Olá, pessoal!
Olha eu aqui com a segunda adaptação. Dessa vez, o livro se chama Noivas Reais – Desejos de Princesa e espero que gostem também. A Autora dessa série é Lucy Monroe e eu a li como adaptações em outro fandom (Inuyasha) e amei (os créditos pela primeira idéia de adaptação, portanto, não são meus).
Para quem não leu, sugiro que inicie pelo primeiro romance da série Noivas Reais: Sonhos de Princesa, adaptado com o Edward e a Bella.
Essa série de três romances pertence à Lucy Monroe e as personagens de Twilight à nossa querida Meyer!
Rosalie Hale sabia que, quando se tornasse a amante secreta do príncipe Emmett Giovanni Cullen, não haveria casamento, futuro nem reconhecimento público. E, naquele momento, nada disso importava. Mas Rosalie não poderia mais ser um segredo guardado a sete chaves. Ela quer Emmett, e está disposta a tudo ou nada, mesmo que isso signifique o rompimento do caso. Até que um exame muda os rumos dos acontecimentos para sempre...
CAPÍTULO I
Rosalie Hale fechou a revista e colocou-a sobre a mesa.
Suas mãos mostravam-se firmes. Estava impres sionada. Um furacão de dor a sacudia por dentro. Não emitiu nenhum som, embora quisesse gritar. Queria rasgar a publicação ofensiva. Mas não podia... Se desse vazão a uma ínfima parte do que corroia sua alma, ela perderia o bom senso totalmente.
Recusava-se a fazer isso. Passou anos reprimindo as emoções, escondendo as lágrimas que revelariam a dor física e a mental. A traição de Royce fez com que chorasse e jurou que não permitiria que outro homem causasse isso novamente. Nem mesmo o príncipe Emmett Giovanni Cullen.
— Ele é uma delícia, não é? — suspirou Vera, sem perceber o quanto sua visita arrasara Rosalie. Ela se inclinou para a frente e abriu novamente a re vista, apontando para a figura que era a fonte da ago nia de Rosalie. — Imagina se fosse essa mulher?
Rosalie olhou para a foto. Não queria. Doía, mas não conseguia evitar. Seus olhos estavam tomados por uma emoção tão forte quanto a que florescia em seu coração: a necessidade de saber e uma esperança desesperada de que aquela visão a tivesse enganado na primeira vez.
Não enganou.
A foto era exatamente o que pensou que fosse. Mostrava o maravilhoso presidente da filial italiana da empresa Cullen Shipping dançando com uma igualmente atraente mulher na festa de aniversário do pai dele, na ilha Cullen. O príncipe Emmett sor ria e a mulher parecia uma pantera linda que acabara de atacar sua presa.
Como Rosalie pôde ter sido tão estúpida ao permi tir-se um envolvimento com aquele homem... e real mente ter acreditado que eles tinham muita coisa em comum?
Ela caiu nos braços dele com tanto cuidado quanto se tivesse se jogado de um penhasco. Entregou a ele sua virgindade e não pediu nada em troca além de sua surpreendente paixão. Ele ofereceu sua fidelidade, mas aquela foto despertava dúvidas acerca da since ridade da oferta.
Ao contrário do que contou a ela, seu príncipe era o rei dos playboys. Será que era uma imbecil, quando o assunto era homem, ou simplesmente não tinha sorte?
— Alô, tem alguém aí? — A voz de Vera invadiu os pensamentos de Rosalie.
— O quê?
— Onde estava, bambina? Não me diga que estava pensando em trabalho?
— Algo assim — respondeu Rosalie com a voz trêmula. Na sua cabeça, seu trabalho e seu amante es tavam intimamente ligados.
— Perguntei se você consegue se imaginar no lu gar dela.
Só sé fosse para dizer que, quando Emmett abra çava Rosalie assim, ela nunca estava com um vestido de alta-costura. Na realidade, na maioria das vezes não estava vestindo nada.
— Sim.
Vera riu.
— Sua imaginação é melhor que a minha.
— Não muito.
— Você está bem? — perguntou Vera, demons trando preocupação. — Parece meio desligada, e pa rece algo maior que sua constante preocupação com o trabalho.
Rosalie se forçou a desviar o olhar da foto e da amiga loura. As duas eram americanas, mas as simi laridades terminavam aí. Vera tinha um 1,50m e o corpo de uma Vênus de bolso.
Rosalie, por sua vez, tinha o corpo bem esculpido, um pescoço que Emmett dizia parecer o de um cis ne, mas que ela achava longo demais, uma aparência normal que ele dizia ser natural e 1,70 de altura — que parecia muito pouca diante do 1,85m dele. Seus cabe los louros na altura da cintura eram lisos até mes mo quando tentava enrolá-los.
Emmett dizia que sua pele era como seda e ele adorava o fato de ela não usar quilos de produtos, mas a morena que estava bem perto dele na foto certa mente estava bastante maquiada. Até demais, para a preferência de Emmett.
Aquela foto fazia com que pensasse que talvez ti vesse sido tão tola com Emmett quanto com Royce.
Ela tentou sorrir, sem sucesso. Conseguiu suspi rar.
— Estou bem. Apenas cansada. Tenho trabalhado muito no projeto de Córdoba.
— Do jeito que se dedica, não é à toa que não tem vida social.
Mas Rosalie tinha vida social... uma vida secreta que lhe proporcionava mais prazer do que jamais pen sara ser possível. Pelo menos até aquele momento.
Dessa vez, ela conseguiu esboçar um sorriso, em bora não muito convincente.
— Você sabe como é.
— O que sei é que trabalha muito.
— Nem tanto. Amo meu trabalho.
— Também amo o meu, mas não dedico a ele to dos os minutos da minha vida. Por falar nisso, tenho que ir... não quer mesmo vir?
Rosalie balançou a cabeça negativamente.
— Desculpe, mas acho que vou dormir cedo.
Vera suspirou e também sacudiu a cabeça.
— Precisa sair mais.
— Eu saio. — Com Emmett, e em momento al gum gostaria de encontrar alguém da Cullen Shipping.
Vera resmungou e de repente sua expressão ficou fria.
— Se você não for, o Garrett vai ficar desapontado.
— Duvido.
— O cara é louco por você, é bonito, tem um ótimo emprego e é solteiro. Por que não sair e passar algum tempo com ele?
— Hoje não.
— Certo — Vera sorriu novamente e a abraçou. — Durma um pouco.
Rosalie retribuiu o abraço.
— Divirta-se.
— Vamos nos divertir — Vera virou-se em dire ção à saída.
— Esqueceu a revista.
— Pode ficar. Pelo menos vai ter algo para ler à noite.
Vera saiu antes de Rosalie responder.
Não queria ler aquele tablóide. Não queria ver. Não queria aquela revista no seu apartamento, mas, quando ia jogá-la no lixo, acabou lendo as reporta gens sobre o aniversário do rei Carlisle.
Ela olhava para a foto de Emmett dançando com uma mulher, quando bateram à porta.
Ela morava no que um dia fora o apartamento do caseiro de uma residência nos arredores de Palermo. A família ainda ocupava a casa principal e o sistema de segurança era confiável.
Como a casa dela ficava longe da entrada principal e a segurança era tão boa, não se preocupava com hóspedes indesejáveis. No entanto, Emmett já tinha aconselhado várias vezes que não abrisse a porta sem antes se assegurar de quem era, o que fazia automa ticamente agora.
Era ele.
Não sabia por que isso a afetava, mas afetou. De pois de ler aquela reportagem, sua mente dizia que não pertencia mais a ele... se é que um dia havia per tencido. Portanto, por que ele se incomodava em apa recer?
Mas ali estava ele, a verdadeira tradução da beleza siciliana. Dos cabelos negros bem cortados, que realçavam seu rosto às pontas dos sapatos de couro Gucci, ele exalava pura sensualidade masculina. Também parecia cansado, com a pele ao redor dos olhos azuis denunciando sua fadiga.
Talvez porque estivesse se divertindo demais em festas para descansar. Mesmo pensando isso, ela não deixou transparecer.
Ele havia partido para uma viagem de negócios uma semana antes do aniversário do pai. Eles se fala ram por telefone todas as noites e ele deixou claro que estava fazendo o possível para apressar tudo.
Só que depois de ver aquela foto, ela não conse guia deixar de pensar que ele não fora encontrá-la di retamente do aeroporto. Por que o faria, se tinha aquela mulher linda e sofisticada para se divertir?
Talvez fosse uma linha irracional de pensamento, mas naquele momento ela não dispunha de outra mais lógica. Ele bateu novamente, demonstrando sua impaciência por ficar esperando à porta.
Ela abriu a porta e ficou olhando imóvel para a sua imponente figura.
Os lábios sensuais de Emmett se abriram em um sedutor sorriso.
— Boa noite, tesoro mio. Vai me deixar entrar?
— O que está fazendo aqui?
Ele apertou os olhos e seu sorriso rapidamente de sapareceu.
— Que pergunta é essa? Não a vejo há mais de uma semana. Meu avião pousou há menos de uma hora... para onde mais iria?
Seis meses antes, quando eles começaram a sair, a pergunta teria sido ridícula. Ele deixou claro que a veria apenas duas noites por semana, mas, à medida que o relacionamento prosseguia, o número de noites aumentava até que praticamente estavam morando juntos... embora em segredo.
— Talvez ficar com sua nova namorada?
Ele entrou na pequena casa, forçando-a a sair da frente, caso não quisesse que a tocasse. E não queria. Não agora. Talvez nunca mais.
Ela se afastou rapidamente, até chegar a uma dis tância segura.
— Que outra namorada? — ele perguntou, falando cada palavra com precisão, enquanto ela fechava a porta.
Ela entregou a revista a ele.
— Esta.
Ele olhou para a revista e a pegou para olhar mais de perto. Ele percorreu as páginas com desdém, antes de jogar a revista sobre a mesa.
— Isso não é nada mais que um tablóide sensacionalista. Por que o estava lendo?
— Vera trouxe. Ela pensou que seria interessante ler uma reportagem sobre o chefão. E que diferença faz o modo como a revista veio parar aqui? O fato de ser uma forma barata de jornalismo não apaga as fo tos nem o comportamento captado pelas lentes das câmeras.
— Essa foto não mostra nada de comprometedor.
— Não está falando sério.
— Dancei com algumas mulheres na festa do meu pai, sorri para algumas, conversei. Não há nenhum crime nisso.
— Não se você não fosse comprometido.
Ele franziu o cenho, e os olhos que, em geral, olha vam para ela com afeição estavam gelados.
— Sabe que não vou tolerar uma cena de ciúmes, Rosalie.
Ela quase riu. Ele parecia tão arrogante que quase dava para ver que era um príncipe, só que era o filho mais novo. Esse tipo de egocentrismo devia ser dei xado ao herdeiro do trono.
— Tudo bem. Vá embora que não haverá cena.
Ele estremeceu, como se ela tivesse batido nele.
— Quer que eu saia? Acabei de chegar!
— Bem, como aparentemente a única coisa que quer de mim é sexo e eu definitivamente não estou com vontade depois de ver essas fotos, pode ir.
— Eu não disse isso. — Ele resmungou algo em italia no. — De onde você tirou essa idéia? Por que falou uma coisa assim? Não vejo você como um corpo sem cérebro.
— Ótimo, porque tenho um, e ele está me dizendo que, se sou mais que um corpo na sua cama, deveria ter ido à festa do seu pai, e não estar lendo sobre ela numa revista de fofocas para ver você flertando com outras mulheres.
— Você sabe por que não estava ao meu lado.
— Porque não quer que ninguém saiba sobre mim! Tem vergonha de mim, não tem? — ela perguntou, tocando novamente na ferida, sem conseguir evitar. Sempre fora capaz de controlar as emoções, inde pendentemente do quanto fossem devastadoras, mas o que sentia por ele era forte demais.
Aparentemente, ele pensou que ela havia passado dos limites também, porque a fitou como se ela tives se perdido a cabeça.
— Está louca hoje à noite. Primeiro me acusa de ter outra mulher, depois diz que a considero um brin quedo sexual... ou algo do gênero. — Ele sacudiu a cabeça. — Isso é uma loucura. Não tenho vergonha de você.
— Mas não quer que ninguém saiba sobre mim.
— Para o seu próprio bem. — Ele resmungou no vamente e passou a mão pelos cabelos. — Você sabe como os paparazzi podem ser invasivos. Quando souberem do nosso relacionamento, você será obser vada a todo instante. Não conseguirá ir a um banheiro público sem que um repórter faça perguntas ou tire uma foto.
— Não seria tão ruim assim. Não sou grande no tícia.
— Mas eu sou. Durante toda a minha vida fui o fi lho de um dos poucos casais reais que enfrentaram divórcio. Não tive privacidade no meu casamento. Eu lhe contei isso.
Rosalie não falou nada. A parte lógica do seu cére bro sabia que ele falava a verdade, mas não conseguia admitir. Mesmo que sua mente dissesse que ele esta va determinado a manter a relação em segredo por que a valorizava muito, seu coração dizia que uma re lação escondida não valia nada.
A forma como ele havia dançado com a loura cer tamente demonstrava o quanto ele a valorizava.
Ele suspirou.
— Criei uma fachada de playboy desde que Kate morreu para me proteger e à mulher com quem eu realmente quisesse ficar. Você sabe disso.
Ela sabia. Até havia considerado esse um ponto comum forte entre ambos. Afinal, ela também não havia desenvolvido uma imagem irreverente e namoradora para ocultar quem realmente era? Ela havia considerado a reputação de playboy dele da mesma forma. Só que aquela foto demonstrava a pessoa que ele era.
A foto debochou do amor que ela descobriu sentir por ele. O amor não deveria ser algo assim. Não de veria doer tanto. Era para fazer a vida linda, para en grandecer o amante... mas tudo o que conseguia do amor era dor e uma horrível sensação de insegurança.
— Com quantas mulheres você realmente quis fi car, desde Kate? — ela perguntou, sentindo-se in trometida, magoada e incapaz de conter a pergunta.
— Isso não é da sua conta.
— Aparentemente, a maior parte da sua vida não é da minha conta.
— Isso não é verdade.
— Você não divide sua vida comigo.
— Isso é mentira. — Ele parecia querer sacudi-la. — Você tem mais de meu tempo do que qualquer ou tra pessoa. Não trabalhei dobrado enquanto estava viajando para poder voltar para você depois da festa do meu pai, em vez de ir para o escritório de Hong Kong?
Ele esfregou os olhos, demonstrando cansaço e frustração.
— Passamos praticamente todas as noites juntos fazendo mais do que dividir nossos corpos e você sabe bem disso, tesoro mio. Fomos ao cinema, saí mos para jantar várias vezes... montamos quebra-ca beças juntos, pois é algo de que gosta de fazer, e você me ensinou os jogos de cartas americanos. A única parte que não compartilho com você é minha vida pú blica. Pensei que fosse algo que você não quisesse. Estava errado? Quer ser conhecida como a última amante do príncipe Cullen?
O sarcasmo dele não a afetou.
— Se isso significa que não vou mais ver fotos suas colado em outras mulheres, sim.
Ele sacudiu a cabeça.
— Estávamos dançando. Foi isso. Não quer dizer nada. Você precisa acreditar nisso.
— Tudo o que sei é que vocês pareciam prontos para dar uma saída apressada da festa e encontrar ou tro lugar para dançar.
— Está com ciúmes. Não precisa.
— Estou magoada!
— Só porque não acredita em mim.
— Como posso?
— Falei para você que, enquanto estivermos jun tos, nossa relação será exclusiva. Dei minha palavra. Você me conhece há um ano, intimamente há cerca de seis meses. Quando me viu descumprir minha pa lavra?
— Não gosto de ser seu segredinho sujo.
— O que temos não é sujo, e você é um segredo porque nossa relação é tão especial para mim que não quero perdê-la — ele falou baixinho.
Ela virou o rosto, recusando-se a responder, e o si lêncio entre ambos era quase palpável. Ela percebeu o movimento dele, mas ficou parada quando uma de suas mãos acariciou-lhe os cabelos e foi parar em seu queixo. Ele virou o rosto dela gentilmente até seus olhares se cruzarem.
— Sinto muitíssimo pelo fato de as fotos terem magoado você.
Ela sabia que ele considerava aquilo uma grande montanha-russa, e para dar algum crédito a ele, real mente era. Ele começou a conversa dizendo que não faria uma cena e agora pedia desculpas. Era perfeito de mais para ter de pedir tantas desculpas e poderoso demais para ser forçado a fazê-lo mesmo quando es tivesse errado, mas isso não fazia com que ela se sen tisse melhor.
Que diferença faria um pedido de desculpa se não se fizesse acompanhar da certeza de que a ofensa não se repetiria?
Ver aquela foto foi doloroso. Demais. Ela sentiu o coração sendo estilhaçado.
— Só me diga uma coisa — ela falou. — Como se sentiria se nossas posições fossem inversas? E se você me visse flertando com outro homem?
Ele apertou os dentes como se imaginasse a cena, mas depois visivelmente relaxou os músculos do rosto.
— Para manter nossa relação em segredo, preciso agir naturalmente em eventos sociais. Seria total mente forçado se eu ignorasse um salão cheio de mu lheres. Haveria muita especulação nesse caso, e logo os paparazzi viriam atrás de mim para descobrir minha ligação secreta ou fariam suposições sobre mi nhas necessidades masculinas.
— Isso não responde à minha pergunta.
Ele era um mestre em fugir do assunto, o que fazia dele um expoente nos negócios, mas não ajudava nas relações. No entanto, ela estava com ele há seis me ses. Conhecia a maioria de suas técnicas e não seria enganada por elas.
— Essa é a resposta de que você precisa. Não é o dito pelo não-dito. Meu comportamento foi necessário.
— E se eu me comportasse da mesma forma sem necessidade você não ficaria incomodado?
— Não é esse o caso.
— Tem certeza? — Ela fez uma pausa, dando um tempo para que a pergunta atingisse a arrogância dele. — O fato de eu não fazer parte das colunas so ciais não significa que eu nunca flerte com outros ho mens.
— E você flerta? — ele perguntou, com uma in dulgência que demonstrava mais que claramente que nada poderia preocupá-lo menos.
— Não paquerei porque me considerava compro metida, mas agora percebo que devia ter feito isso.
