Disclaimer: personagens e lugares pertencem a JK Rowling e à Warner Brothers. Fanfiction escrita sem fins lucrativos.
Produção: Janeiro, 2011
Avisos: fanfiction apropriada para todos.
Spoilers: PF
Sumário: Dudley tem algo a dizer…
N/A: escrita para o VI Challenge de Drabbles do Fórum 6 Vassouras, mestrado pela Phi. E um obrigado especial à Nanda, que é uma querida e betou a fic para mim.
Espero que gostem! ;)
A MELHOR MÃE DO MUNDO
Do outro lado da secretária, o director da Escola Básica St. Marcus de Little Whinging olhou-o fixamente por cima dos seus óculos redondos. Não era conhecido por ser uma pessoa especialmente bondosa, mas naquele dia parecia ter acordado suficientemente bem-disposto para lhe oferecer um sorriso enquanto o tinha prisioneiro no seu gabinete.
- Tudo bem, Dudley – repetia ele constantemente. – Podes falar comigo!
Dudley Dursley, que ainda não parara de pontapear o nada desde que se sentara na cadeira que todos os alunos da escola temiam, levantou orgulhosamente o queixo perante a última afirmação do director e falou, do alto dos seus nove anos:
- A minha mãe – começou, a voz ganhando força com as palavras – é a melhor mãe do mundo! Está sempre lá, quando preciso dela e quando não preciso. Diz que eu preciso de brincar, por isso não me obriga a trabalhar com ela lá em casa. Faz os melhores doces e serve sempre um ao almoço e ao jantar. E deixa-me comer tudo o que quiser!
«A minha roupa nunca se estraga porque ela me compra sempre uma nova. Gosta que eu ande bonito, por isso é que é ela quem escolhe sempre o que hei-de vestir de manhã e ainda me penteia antes de vir para a escola. Diz que sou o menino mais bonito do mundo!
Dá-me sempre um beijinho de manhã e outro antes de dormir. Ela gosta de dar beijinhos. E também vai sempre ao meu quarto tapar-me com os lençóis para não ter frio durante a noite. Às vezes, acho que é uma chata! Mas os outros meninos queriam era ter uma mãe igual à minha!»
- Claro, claro! Mas o Harry…
- Eu não sei o que lhe disse o Harry – interrompeu Dudley, pela primeira vez certo daquilo que queria responder ao professor –, mas acho que o meu primo tem inveja. Inveja porque eu é que sou o filho dela. E ele não… bom, ele não tem mãe!
Do outro lado da secretária, o director ainda sorria. Por fim, ele retirou os óculos, esfregou a testa lisa e brilhante como se estivesse muito cansado e apontou para a porta:
- Muito obrigado, Dudley. Podes ir agora.
Não seria necessária nova ordem. Dudley levantou-se num ápice, aliviado por ter sido dispensado, orgulhoso de si próprio. Mas assim que a porta do gabinete se fechou atrás de si, cerrou os punhos com violência e a onda de fúria que o director lhe infligira dominou-o por fim.
Harry iria arrepender-se da sua boca grande!
FIM
