"Sesshoumaru, você está com uma pança horrenda!" A garota gritou, apontando freneticamente para o marido que calmamente, assistia a um jogo de futebol com um copo de cerveja ao lado...
Nota da Autora: Eu sei que tenho projetos a escrever – um publicado, outros apenas salvos aqui no computador – mas não resisti a uma pequena oneshot. XD Essa minha idéia venho do nada, voltando do meu inglês... Só espero que gostem dessa oneshot que não terá continuação. 8D (para a felicidade de vocês)
Sesshie, seu pançudo!
Era um domingo normal, na cidade de Tokyo. Muitas famílias nesses fins-de-semana ensolarados, quando tinham sempre alguma folguinha, optariam por um passeio de parque, um piquenique, uma visita ao zoológico – para aqueles que tivessem filhos pequenos, principalmente – ou qualquer coisa que lhe possibilitariam uma saída de suas casas sem-graças por uma hora, ou mais.
Porém, Sesshoumaru era extremamente o oposto daquelas famílias felizes. Ele odiava andar. Ele odiava Sol. Ele odiava fazer piquenique. Ele odiava os gritos das crianças. Ele odiava baderna. E principalmente... Ele odiava sair. Desde criança, quando a família ia sempre ao zoológico ver algum animal estranho – aos olhos do irmã mais novo, pelo menos -, sempre ficava em casa, deitado no sofá, assistindo a alguns programas interessantes – ou talvez não -, tomando qualquer coisa.
"Por que eu vou neste passeio?" Perguntou à mãe, aborrecido.
"Vamos conhecer bichinhos novo, Shesshoumaro!" Inuyasha respondeu pela mãe, saltitante e feliz. "Vamos, Shesshoumaro!"
"Para começar, é SESSHOUMARU. E em segundo, se eu quiser ver mesmo algum bichinho 'novo', eu procuro na internet, com a bunda sentada na cadeira, e muito feliz."
E ele nunca se arrependera de ser um sedentário.
Até ouvir aquilo de Rin.
O-O-O-O-O-O-O-O-O
- Sesshoumaru! – Ouviu a voz da esposa e nem se deu ao trabalho de se virar.
- O que foi, Rin?
- Vamos ao parque hoje?
- Não.
- Ao zoológico?
- Não.
- Ao museu?
- Não.
- Ao parque de diversões?
Se ele, um professor e admirador de história e museus, se recusara a ir à um museu, por que diabos ele iria aceitar, ir ao parque de diversões?!
- Não.
- Poxa, Sesshie! – Rin bufou e jogou-se ao lado do marido, no sofá – Seu sedentarismo vai acabar te matando!
- Se eu morrer, vou morrer feliz.
- Claro... Você vai ficar feliz de morrer aos 25 anos. – Respondeu irônica e com os braços cruzados.
Sesshoumaru olhou de soslaio para a esposa.
- Querida, eu não posso morrer aos 25 anos.
- Por que não? – Insistiu.
- Porque eu tenho 30 anos.
Rin ficou calada por alguns segundos...
- Ah é. Me esqueci.
- Obrigado. – Disse ironicamente. – Percebo o grande carinho que você tem por mim.
- Que bom que você percebeu! – Gracejou.
Silêncio...
- Sesshie...
- O que foi, Rin?
- Vamos sair hoje?
Silêncio.
- Por favoooooooor...?!
Silêncio.
Barulho da TV.
- Rin.
- Hai? – Ela perguntou, com um grande sorriso nos lábios.
Finalmente o seu marido sedentário iria sair com ela?
- Pega o copo de cerveja que está aí do seu lado.
Silêncio.
- Por favor. – Acrescentou, ao notar a cara de tacho da esposa.
- ... – Rin pegou o grande – por sinal – copo de cerveja, e deu relutante para o marido. Sesshoumaru tomou um grande gole. Nesse momento, a televisão mostrava uma propaganda de promoção de lingeries.
- Gostosa. – Sesshoumaru comentou.
- O QUÊ?! – Rin berrou, com faíscas saindo pelo olho. – O que você disse, seu balofo de meia-tigela?!
- Não grite, Rin. – Sesshoumaru reclamou – Falei da cerveja. Eu disse que a cerveja que estava gostosa.
A morena soltou um resmungão e não contestou.
Silêncio...
- Rin.
- O que foi?
- Do que você me chamou?
- De Sesshoumaru? – A garota respondeu, incerta.
- Não, não foi disso que você me chamou não.
- Não sei do que você está falando, Sesshoumaru.
- Sabe sim. – Insistiu.
- Então me diga. – Replicou.
Silêncio...
- Você me chamou de balofo de meia-tigela.
Silêncio.
- Ah é. Me esqueci.
Silêncio.
- Eu não gostei.
Silêncio.
- E eu não gostou que você disse que aquela va... Mulher era gostosa.
- Eu falei da cerveja!
- Ótimo! E eu disse que quem era o balofo era o Buyo! – Apontou acusadoramente para o gato, que estava dormindo sem saber de nada.
- Não minta para mim, Nakayama Rin!
- Pois também não minta para mim, Taisho Sesshoumaru! – Retrucou.
Silêncio.
- Vai continuar de bico? – Rin questionou depois de, pelo menos, cinco minutos de silêncio.
- Pergunto o mesmo à você. – Disse mal-humorado e tomou mais um grande gole de cerveja. E para provocar a esposa, acrescentou – Gostosa.
- Vai para o inferno, Sesshoumaru! – Gritou, com raiva. – Você é um maldito sem coração! Um sedentário!
Ele não deixou-se abalar e continuou a prestar a atenção no jogo.
- Seu... Seu... Pança de chope! – Berrou.
De novo o silêncio.
- Pança de chope? – Sesshoumaru repetiu, perdendo a sua frieza – PANÇA DE CHOPE?
- Pança de gordo, pança de chope, "grávido" de quatro meses!
- Olha aqui, Rin. Se tem uma coisa que eu não sou é... Gordo.
Silêncio.
- Acho que é verdade. – Ela abaixou a cabeça, parecendo arrependida.
Sesshoumaru sorriu e sua atenção estava praticamente toda no jogo – novamente -, quando, se não fosse pela sua audição peculiar, ouviu a morena sussurrar, quase para si mesma.
- É claro que não parece um gordo...
Sorriu de satisfação. E a morena continuou a sussurrar.
- Parece um obeso, isso sim.
Silêncio.
- Rin... – Olhou para a esposa, ameaçadoramente – Não brinque com este Sesshoumaru...
- Sesshoumaru, você que é cego! – Gritou. – Sesshoumaru, você está com uma pança horrenda! – Acrescentou, apontando freneticamente.
Quando Rin o xingara de balofo de meia-tigela, só falara aquilo porque fora o primeiro xingamento que lhe viera à cabeça. Mas analisando bem o corpo do marido...
Ele estava sim com uma pança.
E acrescentou para irritar ainda mais o marido.
- Céus, cadê o Sesshoumaru com o corpo escultural que eu me casei?!
- Rin, não provoque!
- Cadê o Sesshoumaru que me fazia suspirar? – Ignorou o aviso do marido.
- Rin...
- Sumiram com ele, e colocaram um pançudo no lugar dele. Tristeza. Não mereço tanto. – E fingindo desolo, balançou a cabeça.
Se tinha algo que Sesshoumaru não admitia, era ser provocado e não fazer nada. Mesmo que fosse com sua esposa.
- E cadê a Rin sem celulites e com corpo esbelto que eu me casei?
- O quê? – Ela franziu a testa – Eu não tenho celulites!
- Cadê a Rin meiga e doce que eu me casei?!
- Sesshoumaru Taisho!
- Sumiram com ela, e colocaram uma megera no lugar dela. – Imitando a mesma frase que ela dissera segundos atrás, olhou para a morena à sua frente, vermelha de raiva, com um pequeno sorriso de satisfação nos lábios.
- Você... Me... Paga! Sua gordura ambulante! – Gritou e foi para o quarto, batendo a porta em seguida.
Uma sensação de arrependimento invadiu Sesshoumaru... Talvez tivesse pegado pesado demais. Afinal, Rin era uma garota e...
Balançou a cabeça. Ela ofendera o corpo perfeito dele! Aquilo fora imperdoável...!
- Eu não estou com pneuzinho. – Repetiu e levantou a camisa para verificar e ficou estático. Realmente, ele estava com uma pancinha. Que estava querendo virar uma "pançona".
Impossível. Impossível. Ele era o lindo e perfeito, Taisho Sesshoumaru. Aquilo deveria ser apenas um estresse momentâneo, um estresse que fazia-o ver aquilo que não existia.
Era isso. Com certeza.
Bebeu o restante do líquido amargo que restara.
- Gostosa. – Disse para si mesmo.
O-O-O-O-O-O-O-O-O
Reviews, por favor? 8D
