Nota do autor: As personagens de beyblade não me pertencem.
Esta fic é dedicada à Hikari-Hilary-Chan, que me propôs o desafio de escrever uma fic com certos aspectos e pronto, saiu esta fic. Demorei muito tempo para a conseguir escrever, porque não estava a visualizar como é que iria fazer a fic, mas agora já está. :) Espero que gostem.
Sonho ou Realidade?
Era uma manhã de sol em Bay City. Hilary Tatibana levantou-se cedo, arranjou-se, tomou o pequeno-almoço e depois saiu de casa, dirigindo-se ao dojo do avô do Tyson.
Quando lá chegou, o avô do Tyson recebeu-a.
Avô: Bom dia Hilary.
Hilary: Bom dia avô Granger, venho ter com o Tyson e os outros.
Avô: Mas o Tyson e os outros não estão cá.
Hilary: Como não está cá? O Tyson, o Daichi, o Max, o Ray e o Kenny iam dormir aqui não era? – perguntou a Hilary, confusa. – Ah, se calhar saíram, não foi?
Avó: Não faço ideia Hilary. Eles não disseram nada, nem tomaram o pequeno-almoço, o que é estranho, pois o Tyson nunca se esquece disso.
Hilary: Muito estranho…
Avô: Em compensação, outra visita chegou antes de ti. Ela está na sala.
Hilary: Quem é ela?
Avô: Oh, é aquela cantora que também joga beyblade… uma tal Ping Ping.
Hilary: Ah, o avô quer dizer Ming Ming. Eu sei quem ela é… bem, eu também vou entrar e esperar que os rapazes voltem.
O avô foi tratar do seu jardim, enquanto a Hilary se dirigiu à sala e encontrou lá a Ming Ming.
Ming Ming: Ora, ora, não esperava encontrar-te aqui.
Hilary: Digo o mesmo de ti.
Ming Ming: Eu vim falar com o Tyson. Queria propor-lhe que ele aparecesse no meu novo vídeo-clip.
Hilary: Pois, mas não dá, porque amanhã temos um jogo contra os All Starz e temos de nos concentrar nisso. Acho melhor ires embora e voltares depois.
Ming Ming: Ora, nem pensar. Eu vou esperar pelo Tyson.
Nesse momento, o avô entrou na sala. Tinha deixado o jardim para depois.
Avô: Enquanto esperam, não querem um chá? Eu faço um num instante. – disse o avô do Tyson, sorrindo. – Queres um chá Hilary?
Hilary: Pode ser. Obrigada.
Avô: E você menina Ring Ring?
Ming Ming: Eu não quero, obrigada. – agradeceu a Ming Ming. – E o meu nome é Ming Ming.
Avô: Claro. Que cabeça a minha, esqueci-me. Bem, volto já com o chá.
O avô do Tyson voltou a sair da sala. A Hilary e a Ming Ming olharam uma para a outra, furiosas. Passou-se um minuto, até que a porta da sala se abriu de novo, mas desta vez não era o avô do Tyson.
Hilary: Kai!
Ming Ming: Olá Kai. Então como estás? Dá cá dois beijinhos.
A Ming Ming levantou-se e deu dois beijos ao Kai. O Kai tentou desviar-se mas não conseguiu. A Hilary ficou vermelha de fúria.
Kai: Pára lá com os beijos Ming Ming. Hilary, recebi isto em minha casa.
A Hilary agarrou a carta que o Kai lhe estendia e começou a lê-la.
Kai, nós estamos cansados de jogar beyblade e tu és muito duro nos treinos, por isso fomos de férias para o Triângulo das Bermudas. Agora vai jogar sozinho que nós não queremos saber. Bye Bye. Assinado: Tyson, Max, Ray, Kenny e Daichi.
Hilary: Não pode ser! Eles foram-se embora!
Kai: Pois é. É inadmissível!
Hilary: E o pior é que nem me convidaram para ir com eles!
Kai e Ming Ming: ¬¬
Hilary: Então e agora?
Kai: Para não sermos desqualificados do campeonato, temos de ter pelo menos duas pessoas na equipa.
Hilary: Oh não… mas só restas tu… e agora?
Ming Ming: Ora, de certa forma, tu também pertences à equipa Hilary. Porque é que tu não substituis os que restam? Assim tu e o Kai já fazem uma dupla e a equipa não é retirada do campeonato.
Kai: O quê? A Hilary a jogar? Ela nem sabe lançar um beyblade! – riu-se o Kai, fazendo a Hilary ficar vermelha de raiva.
Hilary: Ai sim? Pois eu posso aprender! – disse a Hilary, furiosa.
Kai: Hilary, o jogo é amanhã. Não há maneira de tu aprenderes tudo num dia.
Hilary: Eu sei que consigo! – disse a Hilary, com convicção.
Kai: Se ainda fosses um rapaz, eras capaz de aprender num dia, mas és uma rapariga…
Hilary: Ora… seu machista!
Ming Ming: Que atitude que tu tens Kai. Fiquei muito decepcionada. – disse a Ming Ming. – Hilary, eu não gosto muito de ti, mas, só para provar ao Kai que consegues aprender num dia, se quiseres eu treino-te.
Hilary: A sério Ming Ming?
Ming Ming: Claro que sim! Vais aprender num instante.
Kai: Duvido…
Ming Ming: Ai é? Então vens connosco e vais ver como a Hilary evolui.
Eles saíram do dojo, sem mesmo beberem o chá e dirigiram-se ao estádio que nesse dia estava vazio.
Ming Ming: Óptimo. Vamos treinar.
O Kai foi sentar-se nas bancadas, enquanto a Ming Ming e a Hilary ficavam no centro do estádio. A Ming Ming deu um lançador e um beyblade à Hilary.
Ming Ming: Ok, presta atenção. O que tens de fazer é apontar o lançador ao beystadium e depois puxas este cordão. – explicou a Ming Ming. – Vá, não é difícil.
Hilary: Ok. Cá vou eu!
A Hilary lançou o pião, mas o pião foi exactamente ao contrário e nem chegou a entrar dentro do beystadium. Nas bancadas, o Kai riu-se a bandeiras despregadas, fazendo a Hilary corar de vergonha.
Ming Ming: Ok, não prestas para nada, mas vamos tentar outra vez.
Hilary: Certo. Let it Rip!
A Hilary lançou o pião. Ele foi em direcção ao beystadium, mas ia com tanta força, que bateu no beystadium e foi a voar até ás bancadas, acertando em cheio na cabeça do Kai.
Kai: Au!
Hilary: Ai, desculpa Kai…
Ming Ming: Muito bem, muito bem. – disse a Ming Ming. – Está óptimo… se quiseres matar os espectadores, é claro.
Hilary: ¬¬
Ming Ming: Tens de ter mais sensibilidade Hilary. – disse a Ming Ming. – Faz as coisas com mais calma.
Hilary: Ok. Let it Rip!
A Hilary lançou novamente o beyblade, enquanto o Kai foi buscar gelo para pôr na sua cabeça. Desta vez, o beyblade entrou no beystadium, mas parou logo a seguir.
Ming Ming: Ok… isto vai levar algum tempo…
Passaram duas horas de treino intenso, mas a Hilary parecia não melhorar nada. A Ming Ming começava a ficar chateada e o Kai já nem se ria.
Ming Ming: Ai Hilary! És a pior jogadora de beyblade que conheço!
Hilary: E-eu… mas… - a Hilary começou a correr e saiu do estádio a chorar.
Ming Ming: Ora bolas…
Discretamente, o Kai foi atrás dela. A Hilary sentou-se num banco de jardim que havia perto do estádio e ficou lá a chorar. O Kai viu-a e sentou-se ao seu lado.
Kai: Hilary, não precisas de chorar.
Hilary: Mas eu… não consigo fazer nada… vamos ser desqualificados… - disse a Hilary, enquanto mais lágrimas caiam.
Kai: A culpa não é tua. – disse o Kai, tentando acalmar a Hilary. – A culpa é do Tyson e dos outros, que se foram embora e nos deixaram aqui sem saber o que fazer.
Hilary: Eu queria tanto aprender… eu queria mesmo…
A Hilary começou a chorar ainda mais e o Kai abraçou-a. Ficaram assim por alguns minutos, até que a Hilary acalmou. O Kai tomou uma decisão importante.
Kai: Hilary, eu vou ensinar-te.
Hilary: Mas a Ming Ming já tentou e…
Kai: Não interessa. – disse o Kai, interrompendo a Hilary. – Vais ver que aprendes.
A Hilary olhou bem no fundo dos olhos do Kai e acenou afirmativamente.
Kai: Vamos voltar para o estádio.
A Hilary afastou as últimas lágrimas com a mão e ambos se dirigiram novamente ao estádio.
Quando entraram no estádio, a Ming Ming estava sentada nas bancadas. Ela percebeu, pela determinação do Kai, que o seu trabalho ali estava concluído.
Ming Ming: Bem, parece que já não precisas de mim Hilary. Espero que consigas aprender amanhã. Eu vou ver o jogo. Adeus.
A Ming Ming abandonou o estádio, deixando o Kai e a Hilary sozinhos.
Kai: Ora, vamos lá treinar.
Hilary: Eu não consigo lançar bem o beyblade.
Kai: Tens de fazer assim.
O Kai pegou no braço da Hilary e posicionou-o no anglo correcto. O Kai posicionou-se atrás da Hilary.
Kai: Agora, rapidamente, lanças o pião.
O Kai falava mesmo perto dos ouvidos da Hilary. Ela estremeceu e corou. Depois, lançou o pião e ele caiu dentro do bey stadium e continuou a girar.
Hilary: Consegui!
Kai: Vês? Precisas é de te concentrares.
A Hilary olhou para o Kai e sorriu.
Hilary: Obrigada Kai.
Kai: Estás a agradecer já? Ainda não fizemos quase nada. Vá, vamos continuar a treinar!
E assim, os dois continuaram a treinar por várias horas. A Hilary chegou a casa exausta. Estava feliz, porque já estava muito melhor. No dia seguinte, podia não ficar no beystadium muito tempo, mas pelo menos a equipa não seria desqualificada por falta de comparência dos membros.
No dia seguinte…
A Ming Ming e o avô do Tyson, bem como milhões de fãs, estavam no estádio.
DJ: E agora temos o espectacular confronto entre os G Revolution e os All Starz!
O público aplaudiu ruidosamente.
DJ: Pelos All Starz temos a Emily e o Michael!
A Emily e o Michael apareceram, receberam muitos aplausos e puseram-se em frente ao beystadium (a batalha seria de duplas).
DJ: E agora, a combater pelos G Revolution, temos o Kai e… para surpresa de todos, a Hilary!
O público, incluindo o avô do Tyson e a Ming Ming, aplaudiram ainda mais ruidosamente do que o que tinha acontecido aos All Starz.
Ming Ming: Força Hilary!
DJ: Bom. Todos prontos? 3, 2, 1… Let it Rip!
A Emily, o Michael, o Kai e a Hilary lançaram os seus beyblades. A batalha estava renhida. A Emily e o Michael decidiram unir forças para atacar o Kai.
Kai: Raios, eles são fortes… - disse o Kai, vendo que o seu pião estava a ser atacado pelos dois adversários.
Emily: Vais perder Kai!
Michael: É melhor desistires já.
Kai: Nem pensem! Dranzer!
A magnífica Fénix apareceu e foi de encontro ao pião do Michael, tirando-o do beystadium.
Michael: Raios!
A Emily não perdeu tempo e iniciou uma luta ainda mais feroz com o pião do Kai. Com um golpe forte, o pião saiu a voar.
Emily: Agora só faltas tu Hilary. – disse a Emily, que pensava que a batalha já estava ganha,
Hilary: Oh não…
A Emily usou o seu pião para atacar a Hilary.
Kai: Vá Hilary! Força!
Ming Ming: Tu consegues Hilary!
Hilary: S-sim… eu consigo!
O pião da Hilary embateu no pião da Emily. Os dois piões lutavam com toda a força.
Hilary: Vou ter de usar a técnica que o Kai me ensinou. Saltar!
O pião da Hilary elevou-se no ar. A Emily ficou surpreendida. Com imensa força, o pião da Hilary desceu sobre o da Emily e lançou-o para fora do estádio.
DJ: Incrível! O Kai e a Hilary vencem o combate!
Ming Ming: Sim! Boa Hilary!
Hilary: Eu… eu consegui! Consegui mesmo! – gritou a Hilary, dando pulos de alegria. – E tudo graças a ti Kai! Obrigada!
A Hilary atirou-se para os braços do Kai e beijou-o.
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Nesse momento, o Kai acordou…
Kai: O quê? Oh… era um sonho…
O Kai suspirou. No dia seguinte os G Revolution iam ter um combate com os All Starz e isso devia ter-lhe passado para o sonho. Os seus sentimentos secretos para com a Hilary, também tinham aparecido.
Kai: Não consigo deixar de pensar nela… bolas…
O Kai levantou-se da cama. Este dia seria mais um dia medíocre, cheio de treinos e sem nada muito estimulante para fazer. O Kai daria tudo para que o seu sonho se tornasse realidade.
O Kai desceu para ir tomar o pequeno-almoço. Já estava de mau humor, porque sentia-se frustrado por não conseguir exprimir o que sentia à Hilary.
Kai (pensando): Este dia vai ser mais um dia horrível e frustrante na minha vida.
Pouco depois, o mordomo apareceu e trazia uma carta consigo. O Kai abriu-a e ficou surpreendido quando leu que o Tyson e os outros tinham ido para o Triângulo das Bermudas, tal como no seu sonho.
Kai (pensando e sorrindo): Hum… afinal talvez este dia seja melhor do que eu esperava…
E… fim. Bem, eu deixo o resto à vossa imaginação. Ok, na ideia original, a Hikari tinha-me dito que os outros bladers deviam desaparecer, só que se eles desaparecessem sem dizer nada, provavelmente a Hilary e o Kai iam procurá-los ou chamavam a policia e não tinham tempo, nem paciência (pois estariam preocupados) para treinarem para o jogo contra os All Starz.
Claro que, sendo um sonho, podia acontecer que eles nem os procurassem, nem chamassem a polícia, mas a intenção era fazer com que os leitores pensassem que era verdade, até lerem que o Kai tinha acordado.
De qualquer maneira, espero que todos tenham gostado. Mandem-me uma review, a dizer o que acharam da fic. :)
