Não sabia exatamente como chegara àquele ponto, nem o motivo. Pegava-se diversas vezes sentindo coisas esquisitas na região do estômago e não conseguia explicar o porquê. Acreditava que era uma das poucas coisas que os livros não podiam dizer. Mas, ao mesmo tempo, em meio a toda miscelânea de pensamentos, sentia-se tão bem. E não lembrava de nenhuma outra vez que se sentira daquele jeito.

Ela não tinha muito contato com ele, porém aquilo não diminuía em nada o impacto que ele causava nela, e que refletia tanto em sua cabeça quanto em seu corpo. Talvez, fosse, porque absolutamente tudo a lembrava dele. Principalmente quando se sentava no quintal de casa e observava o negrume se formar lá no alto.

O céu, tal qual fazia questão de apresentar-se no mais profundo tom de escuro, o que ocasionava a queda em profundo deleito com suas memórias. Nelas, o céu se fazia seu cabelo arrepiado, seus olhos. E as poucas estrelas que o salpicavam seriam as vezes em que os olhares encontravam-se e o rubor ardia nas bochechas. Sorria bobamente ao lembrar de seu minimalismo, das coisas que, inevitavelmente, o tornavam único para ela.

Demorou a admitir para si mesma que amava o céu.


N/A: Apesar de ser SasuSaku doente, escrevi isso pensando na Ino. E acho que isso seria o tipo de motivo que ocasionou tudo o que sentia (e talvez, ainda sinta) pelo Sasuke. E venhamos e convenhamos, os dois são bonitos.