O príncipe e a samurai.

Capitulo 1: Uma escolta para o príncipe.

Era mais uma tarde ensolarada na parte leste do continente. O vento balançava calmamente as arvores da floresta tão tranqüila. Ou talvez não.

- volte aqui seu vigarista. – gritaram os samurais que corriam atrás de um jovem que trajava farrapos. Um jovem simplório, um pobre coitado que roubara comida para sobreviver, porem todo roubo é errado e os samurais não o permitiam.

Numa leve distração o ladrão acabou por cair e os samurais finalmente o alcançaram, pegando-o pelo cangote.

- te pegamos seu ladrãozinho folgado. – falou o de armadura mais imponente e o líder, Sarutobi.

- Me soltem seus samurais! O que vão fazer comigo?! – o jovem ladrão se debatia.

- Apenas te jogaremos na prisão ate que você aprenda o seu lugar camponês. – um dos samurais disse. Sua armadura vermelha e preta, ele ainda usava mascara e tinha uma voz suave, como a de uma dama.

- Mas eu apenas roubei alguns pãos! – o moleque rosnou.

- Apenas alguns pães, não pãos. Mas ora, se admite o rouba obviamente admite o crime. – o samurai de armadura vermelha ergueu a cabeça do réu. – roubo, meu querido, é roubo! – falou duramente. – levem-no daqui. Ordenou aos samurais de classe menos elevada que o fizeram com louvor, deixando restar na floresta apenas o líder, Sarutobi, o jovem que ordenara e um outro samurai de armadura laranjada e preto.

- me orgulho de você Sora, tão jovem e tão frio. – Sarutobi se dirigiu ao samurai de armadura vermelha. E então olhou o sol, ainda levaria cerca de uma hora e meia ate que se pusesse. – Bem... Não temos mais o que fazer hoje. Os dois estão dispensados. – Sarutobi disse sorrindo e deixou os jovens.

O jovem de armadura laranjada chutou distraidamente o chão ate que Sarutobi sumiu ao longe.

- Você que ir à cachoeira, Naruto? – Sora perguntou.

- Claro.

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- Ate quando você pretende continuar fingindo ser homem, Sakura? – Naruto perguntou à jovem de cabelos róseos e profundos olhos verdes que trajava uma armadura vermelha e negra, a mesma de Sora, já que ela e ele eram a mesma pessoa.

- Sora é um bom disfarce. – ela passou a mão sobre os cabelos – e eu gosto de ser uma samurai.

- Um samurai. Sakura jamais será um samurai. Apenas homens podem ser.

- E para isso serve o Sora. – ela molhou os cabelos. – Embora Sakura vá ser uma camponesa para sempre, Sora poderá ser um esplendido samurai.

- Mas e se te descobrirem Sakura? Você sabe que se isso acontecer você será exilada sem nem a chance de um julgamento.

- Eu sei as conseqüências. – a garota olhou o belo pôr do sol a sua frente – Mas qual a graça de viver sem riscos?

- Não tem graça nenhuma, 'ttebayo.

- É isso aí Naruto. Por isso eu vou continuar a ser Sakura e Sora.

O loiro sorriu com as cores alaranjadas do sol refletidas em seus olhos azuis, aquela era uma camponesa de se orgulhar. Ela perseguia seus sonhos sem se importar com as dificuldades.

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Naquele mesmo dia, num dos luxuosos quartos do castelo de Konoha do leste acontecia uma discussão entre os membros da família real.

- Eu já disse que não vou me casar! – gritou um jovem de cabelos negros e rebeldes e olhos ônix.

- Não discuta com seus pais Sasuke! Ainda somos o rei e a rainha! – Fugaku, o rei, ordenou severo.

- É isso mesmo meu filho. Você sabe que tem que se casa com a princesa Hyuuga – Mitoko, a rainha falou mais suavemente.

- Porque Itachi não se casa com ela?! – moreno reclamou.

- Não coloque Itachi no meio disto Sasuke! Você está cansado de saber que seu irmão está controlando nossos exércitos na guerra. – Fugaku bradou.

- Pois eu preferia estar fazendo isso a me ter que me casar com uma completa estranha! – o jovem príncipe gritou.

- Sasuke! Eu não permito que você se refira a sua noiva dessa forma!

- Ela não é minha noiva! É só mais uma princesa fútil! E esse "casamento" não passa de uma farsa!

- Sasuke! – Mitoko gritou. Seu filho havia ido muito longe. Ela entendia que o jovem de 18 anos não queria se casar por meio de um casamento arranjado, mas a família real tinha o dever de fazer sacrifícios pelo povo.

- Saiam do meu quarto. – ele disse. – Me deixem em paz! – ele gritou e esperou seus pais o fazerem para se jogar na enorme cama e fitar o teto. Nunca pedira para ser um príncipe. Por que não podia ter nascido plebeu? Poderia viver livremente, mesmo que sem luxo. Tudo o que queria era ter liberdade. Mas não, seus pais não podiam dar liberdade ao príncipe, nunca! Sempre tinha que ter alguém junto dele.

Ele encarou o teto azul marinho do quarto e sua mente começou a bolar uma idéia...

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Era mais uma manhã tranqüila e de sol em Konoha do leste. Naruto e Sakura andavam pelas ruas do reino distraidamente. Naruto trajando roupas comuns de plebeu e Sakura um vestido salmão de camponesa.

- Naruto! Naruto! – veio correndo Kakashi enquanto o chamava.

- Kakashi-sensei. – cumprimentaram Sakura e Naruto.

- Naruto, Sakura, bom dia. – ele falou cordialmente. Um homem muito bonito, olhos negros, cabelos prateados e um corpo escultural oculto pela armadura perolada. – Naruto encontre o Sora e quero que ambos me encontrem na entrada do palácio.

- O que houve lá Kakashi-sensei? – Sakura perguntou. – Você parece que veio correndo.

- Assuntos de homem Sakura. Apresse-se Naruto! – disse antes de voltar correndo de onde viera.

- Vamos Sakura, temos que pegar nossas armaduras.

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Num das salas de reunião do castelo estavam reunidos os cinco melhores samurais da região. Sarutobi, o líder, Sai, seu braço direito, Kakashi-sensei, o treinador, Naruto e Sora (Sakura) os melhores aprendizes.

- Muito bem... – o rei pigarreou – Meu filho Sasuke está numa idade, rebelde, e está tendo uma pequena crise de "eu não quero me casar". Quero uma escolta especial para levá-lo ate o reino de Konoha do norte. Por isso os chamei.

- Estamos honrados. – Sarutobi falou e juntamente com os outros Samurais fez uma breve reverencia para o rei.

- Me alegro em saber e... – ele foi interrompido por duas batidas na porta – Ah! Deve ser ele. Entre Sasuke.

Escancarando as grandes portas de madeira bem polida entrou o príncipe, trajando roupas azul-marinho detalhadas em ouro.

- Como pediu meu pai, aqui estou. – falou o jovem num tom extremamente desdenhoso e seco.

- Ótimo. Sente-se.

Sasuke se sentou numa das cadeiras ao redor da mesa, exatamente na cadeira ao lado de Sakura.

- E então? O que irá me alegrar como o senhor disse?

- Esses são os melhores samurais da região. E eles te escoltaram ate Konoha do norte.

Sasuke crispou os lábios, era essa a boa noticia que lhe agradaria ouvir?

- Não é essa a noticia, Sasuke. – Fugaku acrescentou vendo a expressão de seu filho. – Minha idéia é que você possa aproveitar, como você diria, o ultimo mês antes de se casar.

- Como exatamente eu irei aproveitar?

- Se passará por um de nós. – Sarutobi começou a explicar o plano – Seremos apenas um grupo de samurais viajando. Te levaremos em segurança ate Konoha do norte e sua alteza poderá aproveitar esse ultimo mês com uma pessoa normal.

Os olhos de Sasuke brilharam. Ser uma pessoa normal. Isso era o que sempre desejou. E viajando com um grupo tão pequeno seria fácil, muito fácil, escapar fora dos domínios do reino. Ele abriu um sorriso, essa era uma oportunidade de ouro.

- E então Sasuke? Se satisfaz com isso? – Fugato questionou.

- Claro. É um desejo que realizo, meu pai. – disse suavemente. – Quando partiremos?

- Ao entardecer, alteza. – Sai respondeu. Era um homem de aparência fria, pele muito branca e cabelos e olhos negros.

- Muito bem... Então eu irei para meu quarto me preparar. Com sua licença. – o príncipe disse ao sair.

- Uma excelente idéia, senhores, melhor que se aprontem também, não? – Fugaku perguntou satisfeito.

- Claro majestade. Nos retiramos então.

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- O que você vai levar, Sakura? – Naruto questionou à garota que juntavam suas coisas em sua modesta casa.

- Coisas básicas Naruto, roupas, alguns curativos, armas... o que costumamos levar em nossas missões. – ela falou revirando os olhos.

- Aah... Certo... Mas vamos viajar um bocado não?

- É claro, Naruto. Mas é nossa missão, e é uma missão de grande honra. – Sakura disse fechando sua bolsa.

- Quais seriam as chances de te descobrirem? – o loiro insistiu.

- As chances serão todas aquelas nas quais você abrir sua boca para falar asneiras! – Sakura se irritou e pegou Naruto pela gola da roupa. – É bom você ficar caladinho.

- Dattebayo, tudo be-bem... – ele gaguejou quando ela o soltou.

- Vamos!

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Oii!! Bom essa é a minha primeira fic e espero que gostem.

Bye...