Prólogo

Droga!Pensei mordendo o lábio inferior. Através do espelho da penteadeira, olho para o peito do homem perfeito deitado na cama, subindo e descendo numa respiração regular de um sono profundo e me sinto terrívelmente culpada. E no mínimo covarde por estar saindo assim de fininho sem ao menos lhe dizer que preciso ir embora. Mesmo que tenhamos uma química quase perfeita, que possamos quase "ler" os pensamentos um do outro, eu agora hesitava em lhe contar todos os motivos pelos quais eu precisava voltar pra casa. Ando pelo quarto nas pontas dos pés, recolhendo tudo que deixei espalhado. Eu deveria dizer a ele. Eu penso novamente sentindo que o que estou fazendo é errado. Vou até o banheiro, abro a torneiro, molho o rosto e ao secar com a tolha disposta ao lado da pia, encaro o espelho e a mulher corada e feliz que me tornei. Certo! Vou sim falar com ele, me explicar, me despedir, dizer que foram 4 semanas mágicas mas que eu preciso acordar agora. Tomei minha decisão. Volto para para o quarto, subo na cama devagar, engatinhado até aquele homem que agora eu amo mais do que tudo. Aqueles cabelos ruivos mais bagunçados que sempre, seu rosto de virando para mim, e para minha surpresa me agarra e me beija apaixonadamente:

– Fugindo de mim? Para onde estava indo toda vestidinha assim, hein? – Edward perguntou me encarando com aqueles olhos verdes num olhar que parecia desnudar até mesmo a minha alma.

– Eu estava voltando para meu quarto para pegar algumas coisas, afinal estamos aqui há dois dias trancados no seu quarto. – Que mentirosa! Grito em pensamento. Será que ele percebeu?

– Anda vai...Tira logo essas roupas e volta pra cá! – ele diz manhoso, enquanto beija meu pescoço de forma lânguida e eu me sinto mole e quase desisto do que tenho que fazer. Em seus braço eu sinto que tudo faz sentido, meu porto seguro.

– Humm...parece uma boa ideia meu anjo, mas preciso mesmo cuidar de ninharias, coisas femininas. – Disse isso beijando-o demoradamente como que para me despedir pois sabia que nunca mais o veria. Suspiro, agarrando-o, inspirando seu cheio mais uma vez, para me lembrar daquele cheiro de almiscar e homem que eu nunca tinha sentido antes mas agora era tão familiar, tão íntimo. – Já volto mesmo meu anjo, não se preocupe, tá legal? Descanse. – Beijo-o mais uma vez, olho em seus olhos e vejo algo de tão doce. Ah meu amor! Sinto muito, muito mesmo. Penso totalmente triste.

Levanto da cama devagar e Edward me acompanha com seus lindos olhos e seu olhar não deixando o meu e nenhum momento até que eu abrir a porta e sair. Adeus meu amor!