AVISO: Contém cenas de sexo forte, tapas na bunda, puxões de cabelo (mas é sexo consensual e prazeroso para ambas as partes), palavras chulas, além do yaoi de sempre. Só pra constar.

No mais, enjoy it.

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Melkor POV

- Mande chamar a Mairon.

É esse o recado que passo para um de meus mensageiros, e ele se vai com presteza. Sorrio em meu íntimo, pois sei que a maioria dos meus servidores, embora não ousem me perguntar diretamente o porquê de Mairon começar a passar todas as noites comigo, se perguntam sobre isso em seus interiores.

- Ora, porque! - digo de mim para mim - É porque ele fode pra caralho!

Rio comigo mesmo. Nunca antes tive um amante tão bom, embora não diga isso a ele. Não vou fazer com que o ego dele se inche. Mas é verdade. Ele é lindo, e desde a primeira vez em que veio aqui, fodeu que foi uma maravilha. Esse povo costuma ser tudo ruim de cama - pelo menos comigo sempre foram. Uma merda. A maioria nem aguenta uma foda inteira comigo, porque no coito eu disperso muito de minha energia de vala, e eles, obviamente não sendo valar - nunca tive intercurso sexual com nenhum vala ou valie; nenhum daqueles frescos nunca quis me dar, embora eu tenha cobiçado a Varda em meus primórdios - acabam se ferindo ou desgastando em demasia. Ninguém reclama, mas também ninguém trepa com gosto.

Quer dizer, ninguém a não ser Mairon.

Eu não sei a que tipo de poder ele tem acesso, nem que tipo de feitiçaria ele acabou por desenvolver com seu treinamento anterior com Aule, mas uma coisa é certa: ele aguenta mais que todos os outros. E como aguenta!

Fico de pau duro só de pensar nele. E assim que essas ideias se completam em meu espírito, ele aparece na porta de meu recinto privado. Faz-me uma reverência e em seguida se dirige respeitosamente a mim.

- Em que posso servi-lo, meu senhor?

- Primeiro me diga o que tem acontecido lá em Valinor.

- Ouvi dizer que Varda está fazendo dois luzeiros, os quais se chamarão Illuin e Ormal, e também que Tulkas e Nessa vão se casar.

Olho com semblante amargo e ressentido para ele. Até o idiota do Tulkas vai casar! Pois sim... ainda bem que não tenho mais ilusões neste aspecto!

- Sim? Pois quero mais que se fodam eles! Escute, acho que vou destruir esses luzeiros. Aquela idiota da Varda vai sentir o peso da minha mão e do meu martelo nas obras dela. Pois se não quis sentir o meu pau, vai sentir outra coisa!

Mairon ri, mas ao mesmo tempo em que o faz, vejo em seus olhos uma centelha de curiosidade.

- Meu senhor, já cobiçou a ela?

- Ah, já. Quis me casar com ela.

Vejo no semblante dele a mesma dor que perpassou pelo meu recentemente. Ele se ressente de eu ter pedido a ela em casamento! Ora... quem ele pensa que é pra isso?

- Mas não ia valer a pena - respondo com um aceno de mão - É bonita e nada mais! Fez um favor ao negar. Veja que vida de merda tem ela e o idiota do Manwe! Sentam naqueles tronos, ficam lá olhando um pra cara do outro... e só! Acho que nem trepar direito trepam! Oh, imagine ter a uma esposa que nem trepa!

O maia ri novamente. E em seguida me indaga:

- Então não gosta mais dela?

- Gostar! Eu a cobicei, entende? Gostar... acho que nunca gostei!

- Não?

- Não. Afinal, ela hoje não me faz falta. Uma mulherzinha chata, metida a certinha. Bah! Eu a cobicei. Mas provavelmente teria me enfastiado logo nos primeiros dias.

Ele sorri, como se estivesse contente com isso.

- É...?

É como se seus olhos perguntassem se eu gosto de mais alguém. Ah, não! Não vamos começar com isso! Ele tem que trepar, não ficar fiscalizando a minha vida! Enceto logo outro assunto pra acabar com isso.

- Mairon, por falar em trepar, hoje quero que façamos algo diferente. Você vai bater uma pra mim.

O sorriso malicioso se divisa em seus lábios. Tenho vontade de mordê-los, de beijá-los até ele gemer, mas não. Vou me controlar. Tiro meu pau pra fora da túnica e, vestido mesmo, mando ele bater. Sem muitas cerimônias.

- Vamos. Comece.

Com destreza, o maia toma a meu membro duro e começa a fazer vai-e-vem. Fecha os olhos, como se estivesse batendo nele mesmo, e direciona a mão livre para meu braço, para me fazer... carinho? Não, Mairon! Eu mandei bater uma, não fazer carinho!

- Mairon, sem ficar me alisando!

- Hun? Não gosta?

Fico em silêncio por um momento. Gostar...! Na verdade é constrangedor, mas eu gosto. Gosto quando ele me toca, quando me faz o que chama de "carinho". Adoro mesmo. Mas não quero parecer dependente disso!

- Agora não quero. Vai, bate. Aproveita e fala de mim no meio da punheta.

- Falar...? O que?

- O que quiser, desde que seja positivo.

- Hun... está bem. Então eu vou falar... de quando vim aqui e me recebeu pela primeira vez.

- Oh sim, fale!

Ele logo volta a bater e a falar, ao mesmo tempo.

- Eu senti seus penetrantes olhos verdes em cima de mim...

- Hun...

-...e sabia que ia terminar no que terminou... oh, mas como eu desejava o que aconteceu!

- É...? Fala do meu pau entrando em você!

- Ah, no começo doeu...! E como doeu. Eu não sabia como ia ser, pois nunca antes havia entrado ninguém em mim...!

- Espera. Você era virgem?

- E meu senhor não sabia...? É o hábito em Valmar... guardar-se virgem até o casamento, pois sim?

- Ora! E por que não me contou? Ia ter muito mais graça te foder com força, sabendo que estava te deflorando!

- Me desculpe...

Começo a lembrar de quando ele veio pra cima de mim e sentou a seco no meu pau. Vi um brilho de receio em seus olhos, por mais que ele quisesse e desejasse... é claro! Ele era virgem. Vejam só, gostaria de tê-lo fodido com mais força àquela vez!

- E você ousou se entregar pra mim fora do casamento, hun? Podia ter encontrado alguém digno de si lá em Valinor...

- Mas eu só tenho olhos para o senhor Melkor!

- E agora fica aí sendo meu amante? Prefere isso do que ter feito um bom casamento?

- Prefiro tudo ao seu lado...

- Está bem. Mas vamos, continue falando da minha rola.

- Hun... foi tão bom... houve dor, mas o prazer foi melhor do que eu pensava... me tocava por dentro tão bem! E eu no meio de seu abraço forte... hun...

A expressão dele é tão lúbrica, que parece que quem está sendo masturbado é ele e não eu. Não duvidaria nada que ele estivesse de pau duro agora.

Ele continua.

- Então eu me senti completamente seu...! Finalmente sendo do vala a quem eu desejei por tanto tempo seguido! E aquele membro tão grande me devassando, as suas mãos tão firmes segurando em meus quadris... indo e voltando sem parar...! Ooohh...! Oooohhh, isso...!

Quando ouço esses gemidos, olho bem pro rosto dele. Está segurando os lençóis com a mão vaga, mordendo os lábios de prazer. Em seguida relaxa, como se tivesse despendido um grande esforço. Até para momentaneamente de bater uma pra mim.

- Mairon, você gozou?

Ele não responde de imediato, uma expressão de vexame em seu rosto. Em seguida fala, os olhos baixos:

- Sim...

- E nem foi tocado!

- É porque eu desejo tanto a meu senhor...!

Seus olhos se acendem em fogo. Não resisto: com um movimento rápido, o dispo de sua roupa e o coloco nu para mim. É lindo...! Nunca vi nada tão lindo em minha vida - nem mesmo as mulheres a quem desejei, e as quais pedi em casamento porque enfim, como ele mesmo dissera há pouco, só se deveria ter intercurso sexual no casamento em Valmar. Mas depois que virei pária mandei isso à merda e comecei a ter amantes, mesmo solteiro - embora, reiterando, esses amantes fossem em sua maioria muito fraquinhos, muito porcaria em face do que ele é. É como se eu somente houvesse escutado a instrumentos desafinados e feios, e agora finalmente ouvisse música de verdade.

O membro dele está cheio de porra. Gozou, evidentemente. Mas ainda está duro.

- Hun! Deite de bruços na cama, sua puta!

Ele assim o fez, sem hesitar. Em seguida, posiciono-me de pau duro, e sem gozar apesar de ele ter me masturbado, bem em sua entradinha.

- Agora sim você vai sentir o meu pau, como ansiava até agora há pouco. Sua vagabunda!

Dito isso, entro nele com força e de uma vez. Ele geme, não sei se de dor, de prazer ou de ambos. Tomo a seu lindo e dourado corpo nos braços e começo a fodê-lo intensamente. Como isso é bom...! Por um momento é como se fosse mentira, de tão bom.

Puxo o cabelo dele, batendo em sua bunda com força logo em seguida. Ele grita, mas não demonstra contrariedade. Pelo contrário, logo goza de novo, e antes de mim. Duas gozadas e eu nenhuma! Não me conformo. Seguro firme em seus quadris e gozo também, gemendo alto. É muito, muito bom.

Ele vira de frente para mim e me abraça, beijando minha fronte. Mairon, eu já disse que carinho não...! Mas é tão agradável que não o impeço.

- Te amo - ele sussurra, os lábios quase encostados nos meus.

- Há? Que disse?

- Que te amo.

Mairon disse que me ama. Ele disse. Céus, ele disse. Eu o olho como se nunca pudesse esperar nada semelhante.

- Ninguém nunca me disse isso antes.

- Ora...! Mas então eu digo. Digo quantas vezes quiser ouvir.

Ele sorri, e eu me deixo contagiar por esse sorriso. O coração dele ainda guarda muito do que tinha em Valinor, e eu ainda não o corrompi o suficiente.

Ou será que é ele quem torna meu coração mais claro, menos fechado, menos... obscuro?

To be continued

OoOoOoOoOoOoO

Era pra ser uma oneshot. Era. Agora acho que vai ter pelo menos mais um cap.

Eu e as minhas obsessões por certos casais. Rs.

Sobre a ocasião narrada pelo Mairon/Sauron no meio da punheta, é a fic "Olhos de Fogo".

Beijos a todos e todas!