Ai está o capitulo 1. Eles são todos da Tia Jô, mas eu os peguei emprestado.

A fic está com censura para maiores de 13 anos porque tem algumas cenas fortinhas, ok?Mas nada que embrulhe o estômago

Destino

"O dia estava triste. Era uma tarde fria, caia uma garoa fria e parecia que uma melancolia profunda e invisível ia viajando de lugar a lugar, como uma nuvem de vapor que se espalha. Logo tudo aparentava um ar trágico, como um mundo em preto e branco sem alegria.

Foi nesse momento - onde a melancolia atingiu seu ponto máximo - que chegaram. As poucas pessoas que sabiam onde eu estava entraram pela porta, todas de capuzes abaixados, com suas túnicas. Fui com eles por uma rua torta, que tinha charcos de lama em certos pontos.

Atravessamos um beco escuro e lamacento, andamos por uma estradinha e chegamos a uma casa de madeira, escura e úmida.

Dentro da casa, junto com mais comensais tinha um vulto em posição fetal no chão. Suas lagrimas brilhavam no escuro. Percebi quem era, quando acenderam a lareira, que deixou no aposento um aspecto macabro.

Nós a rodeamos, e esperamos, enquanto ela apenas nos olhava, impotente. Ao ouvir passos, nos curvamos.

O olhar verde esmeralda dela brilhou ao ver o Mestre das Trevas entrar no recinto. Brilharam, como as estrelas.

Sim, como as estrelas. Mas não era um brilho qualquer, dirigido ao meu Mestre, era um brilho de determinação, coragem, e, principalmente, o ódio.

Sempre admirei a capacidade dela se expressar pelo olhar, mas ali, o recado era simples: "não tenho medo de você, e se eu te pegar você vai sofrer como todos que você matou".

Tive uma idéia luminosa quando ela me encarou. Só mais tarde fui perceber que apenas o destino, e somente ele, poderia me fazer pensar daquele jeito.

Muitos já me falaram que sou um covarde desgraçado, alguém ambicioso, que como qualquer Malfoy se oprime aos fortes e ridiculariza com um preconceito sem base os mais fracos.

Mas quando aquele olhar me focalizou – mesmo sem me reconhece – percebi o real significado daquelas palavras. Percebi, que como um ratinho, cai em uma cilada do inimigo que antes eu ridicularizava, o destino.

Depois daquele olhar intenso de brilho esmeralda, percebi que o destino é o maior dos poderes que regem nossas vidas.

Percebi que, como um covarde, iria se juntar aos amigos de Dumbledore, a quem conseguia fazer a guerra pender contra Voldemort. Mas de um jeito especial.

Como alguém ambicioso, não faria algo de muito concreto. Mas me ocorreu que eu tinha feito. Mais uma jogada do destino.

Usando os negócios do meu pai como fachada, desviei verbas para mim, garantindo uma vida com algum certo luxo, depois da guerra. Na época, achei essa jogada genial. Hoje vejo que isso não teve nenhuma utilidade.

Assim, não posso esquecer meu ego, melhor falando o egoísmo.

Eu tinha planos para depois do que seria o sétimo ano em Hogwarts – nunca voltei para a escola, que fechou.

Foi na época que eu comecei o desvio de dinheiro, também planejava como fugir do exército negro. Era tudo simples ao meu ver.

De acordo com meu raciocínio, estaria morando em uma cidade européia longe da Inglaterra, estaria longe de todo o pânico que estava sendo gerado pela guerra.

Mas percebi que tinha um erro no ver da minha pessoa. Mais precisamente na parte onde eu apoio o mais forte eu luto contra o mais fraco.

Eu revi minha idéia, tentando achar um jeito de transformá-la em algo plausível. Iria seqüestrar a Weasley mais nova do exército negro, e entregaria ela devolta para a Ordem da Fênix. Claro que eu ia pedir absolvição por ser um comensal. Eu ia ficar livre e iria viajar para longe.

Mas nem tudo é fácil. Me dei conta que se eu ficasse parado, Gina iria morrer na minha frente. O Lorde das Trevas já tinha começado o interrogatório, aliás, foi isso que me fez voltar para a realidade.

Dumbledore iria usar veritaserum se capturasse um inimigo, e depois apagaria a memória dele. Voldemort usa a maldição cruciatus e depois mata a pessoa, quando o corpo fica irreparavelmente danificado.

Ela não falou muito. Ninguém podia falar sobre a Ordem da Fênix sem sofrer uma morte rápida. O próprio Dumbledore era o único que podia falar sobre esta com alguém que não pertencia ao grupo.

Quando milorde parou de torturá-la, percebi que ele se preparava para lançar o feitiço fatal.

Tive que intervir. Já tinha um plano bolado em mente, e estava apelando para qualquer coisa para que desse certo.

- Milorde? – chamei timidamente.

- Sim, Draco? – ele baixou a varinha, e ergueu os olhos mortiços, que eram duas fendas, para mim.

- Eu sugiro que o senhor não mate a Weasley. – falei, evitando olhar para ele.

O circulo de comensais olhava para min.

- Posso saber porque o senhor pensa assim? – aquela voz cortante martelava meus ouvidos.

- Apenas acho que se ela vivesse a diversão duraria mais – enquanto falava essa mentira deslavada, a reputação de legilimente de Voldemort se passava na minha cabeça. Mas o destino estava comigo.

E tive sorte, que na minha opinião foi o destino intervindo por min. Essa minha última frase arrancou sorrisos dos comensais.

- Diversão duraria mais? – Voldemort repetiu, olhando com escárnio para o vulto soluçante no chão, que era Gina.

- Sim, e poderíamos usá-la como cobaia para poções e feitiços – disse olhando irônico para o corpo no chão.

Isso agradou o circulo. Os comensais deixaram escapar risinhos, e Voldemort sorriu enviesado.

- Sabe Draco, você tem futuro como servo meu. – eu respirei aliviado, apesar de ter certa desconfiança. O Lorde das Trevas se dirigiu para o círculo ao meu redor – Lucio, acho que você pode hospedá-la nas masmorras de sua mansão. Uma vez por semana, de uma passada por lá e pergunte se ela gostaria de dizer algo. Se ela se recusar, bem, você sabe o que fazer.

O destino foi até bom pra min no dia. Além de poupar a Weasley, me rendeu um elogio de Voldemort. Tais palavras era muito cobiçadas, ainda mais quando você era comensal."

As semanas que se passaram, foram duras comigo. Eu trabalhava arduamente para Voldemort. Eu e Snape fabricávamos poções para as batalhas. No mundo bruxo, as batalhas se expandiam um pouco além do uso da varinha.

Espadas, lanças, machados, facas e arcos de flechas, junto com as poções ácidas, formavam o arsenal de nossas batalhas. Claro que me recuso a usar qualquer arma desses trouxas medievais. Menos o arco. Quando criança era uma das minhas poucas diversões, arco e flecha.

Mas enfim, nas batalhas, eu ficava junto com as medusas. Eu as chefiava, uma vez que eu, como elas, manuseava bem um arco.

Os comensais que ficavam na mansão Malfoy estavam em geral otimistas em relação à guerra, e quando ficavam abatidos, iam até as masmorras, para abusarem e torturarem Gina.

Claro que eu não podia mexer um dedo. Eu era tolo, e não admitia que estava apaixonado por ela, apesar de ter sofrido tanto ao presenciar sua captura e tortura. Quando acabei meu turno de trabalho das poções, sai para uma pequena varanda. Lá estava minha tia Belatriz e minha mãe Narcisa. Encostei-me no peitoral, se juntando a elas. Arregalei os olhos quando vi o que estava acontecendo.

Olhei atônito para minha mãe, que por sua vez mirava vagamente a colina que antecedia nossa casa. Tinha uma fina nuvem de poeira que estava se levantando. Olhei para o lado e vi minha tia Belatriz sair correndo para dentro. Aquela nuvem só tinha um significado.

Um cerco. Que o destino promovera.

Rony Weasley praguejou uma vez. Depois duas, e na terceira mandaram que ele se calasse. Alguns olhares curiosos o focalizaram, e depois continuaram a fazer suas tarefas.

Rony, junto de Hermione e Harry, estavam há três dias no cerco a mansão Malfoy. Já tinham isolado a área com um feitiço anti-aparatação e agora só esperavam o tempo passar. Todos se preparavam para a batalha. Harry iria comandar, junto de Rony, os membros da Ordem e seus aliados, enquanto Hermione iria ficar com as mulheres na retaguarda, para curar ferimentos e garantir uma eventual retirada.

Após a morte de Dumbledore a Ordem da Fênix ficara um tanto quanto confusa, mas agora tomava suas decisões em um conselho e contava com várias criaturas mágicas. Estava tudo preparado. Todo o ataque estava planejado. O objetivo? Resgatar Gina.

Rony olhava a casa com escárnio, porque Gina estava lá. E como irmão, era seu dever resgatá-la.

- Calma Rony – Harry tinha chegado a seu lado, olhando a mansão, que também tinha uma pequena força se juntando em sua frente, para defendê-la – Vamos conseguir entrar lá dentro.

- Sei que sim – ele respondeu confiante, apesar de estar torcendo a cara para o Sol que nascia teimosamente ao leste – o que estamos esperando mesmo?

- Os minotauros – agora Hermione se juntava a eles – falaram que estão prontos - Os minotauros, junto com os centauros, eram as forças mitológicas da Ordem. Já o lado negro contava com medusas, dementadores e inferi. Os gigantes estavam divididos.

-Ótimo, eles estão organizados? – Rony se virou, para ver como as tropas estavam.

- Sim, e esperam por você Harry – Hermione olhara para o moreno.

- Ok. Diga a eles que vamos esperar mais um pouco. Quero que esteja mais claro para se travar uma batalha.

Harry achava que tinha razão. Estava esperando mais um pouco para não enfrentar dementadores, que não eram adeptos de dias quentes e ensolarados, como o que estava nascendo.

- Você consegue contar mais ou menos quantos comensais? – ele comentou com Rony – Eu acho que uns 70 estão ali.

- Por ai - Rony falou com descaso.

Depois de bate onze horas no relógio de Remo, Harry percebeu que não tinha muita escolha a não ser atacar. Ele olhou para trás. Seu exército estava formado por membros da Ordem, minotauros e centauros.

Ele voltou a olhar para a mansão, e percebeu que a mansão não tinha muitos comensais, mas em compensação tinha muitas medusas. Harry xingou baixinho. Medusas significavam flechas. E flechas significavam pesadas baixas para a Ordem.

Mas ele na teve duvidas quando mandou os minotauros na frente. Munidos de paveses, os minotauros iriam conter as flechas, e dar espaço para os batalhões de Harry avançarem.

O pavês era um escudo comprido largo, feito de salgueiro e carvalho. Os paveses protegiam dois homens altos. Um minotauro carregava um pavês para si mesmo. Logo, iria aparecer uma parede feita de paveses, o que estancaria as flechas.

E foi isso que aconteceu.

Draco assistia tudo da sacada. Ele tinha que vigiar Gina, e ele tinha trancado a masmorra. Agora assistia tudo da janela. Era bem melhor do que vigiar alguém quase morta, de tanto ter sido torturada...

Seu pai, responsável pela defesa da mansão, não foi um grande estrategista nesta batalha. Ele posicionou as medusas à frente e não atrás, o que significava mais flechas, mas também as medusas seriam rapidamente aniquiladas pelos minotauros, que tinham paveses e cimitarras.

As cimitarras é uma espada de lâmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado contrário. Um pequeno pesadelo quando manuseada contra você.

O choque entre minotauros e medusas não foi brutal, mas fatal. Eles rapidamente estraçalharam as mulheres verdes, de cabelo formado por serpentes. Mas foram contidos por inferi. Em grande maioria numérica, os defuntos começaram a igualar a batalha.

Draco tinha uma visão perfeita da batalha. Ele percebeu que o centro do exército negro estava agüentando bem os minotauros e o flanco direito ganhava dos centauros, que usavam lanças pequenas, conhecidas como piques. Mas o flanco esquerdo ia mal. Os membros da Ordem aniquilaram com facilidade os inferi, que não agüentaram a luz do Sol, mais o fogo provocado pelas varinhas.

Os comensais, vendo o furo que se abrira no flanco esquerdo, tiveram que dar cobertura, deixando frágil o centro da batalha, onde os inferi seguravam do jeito que podiam os minotauros.

Então Draco viu a batalha cair diante de seus olhos.

Harry estava no meio do caos, e da cacofonia. Logo depois dos minotauros terem acabado com as medusas, ele levou os membros da ordem para o flanco esquerdo. Com varinhas, eles esmagaram os inferi. E o caos reinou quando os comensais chegaram.

Harry guardou a varinha e puxou a espada de Godric Griffindor. Veio um primeiro comensal. Ele chegou com uma espada e escudo. Harry deu uma estocada, e recebeu um rápido golpe com o escudo como resposta, mas Rony chegou em seu auxilio, e os dois juntos golpearam o escudo do comensal. Este por sua vez perdeu o equilíbrio por causa do impacto de duas espadas em seu escudo. Seu escudo caiu, e Harry penetrou sua espada em sua barriga, tirando-a logo depois, com um safanão.

Rony tinha sangue em suas vestes, mas não era dele. Ele acabara de degolar um inferi, e rapidamente se esquivou de um comensal. Ele, junto com alguns membros da ordem, ia apoiar o flanco direito, onde os centauros estavam em minoria. Ma algo chamou sua atenção.

Os inferi estavam retalhados. Pedaços dos mortos-vivos estavam espalhados pelo chão, só que como continuavam se movendo, os minotauros continuavam a cortá-los. Rony teve uma idéia.

Dividiu a força dos minotauros em duas. Uma foi apoiar os centauros, enquanto outra ia conter os comensais, ele rapidamente reuniu os membros da Ordem e começaram a exterminar os inferi, incendiando os pedaços de corpos.

Funcionou, até demais. A linha central da batalha tinha ruído, e os comensais não podiam reformá-la, pois estava sendo pressionados pelos para os flancos pelos minotauros e centauros.

E Harry gritou. Porque estavam entrando na casa. A mansão Malfoy caíra. E Gina ia ser encontrada.

Draco teve que pensar rapidamente. Saíra logo depois de Weasley mandar os minotauros se dividirem pelos flancos. A Ordem logo estaria entrando.

Ele foi até as masmorras. Ele tinha que agir depressa. Ele não queria ser preso como comensal, então poderia fugir. Mas também não queria que Weasley fosse resgatada. Só á uma solução ele calculou. "Fuja com ela". "Mas ela é uma Weasley", uma voz na sua mente retrucou. "Mas ela garante a sua liberdade". Então destino agora intervêm na consciência de Draco, mostrando o quanto ele é vulnerável e egoísta.

Esse argumento foi decisivo no pequeno conflito que se seguiu.

Abriu a porta. Gina estava sentada no canto de uma cela escura e úmida. Estava pálida, de olhos profundos e uma expressão que não aparentava nada a não ser tristeza.

Ela olhou para ele.

O loiro foi até ela e, vendo que não tinha alternativa, a levantou e começou a carregá-la para fora das masmorras.

Draco, amaldiçoando mentalmente a garota, por causar tanto esforço à ele. Mas ele não tinha tempo para descarregar sua raiva.

Draco parou ofegante em um corredor. E o pânico tomou conta de do garoto loiro. Nott, Crabb e Goyle estavam no corredor, todos sujos e ensangüentados.

Draco entrou na primeira porta. Agora ele ia ser caçado dentro da mansão. Mas forçou sua mente a pensar com razão. Estavam numa sala grande, e vários objetos estavam espalhados por ela.

Ele começou a vasculhar seus bolsos, buscando a varinha. Depois praguejou. Ele tinha deixado a varinha no parapeito da janela, de onde observava a batalha. Tentando se acalmar, olhou a sua volta, e percebeu o que eram.

Eram chaves de portal. Draco suspirou aliviado. Pegou um anel jogado. Rapidamente pos no bolso. Depois pegou um vaso de cerâmica, e, junto de Gina, fugiram de uma as maiores batalhas que houve na guerra.

Harry rapidamente arrombou a mansão. Entro em uma espécie de hall. Com piso de mármore e paredes vitorianas pintadas de branco, ele foi avançando pelos corredores, e viu portas que eram feitas de madeira nobre, todas envernizadas.

Ele, junto de Rony e Hermione entraram nas masmorras. Era uma espécie de hall escuro, de tijolos e sem piso. Eram dez portas de madeira velha, todas numeradas com algarismos romanos. Uma tocha foi acesa.

- Onde diabos eles aprisionaram Gina!?!? – Rony gritou, para última cela que eles abriram. Todas vazias, exceto pelos ratos.

- Não sabemos – Hermione tentou ajudar, sendo sincera.

- Os malfoy, Snape e a Lestrange fugiram – Remo chegou. Ele tinha aparência de quem envelhecera 20 anos em um espaço de tempo de 20 segundos.

- Mas a mansão acabou. Agora Voldemort só tem mais uma grande fortaleza – Hermione falou, tentando aparentar esperança.

- E daí? – Rony perguntou agressivo. Essa frase resumiu tudo. Gina não estava lá. E o ataque tinha fracassado.

Todos os comensais que foram presos não eram importantes. Snape, Lucio e Narcisa Malfoy e Belatriz Lestrange continuavam foragidos.

Gina continuava desaparecida.

Draco Malfoy não foi achado, mas suspeitas de que ele tinha sido morto na batalha ecoavam pela Ordem da Fênix.

Harry e Rony andavam juntos, conversando. Depois de fechar, Hogwarts virou uma base importante para a Ordem da Fênix.

Eles iriam a uma missão importante. Iriam conter os ciganos, que estavam recebendo informações de Voldemort. Eles estavam em guerra também, a Ordem iria ter que ajudar.

- Então Rony – Harry começou – Vai ser bom para você. Vamos ir para Escócia!

- Para ajudar ciganos, que estão em guerra civil? – Rony respondeu de mau-humor

- Sei que é difícil para você – Harry falou triste, abaixando o tom de voz – É para todos nós. Mas você vai ver. Vai ser como na Câmera Secreta. Iremos achá-la e depois pegar Voldemort de jeito.

Rony olhou para o amigo e sorriu.

- Obrigado Harry.

O outro sorriu de volta.

Gostaram? Cap 2 vem com certeza, mas vai demorar só um tantinho.
O quê que custa mandar uma review, hein?
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