-" Harako sempre foi azarada, mas isso foi o cumulo da falta de sorte para ela. Logo ele. Ela o amava, pobre coitada, e agora é só mais um fantasma que vagando por ai, isso foi tão frustrante para ela, eu sei como se sente.", sei que é o que eles estão falando, eu ouço,mas você não pode deixar, a culpa é toda sua. – Esbravejou a garota.
Mas o garoto simplesmente continuou andando, como esperado sem notá-la.
Ai como eu odeio esses fantasmas idiotas que ficam atormentando os vivos assim.
- Da pra você me responder? Ooooi, acorda, Yakamaro eu sei que me ouviu. – ela continuou gritando.
Será que ela é burra o bastante para tentar por quanto tempo mais? Deve ter morrido recentemente.
- Harako, cala sua boca, já te falei, eu mandei o bilhete que você pediu.
O que ? Como ele a respondeu ? Para mim ele parece bem vivo! Não consegui esconder meu espanto, pulei da árvore que estava para olhar de mais perto.
- Yakamaro, se você não tiver feito isso...
Mas antes que a tal Harako histérica terminasse sua ameaça ela simplesmente desapareceu. Fiquei chocada, nunca havia visto uma cena como aquela.
-Ufa, já tava demorando – suspirou aliviado o garoto.
Cheguei perto do garoto, e quando estendi minha mão para chamar sua atenção me lembrei que seria inútil.
- O que você quer? Fale logo que eu já estou atrasado para a escola.
Que garoto sem educação, bem, ainda estou intrigada com ele. Até hoje só conheci uma pessoa a poder ver fantasmas como eu.
-Eu, eu sinto muito, eu... – Comecei a dizer.
- Yuki? É você ? – Ele se virou espantado.
- flashback-
- Eu sempre te amei Yuki! Va-vamos fugir, só te peço uma coisa. – Meus olhos se encheram de água, estava prestes a chorar – Você aceita se casar comigo ? – ele gritou, lutando contra a vergonha que sentia e estava estampada em seu rosto.
-fim do flashback-
- Yakamaro, é você ! –disse exaltada.
- Yuki, como estou feliz em te ver, não sabe como tenho andado te procurando, desde sua morte eu voltei a ajudar fantasmas para te achar e... – ele ia chorar, eu podia ver.
Mas antes que ele conseguisse pronunciar mais uma palavra, em frente ao mesmo parque em que morri eu desapareci, mas completei meu dever.
'Sim' e a lagrima de um fantasma, foi tudo o que restou daquele momento.
