Capitulo 1

Jensen afrouxou a gravata vermelha e sentou no estofado macio do carro do pai. Mal podia acreditar que estava se formando, ele e o melhor amigo com certeza teriam um futuro brilhante.

Pensar em Jared o fez rir. Sempre foram os dois, desde que se conhecia por gente, ele se lembrava que o moreno de altura desproporcional sempre estivera ao seu lado, era seu melhor amigo, a pessoa que mais confiava.

Fechou os olhos encostando-se no banco do motorista. Sorriu feliz, ele e Jared cuidariam da empresa de seu pai, que assim como ele confiava bastante no amigo do filho.

Ouviu quando a porta do carro foi aberta e encarou a face avermelhada de Jared. Ele estava com a gravata frouxa e os primeiros botões da camisa social branca aberta, o moreno esvaziou a garrafa de cerveja um pouco antes de entrar no carro e sentar no banco ao lado do loiro.

_Por que você saiu? – perguntou o moreno vendo o amigo apenas sorrir relaxado.

_Estava muito cheio lá dentro. – respondeu.

_Bom, normalmente as festas de formaturas são assim. – retrucou o outro, que era mais festeiro que o amigo.

_Jay, você sabe que eu não curto muito isso.

O moreno suspirou alto antes de encarar os olhos verdes de Jensen.

_É eu sei. – respondeu e tirou outra garrafa de cerveja de sabe Deus onde, começando a tomar.

Jensen recusou quando o amigo lhe ofereceu, e ouviu o moreno chamá-lo de mariquinhas, mas não se importou, estava acostumado com o jeito de Jared, apenas bufou e começou a dirigir depois de ver que eram quase oito da manhã.

Jared ligou o som do carro no ultimo volume e ria descontrolado ao lado do loiro. Jensen ria baixinho e balançava a cabeça, divertindo-se com as palhaçadas que Jared fazia.

Não demorou a chegarem ao apartamento de Jensen, o moreno morava com ele, pois não era abastado como o amigo. Estavam no elevador quando Jared de repente se grudou no pescoço do loiro fungando forte fazendo os pelos loiros arrepiarem-se por causa da respiração pesada.

_O que está fazendo, Jay?

_Você tem um cheiro bom, Jens... – disse ele. – Tem cheiro de... Jensen! – e riu divertido ao ver a cara abobalhada do outro.

Uma senhora entrou no elevador e Jensen a cumprimentou. Jared, que estava atrás de si, começou a passar as unhas em suas costas fazendo os arrepios percorrem o corpo inteiro, e mesmo sem querer deixou que um gemido baixo escapasse de sua boca.

Jared riu divertido ao ver a cara feia que a mulher fez, e riu mais ainda ao perceber a vermelhidão que tomou o rosto do loiro. Apertou a bunda do mais velho e disse de modo sensual e de forma que a mulher pudesse ouvir.

_Ah, Jen... Eu quero que você me foda bem forte hoje, daquele jeito que você fez na semana passada.

Jensen arregalou os olhos verdes e engasgou-se, Jared riu mais ainda ao ver a senhora arregalar bem os olhos azuis e abrir a boca de modo que dava pra ver a garganta vermelha. Jensen ainda tentava se recuperar da crise de tosse quando a mulher saiu do elevador os xingando de desavergonhados e sem respeito, o moreno apenas lhe mostrou a língua quando ela virou as costas.

Jensen olhou furioso para Jared que ainda ria descontrolado, as bochechas vermelhas e quentes de vergonha.

_Você viu a cara que ela fez? – perguntou o moreno apontando para a porta fechada do cubículo.

_Jay! Não foi engraçado! – disse cruzando os braços.

O moreno fez bico e passou os braços enormes ao redor do corpo do loiro, achava Jensen lindo quando ficava irritado.

_ah, Jen, qual é? – disse beijando o rosto do outro. – Foi engraçado sim... Pelo menos um pouco!

Jensen rolou os olhos desvencilhando-se dos braços enormes do amigo.

_Não foi tão engraçado, não!

_Ah, foi sim. – retrucou o moreno e olhou para o loiro de um modo que ele sabia que Jensen não discordaria.

O loiro olhou para ele encontrando aquele olhar que Jared só lançava quando queria alguma coisa.

_Ta. Foi eu admito, mas você não pode ficar brincando com essas coisas as pessoas vão mesmo pensar que somos um casal.

_A gente podia ser. – disse ele, olhando pra qualquer lugar menos para os olhos verdes do outro.

_Não, a gente não pode, a gente é amigo. – retrucou, sem notar o brilho magoado que se desenhou no olhar de Jared.

_Nós podíamos ser se você quisesse.

_Do que você esta falando, Jared? – perguntou, mas antes de receber a resposta os lábios macios do amigo tinham se grudado nos seus.

Jared o beijava com desespero, e Jensen correspondeu mais por impulso, que qualquer outra razão. Separaram-se quando a porta metálica se abriu e o loiro saiu primeiro, seguido por Jared que passou a língua pelos lábios, a fim de sentir um pouco mais o gosto de Jensen.

Assim que o loiro abriu a porta sentiu o corpo ser prensado contra a parede pelo enorme corpo do amigo, não reclamou e logo suas mãos encontraram o caminho para os botões da camisa que o mais alto vestia. As roupas de ambos eram deixadas pelo chão enquanto iam para o quarto, escorando-se na parede, nunca desgrudando da boca um do outro, nem mesmo quando o ar faltava.

Jared gritou quando sentiu as mãos do loiro apertar-lhe o quadril e logo mais as nádegas cheias. Jogou-se na cama e não demorou muito para sentir o peso do corpo do outro em cima de si. Gemeu longamente quando os dentes de Jensen passaram por seu queixo, mordendo de leve aquela região.

O moreno sentia a ereção do amigo roçar em sua coxa, era quente e pulsava, Jared quase não agüentava-se de tesão, tendo aquele loiro esfregando-se no seu corpo de maneira tão gostosa e sensual. Sentia aqueles lábios grossos chuparem seus mamilos, entumecendo-os enquanto as mãos trabalhavam para lhe dar prazer em seu sexo, já tão pulsante quando o do próprio loiro.

_Camisinhas.

Ouviu a voz rouca do loiro ecoar pelo seu quarto.

_Primeira gaveta. – respondeu, ainda sem saber ao certo o que ele tinha pedido.

Sentiu o corpo dele mexer-se, e logo depois as mãos de Jensen voltaram a passear pelo seu corpo moreno. Não demorou para um dos dedos do loiro entrar em seu corpo, com a ajuda de algo gelado e viscoso, que ele tinha certeza que era lubrificante. Padalecki rebola e pedia por mais, abria as pernas de modo que Jensen tivesse a imagem perfeita dele a sua mercê.

_Jens. – gemeu, quando já tinha três dedos entrando e saindo de seu corpo.

_O que? – perguntou, sentindo o pênis latejar como se pedisse atenção.

Jared estava louco de desejo e tesão, tudo o que mais queria era que o amigo parasse com aquela lengalenga dos infernos e o fodesse logo.

_Me fode logo de uma vez, ou eu mesmo vou fazer isso sozinho!

Jensen riu achando graça, e sem aviso tirou os dedos do corpo dele. Agarrou firme o corpo do outro, segurando-lhe o quadril de forma que ele não pudesse escapar, empurrou com força para dentro dele, sentindo-se ser esmagado pelo canal apertado e quente de Jared.

_Oh meu Deus! – gritou quando se sentiu ser acolhido por inteiro naquele corpo quente e gostoso.

Jared segurava em seus ombros com uma força descomunal, descontando na pele sardento a dor imensurável que sentia ao ser rasgado por Jensen, porque mesmo que tivesse alguma fama de 'vadia', por esse tempo inteiro esperou por alguém especial, e quem melhor que seu melhor amigo?

Tudo pareceu ser varrido de sua mente quando o loiro tirou completamente o pênis de seu corpo, sentiu-se estranhamente vazio, mas essa sensação não durou muito, pois logo sentia Jensen entrar novamente com mais força, mais fundo, e cada vez que esse processo se repetia, era sempre mais intenso e rápido. Até o momento em que o moreno mais alto começou a ver estrelas ao invés do teto branco do quarto.

Apertou os olhos e tentou se tocar, desesperado por alivio, mas uma mão grande prendeu seus braços para cima, fazendo o moreno gritar obscenidades e cuspir palavrões que Jensen desconhecia.

_Você vai gozar quando eu te fizer gozar! – a voz de Jensen era rouca e entrecortada, Jared sentiu um arrepio cortar sua espinha e gemeu.

_Então faça logo, seu maldito!

Mal terminou de cuspir as palavras e sentiu o pênis do outro lhe acertar em um ponto que o deixou sem ar, mais uma estocada no mesmo lugar, e outra, e outra, e por Deus, Jared tinha certeza que morreria naquela cama.

Perdeu a consciência de tudo quando Jensen estocou mais uma vez, sentiu-se explodir e sabia que tinha atingido o orgasmo mais alucinante de toda a sua vida. Logo sentiu o gozo do amigo lhe inundando e sorriu satisfeito.

Fechou os olhos, o peito subindo e descendo em um ritmo alucinante demais para um humano, sentiu Jensen sair de dentro de si e deitar-se ao seu lado. Respirou fundo e sabia o que o loiro estava pensando, porque eles não precisavam de palavras para se entender.

_Está tudo bem, Jensen. – disse em tom sonolento.

Viu quando o outro se levantou e sentou na beirada da cama.

_Não, não está tudo bem. – a voz dele parecia cortar o ar. – Eu literalmente fodi com tudo.

_Para com isso. – reclamou. – Vem deita aqui comigo.

Não obteve resposta, só sentiu quando o peso do loiro deixou o colchão. Olhou na direção dele e o viu catar as peças de roupa que estavam espalhadas pelo seu quarto.

_Desculpe, Jared. – disse sem olhar para o moreno. – Isso nunca mais vai acontecer, eu prometo. – e saiu.

Jared se afundou no travesseiro. Pensaria com calma e resolveria tudo amanhã, tudo o que não podia fazer era perder a amizade de Jensen, lutaria com tudo o que tinha para permanecer ao lado do loiro. Dormiu com esse pensamento na cabeça, enquanto no outro quarto, Jensen se amaldiçoava por ter se aproveitado da bebedeira do outro, quando nem mesmo sentia algo além de amizade por Jared.


Já haviam se passado dez anos desde aquele dia, Jensen ainda não tinha se perdoado, eles continuavam amigos, e mesmo sempre recebendo um na Jared ainda tentava convencê-lo de que poderiam ser um casal se o loiro quisesse. Essa era a única coisa que Padalecki não entendia.

Jensen não queria nada além da amizade do moreno.

O considerava seu melhor amigo, a pessoa mais importante de sua vida, já que o pai morrera há dois anos vitima de câncer, mas não passava disso. Jared nunca ocuparia outro lugar em sua vida, porque Jensen não estava procurando ninguém, e aquela insistência toda estava fazendo o loiro ficar irritado, já que ultimamente, o moreno começara a entrar em sua sala, insinuando-se em pleno horário de trabalho para que Jensen o fodesse.

O loiro apenas respirava fundo e dizia o que já estava cansado de repetir.

_Jared, você é meu melhor amigo, vamos por favor esquecer aquilo? – e então dava um jeito de esquivar-se o resto do dia, já que o moreno fazia questão de vigiar os seus passos.

Suspirou fundo depois de sentar-se na grande cadeira de couro que tinha pertencido ao seu pai, pegou o envelope que Katie lhe trouxera momentos antes e abriu. Mais um convite para festa, e o pior era que essa não podia se recusar a ir. Só esperava que Jared não ficasse grudado nele o tempo inteiro.

Suspirou mais uma vez, cansado. Tinha apenas três horas para tomar banho e arranjar um smoking. Que tudo fosse à merda! Ele iria e dormir por alguns minutos, as pálpebras não demoraram a esconder as lindas íris verdes, e mesmo a cadeira não sendo tão confortável se rendeu ao sono.


N/a: Então é, tudo isso é da LiaCollins, porque ela é minha diva e o plot é dela kkk'

N/a²: Meio que baseada no filme 'Uma Linda Mulher', e no próximo, eu prometo tem um Misha muito lindo e fofo *-*

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