"Cada Black possui seu veneno; o dela é levemente dominador, completamente falso e encantadoramente sarcástico; apaixonante."
Um doce veneno
N/A: Que fique claro que nenhum dos personagens e espaços envolvidos me pertencem, então, agradeço à J.K. por incentivar minha imaginação para tanto. Esta é uma mera shortfic Sirius/Narcissa, nas férias de verão do nosso querido maroto. Cissy, segundo algumas fontes, não estudou com seu primo por ser cinco anos mais velha, e pretendo seguir este raciocínio. Sirius está no seu quinto ano, antes de deixar a mansão Black.
Padfoot
Prólogo
"Dentro de uma mesma casa, pessoas diferentes são obrigadas a conviver. No meu caso, o esforço de interagir é maior, pois a frieza da família a qual pertenço é enorme. Esta, os Black, acaba por me corroer, como um ácido, destruindo-me com a indiferença, rigidez, o sarcasmo e ironia desmedida.
Bem, talvez você esteja se perguntando como alguém consegue ser tão 'obscuro', possuindo sentimentos vistos ruins; te respondo com prazer, caro ouvinte: 'Um Black é superior a toda criatura viva, não precisa se explicar a nada, é melhor, poderoso e com dignidade deve agir', segundo o discurso de Walburga Black, minha mãe.
Em partes eu concordo, afinal, Sirius Black é encantadoramente perfeito, tentador e poderoso. Entretanto, a superioridade é discutível. Familiares que se agridem, como meu pai, Orion, ao me bater quando digo 'sandices', podem ser melhores que uma família normal, onde os pais cuidam bem de seus filhos? Creio que não.
Que tal dar um exemplo? Bom, tenho tantos tios que seria quase impossível recordar de todos, então, pegarei um casal típico: Druella Rosier Black e Cygnus Black foram arranjados um para o outro ainda com doze anos de idade. Seguindo as regras patriarcais, casaram-se e procriaram minhas primas (respectivamente) Bellatrix, Andrômeda e Narcissa.
A primogênita saíra pálida, com os cabelos escuros e encaracolados nas pontas. Um charme demoníaco lhe cerca, seus olhos são repletos de sentimentos profanos, que encantam seu noivo, Rodolphus Lestrange. Sinceramente, sendo nove anos mais velha que eu, devo admitir que és encantadora, pena que seja tão explosiva e previsível. Adoro me surpreender.
Andrômeda, minha querida prima, tem o mesmo semblante enigmático da mais nova (comentarei dela separadamente, se me permite), com seus cabelos negros muito lisos e a pele corada naturalmente. Sete anos nos distanciam, uma lástima, pois eu faria gosto de tê-la comigo, mas Ted Tonks, um trouxa, não permitiria tal coisa. Andy fugiu com ele e se casaram (por falar nisso, tenho que lhe escrever para saber como vão as coisas. Na última vez, ela não se sentia bem disposta, ficava enjoada com facilidade).
Em fim, a parte mais esperada, Narcissa. Loura, seus cabelos dourados, e com algumas ondulações, são tão cheirosos e sedosos que dá vontade de lhe escovar todos os dias. Mas se fosse apenas os cabelos seu ponto marcante, não estaria me demorando ao falar dela. Sua pele alva e macia seduz qualquer apreciador de 'bonecas de porcelana', assim como seus olhos azuis incrivelmente claros. Porém, estes não transparecem emoção alguma, dando um ar misterioso a todas suas feições.
Fria, calculista, manhosa e trapaceira, atinge a doçura com facilidade, enganando com sua meiguice 'ofídica'. Víbora, cobra peçonhenta, é o que a define. Preste atenção à palavra 'veneno' pois cada Black possui seu veneno, seja o ódio ou a ironia (no meu caso, seria a abstinência pela minha sedução, o meu charme brilhante, além da minha alma burlesca). Entretanto, o dela é levemente dominador, completamente falso e encantadoramente sarcástico. A torna apaixonante, cheia de contradições deliciosamente maléficas, transtornos apetitosos, juntamente com seu delicado cheiro de morango afrodisíaco.
Retire tudo o que eu disse sobre a Cissa, ok? Não quero 'desestruturar' seu ego (já inflado), principalmente com cinco anos de diferença (ah, quem me dera ter vinte anos para desfrutar de seu toque picante). Contudo, se ela me perguntasse o que eu sinto, poderia beijá-la em resposta; não sei outra maneira de demonstrar o fogo que carrego sem passá-lo para quem o provoca. E como provoca, meu Merlin! Como alguém pode ser tão fogosa e irritantemente ingênua? Deve ser para me deixar cada vez mais tentado. Porém, não vou ceder ao seu veneno gostoso, pelo menos não sem hesitar um pouco. Palavra de Sirius Black, e palavra de 'cachorro maroto' pode ser questionável quando se trata de mulheres, em especial, esta."
