Um breve momento

As gostas de chuva batiam na janela, na noite escura. O brilho das estrelas se apagara, como o brio de seus olhos. Duo recostou-se melhor à cama, com novas lágrimas prontas a caírem, e suspirou fundo. Brigara mais uma vez com Heero; contudo a briga fôra séria, não apenas outra discórdia boba que costumavam ter. E o arrependimento, tão amargo, apertava o peito de Duo, tinha que reconhecer que perdera os limites, que ferira seu amante com nunca havia imaginado ser capaz. Dessa vez Heero não o perdoaria. Ele era mesmo um burro! Escolhera o amor de sua vida para ser a primeira pessoa a magoar em sua curta existência. Agora sofria, de dor de amor, de tristeza, de medo, de angústia, de remorso... Não conseguiria viver sem Heero, simplismente não o podia. Heero era seu amante, seu companheiro, confidente, seu anjo protetor... E, infelizmente, corria o risco de perdê-lo.

Duo socou o colchão, com raiva de si. Seu rosto inchado e vermelho não chegava, nem de perto, de expressar toda a tristeza que sentia. Mesmo que os sentidos estivessem fracos e quase não lhe fossem importantes nesse momento, ainda pôde ouvir o barulho de um carro se aproximando. E, mesmo que acreditasse que Heero não mais voltaria, seu coração cheio de esperança indicou-lhe o caminho a seguir: pulou da cama, com as poucas forças que restavam-lhe, e foi espiar pela janela. Seu coração não lhe traíra, era le que voltava para si, porque o amava! Viu o carro estacionar e seu Koi entrar na casa. Sim, estava imensamente escuro e a chuva embaçava a vista, mas Duo poderia reconhecê-lo a mil metros de distância., jamais esqueceria daquele que amava. Saiu correndo de seu quarto, com felicidade a mais do que seu coração podia surportar, e se encaminhou para o andar debaixo: encontrar-se-ia com Heero.

Heero chegava à sala, sabia que seria injusto caso não perdoasse o seu amor, afinal, ele próprio já o magoara inúmeras vezes e, seu doce amante sempre voltava para os seu braços, ignorando tudo que acontecera. Até porquê, jamais conseguiria viver sem Duo, ele era a única razão para o seu viver. Avistou seu amante no topo da escada, com, apesar da face de quem chora, um enorme sorriso e os olhos mais vivos que qualquer outra coisa existente no mundo. Sorriu ao ver aquele jovem a que entregara-se por inteiro, de corpo e alma, e pô-se a correr para o encontro glamuroso e tão desejado. Parou ao pé da escada, os braços abertos, a esperar pelo seu menino.

Duo vinha com uma alegria descomunal, correndo também, iria, depois de tudo o que sofrera, abraçar-se àquele corpo tão desejado. Sua vista se embaçava, já que lágrimas de felicidade caíam-lhe pelo rosto, admirando-se com a bondade de seu amante.

Heero, meu amor...

Duo estava no meio daquela escadaria quando sentiu seu pé virar bruscamente. Tropeçando, por sua prórpia alegria, rolou escada a baixo, parando aos pés de Heero. Já sem vida.

Duo...

Era o seu fim, um breve momento de felicidade transformado em eternos momentos de dor.

Fim

Antes que alguém pire e queira me matar, eu vou logo avisando que tinha fortes motivos pra fazer isso aqui: queria provocar as minha amigas, pra variar "! Mas fiquem sossegadas, que aquelas vingativas já mataram o meu Quatre ! Vê se pode uma coisa dessas... o Duo é só o Duo, não ia fazer falta pro mundo, já o Quat é um ser indispensável para a sobrevivência humana! Hehe, brincadeirinha! Falando sério, eu gostei de ter feito essa fic, mesmo que minúscula, fiquei até triste.

Quem quiser me mandar um e-mail (e eu não duvido nada que todos eles sejam pra me xingar ¬¬ ), fique a vontade.