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"Não! Lovi, não é só pra tirar!"
O seu cu! Até perco a vontade. Então tá, tchau, idiota.
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Antonio é um idiota, isso não é novidade. Mas ele podia pelo menos ficar com aquela maldita boca fechada, e dar menos na cara!
"Lovi, sua camisa está aberta demais."
"Essa combina mais com você"
"Hoje você não vai dormir aqui?"
"Faz com a sua boca?"
"Fica por cima, dessa vez?"
Eu não sou seu brinquedinho, cazzo!
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"Não, Lovi! Não é só pra tirar."
"O quê então?"
"É pra tirar de um jeito sexy."
"...!!!"
"...?"
"Vai se foder, Antonio idiota!!!!!!!" taquei a camisa na cara besta dele e em segundos estava descendo da cama.
"Lovi, Lovi, espera!" ele pegou o meu pulso e quase me derrubou. O idiota perde a noção da própria força com freqüência demais! Ele não merecia, mas eu esperei. "Lovi, o que foi?" Ele me pergunta, com a cara de quem não faz a menor idéia do que aconteceu.
"ngghhhh" eu podia ter vapor saindo dos meus ouvidos "PENSA SOZINHO, SEU IMBECIL!!!!"
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Aquele idiota não tem a menor noção do que sai da boca dele. Ele não pára de falar esse tipo de coisas constrangedoras.
"posso colocar o dedo?"
"Não segure a sua voz."
"Não ponha força nas pernas."
"Olha pra mim, Lovi."
"CALA A BOCA!!!"
Ele fala demais. Queria que ele simplesmente ficasse deitado e quieto na dele. Ele até parece um cara pegável de boca fechada. De boca fechada. E eu não estou corando.
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"Lovii!"
Apesar da vontade, eu não consegui me soltar da mão dele em meu braço. Estava machucando, já. "Porra, Antonio, me solta!"
"Eu não vou te soltar pra você ir embora e ficar semanas sem falar comigo!" Ele falou, um pouquinho só da rara irritação engrossando a voz dele, o que me fez esfriar um pouquinho. Antonio bravo era- ugh, deixa pra lá.
"Você sabe por que eu estou bravo!"
Antonio não me respondeu. Ele me olhava com os olhos cheios de uma, sei lá, determinação?, que normalmente não estava lá. Ele esperava que eu falasse algo. Só nessas horas ele ficava quieto.
Quando brigávamos por coisas idiotas, quando ele me pegava dando em cima de alguma garota e o silêncio era desconfortável, quando eu sentia ciúmes do Francis e ficava emburrado, quando eu era criança e ele voltava pra casa depois de meses e eu já não sabia se o sangue nas roupas era de outra pessoa ou dele.
Ele ficava quieto e me abraçava.
E no final, eu acabava deixando por isso mesmo.
Mas de vez em quando, seria bom se ele dissesse algumas palavras de conforto.
"Mas afinal, pra quê serve essa sua boca, heim?"
Ele riu um pouco antes de começar a falar "Mas é claro que é p-"
"CALA A PORRA DESSA BOCA!!" eu o interrompi, pelo bem dos meus ouvidos, e o empurrei de volta pros travesseiros, "E fica deitado aí na sua," voltei para o lugar que era só meu "que eu não preciso de instruções pra fazer isso."
---- Notas da Autora:
Inspirado pela kaeuta linda que fizeram para o casal de 'nugeba ii tte mon janai', da Hatsune Miku. Procurem no youtube, ou por aí.
A fic fica indo e vindo, meio que pra passar a mesma impressão que música (ou porque eu tive preguiça de arquitetá-la de outro jeito), mas talvez isso só a tenha deixado mais chata de ler. Me digam o que acham. Sim, REVIEWS deixam a autora muito feliz.
E tenham pena, porque eu avisei que era zoada. Eu vi o vídeo e PUF, fic! Mentira, eu fiquei bastante tempo me contorcendo, monologando sobre fazer ou não(porque a música é consideravelmente mais obscena que isso). Mas quando resolvi fazer foi PUF, fic, mesmo.
E sério, me desculpem os xingamentos estranhos do Lovi, é que eu realmente uso ofensas estranhas, então não sei como pessoas normais se xingam. E também não sei xingamentos abaixo de M-rating, então....
Por último, quem ri do Lovi ainda vai passar por uma situação dessas :D
Issaê. Reviews, alguém?
