Baseado no filme: Alex e Ema: Uma história de amor.
Descrevendo uma história:
Cap.1 - Começando uma história.
Ele estava cansado, seus olhos estavam vermelhos e pesados que mal os agüentava abertos.Já era a quarta noite que passava em claro.
Precisava terminar em menos de seis meses...
Ou não pagaria suas dívidas, que nem eram poucas.
Seis meses...
Para terminar um livro de romance...Um romance que realmente seja bom, que encante e que faria isso?
Se ele nunca tinha se apaixonado?Como?
Pegou seu casaco e o pôs, pegou sua mochila e em um ato automático a colocou nas costas. Ia sair, mesmo morrendo de sono, ia sair dali e andar um pouco, espairecer.
Fechou as portas e desceu as escadas sem olhar e nem cumprimentar ninguém.Estava cansado de tudo.
Caminhou por um bom tempo e se sentou em um banco em alguma praça que ele realmente não sabia o nome, aliás, se existisse um nome. Suspirou e ficou olhando para os outros, para os casais, vendo a felicidade deles.
A felicidade de ter alguém ao seu lado.
De amar alguém além de seus pais e amigos.Alguém que você vai viver ao lado para sempre.Alguém que compartilhara sua vida.Que você fará sua família.
Alguém...
Ele nem sabia o que era amar dessa maneira, imagine saber ter alguém assim.
Sentia saudades dos livros que escrevia sobre ficção cientifica, ou romance policiais.Livros onde mal havia romances... Pra falar a verdade... Apenas, um beijo que ele dava um jeito de por e só... Ou um "eu te amo" sem muito significado.
E agora a editora diz que só vai publicar o livro dele se for romântico, se for muito bom, e que tocar as pessoas...
Um livro de sucesso. Como descreveram.
Ele estava acabado.
Era só isso que conseguia pensar, seis meses para escrever o que ele nem fazia idéia de como era, aliás, nem fazia idéia se existia.
E foi nesse momento que ele a viu... Do outro lado da rua!
Sua cobaia. Como a chamou.
Aqueles olhos azuis e os longos, soltos e volumosos cabelos negros, a pele branca e um sorriso doce.Ela era perfeita.Mentira... Principalmente, por aqueles óculos ridículos...
Colocou sua mochila de lado e pegou seu laptop e começou a digitar.
Era uma noite qualquer, quando ele a viu.A lua brilhava e iluminava todos os casais que ali estavam... Mas, ele podia afirmar com todas as letras que como ela nenhuma mulher era, os cabelos negros estavam em uma trança embutida, os olhos da cor do céu a meia-noite eram escondidos por óculos ovais com a armação rosa.Toda sua beleza era escondida pela aquela trança, por aqueles óculos e pelas suas vestes.Uma saia até os pés, na cor cinza um pouco desbotada e uma camisa de mangas compridas.Além, dos cadernos que carregava debaixo do braço.
Lá estava ela... Com os cabelos soltos e com um sorriso amável.Atrás de um avental florido cuidando das flores da floricultura que parecia trabalhar.E aqueles óculos fundo de garrafa, fazendo o favor de esconder seus olhos azuis.E claro aquela faixa laranja florescente amarrada na cabeça.
Quantas flores... Pensou desanimado.A menina era muito estranha.Mas, o que isso adiantaria?Como ele podia ser... Tão idiota?
Colocou a mão no bolso e o vasculhou tinha um punhado de moedas. Fechou o laptop e o guardou na mochila.
Levantou-se e foi até a floricultura.
-Com licença... -disse chamando atenção da moça. -Quais flores eu posso comprar com essas moedas?-perguntou entregando a ela o punhado de moedas.
Ela o pegou e analisou. -Desculpe, dá para comprar apenas duas rosas, ou um cravo, ou quatro crisântemos. Não dá para fazer um arranjo grande.
-Nossa. -falou pensativo e sem emoção, não achou que aquilo era pouco. -Me de duas rosas vermelhas. -pediu.
Ela pegou duas rosas, as mais belas que viu daquele tipo que poderia ser comprado e as juntou colocando um laço em volta da mesma cor. -Pronto.
-Bonitas.-ele comentou analisando as flores.-Pra você.
-O que?-ela ficou confusa.
-As flores... Para você. -gaguejou as entregando, estava enlouquecendo com esse plano idiota em sua mente. Ninguém manda no coração. Ninguém pode escolher alguém para amar. Já que, ninguém manda no coração. E não seria agora que um escritor desesperado que ia mudar essa regra.
Ela segurou as rosas toda sem jeito, envergonhada, mal o encarava. -O-Obrigada. -gaguejou.
-De nada. -deu um sorriso qualquer.
Ela o encarou por alguns minutos, segurando as rosas firmemente.
-Qual o seu nome?-enfim, perguntou. Não ia aceitar flores de alguém sem ao menos saber o nome, ia?
-Inuyasha.-ele respondeu a encarando de volta, notando as vestes horríveis e do rosto sujo de terra.Notando aquele sorriso tão doce.-E o seu?
-Me chame de Kagome.
-Kagome.-ele repetiu pensativo.
Então, sua vítima se chamava Kagome, um lindo ele podia ser assim?Como?E se fosse tudo em vão?
Não...
Ele ia conseguir.
E esse era o seu maior medo.
-Bem, Kagome...-ele mediu as palavras e nem por um segundo parou de pensar na besteira que estava fazendo.Nunca foi um conquistador, não seria agora que iria conseguir ser...-Eu estava pensando... Será que... Você gostaria de tomar... Um café... Assim...-ele disse pausadamente, nem sabia o que dizer, só sabia que estava entrando em uma roubada.
-Claro.-ela nem o deixou terminar, dando a resposta antes do fim da pergunta, e a resposta mais doce que ele ouvira e ainda com um sorriso tão gostoso de se ver.-Me encontre ás quatro, amanhã, meu dia de folga, ai na pracinha.
-Até amanhã.-ele disse virando-se.-Bem...-voltou-se para ela e tirou uma caneta do bolso.-Este é meu número.
-Quer o meu?
-Ainda não.-e foi embora sem olhar para trás... Nem queria... Pensou?Iria ter pesadelos com aqueles óculos gigantescos...
Ele suspirou com aquela visão, ela não era bonita. Não, mas, mesmo assim chamou a atenção dele sobre ela. Levantou-se de onde estava - um banco em uma praça qualquer. Ele caminhou lentamente até ela. Disse um "oi" e só. Ela tímida o encarou por alguns minutos, parecia confusa. Talvez, estivesse desconfiada... Dava para perceber que ela não falava muito com estranhos.
Ou seria com qualquer... Homem?Não evitou rir por dentro.Queria tirar uma da cara dela?Boa pergunta... Ele queria saber. Aliás, ele sabia o que ele queria e muito bem.
-Olá... Eu estava passando e reparei que carregava alguns livros, não gostaria de uma ajuda?- perguntou educadamente, um jeito que ele não costumava usar.
-Nossa... Claro-ela disse entregando os livros, ela parecia estar muito cansada. -Desculpe, eu sou estudante e caminho todas as noites por aqui, mas hoje, estou cansada. Além disso, eu trabalho de manhã e de tarde... Isso cansa um pouco. - confessou estralando as costas. -Minha casa não é longe daqui, só mais dois quarteirões... - falou encabulada.
Não... Ela não foi atirada em dar os livros logo. Ela estava com um semblante entristecido, e até envelhecido pelo cansaço. Parecia ser alguém bem dedicado ao que fazia e não se importava com o resto, nem com a vaidade. O que ele julgava muitíssimo importante nas mulheres.
Andaram mais um pouco em silêncio.
-Que tal um sorvete, amanhã... Qual o seu nome?-sugeriu, ao ver que já estavam na frente da casa dela. Talvez, pudesse se divertir.
Ela pegou os livros e suspirou - Karen... Olha me desculpe, eu trabalho amanhã.
-Mas, é sábado... -lamentou.
-E?
-Certo, então, depois de amanhã, eu te pego aqui na sua casa, mesmo. As três da tarde, certo?- Ele disse piscando e dando um sorriso confiante.
-Er... Bem...
-Meu nome é Hugo.
Antes que ela falasse algo ou até confirmasse, ele acenou e saiu dali.
Ela estava no papo... Como o combinado.
Ele abriu os olhos e olhou para o laptop ligado.
Estava enlouquecendo, forçando a barra.E não estava satisfeito com aquela história... Pensou em até apagar, mas, não saberia o que escrever... Então desistiu.
Ele estava alguém... Lembrou-se da sua adolescência.
Adolescência infeliz.
Lembrava de tantas meninas que tentou conquistar e não conseguiu, imagine agora.
Nunca havia se apaixonado e não conseguiria agora.
Como faria um bom livro de romance, se nem sabia o que era um romance...?
Talvez, como no seu livro, ele estava fazendo uma aposta. Mas, uma aposta consigo mesmo.
Para ver se conseguia conquistar alguém... Nem que fosse aquela menina feia da floricultura.
Talvez, ela não fosse tão feia, talvez, ela fosse mesmo legal... Pelo menos, o sorriso dela era confortante e doce.
Que seja!
Ele estava louco.Olhou para o relógio... "Uma da tarde".
Tinha passado da hora já, também, dormiu muito mal e muito tarde.Ele realmente ficou com medo dos óculos daquela menina.
Era melhor se vestir...
Entrou no banheiro, se despiu, abriu a torneira e molhou a cabeça.Depois, deixou a água massagear sua pele e relaxou.
Após, o banho ele escovou o dente e fez a barba.
Foi se trocar, pôs uma camisa branca e uma calça preta, nada muito "estou arrumado só para você, querida".
Passou o primeiro vidro de perfume que viu e pegou seu laptop.A praça era um pouco longe, e como estava sem grana nem pra pegar um ônibus... Era isso, ou ficava sem comprar nada no passeio.
Raiva!Estava gastando suas economias para conseguir o novo livro de Kikyou H. Makoto.
Até que não era assim tão longe como imaginou longe a praça... Mas, no dia anterior estava tão entorpecido que vagou e vagou e parou no nada.E olha onde ele estava agora.
Perdido.
Quando finalmente, chegou na praça ela não estava lá... E como tinha trazido seu laptop, o abriu e começou a digitar.
Ele foi dormir sem muito entusiasmo.Passou sábado rápido demais, para o gosto dele.Por que tinha que fazer essas coisas?
Pelo menos, estava lucrando com isso.
Bem, que seja.
Aquela menina idiota estaria o esperando e ele faria o que já tinha combinado.
Arrumou-se, perfeitamente para o encontro.Camisa bem passada, calça com cinto, nada de coisas largadas, corrente, perfume caro... Tudo perfeito.
Chegou finalmente, na casa dela.
E tocou a campainha.Escutou a voz da mesma, distante e rouca, pedindo um minuto.E começou a bater o pé no chão, impaciente.Foi aí que ela apareceu...
Inuyasha suspirou e levantou a cabeça um pouco, para esticar-se.Quando a viu... A menina da floricultura.
Ela estava com um vestido rosa rodado, de alça.E uma gargantilha velha, com o escrito Kagome, o que lembrou de seu boxer... Sua cadela que teve quando tinha dez anos, ela se chamava Princesa e tinha na coleira os escrito: Princesa.
A menina... Estava usando tênis... Não que tenha ficado horrendo... Mas, estava completamente, sem nexo.Para Inuyasha.Ela não podia usar algo mais feminino?E não combinava com o vestido.Até ele que é homem sabia disso.
Que seja... E aqueles óculos gigantescos que pegavam dois dedos depois do olho tanto para cima, para baixo e para os lados.
Em um formato redondo.
Os cabelos estavam presos em um coque mal-feito. E ela não usava nada mais do que um brilho nos lábios que sem ele ou com, não importava, ele não aparecia, ao menos, que você forçasse os olhos. E nem precisava ter algum problema na visão para isso.
Lá estava ela, com um vestido até o calcanhar, cinza, na mesma cor, na mesma velhice e desgaste que a saia do dia que ele havia avisto pela última vez.Ela estava com uma faixa na cabeça branca, cheia de manchas cinzas e não estava com maquiagem, tirando seus óculos ovais e com a armação em um rosa choque.Seria bom, se fosse uma armação que não se percebesse.Mas, eram aquelas no estilo... "Harry Potter" entende?Com a armação muito grossa.
Ele engoliu o seco... Tentando achar ar.Porque ele iria precisar.
-Então...-ele falou fechando o laptop.-O que quer... Fazer?
Ela o olhou decepcionada. Esperando algum elogio.
O qual ele julgava, impossível na situação dela.
Isso era cruel demais... Ele mesmo pensou de si mesmo.-Você está legal.-murmurou.
Ela ainda parecia decepcionada, porém, mais feliz.
Isso... Era melhor que nada.
Não é mesmo?
-Que tal... Irmos a algum lugar especializado em café?Tipo, aquele lugar Kagura's café.-ele sugeriu.
Ela só fez que "sim" com a cabeça.
-É perto daqui...-ele comentou.
E ela acenou novamente.
-Vamos?
Ela voltou a fazer o mesmo movimento com a cabeça.
O que ela queria?Alguém pode dizer isso pra ele?Alguém?
-Kagome, melhor você falar algo, entende?-ele tentou explicar educadamente.
-Sim...-ela murmurou envergonhada.
O que ele estava querendo fazer?
Era impossível...!
Ele ia ficar louco...
Seis meses, Inuyasha, nada mais do que isso!
Lembrou do trato do livro!Estava frito!Ferrado!
Pronto!
-Não fique com vergonha... Somos... Amigos.-ele concluiu, sentindo uma pontada na cabeça...
Uma de várias, ele ia ter muita dor de cabeça com essa idéia maluca.
-Está bem.-ela olhou para o lado.-Você já tomou o café gelado de lá?Eu adoro.
Ele sorriu.Melhor ela falando do que... Quieta... Será mesmo?
Ele não sabia se queria descobrir.
Eles começaram a caminhar em direção a Kagura's café.
-Não, eu nunca tomei.Mas, hoje eu irei.-ele disse simpaticamente. "Espero que não seja muito caro" terminou em pensamento.
-Sm, aproveite.E sabe o bom...?
-O que?-perguntou demonstrando interesse.Nem sabia de onde tinha conseguido aquilo.
-Os preços lá são ótimos.
"Estou torcendo que os ótimos dela sejam na minha linguagem 'baratos'." ele pensou dando um sorriso amarelo.
-Pelo menos, eu acho.Bem baratinhos.-ela falou sorrindo ainda mais.Pelo jeito, ela estava se entrosando.Mas, dava para ver que estava corada.
Que seja!O jogo era um só.Esse mesmo.Ela gostar dele, ele viver um romance idiota e pronto!Fazer um livro idiota pra ganhar grana e pagar suas contas.
Eles chegaram em Kagura's café.Era estilo um bar de dois andares, com acabamento de madeira ali e acolá.
Meio um ar confortável.
Eles entraram e se sentaram em uma mesinha do lado da janela.Era bem confortável ali.
Uma garçonete, com os cabelos em um coque e os olhos tão escuros que avermelhavam, entregou o cardápio.
Ele e ela começaram a folhearam cada um o cardápio que estava segurando.
-Esqueci de dizer, os cafés gelados com sorvetes no lugar de gelo são mais caros, esse é o mais gostoso.-ela disse mostrando o nome de um dos cafés "Café Ice Mix" e o único com ilustração.Parecia muito bom.-Esse é mais gostoso.Beba esse.
-Claro, eu vou beber esse.-ele disse sorrindo e já chamando a garçonete outra vez... Foi ai que...
"O que? Quase dez contos em um café gelado?" Ele arregalou os olhos. "Meu dinheiro... Meu dinheiro... Não vá... Não vá... Socorro! Onde foi que eu me meti? Merda".
-.-.-Continua-.-.-
Aviso: O arquivo foi modificado, peço desculpas. A transferência do arquivo estava com erro. Já foi consertado.
Olá a todos! Tudo bom com vocês? Eu estou voltando a escrever fanfics. Na verdade eu comecei essa história faz muito tempo, entretanto, enquanto eu escrevia, eu sentia que não poderia postá-la tão rápido, ou haveria um tempo muito grande entre uma postagem e a outra. Por isso, eu decidi escrever muitos capítulos antes de finalmente ter coragem para postá-la. E acho que agora os números de capítulos que eu tenho serão suficientes. Até o momento está no décimo terceiro.
Espero que todos que a ler gostem dessa história. Eu possuo um carinho muito grande por ela. Estou tentando fazê-la ter de tudo um pouco, humor, romance, drama e muito mais.
Desejo mesmo que todos que a lerem gostem dela e claro a comentem, pois, assim eu me animarei a escrever mais!
Eu vou postar um capítulo por semana. Vou arranjar um jeito de qualquer maneira! Podem apostar. Eu sei que vai ser corrido, pois, entrarei na faculdade esse ano e tudo vai ser ainda mais depressa.
Eu havia ficado um bom tempo sem postar devido ao ensino médio que era uma loucura e eu estava me preparando para entrar na faculdade. Mas, podem apostar que no mínimo uma vez por semana eu vou postar. Quando eu puder, estabelecerei um dia em que provavelmente acontecerão as postagens e se eu puder fazer isso mais que um dia por semana, eu farei.
Por hoje, só desejo que as pessoas que lerem esse primeiro capítulo tenham gostado e se possível comentem para que essa escritora aqui fique cada dia mais feliz. Todos os comentários serão respondidos no capítulo seguinte.
Eu vou indo.
Beijos
Até o próximo Capítulo de Descrevendo uma História.
