Percy Jackson, seus personagens e mundo pertencem a Rick Riordan... Quer saber? Se ele pegou emprestado os personagens do Homero por que eu não posso também? MUAHAHAHA. õ.ô

Bem, gente, antes de mais nada gostaria de agradecer a quem, gentilmente teve a coragem de abrir essa fanfic para ler. É a minha primeira fic e me desculpem se eu for muito chato, ok? Bem, espero que gostem.

Capítulo 1 – A caixa de música

Sabe aquele tipo de cara que sempre fica na sua na escola, não tem muitos amigos ou sempre fica num canto sem muitas pessoas por perto? Bem, esse era eu. Não que eu fosse daquele tipo de pessoa antipática que gosta de afastar os outros e se isolar, mas é que, talvez, minha aparência os afastasse. Não que eu fosse muito feio ou coisa assim, mas é que eu sempre tive aquela cara de sério e sempre fui bastante grande para a minha idade, quase um quarterback dos times de futebol da escola.

Mas, mesmo assim, eu nunca fui do time. Esportes não eram algo que me atraíssem ou coisas como matemática, literatura ou nada disso que normalmente se aprende na escola. E isso não colaborava nada nas aulas, principalmente quando aliado ao meu transtorno de déficit de atenção. Na verdade, o que mais me interessavam eram as aulas de carpintaria e mecânica... Era realmente divertido desmontar e montar coisas. Era quase como ser um deus criando um mundo de coisas. E assim eu vivia minha vida entre peças e ferramentas, sempre me ocultando, vivendo num mundo só meu.

A propósito, meu nome é Charles. Charles Beckendorf.

Eu estava, mais uma vez, ficando um pouco depois da hora na sala de carpintaria trabalhando no projeto que o professor propusera. Não que eu fizesse aquilo para parecer um aluno excepcional ou quisesse puxar o saco do professor, mas eu era do tipo extremamente detalhista. Cada pedaço de madeira que se tornaria a peça deveria estar minimamente lixado e preparado para que a forma ficasse perfeito.

- Com licença? – Ergui os olhos e me deparei com uma figura à porta que fez meu coração parar por algum tempo. Eu estava diante dela. Silena Beauregard. A garota mais linda do colégio, a mais popular de todas e chefe das cheerleaders, que apenas em meus sonhos mais loucos viria falar comigo. E, bem... ela estava mesmo falando comigo?

- Com licença? – Insistiu uma vez que eu não lhe dera nenhuma resposta.

- Errr... pode entrar. – Disse um tanto encabulado por tê-la deixado parada à porta.

- Oi, eu estava querendo falar com você... Uau! – Seus olhos azuis pairaram surpresos sobre o porta-jóias no qual eu trabalhava. Na verdade o professor pedira que fizéssemos simplesmente um pequeno baú para guardar objetos, mas eu decidira fazer uma espécie de caixinha-de-música, com alguns entalhes bem pequenos representando flores e pássaros. – Você quem fez? – Perguntou Silena, fascinada. – Posso dar uma olhada?

- Claro, claro... – respondi ainda surpreso por ela estar falando comigo. – Alíás... – tentei recompor a ordem em meus pensamentos enquanto a fitava, com seus dedos alvos, tocar delicadamente um passarinho de madeira.

- É muito lindo, sabia? Você leva jeito para isso, errr... – Comentou e ficou esperando que eu lhe dissesse meu nome.

- Charles. – Onde eu estava com a cabeça? Por que eu dissera meu primeiro nome para ela. Eu nunca dizia ele para ninguém. – Charles Beckendorf.

- Você tem um talento muito bonito, Charlie. – Sequer reparei que ela me chamara por um apelido que acabara de me dar. – Não é à toa que o professor me disse para procurá-lo. Ele sabia que você estaria aqui, sabe? – Falou me dando um daqueles sorrisos capazes de derreter geleiras ou de simplesmente deixar um garoto de quase um metro e oitenta gaguejando sem parar.

- Err... Ma... ma... Você não tinha algo a falar comigo?

- Ah, claro. – Deu um sorriso pretensamente bobo que desarmaria até o mais forte dos homens – Eu sou de outra turma e estou tendo trabalho para concluir meu projeto. Aí o professor me indicou que te procurasse para pedir ajuda. Então eu queria saber se você poderia me ajudar com meu projeto amanhã, depois da aula...

Ela estava me convidando para um encontro? Ok, não era um encontro, mas ela estava me perguntando se eu poderia passar algumas horas com ela depois da aula... A resposta ideal seria um direto e idiota "Claro, na hora que você quiser". Mas claro que eu não poderia falar daquele jeito se não quisesse parecer um idiota na frente dela. Pense, Charlie, pense, pensei comigo mesmo, dê logo uma resposta antes que ela pense que você é um tapado!

- Claro, na hora que você quiser. – Realmente, eu era um completo idiota.

- Ah, obrigado... Até amanhã. – Ela saiu dali sorrindo e acenando para mim que fiquei ali com uma cara de peixe-morto balbuciando um "tchau" mudo.

Acabei ficando ali mais tempo do que deveria depois disso. Saí da oficina e tomei os corredores do colégio para sair dali logo e, quem sabe, chegar em casa a tempo de ver a final da NBA. Triste ilusão. Não demorou muito para que eu percebesse um barulho estranho atrás de mim. Shhhhh. Era como o chiado duplo de duas serpentes. Devia ser fruto da minha imaginação fantasiosa. Continuei andando até que na esquina de um corredor me deparei com uma estranha figura esbaforida. Era o Sr. Jarvis, o professor de filosofia que sempre usava uma grande boina rastafári na cabeça. Mas aparentemente ele esquecera de colocar sua boina naquela noite e sobre sua cabeça era possível ver... Chifres? Não, só podia ser coisa da minha cabeça. E, bem, ele também se esquecera de colocar as calças e agora suas pernas peludas de bode estavam à mostra. Três palavras: Eu. Tinha. Pirado.

- Beckendorf, onde estava? Eu estava te procurando... Espere! Não há tempo para explicações. Venha! Corra!

Ele tentou me puxar pelo braço, mas eu era bem grane e não me mexi.

- Por que eu deveria ir com o senhor? Por que temos de sair daqui correndo?

- Por causa daquilo! – Ele falou e apontou o dedo pra algo arás de mim, no outro corredor. Quando me virei me vi diante de uma grande serpente com uma cabeça em cada ponta do corpo. Não sei o porquê de o nome anfísbena ter vindo à minha cabeça, mas de uma coisa eu estava certo: Meu encontro com Silena tinha acabado de descer pelo ralo.

Bem, pessoal, esse foi o primeiro capítulo. Espero que tenham gostado e que leiam os demais. Agora, por favor, façam uma pequena oferenda à deusa Íris. Clicando naquele link azulzinho ali em baixo você concorre a 100 dracmas de ouro em bônus para fazer mensagens interurbanas, internacionais e intercósmicas. Participe.