinson nota o silêncio do filho e vai até o quarto.
- Está tudo bem? – pergunta Dickinson, mas não obtém nenhuma resposta. – Carter. – estranha, ele pega um pedaço de papel e joga no Carter. – Carter!
- Ãh? – olha para o velho. – Tudo bem? – dá risada.
- Eu é que te pergunto isso. – pega uma cadeira e coloca ao lado da cama do jovem e se senta. – O que está acontecendo? – insiste Dickinson.
- Nada... – abre o sorriso largo. – Na verdade, tem uma garota.
- Ah sim, entendo. – sorri. – Amor de jovem! – Carter olha estranho para o pai.
- Não sei se é amor ainda, mas eu gosto dela. – voltando a olhar para o teto.
- Carter isso é ótimo. – dá um leve tapa no ombro do filho. – Aproveite esse momento, se virar um relacionamento mais firme, quero conhecê-la. – Carter só dá risada.
- Tá certo.
- Bem, eu tenho que resolver algumas coisas da empresa, até mais ver.
- Até. – o velho sai do Carter e ele fica lá pensando.
-X-
Depois de alguns meses, a relação entre Carter e Lillian fica cada vez mais intensa, só não foi oficializada, pois Lillian não queria apresentá-lo a Voltaire, por medo de que ele não aprovasse o namoro. O que acabou é que Dickinson ainda não havia conhecido a namorada do filho.
Porém quando se trata de alguém como Voltaire, sempre tem que saber que ele está um passo a frente. O que tanto ela temia acabou acontecendo. Voltaire não só descobriu, mas, como já era previsto, se opôs ao relacionamento.
- Eu não quero mais saber de você com aquele imundo. – diz Voltaire autoritário.
- O quê? – diz Lillian, se fazendo de desentida.
- Não me faça de bobo, eu sei que você anda se encontrando com aquele traste que te trouxe outro dia. Melhor se afastar dele. – Voltaire diz em um tom de ameaça.
- Me desculpe, mas o que eu faço, o problema é meu. – retruca ela.
- Filha minha não é uma vagabunda, que vai se deitando com qualquer um. – Voltaire começa a ficar irritado.
- Não me desrespeite! – Lillian brada nervosa. – Você nem o conhece.
- Não preciso conhecê-lo. Trate de se afastar dele, se não... – ameaça de novo.
- Vai fazer o quê?! Me agredir?! – desafiando Voltaire.
- Sabe que eu não te machucaria. – fala sério, mas Lillian entende o que ele quer dizer.
- Não ouse. – dessa vez é ela quem ameaça.
- Não me desafie, Lillian. Melhor me escutar. – Voltaire sai da casa, deixando Lillian sozinha e assustada, com o que Voltaire poderia fazer contra Carter.
Mais tarde naquele mesmo dia, quando Carter e Lillian se encontram, ele nota que a namorada estava apreensiva.
- Aconteceu alguma coisa. – diz Carter com certeza.
- Dá pra notar? – diz Lillian.
- Eu te conheço, o que aconteceu? – ficando preocupado.
- Meu pai, ele não quer que eu te veja mais... – começa a chorar. – Eu sabia que ele já tinha descoberto, mas foi agora que ele implicou.
- Tá, eu tenho então outra pergunta. O que você quer fazer? – pergunta sério.
- Eu tenho medo de que possa acontecer algo com você. – começa a chorar mais, Carter a abraça.
- Me escute, eu só vou ficar mal, se você realmente se afastar de mim.
- Mas eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com você. – abraça Carter mais forte.
- Não se preocupe comigo, eu sei me cuidar. – olha nos olhos da moça. – Não fique assim. – enxuga as lágrimas dela. – Não vamos mais falar nisso, ok?
- Eu te amo, Carter.
- Eu te amo, por isso, não importa que seu pai diga, eu não vou deixar de ver você. Nem que eu tenha que me esconder para que isso aconteça.
- Faria isso por mim? – olha para ele.
- Faria qualquer coisa por você. – Carter responde sério, Lillian sorri e os dois se beijam.
Tempos depois, Lillian e Carter começam a se encontrar as escondidas, o único registro foi uma foto que os dois tiraram em frente a um chafariz em um parque. Porém, Voltaire que não é bobo descobre e como já era visto, ele iria cumprir sua ameaça.
Em um dia em que Carter saía da faculdade, coincidentemente Lillian não havia ido a aula. Ia andando até que um homem aparece em sua frente e trazia consigo uma caixa de papelão, parecia uma encomenda.
- Você é Carter? – pergunta o homem.
- Sim.
- Temos um recado para você, é do senhor Voltaire. – Carter se assusta, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, ele é atingido na cabeça, por outra pessoa que vinha por trás. A tarde passou.
Senhor Dickinson que estava no escritório recebe uma ligação.
- Senhor Dickinson, telefone para o senhor. – diz a secretária.
- Poderia pedir para que ligue daqui alguns minutos, estou ocupado no momento. – diz Dickinson que mexia nas pastas sobre sua mesma.
- Mas senhor, é sobre o Carter. – as palavras da secretária assustaram Dickinson. No telefonema, contam que acharam Carter sendo espancado por dois homens um deles encapuzado e o outro usava uniforme do serviço de entrega de encomendas. Carter sobreviveu, mas estava em um hospital da faculdade mesmo sendo tratado e queria que Dickinson comparecesse imediatamente.
- Onde está meu filho? – pergunta Dickinson desesperado.
- Por aqui senhor. – fala um dos médicos e leva-o até o quarto onde Carter estava. – Acreditamos que ele tenha se envolvido em alguma briga e queriam vingança.
- Não fale asneiras, meu filho não é de brigas. – diz ríspido.
- Me desculpe, foi apenas uma especulação. – diz o médico.
- Com que tipo de gente você se meteu? – pensando, pois a primeira coisa que veio a cabeça é que essa moça que Carter estaria namorando, poderia ser a razão daquilo.
Enquanto isso, Lillian haviado chegado em casa, trazia consigo um envelope de um laboratório de consultas médicas e estava nitidamente nervosa.
- Aconteceu alguma coisa Lillian? – diz Voltaire intrigado.
- Nada não, só a faculdade, tenho vários trabalhos para fazer. – dizia do modo mais natural que poderia, mas Voltaire sabia que a filha estava mentindo.
- Claro, se arrume e venha jantar. – diz Voltaire.
- Sim, eu já desço. – fala Lillian, logo em seguida, sobe rápido as escadas e vai até o quarto, ela guarda o envelope dentro de uma gaveta. Enquanto eles eram servidos, Voltaire só observava a filha.
- Você está bem? Parece pálida. – diz Voltaire com um tom meio que cínico.
- Estou sim, acho que vou me retirar. – se levanta. – Com licença. – sai da sala de jantar, mas acaba sentindo um forte enjoo e a moça vai correndo até o banheiro e acaba vomitando. – Droga. – respira fundo, vai até o lavabo e lava o rosto e toma um pouco de água para sair o gosto ruim da boca. Ao voltar para o quarto vê Voltaire sentado em uma poltrona, com o envelope na mão.
- O que iria fazer quando a barriga começasse a aparecer? – pergunta sério, já que descobriu que dentro do envelope tinha o resultado de um exame de gravidez.
- Não tenho que ficar ouvindo isso. – ia saindo, mas Voltaire se levanta e a segura pelo braço.
- Não, agora você vai me ouvir! – fala irritado. – Não basta ter me dado desgosto, agora está até esperando um filho bastardo. – Lillian começa a se assustar, já tinha visto seu pai bravo antes, mas agora era diferente. – Te digo uma coisa, eu já dei um jeito no seu namorado, se não me obedecer... – antes que continuasse Lillian se debate, na tentativa de se soltar do Voltaire.
- O que fez com o Carter?! – grita nervosa.
- Não grite comigo! – grita mais alto. – Você me deve respeito. Como eu estava dizendo, eu já dei um jeito nesse imundo, mas não o matei se é isso que quer saber. Porém, se continuar me desobedecendo e se encontrar com ele. – coloca a mão na barriga da filha. – Eu não irei pensar duas vezes. Se quiser manter a segurança desse bebê, é melhor ficar longe daquele homem. – olha irritado para a filha. – Você me entendeu?! – grita novamente.
- Entendi. – tentando segurar as lágrimas. Voltaire se afasta da filha.
- Ótimo, eu não quero ter que repetir essa conversa. – sai do quarto, deixando Lillian sozinha e desolada.
No dia seguinte, Lillian vai até a faculdade, que seria a última vez, pois iria cancelar o curso. Até porque ela não iria resistir ficar olhando Carter e não poder chegar perto, dessa vez ela iria obedecer o pai.
- Lillian, que bom que eu te achei. – dizia o amigo, aquele mesmo que havia oferecido bebida a ela e Carter na festa, aflito.
- O que houve? – pergunta ela.
- O Carter, alguém deu uma boa surra nele.
- Você me leva até onde ele está? – fala Lillian séria, mas no fundo tentava segurar as lágrimas.
- Claro, vamos. – os dois vão até o prédio que ficava o hospital. – Pode ir, eu fico aqui.
- Obrigada. – diz Lillian que entrou no quarto e viu Carter deitado no quarto. – Carter... – diz num tom baixo, mas fica horrorizada ao ver o jovem com hematomas, eletrodos ligados ao corpo, vários curativo. Ela se aproxima e segura a mão de Carter.
- Lillian. – ele fala num tom fraco, pois acaba de acordar.
- Você está bem?
- Melhor agora, com você aqui. – segurava a mão da jovem.
- Precisamos conversar. – se afasta de Carter.
- O que aconteceu? – tentando se levantar.
- Não podemos mais nos ver. – diz ela séria.
- Como assim? – na hora Carter se exalta. – Só pode ser brincadeira. – se assusta ao ver a sua, até então, namorada seria.
- Não posso mais, eu não quero ter que ficar me escondendo do meu pai.
- Por favor Lillian, não faça isso comigo. – implora Carter. – Eu te amo. – Lillian se vira de costas.
- Eu sinto muito. – sai do quarto, chorando.
- Lillian, espere! – une o pouco de força que tem e sai da cama e vai até a porta, como se pudesse alcançá-la.
- Carter! Não pode sair assim andando. – alerta o amigo, que havia ficado na porta.
- Me deixa, eu tenho que conversar com a Lillian. – ia andando, mas não aguenta muito e acaba caindo no chão, devido a fraqueza do seu corpo.
- Carter! – o amigo vai correndo ajudar. – O que aconteceu? – pergunta preocupado.
- Acabou... – diz Carter com lágrimas nos olhos. – Acabou tudo.
Do lado de fora do prédio, Lillian chorava muito.
- Me perdoe, Carter. – falava para si mesma. – Mas eu nunca iria me perdoar se algo pior acontece a você, por favor, me perdoe. – fica de joelhos no chão chorando.
Continua...
N/A: Então era para ser uma one-shot, mas ficou bem mais comprida do que eu pensei, mas não se preocupem, irei postar a parte dois em breve.
Mandem reviews, sejam gentis, pois não sou acostumada a escrever desse jeito.
Beijos e até a próxima.
