N/A: CONTINUAÇÃO DE "UMA FLECHA NO ESCURO"
Oi todo mundo!
Demorei um pouco, mas finalmente voltei com a continuação da outra fanfic.
Obrigada a todos os comentários e ao apoio que recebi por ela.
Espero que vocês continuem curtindo e acompanhando!
Capítulo 1
Um ano se passou. Mais um ano de isolamento, de reflexão, de busca, porém não foi um ano exatamente fácil...
Susan defendeu-se do golpe com sua espada. Odiava a arma, mas justamente para isso precisava aprender a usa-la.
Seu braço tremeu com o impacto, mas a espada ficou firme em sua mão. Jogou o peso do seu corpo para frente, para conseguir afastar-se um pouco de sua oponente.
Aproveitou a pequena brecha para respirar um pouco, então girou a arma em sua mão e partiu para cima de novo. Sabia que sua oponente era mais forte, lutar só adiava o inevitável.
Não foram precisos mais que dez minutos para ela estar caída no chão, a lâmina da espada da outra contra sua garganta.
-Você venceu. De novo. –Susan falou, levantando as mãos em rendição.
A elfa abriu um sorriso.
-Você está cada dia melhor, Susan. –a guerreira falou –Logo você será capaz de me derrubar.
-Eu estarei esperando por esse dia. –Susan sorriu e aceitou a mão que a outra ofereceu para ajuda-la.
-Mais uma? –a capitã perguntou.
Susan estava para dizer que sim quando ouviu seu nome.
-Sobrinha querida. –Odin chamou –Eu preciso falar com você.
Susan virou-se para olhar para o rei de Asgard, que estava parado na sacada e arqueou uma sobrancelha.
-Um momento, tio. –ela chamou de volta –Fico te devendo? –perguntou a mulher.
-Eu cobrarei. –ela falou com um sorriso.
Susan sorriu de volta e deixou a área de treinamento, subindo as escadas para o palácio de Alfheim, onde estivera vivendo por um ano.
Escolhera viver com os Elfos da Luz ao invés de em Asgard, porque fora informada de que Thor estava voltando para la. Fora muito bem recebida como a sobrinha do Rei de Asgard e estivera recebendo treinamento, além de estudando.
As bibliotecas dos elfos eram repletas de manuscritos e muitos deles falavam de Nárnia. Ela se reaproximou de sua terra do coração, mesmo que fosse apenas pelas informações que recebera.
Ela lembrou-se, viu os seus erros. Deixara de acreditar e por isso ficara para trás. Ou talvez Aslan apenas tivesse um plano diferente para ela. Agora Susan estava buscando saber o que devia fazer, qual era sua missão aqui.
O caminho até a sala do rei era familiar para ela e logo a Rainha estava lá. O Rei de Asgard e o Rei dos Elfos estavam ali, conversando em voz baixa, e ela curvou-se elegantemente para ambos. O elfo acenou com a cabeça, antes de deixar os dois para conversarem em particular.
Susan arqueou a sobrancelha assim que a porta fechou-se.
-Sobrinha querida? –ela soltou sarcástica.
Odin abriu um sorriso divertido, então sua aparência se desfez e Loki ficou em seu lugar.
-Um pouco demais, talvez? –ele perguntou divertido.
-De leve.
Susan estivera ali, passando-se por uma sobrinha distante de Odin, uma protegida. Fora treinada pelos elfos, assim como fora treinada por Natasha e Elektra. A Rainha estava cada vez mais poderosa. Loki havia lançado algum tipo de feitiço nela, para que ela conseguisse ter mais força e não dar na cara que não era uma Asgardiana.
Alguns questionamentos tinham aparecido no começo, mas agora Susan já era uma figura querida na corte.
-Aconteceu uma coisa. –Loki falou por fim. Seu rosto tornou-se sério.
-O que? –ela perguntou curiosa.
-Heimdall me chamou mais cedo. –ele falou –Aparentemente nossos queridos Vingadores andaram se metendo em problemas. Lembra-se do cetro e da Joia?
-Difícil de esquecer. –ela falou de forma seca.
Seu relacionamento com Loki não tinha se curado. Ela mal o via agora e para Susan era até melhor. O deus destruíra sua chance de reconstruir sua vida.
-Eu temo que Thanos esteja tentando reunir essas Joias. –Loki explicou, aparentemente imune ao tom dela –Elas andaram aparecendo em tempos recentes e isso nunca é um bom sinal.
-O que isso tem a ver comigo e os Vingadores? –ela quis saber.
-Seus amigos estão brigando.
-O que? –ela perguntou chocada.
-Heimdall não me ofereceu detalhes, mas aparentemente eles estão se colocando uns contra os outros. –Loki explicou –Normalmente eu não me importaria com isso, aliás, eu ajudaria com prazer, mas ainda há a questão da Joia.
-Eu não entendo onde você quer chegar.
-Se Thanos realmente está atrás dela, será necessário que eles permaneçam unidos para protege-la. –ele indicou.
-Você quer dizer o Visão. –ela indicou.
-Que seja. –Loki revirou os olhos.
-O que você está querendo exatamente?
-Bom, você sempre foi uma amante da paz. Que tal descer até Midgard e fazer os Vingadores ficarem amigos de novo? –ele sugeriu.
-O que você ganha com isso? –ela quis saber.
-Ora, Susan, você ainda não confia em mim? –ele falou com falsa ofensa.
-Em alguns dias ainda menos que outros. –ela falou seca.
Loki riu.
-O que você quer que eu faça? –ela perguntou diretamente, porque sabia que era isso que ele queria. Vivera com Loki tempo o bastante para saber quando ele estava enrolando.
-Eu gostaria que você fosse até eles para ajudar com o problema em questão. –ele falou por fim –Sim, eles desunidos seria interessante de ver, mas sozinhos eles não terão chance alguma contra Thanos. E eu prefiro que eles derrotem o Titã antes que ele me ache.
Obviamente que isso era apenas um esquema elaborado para ele mesmo ficar seguro.
-Eu não acho que isso seja uma boa ideia. –ela falou direta –Caso você não se lembre, da última vez que eu os vi, eu estava trancada numa cela, com todos me acusando de ser uma traidora. Eles nunca vão confiar em mim.
-Claro que vão. –Loki fez um gesto de dispensa com a mão –O Capitão é tolo desse jeito, Stark é um idiota... Vai ser fácil.
-Estamos ignorando a Natasha? –ela perguntou.
-Natasha te traiu quando não te deu o benefício da dúvida e ela sabe disso. –Loki lembrou –Justo a pessoa que preza segundas chances e todo aquele melodrama... O Capitão vai querer defender sua honra e você pode se fazer de donzela indefesa. Eu sei que você encontrará um jeito.
Susan revirou os olhos.
-Eu não gosto disso, Loki. –ela declarou.
-Mas é a coisa certa a se fazer. –ele argumentou –Eles precisam de ajuda. Eles são amigos, têm que permanecer unidos. Você não quer ajudar? Porque é o certo a ser feito?
Susan respirou fundo. Sabia que Loki estava manipulando suas emoções, mas a verdade era que ela era uma guerreira. Se tinha algo acontecendo e podia lutar para proteger pessoas inocentes, lutaria até o fim.
-Uma condição. –ela falou séria.
Loki arqueou a sobrancelha.
-Você tira o feitiço que me impede de falar sobre você.
-Não.
-Então você pode resolver isso pessoalmente. –ela falou por fim –Ou mandar Thor. Ou se passar por mim, eu não ligo. Mas se você não tirar o feitiço, eu não vou.
-Eu não posso fazer isso. –ele declarou.
-Eu não vou falar onde você está, Loki. –ela garantiu –Eu só quero o direito de me defender. Eu posso dizer que você me tirou de lá e me largou no Alaska, tanto faz. Eu só quero poder me defender.
Loki suspirou.
-Tudo bem. Que assim seja. –ele deu de ombros e estalou os dedos. Susan teve a sensação de que um nó em sua garganta se desfazia –Só para você saber... Stark te colocou na lista de mais procurados. Boa sorte.
Ela bufou.
-Então eu acho que vou precisar das minhas roupas antigas. E uma carona.
N/A: O que vocês acharam?
Comentem, por favor!
B-jão
