Estava trancado em um pequeno quarto de hotel havia exatas quarenta e oito horas,e, por mais que detestasse admitir, estava gostando.
Tentou abrir a porta do quarto onde estava, e como já previa, esta abriu. Dois dias atrás ele daria de tudo para que isso acontecesse, mas não agora. Perguntou-se o que mudara tanto em dois anos. A resposta era nada. As coisas tinham simplesmente ficado do mesmo jeito.
Foi até a cama que dividira com a pessoa que tentava a todo custo evitar. Pansy estava dormindo, seu cabelo escuro e curto estava embaraçado, a pele clara marcada.
Iria embora dali, e talvez nunca mais a visse novamente. Era o que provavelmente iria acontecer. Era o que seu coração negava a aceitar.
Pensou, por um momento de loucura, que eles poderiam ficar no quarto para sempre; nunca mais sairiam dali, afinal, aquele era um quarto preparado para atender todas as necessidades que tivessem.
Mas seu estomago afundou ao pensar no que deixaria para trás. Era egoísmo simplesmente ir embora, sem ao menos ter a coragem de explicar o porquê. Ele não era um grifinório? Não passara sua vida inteira enfrentando seus medos e perigos? E – nesse momento sua mente se encheu de algo chamado culpa – Ginny? Era uma covardia ir embora sem dar explicações à pessoa que estava sempre do seu lado, dando seu apoio incondicional.
Lentamente, foi recolhendo suas coisas daquele lugar. Era covardia ir embora assim, sem avisá-la, mas ela iria entender. "Tenho uma vida agora." As palavras dela ainda ecoavam em sai cabeça.
Quando terminou de catar tudo o que era seu, e colocar em uma mochila surrada, pensou que talvez devesse deixar algo. Para ela saber que ele não estava brincando quando dissera "eu te amo".
Rabiscou algumas palavras em um caderno que ela usava para fazer anotações. O deixou em cima de um dos travesseiros.
Enquanto ia embora, pensou em acordá-la para se despedir melhor, talvez dar um último beijo. Mas não fez nada disso.
Quando, horas depois, Pansy Parkinson acordou, ela achou algumas palavras rabiscadas no seu bloco de anotações. Nunca imaginou essas palavras fossem significar tanto.
Enquanto ia, desiludida e ferida para o banheiro, o bloco, agora caído no chão, exibia as palavras que havima gerado tanta tristeza.
Sinto muito. Eu te amo.
Harry.
N/A: primeiro capitulo da fic. Ela vai ser bem curtinha com mais 3 capitulos depois do prologo. Foi escrita para o projeto One Chance, do fórum 6V. Espero que gostem! Qualquer coisa, mande um comentário! Desculpe qualquer erro, mas não betei o capitulo. Depois eu vejo se tem que concertar algo :)
