Um Ato de Pirataria
Por CaH-chan
Capitulo I – Minha antiga promessa
Era uma época antiga, repleta de lutas entre samurais e guerras comercias, principalmente na antiga capital japonesa, o próximo local marcado para o ataque do Shikon, o navio pirata mais temido dos sete mares, pela sua fama de cruel. A tripulação era perversa e normalmente, quase não deixavam sobreviventes. Exceto por uma pessoa... InuYasha. Ele era irmão do capitão do navio, Sesshoumaru, porém, nunca sentira prazer em matar ou roubar. Mas como a vida o havia ensinado, era matar ou morrer. A única razão para ser pirata era a insistência de seu irmão em dizer que esse era o sonho de seu pai.
Em seu próximo ataque, na capital do império japonês, eles planejavam um ataque silencioso,sem que houvesse muitas vítimas,já que pretendiam levar uma carga preciosa daquele lugar,pois se conseguissem o que queriam talvez não precisassem nunca mais de roubar, assim pensava InuYasha.
A tripulação era toda formada por homens (e youkais) competentes... quando queriam. Jakotsu, o cozinheiro do navio, fazia com que todos trabalhassem bastante na esperança de que esquecessem do jantar, pois ele não era o que se pode chamar de um bom cozinheiro. Outro motivo era a queda que ele tinha por InuYasha, o que mantinha o hannyou o mais longe possível dali. Miroku, Keinthi, Seiki, os marinheiros, faziam de tudo para que o navio alcançassem velocidade máxima e os roubos os mais proveitosos possíveis. E é claro, Sesshoumaru, o capitão, e InuYasha seu irmão. Kikyou, namorada de InuYasha, sempre viajava com eles, pois tinha medo de que InuYasha a traísse, mesmo sabendo que ele lhe era fiel.
Neste momento, o Shikon encontrava-se ancorado em uma cidade sombria e obscura, que provavelmente colocaria medo em qualquer pessoa normal que entrasse ali, mas obviamente, nenhum dos marinheiros daquele navio pirata era normal.Os habitantes da pequena cidade eram estranhos, além do alto numero de mortes que ali havia, a população vivia bêbada e ali havia prostitutas em cada esquina, coisa que não passava despercebida por Miroku.
-E então, Sesshoumaru, pretendes comemorar hoje a noite vitória sobre o império chinês que tivemos ontem? – perguntou InuYasha.
-Não. Pretendo partir amanhã para a capital japonesa. Tenho planos lá, muito preciosos.
-Sei disso, já conversamos antes. Pretende deixar sobreviventes no Japão?
-Na verdade, irmãozinho, não pretendo fazer vítimas, só quero uma coisa de lá.
-Vai me dizer o que quer? – perguntou o hannyou após um constrangedor silêncio. Mas ele não lhe respondeu. Apenas saiu andando em direção ao resto da tripulação. – Sesshoumaru! Não me deixe aqui falando sozinho!! – gritou InuYasha, mas o irmão já não lhe ouvia mais.
-Partiremos amanhã ao nascer do sol! Não quero atrasos!Tenho negócios importantes para tratar no Japão, portanto, sejam pontuais. A não ser que prefiram não acordar mais! – InuYasha ouviu o irmão anunciar ao aproximar-se da tripulação.
Ao amanhecer Sesshoumaru já estava com toda a tripulação reunida e prontos para partir, a viagem não seria longa, pois a cidade ficava a 2 dias da capital. Kikyou estava na proa do navio junto de Sesshoumaru.
- Você acha que conseguiremos? - questiona Kikyou
- Não tenho dúvidas. – Respondeu o capitão - Mandarei InuYasha para o serviço.
- Não descansarei enquanto não tiver o que quero.
-Eu também não, KiKyou, eu também não...
-Hei, vocês, desçam daí!!!!!!!- grita InuYasha, que estava soltando uma das cordas que amarravam o navio ao porto.
Ao descerem já encontram tudo proto para zarpar, apenas esperavam pela ordem do capitão, este logo a deu e foram em direção a capital do Japão.
Os dias passaram rapidamente e a tripulação logo desembarcava no porto japonês, o plano seria o seguinte, Inuyasha e seu "amigo Miroku" iriam para a mansão do governador pegar a carga tão preciosa, para os dois não seria difícil, pois era abes em entrar nos locais sem serem percebidos.
A capital do império japonês era uma cidade calma, com um comércio instável. O imperador Higurashi fazia de tudo para que o império melhorasse a cada segundo. Sua neta, Kagome Higurashi, era uma adolescente de seus 17 anos. Seu corpo bem modelado tinha perfeita harmonia com seus olhos tão profundos e azuis como as mais puras águas do oceano e seus cabelos negros eram como o céu em uma noite estrelada. A doçura de seu ser era contagiante, de modo que os habitantes daquele lugar estavam sempre sorrindo, assim como a garota.
- Kagome!!!!!!!!!Onde você está? - sua mãe gritava a sua procura.
- No meu quarto, mamãe!!! Precisa de ajuda em alguma coisa?!?! – ela gritava de volta.
- Já é noite minha filha......deve dormir,amanhã o Houjo vem aqui e tenho certeza que você quer ficar bela para ele, estou certa?
- Sim. Já vou deitar-me. Boa noite!
-"Hum Houjo, tá ele é bonito e tal..mas muito esnobe, porque o vovô escolheu ele como meu futuro marido?" - ela pensava enquanto sua mãe saia do quarto sorridente.
Kagome era uma princesa e teria que aceitar o fato. Porém, não gostava disso. Não gostava de não poder sair do castelo se não estivesse com uma capa e cercada de empregados. Não gostava de ser seguida a onde quer que fosse. Não gostava de que as pessoas a vissem como um membro tão influente na realeza, já que ocorreram muitos erros no governo passado de sua família. Gostaria de ser livre... Levar uma vida comum... Longe das regras e das decisões... Longe dos problemas.. Queria apenas ser feliz... Tinha esse direito... O direito de querer viver...
I hold my breath as this life starts to take its toll
Segurei a minha respiração quando essa vida começou a cobrar os impostos
I hide behind a smile as this perfect plan unfolds
Me escondi atrás do sorriso quando esse plano perfeito foi descoberto
But oh, God, I feel I've been lied to
Mas ah, Deus, sinto que fui enganada
Lost all faith in the things I have achieved
Perdi toda a fé nas coisas que eu alcancei
And I
E eu
I've woken now to find myself
Eu acordei agora para me achar
In the shadows of all I have created
Nas sombras de tudo o que eu criei
I'm longing to be lost in you
Eu desejo me perder em você
(away from this place I have made)
Longe desse lugar que eu criei
Won't you take me away from me
Você não vai me levar para longe de mim?
Crawling through this world as disease flows through my veins
Rastejando por esse mundo como a doença corre por suas veias
I look into myself, but my own heart has been changed
Olho pra dentro de mim mesma, mas meu coração foi mudado
I can't go on like this
Não posso continuar assim
I loathe all I've become
Eu detesto tudo o que eu me tornei
I've woken now to find myself
Eu acordei agora para me achar
In the shadows of all I have created
Nas sombras de tudo o que eu criei
I'm longing to be lost in you
Eu desejo me perder em você
(away from this place I have made)
Longe desse lugar que eu criei
Won't you take me away from me
Você não vai me levar para longe de mim?
Lost in a dying world I reach for something more
Em um mundo que está morrendo, eu procure por algo mais
I have grown so weary of this lie I live
Eu cresci tão cansada dessa mentira que eu vivo
I've woken now to find myself
Eu acordei agora para me achar
In the shadows of all I have created
Nas sombras de tudo o que eu criei
I'm longing to be lost in you
Eu desejo me perder em você
(away from this place I have made)
Longe desse lugar que eu criei
Won't you take me away from me
Você não vai me levar para longe de mim?
Kagome havia perdido o pai no meio de tantas guerras, mas sua mãe cuidou muito bem dela e de seu irmão Souta que agora estava com seus 14 anos. Kagome não queria saber desta coisa de governar o império, mas seu avô já estava velho e precisaria de um substituto e este seria Houjo, que era um belo rapaz, muito inteligente, mas muito ligado em coisas materiais, porém amava Kagome e ela sabia disso. Mas ela não gostava da idéia de casar-se com ele, apesar de saber que era a coisa certa a fazer. Foi com esse pensamento que ela acabou adormecendo.
- Tá,tá maninho eu já entendi tudo,não precisa mais repetir.-falava Inuyasha-"feh, que saco! Esse Sesshoumaru, não sei porque ele não vai já que é tão importante......hum, fazer o que é meu irmão, tenho que agüentá-lo"- Inuyasha saia com Miroku do porto, em direção a mansão do governador.
10 minutos depois...
- O cara, pra que tanta raiva? É só mais um trabalho.
- Ora, Miroku você sabe que não gosto de fazer isso e nem sei porque você também faz......
- Você sabe que não tenho para onde ir, eu não tenho mais família e só tenho você.
- Tá,tá......vamos acabar com isso, talvez assim nós possamos sair desta vida, sei que meu pai queria assim, mas não agüento mais, quero viver em paz com a Kikyou.
-Hum, não acho que deva ficar com aquela mulher.
- Não fala assim dela, é minha namorada, mais respeito.
-Tudo bem, mas mesmo assim não gosto dela e olha que amo todas as mulheres bonitas e não posso negar que ela é uma mulher bonita...hei Inuyasha até onde você já foi com ela?
- Ora seu........pare com essas tolices e anda mais rápido, o Sesshoumaru vai mandar uma carroça para nós depois que pegarmos a carga, vamos logo a casa fica logo à frente......- enquanto conversavam acabaram por chegar numa mansão que ficava perto do porto. Ela possuía um jardim imenso e cheio de flores e fontes, com altas arvores fazendo sombra por ali.
Kagome levantou radiante naquela manhã de sábado. O sol brilhava no alto do céu quando ela abriu as cortinas, deixando com que a luz do sol entrasse e iluminasse todo o aposento.Era um quarto grande, com uma cama de casal encostada na parede, uma mesa onde ela pudesse resolver seus problemas e estudar, com um poltrona de couro rosa e um guarda-roupa consideravelmente grande. As paredes brancas com cortinas rosas nas janelas, davam ao local um ar aconchegante, que era completado pelo tapete localizado no centro do cômodo. Kagome trocou sua camisola por um vestido comprido, com a saia rodada (daqueles que se usavam antigamente) lilas e com traços em prata, mas é claro que com a ajuda de Kaede, sua dama de companhia, que sempre a ajudava a colocar o espartilho. Terminou de arrumar-se colocando o colar que havia sido de sua avó em seu pescoço. Lembrava-se bem do dia em que seu avô havia lhe dado.
FLASH BACK
Kagome tinha apenas 10 anos naquela época, mas mesmo assim, seu avô procurou-a naquela tarde nublada.Ela estava sentada sob a sombra de uma grande arvore no jardim de seu castelo, observando o movimento das nuvens no céu.
- Kagome, querida, podemos conversar? – perguntou o imperador Higurashi, sentando-se ao lado da neta.
-Claro vovô. Sobre o que quer conversar? – questionou a pequena criança, deitando-se e apoiando a cabeça no colo do avô.
-Tenho uma coisa para você.
-O que?!?! – perguntou a Kagome, com os olhos azuis brilhando.
-Tenho um presente para você – ele entregou a neta uma caixinha. Esta a abriu rapidamente. Lá dentro havia um colar. Em uma corrente fina de prata, com alguns detalhes em brilhantes, estava pendurada, dentro de uma circunferência, uma bola que parecia ser de vidro. Aos olhos de Kagome, ela emanava uma luz linda, além de transmitir-lhe paz. Ficou fascinada com aquilo. Nunca havia visto nada igual.
-Obrigada, vovô!! É maravilhoso!! – falou a garota sorridente. Entregando o colar ao avô, dando as costas para ele e levantando a negra cortina de cabelos, para que ele pudesse colocar o colar em seu pescoço.
- Isto não é apenas um simples colar Kagome. Vire-se para mim. – falou o sábio imperador, sem colocar o colar no pescoço da neta. – Isto é o símbolo de todo o nosso reino. Uma relíquia de família. Pertenceu a sua avó, e depois a sua mãe, e agora pertence a você e daqui a um tempo pertencerá a sua filha. Este colar deve estar sempre no pescoço do membro mais jovem da família, assim que ele tiver capacidade de guardar o colar.
-... – diante do silencio da neta, prosseguiu.
-E nunca, nunca, nunca o dê a ninguém! Mesmo que seja apenas por uma fração de segundo.
-Certo vovô. Eu prometo que tomarei cuidado.
-Você precisará de muito mais do que cuidado para protegê-lo, minha querida.
-Eu farei de tudo vovô, eu prometo!
-Conto com isso Kagome. Agora vá já para dentro tomar banho, a ceia está quase pronta.
-Certo – falou a menina obediente, dando um beijo na bochecha do avô e saindo correndo para dentro do castelo, com o colar no pescoço.
FIM DO FLASH BACK
Kagome desceu as escadas e tomou café rapidamente, saindo em seguida para um passeio pelo jardim, acompanhada de Kaede.
Do lado de fora deste palácio, estava um humano e um hannyou, observando o local atentamente, tentando de perceber o melhor local para entrarem, pois haviam alguns guardas no portão.
Entraram sem chamar a atenção de ninguém, foram andando rapidamente pelo jardim para que ninguém percebesse a presença dos dois ali, logo, já estavam perto da casa.
-Hei, Miroku,vamos subir uma das árvores. Precisamos entrar em um dos cômodos.
-Tá, você acha que ela ainda está dormindo?
- Tenho quase cer....ah!- ele que estava andando sem olhar para frente acaba tombando com alguém.
-Aí, quem são vocês?- Kagome perguntava tranqüilamente –
- Somos apenas mais dois dos empregados do rei Higurashi. - falou hannyou de olhos dourados.
-Nunca os vi antes... São novos? – perguntou Kagome. Kaede apenas olhava de sua patroa para os novos empregados, sem pronunciar palavra alguma.
-Sim! Pode me chamar de Miroku. Ele é InuYasha - foi a vez de Miroku responder, tomando as delicadas mãos da dama de olhos azuis entre as suas.
- Não sabia que o vovô havia contratado mais gente.... Mais isso não é problema meu... – Kagome "pensou alto", levemente envergonhada pelo gesto do rapaz. Viu o tal InuYasha puxar Miroku, de modo que ele fosse obrigado a soltar-lhe as mãos.
-Oh perdão! Você deve ser vossa alteza Kagome Higurashi!! – falou Miroku, se apressando em fazer uma reverencia e cutucando Inuyasha, que já o havia soltado, para que ele fizesse o mesmo.
-Não precisam curvar-se.... Levantem-se! O rei é meu avô e não eu. – Kagome falava tranqüilamente, com um sorriso calmo enfeitando a bela face. Os dois marinheiros ficaram fascinados com a beleza e a gentileza daquele ser. Seria realmente uma pena fazê-la algum mal... Mas seria bem pior para eles se não o fizessem.
-Não posso seqüestrá-la. Não vou conseguir. – murmurou InuYasha discretamente no ouvido de Miroku.
-Será difícil, mas acho que podemos compensar tratando-a bem.... – murmurou ele.
-E deixando-a longe de você... – completou o hannyou.
-O QUE?! – indagou Miroku, falando mais alto, esquecido da presença das damas ali.
-O que o que?? – Kagome perguntou curiosa.
-Nada não... – falou o hannyou, tentando manter a calma e não matar Miroku. – Bem, somos novos na cidade... Será que poderiam mostrá-la melhor para nós dois?
-Sinto muito, mas não posso sair. Meu noivo chegará daqui a uma hora para me ver...
-Não se preocupe senhorita. Voltaremos antes disso. – Mentiu Miroku. Ele não gostava de faltar com a verdade, principalmente para uma dama tão respeitável como Kagome, mas seria o único jeito.
-O que você acha Kaede?
-Seria adorável, desde que cheguem antes do Senhor Houjo.
-Certo. Podem esperar um segundo? Vou chamar Rin, minha irmã.
-Senhorita Kagome, Rin saiu com sua May. Creio que ambas foram dar uma volta.
-Sendo assim podemos procurá-las pela cidade.
-Certo senhorita Higurashi. Podemos ir? - falou o rapaz de olhos azuis, oferecendo o braço. Porem antes que Kagome pudesse aceitá-lo, InuYasha empurrou o companheiro... Tinha medo de que a "mão boba" do companheiro pudesse estragar a missão. Então tomou-lhe o lugar, oferecendo o braço a Kagome.
Saíram em direção ao portão e eles logo avistaram uma carruagem a espera deles. "Está fácil de mais..." pensava o hannyou. Mas foi só por um segundo, pois apareceram dois homens correndo em direção a eles. Um deles, tinha o cabelo comprido e o usava preso em uma fita de couro. Usava o uniforme real. O outro, aparentava ter 18 anos, usava roupas alinhadas. Devia ser o noivo de Kagome. Quando inuYasha percebeu que Kagome soltava seu braço do dele, fazendo menção de ir até o noivo, jogou Kagome dentro da carruagem e esperou seu companheiro sentar-se, mas antes que o hannyou pudesse sentar-se, a carruagem começou a andar e ele sentiu um peso sobre seus joelhos fazendo com que ele perdesse o equilíbrio e caísse deitado no banco, com o peso agora sobre as suas costas. A queda fez com que Miroku chegasse mais para perto de Kagome, o que permitia que a sua mão boba entrasse em ação. Como conseqüência, Kagome gritou e deu-lhe um tapa na cara, alertando o guarda costas, que começou a correr mais rápido, fazendo com que um pequeno furacão se formasse. Ele aproveitou a velocidade e deu um de seus grandes saltos, parando em frente à carruagem, que estava em movimento, fazendo os cavalos relincharem e pararem.
O guarda aproveitou-se da situação em que se encontravam as pessoas na carruagem para pegar Kagome no colo e tirá-la de lá. No segundo em que alcançou o chão com Kagome no colo, viu um hannyou de pe, a sua frente.
-Mas como pode? Você estava... – o guarda costas tentava entender.
-Obrigada, Kouga. – agradeceu Kagome ao guarda costas, enquanto ele a colocava no chão.
-Falou bem, seu lobo fedido, eu ESTAVA lá...Mas você tem algo que eu quero e não sairei daqui sem ela.
-Só passando pelo meu cadáver. – Falou o youkai chamado Kouga, vendo Kagome correr e abraçar o noivo. Sentiu uma pontada no coração. Amava Kagome e a protegeria. Mesmo sabendo que ela era prometida à outro.
-Se é assim que você quer... – falou InuYasha, partindo para cima do adversário, com uma série de golpes certeiros. Enquanto ele lutava, viu de relance a carruagem parada e Kagome ajudando sua dama de companhia a descer, enquanto Miroku alisava o rosto, que agora possuía uma outra marca vermelha. "Esse Miroku não presta mesmo!" pensou InuYasha, enquanto se preparava para aplicar o golpe final em seu adversário. Sacou a Tessaiga e esperou que as duas energias se chocassem. Ele deu pulo e desferiu a Ferida do Vento de modo que ela raspasse em Kouga, pois assim ele não morreria, apenas ficaria um "pouco" machucado.
Kouga caiu no chão inconsciente, mas não morto. InuYasha odiava matar os que julgava dignos de viver e aquele guarda, com certeza, estava apenas cumprindo seu dever. Com um pulo, encontrava-se em frente a neta do rei e sua dama de companhia. Olhou para trás e percebeu que Miroku corria até eles gritando algo parecido com "Não foi culpa minha InuYasha!". InuYasha levantou Kagome pela cintura, a colocou sobre seus ombros, sentou-a na carruagem e sentou-se ao seu lado. Enquanto isso, Miroku e Kaede, a dama de companhia, conversavam alegremente enquanto caminhavam em direção a carruagem. Os dois sentaram-se, Kaede ao lado de InuYasha e Miroku entre Kaede e a janela.
Não demoraram muito para chegarem no porto. InuYasha pegou, delicadamente Kagome no colo, mas esta começou a espernear e gritar, de modo que ele a jogou sobre seu ombro e subiu a bordo do Shikon. Enquanto isso, Miroku, tentava, em vão, colocar Kaede sobre seu ombro, como vira o companheiro fazer. Em parte porque ela esperneava ainda mais que Kagome e em parte porque ela pesava muito mais que a patroa e Miroku não tinha nem metade da força de InuYasha. Já desanimado, virou para a dama de companhia:
-Olha senhora, que saber de uma coisa? Não sei nem porque você veio. Você não tem importância mesmo..... Não vou te seqüestrar... – falou ele, caminhando até a ponte que ligava o Shikon ao porto.
-O QUE?! – gritou a velha senhora, mas percebendo que ele a ignorava, saiu correndo atrás dele e gritando – Ei!! Espera ai! Eu sou paga para fazer companhia a Kagome sabia?? E além do mais, eu sempre quis viajar... Para onde nós vamos? Grécia? Itália? Estados Unidos?
-Olha aqui velhota, ninguém está te obrigando a subir a bordo, aliás, é melhor você ficar mesmo.... você é insuportável!– resmungou InuYasha, ao ver a dama de companhia subir a bordo. – E além do mais, você tem um cheiro ruim. – concluiu o hannyou, pegando Kaede pelo pé e virando-a de cabeça para baixo, na tentativa de que, talvez assim, o cheiro que ela exalava não alcançasse suas narinas. Ele tomou o cuidado de segurar a ponta do vestido junto ao tornozelo, para quer o vestido não caísse.
-Onde está Kagome? – perguntou a velha senhora, ainda de cabeça para baixo.
-Não te interessa velhota! – rugiu InuYasha – O que fazemos com essa praga Sesshoumaru?!
- Jogue-a junto com a outra. – respondeu o capitão – e depois mande Kikyou arranjar-lhes roupas.
-Certo. – falou o hannyou, levando a dama de companhia, ainda de cabeça para baixo, para o aposento onde estava sua patroa. Chegando lá, arremessou-a, de modo que ela caísse em cima da cama e foi chamar Kikyou.
..... No dia seguinte ......
- ACORDA KAGOMEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!! – gritava Kaede desesperada, balançando a companheira na tentativa de acordá-la – NÓS VAMOS MORREEEEEERRR!!!! – parou de gritar ao perceber batidas na porta que quase derrubavam a mesma.
- Hã?! Que?! – tentava situar-se uma Kagome sonolenta.
-NÓS VAMOS MORRRRRRRER!!!!!!!!!
-O QUE?! – falou a garota de olhos azuis, pulando, da cama, mas caindo novamente devido ao balanço do navio.
-O NAVIO VAI NAUFRAGAR!! – gritava a dama de companhia, desesperada.
-CLARO QUE NÃO, VELHOTA. É SÓ UMA PEQUENA TEMPESTADE!!! – ouviu-se uma voz vinda da porta.
InuYasha olhava cada pingo de chuva que alcançava o mar, a imensidão azul que ele admirava. Ou melhor, quem o visse, poderia jurar que ele o fazia, mas seus pensamentos estavam voltados para a sua nova hospede. Relembrava o breve momento em que a teve sobre seus braços. Lembrou-se do doce cheiro que o corpo bem modelado da garota emanava, além da maciez que possuía. Ficou ali, absorto em pensamentos, até que ouviu um grito vindo do quarto da dona de seus pensamentos. Correu até lá e chegou a tempo de ouvir Kaede dizer que o navio naufragaria. Abriu a porta do quarto delas com um murro e entrou gritando:
-CLARO QUE NÃO VELHOTA. É SÓ UMA PEQUENA TEMPESTADE!! – mas no momento seguinte arrependeu-se de tê-lo feito, pois percebeu que ambas encontravam-se de camisola. A camisola de Kagome permitia uma visão das curvas bem acentuadas que seu corpo possuía. Já a de Kaede... é melhor não mencionar...O gesto de InuYasha fez com que as duas mulheres presentes no cômodo pulassem na cama e pegassem o cobertor pra cobri-las. Mas mesmo assim não podia deixar de reparar no corpo de sua vítima. Era simplesmente lindo. Ficou um tempo fitando-a, sem perceber o que estava fazendo.
-EI!! Sai já daqui!! Seu pervertido!! – gritou Kagome - Vocês aqui são todos pervertidos aqui?! – o grito exageradamente alto de Kagome, fez com que InuYasha saísse de seus pensamentos e sentisse um tapa que levava nas costa, fazendo-o perder o ar por alguns instantes. Virou-se para trás e ao ver quem era, fechou a porta com uma rapidez impressionante, mesmo para um hannyou.
- Pode começar a se explicar, InuYasha, ou melhor tentar, porque eu não acreditarei em qualquer história barata!! – gritou uma mulher, furiosa.
-Calma Kikyou, eu juro que não é o que você está pensando!!
-Ah não é??
-Não!
-E como sabe o que eu estou pensando?! – perguntou a namorada do hannyou, e diante do silencio do namorado, continuou – É impossível você saber o que eu estou pensando, a não ser que você realmente estivesse fazendo isso, não é?
-Calma Kikyou... Não foi nada de mais... Eu só vim ver se elas queriam algo!! Não é justo deixá-las morrerem de fome.
- Eu falei que não acreditaria em histórias baratas....
-Kikyou, você confia em mim ou não?
-Sinceramente......eu acho que não...
-Mas Kikyou...
- Acabou InuYasha... Acabou.... – falou a garota, indo embora. InuYasha xingou-se e saiu andando também, mas em direção à proa do navio... Sabia que não adianta insistir quando a questão era Kikyou e era apenas admirando o mar que conseguia esquecer seus problemas, limpar a cabeça e impedir que as lágrimas, que agora rolavam pelo seu rosto, caíssem. Estava lá a mais ou menos meia hora, seus olhos já estavam inchados, pois não conseguia impedir que as lágrimas corressem pelo seu rosto. Sentiu um cheiro de lavanda familiar invadir suas narinas. Virou-se instintivamente e encontrou a garota de olhos azuis a fitá-lo fixamente, com uma expressão triste tomando sua face.
Continua...
0o0o0o0o0o0o0o0o0 OIIIIIIIII 0o0o0o0o0o0o0o
oiee... Espero que vocês estejam gostando dessa fic... Para os interessados, a musica que eu usei foi "Away From Me", do evanescence.
Por favor façam uma escritora feliz e deixem reviews...
¢ä¢á
