"Ya, Yul Goon!

Como vão as coisas aí, na Coréia?

Espero que você esteja bem.

Então, finalmente Shin Goon chegou aqui para me visitar, estou muito feliz em vê-lo. Na verdade, a Unnie, o Shin e seus e-mails estão me mantendo feliz aqui, tão longe de casa!

Também estou mais contente por me livrar da vida do palácio, é tão chata! Definitivamente não nasci para ser a princesa (-_-)'

Ah, Maccau é tão bonita! Eu adoro ver o contraste ocidental se misturando com o oriental.

Obrigada, do fundo do meu coração, por me apoiar assim! E lembre-se que você também pode se apoiar em mim.

Abraços,

ChaeKyung".

Após ler o e-mail desliguei o computador. Ler os e-mails de ChaeKyung me dava vontade de sair daquele apartamento e ver o exterior. Ela exalava liberdade, era sua personalidade e a forma de vida que mais combinava com ela, e isso sempre estava explícito em seus e-mails. Era inevitável a sensação de liberdade que cada frase dela me causava.

- Mãe? Eu vou sair, tudo bem? - eu disse enquanto colocava o notebook na mesinha de centro e me levantava do sofá.

- Claro Yul! Não se preocupe assim comigo - ela respondeu sabendo que, desde o acidente, eu me preocupava muito com ela.

- Então estou indo - ela beijou minha testa ternamente.

- Tchau filho.

- Até mais, mãe - eu disse fechando a porta.

Só depois de deixar o prédio eu me dei conta de que estava andando sem rumo. Ao perceber isso decidi que iria até a Starbucks, localizada a um quarteirão de onde eu estava, e depois eu poderia ir a um parque, pensar em algo para responder a ChaeKyung. Era muito mais fácil pensar nela em locais abertos.

Então entrei na Starbucks, me dirigi até o balcão e pedi um capuccino. Aguardei minha bebida de pé mesmo e só quando ela chegou fui sentar em uma das poltronas que ficavam mais perto. Assim que sentei, avistei uma moça que não via fazia um tempo, Min Hyorin, a bailarina com alguma ligação muito forte com o Shin.

Embora eu nunca tivesse realmente conversado com Min Hyorin, eu sabia que gostava dela, ela era simpática e era uma boa pessoa. Por isso, levantei e caminhei até a pequena mesinha de dois lugares, um deles vago, onde ela estava sentada tomando um suco.

- Min Hyorin? - perguntei. Ela me olhou, não com aqueles olhos fortes e decididos que me lembrava, mas olhos brilhantes e confusos, e me lançou um sorrisinho, fraco, tímido e sincero, mas tristes e confusos como seu olhar.