Disclaimer: Harry Potter é propriedade de J.K. Rowling e todos os seus afiliados.


Como (Não) Quebrar Um Coração.

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James Potter já havia decidido o que ele iria fazer.

Após anos perseguindo a garota que ele tivera tanta certeza que era a certa para ele — e sendo rejeitado todas as vezes —, James perguntaria a Lily pela última vez; ou ela perceberia que ele tinha mudado, ou continuaria com o mesmo argumento de sempre. Era uma chance de 50%.

James sabia que a cada vez que havia uma nova data para Hogsmeade no quadro de avisos da Sala Comunal, Lily estaria esperando pelo seu próximo convite, apenas para negá-lo rapidamente ou o humilhar na frente dos outros grifinórios (e às vezes do resto da escola) de que ela "nunca iria sair com alguém que possui a cabeça tão cheia de titica como você". Ele ignorava muito dos comentários que a ruiva fazia, todavia sempre havia aqueles que lhe incomodava.

Será que ela não percebia que ele não estava brincando? Que ele realmente gostava e queria sair com ela? Já não era fácil achar coragem para se declarar, mas ser rejeitado todas as vezes sem nem pensar duas vezes...

Estava cansado de tudo aquilo.

Apesar de todas as coisas engraçadas e dos momentos inesquecíveis que passou durante todos aqueles anos em que correu atrás de Lily, James havia chegado ao seu limite.

Sua mãe já havia conversado com ele, aconselhando-lhe sobre o que poderia fazer, e a cada dia que passava, aproximando-se mais da data de Hogsmeade, as palavras de sua mãe parecia rodar mais frequentemente em sua cabeça.

"Apesar de a família Potter vir de uma linhagem antiga de sangue puro e seguir tradições, se você realmente gosta dessa garota de que tanto fala, eu e sei pai não nos importaremos com o sangue que ela possui. Agora, após todos esses anos, se ela continua negando seu pedido sem ao menos pensar duas vezes, talvez seja a hora de seguir em frente, querido; e, caso você queira, podemos seguir a tradição e conseguir um casamento arranjado com uma boa garota."

James havia absorvido tudo o que sua mãe falou, não eliminando, no final, a possibilidade de um casamento arranjado. Era uma tradição puro-sangue interligar uma família com a outra através dos laços matrimoniais; algumas vezes o casal apenas se aguentava, tendo um herdeiro, como o protocolo mandava, mas não ousando chegar perto um do outro mais do que o necessário; outras vezes dava certo e o casal até chegava a se amar com o passar do tempo.

Ele estava em seu último ano de Hogwarts, sendo o capitão do time de Quadribol da Grifinória e o Monitor. Tinha responsabilidades e obrigações; tinha de pensar no futuro de sua carreira como auror; tinha de realizar as tarefas como o herdeiro Potter.

Perguntaria uma última vez, jogando todas as cartas na mesa, deixando tudo à mercê da garota que tanto gostava.


N.A.: Escrito bem rapidinho apenas para não deixar isso aqui abandonado por muito tempo...