Sumário: O pequeno Uchiha quer saber mas os seus pais evitam a pergunta. Então a quem vai ele recorrer? A todos os habitantes de Konoha! Sim … eu sou péssima em sumários. TWOSHOT

Disclaimer: Naruto não me pertence … tenho que encarar a realidade.

Warning: Essa fic é produto da imaginação de alguém que não tem realmente nada melhor para fazer…


- - DE ONDE VÊM OS BEBÊS? - -

Capítulo 1 – Culpem a cegonha

Era uma manhã calma na mansão Uchiha. Um menino de seis anos corria pelas escadas com uma mochila na mão, o cabelo negro desgrenhado e igualzinho ao do seu pai, o nome dele era Uchiha Mikyo. Ele parou quando chegou na cozinha e olhou a sua mãe que estava servindo o pequeno-almoço.

- Ohayo! – O menino pequeno falou, fixando os seus olhos verdes claros na comida (A/n: kawaii –o-). A mulher de cabelos rosa olhou-o.

- Ohayo Kyo-chan! – Sakura falou, servindo-lhe a comida. – Dormiu bem? – Ele sorriu e assentiu, olhando depois a televisão. Sakura estava assistindo uma telenovela e nesse mesmo momento estava nascendo um bebê. A cabeça de Mikyo estava quase pendendo, enquanto ele se esforçava por entender a imagem e porquê que o médico estava se concentrando nas pernas da mulher e não na barriga. Sakura olhou o seu filho e sorriu.

- Aconteceu alguma coisa, Kyo-chan? – Mikyo parou por momentos.

- De onde vêm os bebês, ka-san? – Ele falou, inocentemente, enquanto Sakura deixava cair um prato no chão.

- Errr … - olha o chão. – Bom, sabe … - olha Sasuke chegando, preguiçosamente, na cozinha. Um sorriso se formou na cara dela. – Porquê que você não pergunta para o seu to-san? – Sasuke olhou-os.

- Pergunta o quê? – Sakura sorriu maleficamente, enquanto dava um beijo a cada um deles. Parou em Sasuke e lhe sussurrou no ouvido.

- Você vai descobrir depressa. – sorri. – Vemo-nos mais tarde, estou aterrada de trabalho no hospital! – Sai correndo. Sasuke pegou um chávena de café e desligou a televisão, se sentando ao lado do seu filho.

- Então, Kyo. Qual é a pergunta que a sua mãe tão notoriamente descartou para mim? – Ele falou, sarcástico. Kyo sorriu-lhe.

- De onde vêm os bebês? – silêncio.

- PFFFFFFFF! – Sasuke cuspiu todo o café e quase se engasgava. – Coff … de onde … coff … você tirou … coff … essa pergunta? – ele ainda estava tentando recuperar o fôlego. Kyo olhou a televisão.

- Dali. – Sasuke seguiu o olhar da criança, murmurou uma maldiçãozinha para a tv, e olhou o relógio depois.

- OW! Veja as horas, você está atrasado, não? – Kyo olhou o relógio.

- Falta meia hora. – Sasuke olhou-o e pensou por momentos.

- Eu estou atrasado por isso... – se levanta e beija a testa de Kyo. – Se comporte bem na escola Kyo-chan!

- Mas to-san---! – Kyo levantou-se para seguir o pai mas, hey, o homem era o capitão dos ANBU e ele … bom, ele tinha entrado à uns meses na academia. Ele cruzou os braços, amuando para ninguém em especial. – Porquê que eles não respondem à minha pergunta?


- Não há justiça nesse mundo. – Mikyo falou baixinho, enquanto batia com o lápis na mesa, irritado de não conseguir uma resposta. A professora dele, Tenten, estava lá na frente falando de algo que ele já sabia, ele era um prodígio mas o hokage-sama tinha proibido que as pessoas avançassem de ano sem ele os rever e isso ia demorar duas semanas. Ele suspirou de novo. Geralmente ele lia um livro de química avançada para se entreter durante as aulas, mas aquela pergunta continuava inquietando-o e ---

- Mikyo-kun, há algum problema? – A sua professora falou, do outro lado da sala. Ele acordou de repente e olhou-a.

- Nenhum, Tenten-sensei. – Ela sorriu-lhe e pousou o livro.

- Querido, eu sei que essa aula é chata para você mas tem que compreender que faltam apenas duas semanas. – O pequeno Uchiha assentiu lentamente. Quando a sensei ia começar a falar de novo, Kyo interrompeu-a.

- Tenten-sensei! – Ela olhou-o, surpresa, tal como o resto da classe.

- Sim, Mikyo-kun?

- Posso lhe fazer uma pergunta? – pensa por momentos. – Para além dessa? – Ela sorriu.

- Claro.

- De onde vêm os bêwsch. – Mikyo parou quando percebeu que a palavra 'bebê' tinha soado estranho. Ele olhou a sensei que tinha a mão tapando a boca dele e ergueu a sobrancelha. A sensei parecia nervosa.

- Querido, isso é uma daquelas perguntas que você saberá quando for mais velho. – Ela tentou manter a voz estável enquanto tirava a mão da boca dele.

- Mas eu quero saber! – Ele se levantou, teimoso enquanto toda a classe o olhava, surpresos, já que ele era o aluno mais calmo e educado da turma. A sensei virou-se para ele e repetiu.

- Quando for mais velho. – Kyo suspirou e assentiu, sentando-se. Tenten sorriu. – E agora, voltando ao assunto inicial, Konoha sempre foi… - Ele suspirou e olhou a janela, era horrível ser um génio.


- Hunf … - Kyo ia aborrecido pelo caminho, com as mãos nos bolsos, arrastando a bolsa atrás dele. Todos os adultos que passavam por ele paravam e riam: um clone do Sasuke de olhos verdes.
Ele estava pensando na mesma pergunta de sempre, que já cansava o seu cérebro. O pequeno Uchiha não percebia o problema: haviam montes de bebês em todo o lado, alguém devia saber como fazê-los!

- Mi-kun! – Ele viu alguém de longos cabelos loiros acenando para ele. Ino-san que sempre o chamava pelo apelido mais irritante do mundo. Ele sorriu forçosamente e se aproximou da dona da loja de flores que sorria, baixando-se ao nível dele. – Meu Deus, eu nunca vi uns olhos tão lindos! – puxa bochecha. – Você vai ser ainda mais bonito que o seu pai! – sussurra. – Se isso for possível. – Kyo corou, falando baixinho.

- O-obrigado, Ino-san. – Ele sabia que o seu pai era muito popular entre o sexo oposto… e não só. As meninas da turma dele deliravam com a sua própria presença, mas a presença do pai dele movia multidões para uma reunião de pais: mães, tias, amigas e madrinhas, todas reunidas desde o belo momento em que Sakura forçou Sasuke a comparecer nas reuniões.

- Você vai ser um Adónis! – A loira sorriu, notando as bochechas coradas do menino. – Não que você já não seja popular … - Pausa e olha cara abatida de Kyo. – Aconteceu alguma coisa?

- Não adianta … - ele murmurou, olhando o chão.

- Ow, claro que adianta! – Ino falou, com mesmo entusiasmo de sempre e um pingo de curiosidade. Kyo pensou melhor, afinal a Ino era a pessoa mais honesta que ele alguma vez conheceu.

- Tudo bem … - respira fundo. – De onde vêm os bebês? – A mulher quase caiu mas se apoiou na porta por detrás dela.

- Os … bebês? – Ela repetiu, lentamente. Kyo pensou que era dessa que ele ia conseguir uma resposta.

- Sim! – A loira pensou por uma forma simpática de dar a 'notícia'.

- Bom, da barriga das mães? – Ela sugeriu mais do que afirmou, vendo se o Mi-kun caía na mentira e esperando que a curiosidade dele ficasse por ali. Ele cruzou os braços.

- Eu sei disso! Mas … como é que eles chegam lá? – Ino fingiu pensar por momentos, enquanto tentava criar uma boa desculpa.

- Eles… uh … vêm de … errr … cegonhas! Sim, é isso! – A criança ergueu a sobrancelha.

- Cegonhas…?! – Ele repetiu, desconfiado.

- Uhuh. – Ino assegurou-lhe, nervosa. – Elas trazem um ovo com um bebê muito pequenino e colocam na barriga da ka-san pelo umbigo e ele cresce por nove meses. – Ino sorriu, orgulhosa da sua explicação. Era verdade que havia um ovo à mistura e que o bebê ficava na barriga por nove meses. O menino parou por momentos.

- E por onde eles saem?

- Por operação? – A mulher falou, confiante e tentando esquecer o assunto. Ele descruzou os braços.

- Sei … - Ino fingiu uma cara indignada.

- É sim! – Ele caminho até à porta.

– "A natureza tem uma forma genuína de gerar toda a sua descendência." – Kyo leu de um livro de filosofia que estava segurando e que ele usava para se entreter durante as aulas. Ino abriu a boca mas não disse nada. – Até mais tarde Ino-san. – Acenou e saiu. A mulher riu para si mesma.

- Você é mesmo filho do Sasuke-kun. – Suspira. – Mas os genes da testuda estragam.


- Cegonhas?! Pfff … - Mikyo caminhava lentamente, pensando e rindo da 'teoria das cegonhas'. – Sempre pensei que a Ino-san me dissesse a verdade … - Ele parou perto do local onde costumava descansar todos os dias depois das aulas, com o Shikamaru. Depois ia brincar e voltava para casa quando o seu pai o fosse buscar no parque. Um enorme sorriso tomou conta da sua cara. – O Shika deve saber! Ele sabe tudo! – Realmente, o homem sempre o ajudava nos deveres para poder descansar em paz depois. Ele correu para perto da figura adormecida na relva e se ajoelhou no chão. – Shika-san! Shika-san! Shika-san! Shikamaru! Shikamaru! Shikamaru! Tio! Tio! Tio! Shikaaaaaaaaa! – Ele abanou o seu amigo freneticamente enquanto o outro murmurava qualquer coisa e abria os olhos lentamente.

- Eu prefiro você calado, fedelho. – O homem falou, adicionando o apelido carinhoso. Kyo lembrou-se que a condição da ajuda nos deveres e da companhia era o silêncio. Ele adorava essa condição: Kyo não gostava de falar e Shika não gostava de ouvir, eram perfeitos.

- Mas hoje é uma emergência! – Mikyo se sentou em Shika.

- Konoha foi invadida? – O outro perguntou, pouco interessado. O menino pensou por momentos e olhou em volta.

- … Não. – Shika fechou os olhos de novo.

- Ótimo. – Kyo olhou o outro melhor e ergueu uma sobrancelha perfeitamente arqueada como a de qualquer Uchiha.

- Eu pensava que você hoje ia estar trabalhando… - Shika suspirou. Até a criança controlava a vida dele.

- Não que eu tenha que lhe dar satisfações, mas o seu pai me deu o dia de folga. – fecha os olhos e depois abre de novo. – E não foi para cuidar de você. – fecha de novo e abre de novo. – E quem é você para me controlar, pineco? – O menino cruzou os braços e ignorou-o.

- Eu quero saber de onde vêm os bebês. – Shikamaru se levantou depressa, levando Kyo, que estava no seu colo, com ele.

- Que pergunta é essa, moleque? – O envolvido encolheu os ombros.

- Era uma afirmação. – Ele corrigiu. – E você sempre me responde falando a verdade. – Shikamaru sorriu e esfregou o cabelo da criança, desgrenhando-o.

- Perguntou para os seus pais? – O menino assentiu enquanto organizava o seu cabelo.

- Eles fugiram. – Shika respirou fundo e murmurou.

- Gente esperta. – Kyo olhou-o.

- Disse alguma coisa? – Shika suspirou de novo e se deitou.

- Do amor. – O menino se sentou na barriga dele, olhando os olhos fechados do outro, curioso.

- Do amor?

- Sim … você sabe! Romance, bla, bla … velas, flores, estorinha, quarto e bebê. – Kyo parecia confuso.

- O quê? – Ele se levantou e olhou o menino que ainda estava no seu colo.

- Quando duas pessoas se amam realmente elas têm um bebê. - Kyo pensou por momentos.

- Então você não ama a Temari-san porque não teve um bebê com ela? – O outro olhou o menino, ficando ele próprio confuso.

- Não é bem assim … - surgiu-lhe uma ideia. Shika sorri maleficamente. – Porquê que você não pergunta para a sua madrinha? Ela é que está grávida! – Kyo sorriu largamente e deu um abraço rápido a Shika.

- Obrigado Shika-san! – Ele se levantou e saiu correndo.

- Tenha cuidado! – Shikamaru lhe gritou ao longe e depois murmurou, deitando-se novamente. – Se lhe acontece alguma coisa o seu pai me corta a cabeça.


- Hinata-san! – Kyo saiu gritando pela casa dos Uzumaki. Era uma casa de tamanho médio, muito acolhedora, o sonho de Hinata desde que ela tinha abandonado a mansão dos Hyuuga. O pequeno conhecia bem aquela casa, ele passava lá metade da sua vida: ou ao cuidado dos seus padrinhos ou em jantares que aconteciam várias vezes por semana.

- Oi querido! – Hinata falou, carinhosamente, enquanto o beijava. – O que o trás aqui tão cedo? – Ela colocou uns bolinhos na mesa.

- Obrigada Hinata-san! – comeu um bolinho. – Eu queria lhe fazer uma pergunta … - A mulher sorriu-lhe como sempre.

- Claro querido. – Kyo apontou a barriga bem lisinha de Hinata.

- É acerca dele. – Ela sorriu e tocou a barriga dela.

- Bom, ele … ou ela, ainda só têm duas semanas. Mas diga! – Kyo sorriu.

- De onde é que ele veio? – Hinata congelou e olhou o seu afilhado.

- D-desculpe? – O menino repetiu.

- Como você o fez? – A mulher congelou ainda mais e olhou em volta, buscando ajuda.

- OH! Olhe as horas! Porquê que você não leva um desses bolinhos ao Naruto? Tchau! – Num piscar de olhos, Kyo estava na rua com um bolinho em cada mão sem perceber nada do que tinha acontecido. Suspira.

- Eu tenho que deixar de perguntar isso em locais com relógio. – do outro lado da casa, Hinata apercebeu-se tarde de mais que o Naruto iria dizer alguma barbaridade ao pobre menino…


Mikyo praticamente rastejava até à banquinha de ramen e atirou o bolinho de Naruto na mesa, enquanto se sentava do lado dele.

- Oi, Naruto… - Ele falou, abatido.

- OH! KYO! – repara na expressão do menino. – Aconteceu alguma coisa? – o outro encolheu os ombros.

- Se eu perguntar você vai me ignorar tal como todo o mundo. – O hokage sorriu-lhe.

- Eu nunca o iria ignorar. – Kyo sorriu-lhe de volta. - Isso é a minha regra como ninja! – Uma gota surgiu em Kyo.

- Você tem isso memorizado? – suspira. - De onde vêm os bebês então? – O hokage ficou boquiaberto, olhando fixamente o seu afilhado que respirou fundo. – Está vendo? Eu disse que você me ia ignorar.

- Eu só estava pensando numa resposta … - Naruto falou, honestamente. Kyo olhou-o, muito feliz.

- Sério?

- Uhuh. – O loiro parou para pensar como havia ele de explicar aquilo a um menino de seis anos sem que o Sasuke o perseguisse por danos mentais na criança. Pensou e pensou … não havia forma nenhuma de dizer isso sem danos colaterais.

- Sim? – O menino falou, impacientemente. O titio do ramen apareceu por detrás dele, fazendo sinal a Naruto para que ele não dissesse.

- Bom … - pensa. – Tudo começa quando … - pega uma faca e o cozinheiro lhe faz sinal dizendo que aquilo é uma má ideia. - … a faca penetra … - O titio quase morreu de enfarte demonstrando com uma faca de bife que o Sasuke lhe ia rasgar a jugular. - … penetra a mente … - o outro suspirou de alívio. - … da mulher … - O homem bateu com a mão na testa, desaprovando Naruto.

- O quê? – O menino falou, erguendo a sobrancelha. – É preciso esfaquear alguém para ter um bebê?

- Sim! – O loiro falou, seguro. O outro abanou a cabeça negativamente. – Quer dizer, não! Penetra a mente com … amor! – o cozinheiro assentiu positivamente. – Esse amor vai sai de uma das bolinhas … - O titio do ramen quase bateu coma cabeça na mesa. – Quero dizer, se transforma em bolinha e se aloja na cabeça da pessoa amada!

- Então… ter um bebê é como ter um aneurisma?

- Sim! – o cozinheiro negou freneticamente. – Não! É … bom, como ter … um fruto! Do amor entre duas pessoas … - Kyo estava muito confuso.

- Okayyy … eu vou passear e digerir a informação. – Naruto suspirou quando o menino saiu.

- Tsk, estava vendo que ia acabar em apuros. AU! – O cozinheiro bateu na cabeça do hokage. – Hey!

- Se não fosse por mim você tinha acabado sem vários membros.

- E eu não teria o prazer de fazer isso? – Alguém falou, gozando do hokage enquanto se sentava ao lado dele, sorrindo. Naruto sorriu de volta mas depois amuou.

- Eu sou hokage e ainda assim ninguém me respeita!

- Eu o respeito. Baka-sama, hoje é por sua conta. – Ele falou, enquanto comia o seu ramen.

- Hey, não encontrou o seu filho pelo caminho? – Sasuke ergueu os olhos da comida.

- Não. Porquê?

Continua ...


Dicionário:

Ohayo - bom dia
Ka-san - informal para mãe
To-san - informal para pai

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