Disclaimer: Saint Seiya não me pertece (Infelizmente, hunf) e sim ao Masami Kurumada.

Obs: Contém incesto e insinuações de situações fortes.

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Tristesse

Saga x Kanon


Dores


O feixe de luz cortava o céu de forma ruidosa, a chuva que sucede era em uma escala ingente. Quando pisou em sua morada, seu rosto estava pálido e as mãos úmidas de tensão. A babel de vozes em sua cabeça o fez entrar naquele momento incômodo de estupor.

O gêmeo mais novo se aproximou, sentindo uma energia cósmica diferente. Olhou a figura a sua frente – seu irmão –, mas conseguia notar o vigor maléfico que diferia do bondoso e costumeiro Saga. O chamou, mas seu gêmeo se manteve no mesmo lugar, ocultando o rosto com ambas as mãos, se compungiu ao imaginar que estava sendo relegado.

E novamente seus lábios mencionaram o nome do futuro cavaleiro do terceiro templo. Kanon foi engolfado por uma onda de intensa preocupação. A distância entre os dois se extirpou. Queria ver sua face e compreender a situação. O olhar divergia do complacente e benévolo quando os orbes do mais velho se encontraram com os seus, integralmente perverso, e seu cosmo pernicioso, mas o caçula não se intimidou. Não ouviu mais Saga, e sim Ares. E foi neste momento que foi apresentado a ele.


Os olhos semicerrados e com a visão desfalcada com custo conseguiram decifrar o seu companheiro, sentiu um movimento estranho na cama, estava sonolento, mas quis apurar com precisão o que se trava. Soergueu-se, aquela ação foi algo dolente, olhou por um momento seu corpo desnudo e as máculas do que havia ocorrido. Seu irmão estava sentado de costas. Os soluços foram ouvidos, se misturando debilmente com o tamborilar das gotículas de água que iam de encontro com a janela vítrea do aposento. Saga havia voltado.

Ares não estava mais ali, mas Saga sabia tudo o que havia sido coagido a fazer. Kanon se colocou ao lado do irmão na beirada do leito, o ampara, abraçando-o com força, tentando apaziguar suas lágrimas e ocultando inteiramente o que sentia, no momento era apenas um pormenor. Ele tentou se pronunciar, mas o caçula o impediu, cantarolando uma canção de ninar, costumeira dos seus tempos pueris.

Doía, doía muito.


N/A: Então, isso é uma coisa sem noção que eu fiz. Yep. Já estava algum tempinho pronta, mas só realmente a revi agora. Mudei umas coisinhas. É pequena, e se eu continuar, os outros capítulos devem ser pequenos. Queria fazer uma visão do Kanon sobre certos acontecidos. Música do Chopin deu o título à estória. É, e culpa da Van por conta do Ares. q