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ღ ღ ღ LEGACY OF BLOOD ღ ღ ღ
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Sinopse: Em 1918, a mais poderosa e rica família bruxa sofre um ataque dado como fatal, tendo todos os seus membros mortos. Contudo, houveram dois sobreviventes, aos quais haviam se mantido na sombra do mundo, até que chegasse o dia em que seu herdeiro retornaria com glória e poder para a sociedade. Mentiras, vingança, traições, romances e intrigas. O retorno daquele que é temido mais do que tudo, pelo sangue que carrega.
Notas: Harry Potter não me pertence. Essa história contém conteúdos fortes, como: violência, tortura, mutilações, sexo e homossexualidade explicita. Caso se sinta desconfortável com esses temas, por favor, saia da página.
CAPÍTULO 1
Despertar
Harry estava ofegante. Seu corpo queimava, fazendo com que ele se contorcesse sobre o fino colchão surrado em sua cama. Faziam vários dias que ele andava se sentindo estranho, mais especificamente, desde que havia enfrentado mais de cem dementadores, ao tentar salvar seu padrinho. Primeiro, ele pensou que não fosse nada, talvez um resfriado ou algo parecido, afinal, algumas dores no corpo não eram realmente preocupantes. Então começaram a surgir hematomas estranhos em seu corpo, pouco antes do ano escolar terminar. Ele não falou nada, afinal, aquilo poderia ser qualquer coisa boba, mesmo o quadribol poderia lhe oferecer tais hematomas. Então houveram aqueles sonhos estranhos... ele sonhava comum unicórnio negro com chifre cor-de-sangue. Agora, dois dias depois que ele havia voltado para a casa dos Dursleys, ele se encontrava sendo vítima da maior onda de dor que já havia sofrido antes.
Seu sangue pulsava loucamente em suas veias, tão quente quanto lava flamejante. Seus ossos pareciam estar sendo quebrados e deslocados para outro lugar. Sua garganta queimava e os gritos que deveriam estar saindo por ela, eram completamente inaudíveis. Foi então que ele sentiu algo em seu interior explodir, jogando-o impiedosamente na escuridão.
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Ele gemeu conforme sua consciência retornava. Espreguiçou-se lentamente, porém, travou ao sentir vários de seus músculos irem contra isso. Cada parte de seu corpo estava incrivelmente dolorida, quase como se ele houvesse sido usado como palco para um trasgo sapateador. Por um momento, com sua mente ainda nublada pelo sono, ele se perguntou o porque de estar tão dolorido. A revelação de que ele tinha um padrinho que era um criminoso foragido de alta periculosidade, havia feito com que os Dursleys parassem de lhe forçar a fazer as tarefas de casa, apesar de ainda manterem-no preso em seu quarto. Foi então que ele se lembrou... a dor agonizante que sentiu, que era tão forte que o mandou para a inconsciência.
Mais do que rapidamente, seus olhos se abriram encarando o interior pouco iluminado de seu quarto. E, surpreendentemente, ele conseguiu ver tudo perfeitamente, mesmo sem os óculos. Confuso, ele ignorou a dor que afligia seus músculos e lhe mandava ficar deitado, levantou-se e caminhou com dificuldade até o espelho grande espelho quebrado que estava atrás da porta. No entanto, no momento em que ele encarou seu próprio reflexo, foi quase impossível se reconhecer.
Não era o menino magrela, de cabelos rebeldes e joelhos ossudos que era mostrado no reflexo do espelho. Refletido no espelho, estava um garoto que só poderia ser descrito como uma única coisa: tentador. Descrente de que aquela imagem era realmente sua, ele olhou para seu próprio corpo, descobrindo que não estava sofrendo qualquer ilusão. Aquele era realmente ele mesmo.
Seu físico magrela, que chegava a exibir suas costelas e ossos da coluna vertebral - consequência de anos de desnutrição -, haviam sido substituído por um copo muito mais preenchido. Não gordo, mas também não magrela. Era a quantidade de carne na medida certa. Isso não era a única coisa que mudou, seus músculos em desenvolvimento agora demonstravam um formato mais arredondado e delicado. Seu rosto havia ganhado um contorno suave, quase andrógeno. Seus lábios estavam mais vermelhos e bem desenhados, em um formato de coração, com o lábio superior um pouco menor que o inferior. Seus olhos estavam maiores e os cílios mais espessos, fazendo com que a íris verde brilhasse ainda mais intensos. Seus cabelos... esses haviam sofrido uma grande mudança. Não eram mais castanhos escuros e rebeldes. Eles estavam vermelhos. Não o ruivo como os da família Weasley, mas vermelho! Vermelho como o sangue que corria em suas veias. E não era apenas isso. De alguma forma que ele não poderia explicar, seus cabelos haviam crescido mais de um metro, chegando abaixo da linha de sua bunda, totalmente liso.
Foram vários segundos, ou talvez tenham sido horas, ele realmente não sabia qual das duas opções eram as certas. Mas antes mesmo que pudesse pensar em qualquer coisa, ele correu para a tábua debaixo da cama, puxando sua varinha, o mapa e a capa de invisibilidade. Andou rapidamente até o roupeiro, puxando um dos casacos velhos de Duda e colocando-o, para então vestir a capa de invisibilidade, colocando a varinha e o mapa dentro do bolso da calça.
Olhou para a porta de seu quarto. Ele sabia que a porta estava trancada pelas mais de dez fechaduras e cadeados que tio Valter havia colocado ali. Ele sabia o feitiço para abrir a porta, mas da última vez que ele usou magia, havia acabado quase sendo expulso de Hogwarts. No entanto, havia uma vozinha no fundo de sua cabeça que lhe dizia que tudo bem, ele seria capaz de realizar magia sem acabar sendo expulso de Hogwarts. Hesitante, ele tirou a varinha do bolso e a apontou para a porta.
- Alohomora. - murmurou baixinho, só então percebendo que sua voz também não era a mesma. Ela estava diferente, menos estridente e mais macia.
Ele aguardou alguns instantes, enquanto esperava pelo som de cadeados e fechaduras sendo abertos, mas eles não vieram. Estreitou os olhos, olhando diretamente para a varinha de azevinho. O feitiço estava certo e sua magia também estava bem, na verdade, Harry nunca a havia sentindo tão fabulosamente bem como naquele momento. Justamente por isso que ele sabia que o problema só poderia estar na varinha. Irritado, voltou a guardar a varinha no bolso, fazendo uma nota mental para ir ao Olivaras.
Encarou a porta novamente e suspirou. Ele realmente não gostava de fazer isso, já que todos - principalmente Dumbledore e seus amigos - o desencorajavam a usar... mas em um caso como aquele... uma pequena exceção não o mataria.
- ∞ Alohomora. ∞ - pronunciou o feitiço, porém, dessa vez, usando a língua das cobras.
Não precisou nem mesmo esperou mais do que dois segundos, antes do som instantâneo de cadeados e fechaduras sendo abertos. Um meio sorriso se desenhou em seus lábios. Seus amigos e Dumbledore, assim como todos da escola, detestavam que ele usasse a língua das cobras, pois ela era uma 'arte das trevas', porém ele não conseguia pensar em um motivo condenar um idioma como mal, apenas porque alguns bruxos que podiam falá-lo eram maus. Era por isso que ele não se importava muito de usá-lo e, por uma casualidade acidental, ele havia descoberto que podia usar qualquer magia sem varinha, caso o feitiço fosse pronunciado na língua das cobras.
Puxou o capuz da capa e saiu do quarto o mais rápido e silenciosamente que pode. Repetiu o mesmo processo ao chegar a porta no hall de entrada da casa, saindo para a rua coberta de sereno da madrugada. Parou a calçada e puxou a varinha novamente, acenando-a e poucos segundos depois o Nôitibus parasse em sua frente e o cobrador - Lalau - descesse.
- Bem-vindo ao Nôitebus Andante. O transporte para... - ele parou de falar, encarando o lugar onde Harry estava, porém, por causa da capa ele não conseguia vê-lo. - O quê... NÃO TEM NINGUÉM AQUI ERNESTO!
- Tem sim, agora sai da frente. - rosnou Harry, avançando para dentro do ônibus.
Lalau se atrapalhou um pouco, já que não conseguia ver onde Harry estava. Depois alguns minutos ele finalmente chegou ao Caldeirão Furado. Sem nem mesmo esperar o ônibus parar corretamente, Harry pulou para fora do transporte maluco e correu para dentro do bar, indo diretamente para o pátio atrás do bar, tocando nos tijolos e abrindo a passagem para dentro do Beco Diagonal.
Era muito cedo, então o lugar estava praticamente vazio, sendo que poucas lojas estavam abertas, não que ele estivesse muito impressionado com isso. Andou o mais rápido que suas pernas lhe permitiram, indo diretamente para o Gringotes, onde ele atravessou as portas e desembocou do grande hall, onde já haviam dezenas de duendes trabalhando. Normalmente, ele apenas escolheria um duende desocupado para resolver seus problemas, contudo, na situação atual, ele pensava que deveria falar com alguém mais específico. Justamente por isso, que ele marchou até a última mesa, onde havia uma plaquinha dourada com os dizeres "Subchefe".
- Preciso falar com o duende responsável pelo meu cofre! - exclamou, assustando o duende que olhou para todos os lados.
- Quem está aí? - rosnou o duende.
- Harry Potter. É urgente!
Os olhos do duende se estreitaram e os lábios se contraíram em desagrado.
- Você deveria ter mais respeito, Sr. Potter. Ficar invisível não é nem um pouco educado.
Harry bufou e tirou a capa.
No momento em que o duende o olhou, seus olhos se arregalaram e sua boca se abriu. Era quase como se não acreditasse no que estava vendo. Harry pensou que era expressão realmente engraçada, já que nunca havia visto um duende fazer alguma, ao menos, semelhante aquela.
Dois minutos depois, o duende se recuperou e falou:
- Vou encaminhá-lo Presidente.
Harry arregalou os olhos ao escutar aquilo. O Presidente de Gringotes?
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Riferth era um duende com mais de mil e quinhentos anos, apesar dessa idade ser considerada o auge entre os duendes, pelos bruxos era algo realmente velho. Ele havia visto muita coisa. Havia visto a sociedade bruxa e trouxa se erguer e cair várias vezes. Famílias mágicas sendo extintas e novas sendo criadas. Grandes bruxos nascendo e outros morrendo. Ele havia sido um dos primeiros duendes a erguer o Gringotes. Ele havia visto muito e auxiliado mais famílias do que poderiam ser contadas. Dentro dessa família, nenhuma havia lhe dado tanto prazer de auxiliar quanto a família Romanov.
Oh, não entendam mal. Riferth realmente depressa os bruxos idiotas, que não sabiam respeitar a cultura dos duendes. Porém os Romanov sempre haviam sido diferentes.
A mais antiga, milenar e poderosa família bruxa que já havia existido no mundo mágico. Eles não eram apenas bem conhecidos entre os bruxos de sangue puro, mas também entre os trouxas, como uma família pertencente a realeza russa. Isso havia sido assim, até o ano de 1918, quando a família foi assassinada por bruxos que temiam e invejavam seu poder. Bem... ao menos, era isso que todos da comunidade bruxa pensavam. Que a família mais antiga e poderosa de todas havia realmente sido assassinada. Riferth queria rir da ingenuidade dos bruxos, seriam exterminados por uma pequena dezena de bruxos de força média.
Tolos ingênuos.
A família Romanov ainda estava viva, pois os cofres da família não haviam sido magicamente lacrados. No entanto, Riferth sabia que eles não voltariam a surgir, até que o verdadeiro herdeiro estivesse pronto. A cada ano que se passava, ele esperava ansiosamente para o momento em que o herdeiro fosse entrar em sua sala, pronto para reerguer a mais poderosa família de todos os tempos.
Setenta e sei anos.
Foi esse o tempo que ele precisou esperar, para que o herdeiro dos Romanov finalmente retornasse e estivesse sentado a sua frente.
Sentado a sua frente, olhando-o com confusão, se encontrava o herdeiro dos Romanov. Riferth nem mesmo precisava realizar um teste de herança, para ter certeza de sua herança. Bastava olhar para o menino e era óbvio que ele era um Romanov! Os cabelos cor-de-sangue. Os olhos da cor-da-morte. A pele tão branca quanto o leite. Os lábios... Ele era idêntico a Anastásia Romanov, a quarta filha do antigo Senhor da Família Romanov.
Contudo, sua alegria não era total. Não era total, pois o menino havia sido enganado e iludido sobre sua verdadeira herança. O menino havia sido criado como 'Harry Potter'. Mais tarde, Riferth descobriria o porquê de nenhum duende ter exigido o teste de sangue, quando o menino pisou em Gringotes pela primeira vez. Agora, ele tinha algo mais importante para fazer.
Com esse pensamento firme, ele colocou um pergaminho negro sobre a mesa de carvalho polido, junto com uma adaga feita por duendes.
- Corte o dedo e derrame uma gota de sangue no pergaminho.
- Por quê?
- O pergaminho é enfeitiçado. Com uma gota de sangue, ele revela tudo sobre o bruxo. Pais, heranças, cofres, propriedades... tudo. Dessa forma, teremos certeza de quem você é.
Riferth viu o menino ainda hesitar um pouco, antes de pegar a adaga e fazer um pequeno corte em seu dedo indicador, deixando uma gota de sangue cair sobre o pergaminho.
Assim que as gotas caíram sobre o pergaminho negro, ele foi envolvido por uma luz roxa, que ao se dissipar, revelou tudo o que Riferth já sabia, mas que aquele jovem, que até então atendeu pelo nome de Harry Potter, desconhecia.
Nowak Leongard Romanov
Família
Pai: Marko Pavlo Romanov
Mãe: Latasha Valia Romanov
Avô: Alexei Nikolaevich Romanov
Avó: Anastásia Nikolaevich Romanov
Heranças Mágicas
Elemental da Terra
Elemental do Ar
Elemental do Fogo
Elemental da Água
Elemental da Luz
Elemental da Sombra
Elemental da Morte
Elemental da Vida
Elemental do Raio
Eladrin
Drows
Draenei
Yuan-ti
Succubus
Veela
Highelf
Títulos:
Senhor da Muito Nobre e Antiga Família Romanov
Cofres
234, 546, 001, 298, 783, 2290, 324, 898, 209, 331, 908, 004, 543, 786.
Ouro
Galeões: 98. 879. 987. 342. 124. 234. 878
Sicles: 233. 123. 343. 543. 231. 99
Nuques: 432. 454. 534. 356. 234. 223. 90
Aneis do Senhorio
Anel da Muito Nobre e Antiga Família Romanov
Assentos na Suprema Corte
22 Assentos
Propriedades
Palácio de Alexandre (Czarskoe Selo, Rússia), Castelo Nadeyus (Berlin, Alemanha), Mansão Munjane (Mumbai, Índia), Chalé Nalu (Anahola, Hawaii), Palacete Barnsäng (Avesta, Suécia)
Riferth desviou o olhar para o jovem, encontrando a expressão de incredulidade estampada no rosto do menino.
- Isso... isso só pode ser uma brincadeira... - murmurou ele, puxando o pergaminho negro para mais perto, olhando fixamente para o lugar onde estava escrito seu nome e o nome de seus pais.
Não estava escrito Harry James Potter, mas Nowak Leongard Romanov. Não estava escrito o nome de James e Lily Potter, mas Marko e Latasha Romanov. Se ele não soubesse que duendes não tinham um bom senso de humor, ele acusaria Riferth de estar zombando dele.
- Não é uma brincadeira, Sr. Romanov. Foram setenta e seis anos, desde que um membro de sua família pisou em Gringotes.
- Mas... mas... e meus pais?! Todos sempre disseram que eles eram Lily e James Potter! Que EU era Harry Potter! - exclamou, olhando para o duende com um misto de irritação e confusão. Ele não podia acreditar que tudo, tudo o que havia vivido até aquele momento, havia sido uma mentira.
- Infelizmente, não sou eu que pode lhe explicar como isso aconteceu, Sr. Romanov. Contudo, não há duvida que alguém, seja ele quem for, armou tudo. Ele usou o último Romanov, possuidor das mais poderosas linhagens mágicas, e o 'fez' Harry Potter.
- Isso quer dizer que TODA a minha vida foi uma mentira?! - gritou desesperado. Aquilo não podia ser verdade.
- Peço que o senhor se acalme, Sr. Romanov. Sei que ser enganado sobre sua própria identidade. Contudo, apesar de tudo que você conheceu até o momento ter sido uma mentira, você ainda é você, Sr; Romanov. Você continua sendo o que sempre foi em seu interior, mesmo que não soubesse da verdade.
Harry... não Nowak, sim ele tinha começar a pensar em si mesmo como Nowak, já que esse era seu verdadeiro nome. Nowak suspirou e olhou mais uma vez para o pergaminho. O nome de seus pais e avôs estavam ali... o duende estava afirmando que ele era o último de sua família... isso significava que alguém os havia matada. Provavelmente, a mesma pessoa que o havia 'feito' Harry Potter.
Um sabor amargo de revolta e ódio inundou sua boca.
- Eu tenho que voltar para o Dursleys? - perguntou, porém, sem olhar para o duende.
- Não. O senhor é o último Romanov. Não precisa de guardiões, é totalmente emancipado por ser o último membro dessa família. Apenas deve manter em mente o peso de ser o último de sua família.
Os olhos cor-da-morte encararam os do duende por alguns instantes.
- Eles ainda estão por aí, não é mesmo? As pessoas que quiseram exterminar os Romanov.
- Temo que sim, Sr. Romanov. Não importa quantas décadas se passem, os mais fracos sempre tentaram destruir os mais fortes, com medo que eles próprios sejam os destruídos.
Sobrevivência? Isso era ridículo na opinião de Nowak. Se uma formiga tenta matar um leão, ela será esmagada por ele. No entanto... se cem formigas tentam matar um leão, elas podem ter algum sucesso. Essa era a força dos mais fracos, que quando se unem, são capazes de se tornarem fortes o bastante para vencer aquele que é forte. Foi assim que mataram os Romanov no passado e, provavelmente, seria assim que eles tentariam ir contra ele.
Ele apertou os lábios. Ele não permitiria que isso acontecesse. Se fracos se uniam para ir contra os fortes, então fortes também se uniriam para exterminar os fracos.
- Qual desses lugares eu posso usar para viver?
- O que mais lhe agradar. É preciso que escolha um em específico, para ser a casa principal da família. Há sessenta e seis anos, o Palácio de Alexandre era a casa principal.
Nowak concordou e olhou novamente a lista de propriedades.
Ele nunca tinha tido oportunidade de viajar para qualquer lugar. Agora, ele tinha a chance de escolher onde viver e conhecer lugares exóticos. Ele podia passar as férias em todos aqueles lugares, variando os dias... mas o duende havia dito que ele precisava ter uma para ser a principal.
- Mansão Munjane. - decidiu por fim.
Riferth concordou e puxou um grande livro de capa grossa cor-de-vinho, abrindo-o e escrevendo alguma coisa.
- Vou acionar os responsáveis pela rede de Flu, para restaurarem a conexão. Vou solicitar uma chave de portal internacional para levá-lo até a mansão, mas isso deve demorar, aproximadamente, cinco horas. Reativarei os cofres imediatamente, mas o senhor precisará esperar cinco minutos, para poder sacar seu ouro e, caso deseje, investi-lo em alguma empresa. Vou mandar um duende trazer o anel do senhorio, sugiro que o senhor assuma seus assentos na suprema corte o mais rápido possível.
- Reative tudo. Invista duzentos galeões em qualquer coisa que você acredite que vá dar resultado. Vou querer sacar dois mil galeões.
- Entendido. O senhor precisa de mais alguma coisa?
- Elfos domésticos. - respondeu, depois de pensar por alguns instantes. Ele tinha certeza de que a Mansão Manjane deveria estar um caos, assim como as outras propriedades.
- Gringotes trabalha com o mercado de elfos domésticos. Um elfo jovem custa 20 galeões, um mais velho custa 15 galeões.
- Vou querer três elfos jovens. Quero que os mande diretamente para a Mansão Manjane, já com ordens para limpar tudo. Retire o dinheiro do cofre.
Riferth concordou e rabiscou novamente no grande livro de capa dura.
Nowak precisou esperar mais alguns minutos, até que saiu do Gringotes. O primeiro passo que deu além do Banco dos Bruxos, foi o primeiro passo em sua vida... o primeiro que ele eu como ele mesmo. Pela primeira vez, desde que poderia se lembrar de sua existência, ele não estava amarrado a nada... no entanto, ele não tinha qualquer referência sobre o que fazer, ou sobre quem ele era. Talvez fosse difícil a partir de agora, mas ele não desistiria de descobrir a verdade.
Quem havia lhe usado? Quem havia matado seus pais? E por quê havia feito aquilo com ele?
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Em um lugar escondido do alcance de todos, vários instrumentos de monitoração começaram a apitar loucamente, emitindo luzes vermelhas. Apavorado, um homem velho adentrou a sala assustado, olhando com pavor para cada objeto. Sua expressão era como se estivesse diante do maior mal que a humanidade poderia imaginar.
O maior mal de todos... O último Romanov havia despertado.
