Importante: Consideremos que a história de Glee se passe no ano dos Marauders e em Londres. Sirius está com 18, logo, está fora de Hogwats e trabalha para a Order of the Phoenix. Santana está entre seus 16 e 17 anos e a história começa mais ou menos depois do episódio 15 da segunda temporada. Enjoy:
The Boy is Mine
Sirius senta-se em uma mesa nos fundos do pequeno restaurante e se posta a esperar. Ela viria. Ela estaria ali. Ela prometera. Porém, ela nunca fora uma mulher de promessas, mas ele não sabia disso – e talvez nunca soubesse -, e ela não se importava.
Não, não se importava.
A porta se abre e ela entra. Está vestindo um vestido preto, curto e justo, saltos altíssimos e o cabelo está solto.
Santana.
Santana o vê e se dirige a sua mesa, um sorriso malicioso está em seus lábios, como sempre. E ela senta-se ao seu lado sem uma palavra. Puxa a gola de sua camisa e cola sua boca na dele. Sirius não se surpreende, era típico dela fazer isso.
Quando o solta, sorri novamente e passa a língua pelos lábios.
- Olá. – diz.
- Você demorou. – ele responde.
Santana revira os olhos.
- Você sempre irá esperar, não é a minha prioridade.
Sirius sorri e passa a mão nos cabelos.
- Você só diz isso porque sabe que não pode resistir a mim.
Ela ri, jogando a cabeça para trás.
- Iluda-se, eu não ligo.
- Iludir-me? A única pessoa que está enganando a si mesma é você, minha cara Santana.
- Vá se fuder.
- Só se você vier comigo.
Ela o olha com os olhos estreitos.
É sempre assim, eles sempre falam um com o outro desta maneira, sempre alfinetam e ressaltam seus problemas. Educação? Esta era sempre deixada para trás quando estavam no mesmo ambiente.
- Não estou nos meus melhores humores, não me provoque ao menos que queira...
- Está me ameaçando? – Sirius brinca.
- Cale a boca. – Santana sibila.
Ele estende os braços para cima, se rendendo.
- Dia ruim? – pergunta, mudando de assunto.
- Péssimo. – ela responde e passa a mão pelo decote, ajeitando-o; Sirius segue o movimento com os olhos.
- Seria honrado por saber o motivo?
- Brittany. – responde. - Ela e aquele namorado estúpido.
- Pensei que você havia dito que acabaria com essa farsa o mais rápido possível.
- Pensei que você não se importasse.
- Eu não sou como você.
- De qualquer maneira, surpreendentemente, eu segui o seu conselho. – diz. – Eu disse a verdade a ela.
- E ela?
- Brittany disse que me ama também e disse que se não estivesse com Artie ficaria comigo.
- Então, por que está aqui?
- Porque ela disse que o ama, e que não vai deixá-lo por mim.
- E você resolveu afogar as suas mágoas vindo aqui...
- Na verdade, eu vim aqui com segundas intenções, Sirius – ela sorri e coloca uma mão em sua perna -, como sempre.
- Estava esperando por isso, na verdade. Você sabe que esta é a única razão pela qual estou esperando-a por horas.
- Então, por que ainda estamos aqui?
- Sempre com pressa...
- Só cale a boca, sim? – ela se levanta.
Santana caminha até a porta e Sirius a segue.
E por alguns momentos, seriam apenas eles.
Santana e Sirius.
Era manhã, o sol mal nascido e eles já estavam de pé.
- Então, nos vemos sábado, mesmo lugar e mesmo horário? – Sirius pergunta, enquanto amarra os cadarços do sapato. – Isto é, se você não conseguir por as garras em Brittany.
- Ou se você resolver agir como um homem e finalmente falar com sua querida Marlene. – ela responde e começa a repor o vestido.
- Com ciúmes?
- É quase impossível comparar o meu ciúme com o meu amor por você. – Santana ironiza.
- Sabia que um dia você iria admitir.
Ela simplesmente ri e pega sua bolsa em cima da mesa.
- Tchauzinho. – fala e abre a porta.
Sirius levanta as sobrancelhas e, ao terminar de se arrumar, deixa o dinheiro trouxa em cima da mesinha de cabeceira e aparata.
É sábado. Eles estão juntos novamente, no mesmo lugar, sentados à mesma mesa.
- Você sabe muito bem que não estou atrás de um amor, Sirius. – Santana fala e olha para frente.
As pessoas a sua volta falam e sorriem como se sua vida estivesse boa. Santana não acredita que realmente esteja - deixou de acreditar na felicidade há um bom tempo -, porém deseja que pudesse fingir tão bem.
- Muito menos eu, querida. – Sirius responde e coloca sua mão em cima da dela. – Pelas minhas experiências, já percebi que amar só trás infelicidade.
Ela volta seu olhar para ele com o cenho franzido, mas não diz nada.
- Eu, ao contrário de você, sinto, Santana.
- Meus pêsames. – ela disse e se levantou deixando-o, sozinho.
Sirius,
Eles terminaram.
Britanny acabou de me contar.
Eu não deveria estar feliz por isso?
Santana xx
Santana senta-se em uma mesa nos fundos do pequeno restaurante e se posta a esperar. Ele viria. Ele estaria ali.
A porta se abre, mas não é ele.
Sirius.
E então, ela sente.
Empurra a cadeira para trás com raiva, pega sua bolsa de cima da mesa e saí andando a passos largos e firmes. Saí do restaurante e a porta bate com barulho atrás de si, mas ela não se importa.
- SANTANA! – ela ouve um grito, e reconhece a voz sendo de Sirius.
Santana continua a andar, mas Sirius é mais rápido que ela e, em pouco tempo, está andando ao seu lado.
- Me perdoe, Santana... Eu fiz de tudo para sair, mas não pude... Tenho bons motivos.
- E esses seriam...?
- Eu estava falando com Marlene.
- Verdade? – ela fala, com a voz azeda.
- Ela disse que gosta de mim, Santana! – ele sorri e ela para de andar.
Santana o olha nos olhos e, pela primeira vez, vê como realmente são. Azuis escuros, tão intensos e ao mesmo tempo, tão... vazios. Vazios de um sentimento que ela queria ver, mas não sabia por que ou qual era.
- Então, por que está aqui? – ela repete a pergunta que ele lhe fizera semanas atrás.
- Por que eu me importo com você.
Então, ela se vira – fazendo questão que o seu cabelo batesse no rosto dele – e saí andando.
Ela está confusa.
E não gosta disso.
Ao fundo ouve um crack estranho e olha para trás. Sirius havia sumido.
- Santana, por que você não está falando comigo? – Brittany pergunta, à sua porta.
- Eu estou falando com você, Brittany, não está ouvindo? – fala e sorri falsamente.
- Mas você... – Brittany para um instante e olha para Santana. – Eu pensei que nós iríamos ficar juntas...
- Pois pensou errado. – Santana responde. – Você me magoou, Brittany, e eu não daquelas que esquece e perdoa facilmente.
- Mas você disse que me amava...
- Eu me enganei.
- Você estava chorando!
- Lágrimas que poderiam ter sido poupadas. – Santana respira fundo. – Volte para o Artie, Brit, tenho certeza que ele não quis magoá-la e que realmente gosta de você.
Brittany sorriu para ela, tristemente, e assentiu.
- Você é uma boa amiga, Santana.
- Eu apenas tento ser. – ela sorri de volta.
Brittany dá-lhe as costas e desce os degraus da casa, afastando-se.
Precisamos conversar. Agora.
Santana.
- Vim o mais rápido que pude, aonde é o incêndio? – diz Sirius, ao chegar.
Santana não responde, simplesmente, continua a beber seu vinho.
- Ok, vai me ignorar. – Sirius se senta ao seu lado e pega a taça de sua mão, dando um grande gole no conteúdo.
- Você é um grande estúpido, Sirius.
- Obrigado. – ele diz e sorri.
Ela estreita os olhos em sua direção.
- Como vai a Marlene? – pergunta, indiferente.
- Muito bem, apesar de ainda estar com o Diggory.
- Pensei que você tivesse dito que ela gostava de você.
- E ela disse. – responde Sirius. – Assim como disse que irá se livrar dele o mais rápido possível.
- Então, enquanto você está aqui se livrando de mim ela estará se livrando dele?
- Eu não disse que me livraria de você está noite, querida.
- Eu posso ser tudo, Sirius, mas eu não fico com gente comprometida, tá?
- E quem disse que nós não podemos ser apenas amigos?
- É impossível. – ela fala, ajeitando os óculos
- Posso saber por quê?
- Porque eu não tenho amigos, Sirius, assim como não tenho ninguém que me ame de verdade.
Sirius não responde.
- Eu sou sempre a segunda opção. – ela continua. – Sempre a vadia que rouba o namorado no final da história.
- Pensei que você gostasse desse título.
- De vadia? – ela questiona, levantando as sobrancelhas. – Eu costumava gostar. Mostrava quem eu era.
- E agora?
- Eu mudei, Sirius.
- Se apaixonar faz isso com as pessoas. – Sirius sorri e afaga a mão de Santana levemente.
- Ugh. Não me venha com essa de amor, ok? Você acredita nisso, não eu.
Eles ficam em silêncio. O barulho das pessoas a sua volta preenche o vazio, de certa forma. Sirius nunca vira Santana desabafar antes e era bom saber que ela confiava nele o suficiente para fazê-lo.
- Eu estou sozinha, Sirius. – Santana murmura, ainda inexpressiva.
Ela sempre fora boa em camuflar os sentimentos. Sempre conseguiu escondê-los em uma caixa trancada dentro de seu intimo. E essa caixa nunca fora aberta. Nunca. E ninguém nem ao menos tinha chegado perto de conseguir abri-la.
Até agora.
- E tenho medo de sempre estar. – ela continua.
Sirius passa um braço por cima de seus ombros e a puxa para perto.
- Eu vou ser seu amigo, Santana. – ele diz, sorrindo. – E vou fazer o meu máximo para nunca te deixar sozinha. É uma promessa.
Santana ri e apoia a cabeça no ombro de Sirius.
- Soa bom... – diz – Ter um amigo.
Tudo está mudando.
- Sirius... – Lily Evans chama, sentada no sofá de sua casa, com o jornal jogado ao seu lado. – Padfoot!
Sirius olha para ele com os olhos arregalados de susto.
- O que é, Lily? – pergunta.
- Eu estou preocupada com você. – diz.
- Por quê?
- Porque você some todas as tardes e não diz a ninguém para onde vai. – responde. – Nós estamos em guerra, Sirius, não é sensato ficar por aí...
- Você não precisa se preocupar, Lils, de verdade, mas eu agradeço de qualquer maneira.
Sirius a abraçou e Lily sorriu cansada para ele.
- Eu ando me preocupando demais.
- É normal, afinal, nós estamos em guerra.
- Eu estava sentindo falta disso. - sussurra Santana, entre arquejos, enquanto passa as unhas pelas costas dele.
Sirius não responde, apenas continua a beijá-a no pescoço. Ela solta um suspiro ao sentir as mãos ágeis dele passeando por suas pernas e reprime um gemido quando ele aproxima-se de sua intimidade.
Santana puxa-o pelo pescoço e beija seus lábios com urgência, afundando as mãos em seus cabelos, ora puxando-os com força ora com carinho.
- Santana... - Sirius suspira entre o beijo.
Eles se separam e ela sorri, enlaçando suas pernas em sua cintura. Sirius olha-a por um instante e Santana retribui o olhar com a mesma intensidade.
Ali, naquele olhar, não havia Marlene, não havia Britany, não havia porém ou mas. Existiam apenas os dois. Sirius e Santana.
Ele volta a beijá-la enquanto tira a última peça de roupa que os separam.
- Eu te amo - ela murmura, de repente.
Sirius para e a olha. Santana tem os olhos arregalados e a boca levemente aberta de surpesa.
Agora era tarde.
- Não, não, não, não... – sussurra Santana para si mesma, enquanto anda de um lado para o outro em seu quarto. – Você não podia ter dito, não podia...!
Após ela ter dito aquelas três simples palavras, Sirius havia petrificado onde estava com os olhos arregalados e quando finalmente se mexeu levantou-se, vestiu-se e foi embora e Santana ficara ali, imóvel, amaldiçoando-se por tamanha burrice.
- Como você pode amá-lo? – pergunta a si mesma. – Você ama Brittany e somente ela.
Mas a menção do nome de Brittany não surge o efeito de antes. Não lhe causa um frio no estomago, não lhe dá vontade de suspirar e fechar os olhos para pensar nela com mais clareza. Não.
"Tchau, Santana." Ele disse e saiu, fechando a porta.
- Alô? – atende uma voz feminina.
- Quem fala? – pergunta Santana
- Lily. – responde, simplesmente.
- Ah, oi. O Sirius está?
- Ele acabou de sair para se encontrar com a Lene... Quem deseja?
- Santana Lopez, sou... amiga dele.
- Eu peço a ele que te ligue assim que chegar, tudo bem, Santana?
- Obrigada... Lily. – e desliga, colocando o telefone de volta no gancho.
Os olhos de Santana marejam e ela os fecha, tentando inutilmente impedi-las de cair. Com um soluço abafado, senta-se em sua cama e abraça as pernas.
Passaram-se vários minutos, quando ela conseguiu finalmente controlar o seu choro. Seus olhos estão inchados e vermelhos, assim como seu nariz. Ela faz uma careta para o espelho e vira-se de costas para ele.
Olha para o telefone.
Não, era loucura.
Mas ela nunca fora covarde, porque estava agindo como tal?
Senta-se novamente na cama e disca o mesmo número. Espera, espera, espera, até que Lily atende novamente.
- Alô, Lily? – fala, mas sua voz está fanha por causa do choro.
Pigarreia e espera a resposta.
- Sim, quem é?
- É a Santana, de novo. – diz. – Posso te pedir uma coisa...?
- Quem é Santana e por que ela nos chamou aqui? – pergunta Marlene, sentando-se em uma das cadeiras vermelhas do auditório.
- Pela milésima vez, Santana é uma amiga e eu não sei por que ela nos chamou aqui, ela falou com Lily, não foi, Lils? – responde Sirius.
- Foi, mas ela apenas disse que queria que viéssemos, todos nós.
- Tem certeza que podemos ficar aqui? Digo, é o auditório de uma escola.
Lily lhe lança um olhar incrédulo
- James, desde quando você se preocupa com isso? – pergunta.
- Eu sou uma pessoa muito responsável...
Lily ri alto e James fecha a cara, mas antes que ele possa responder uma voz ao longe os interrompe.
- Estamos prontos para o primeiro. – diz Jesse St. James.
Santana entra no palco e posiciona-se em seu centro.
- Meu nome é Santana Lopez e vou cantar Back to Black da Amy Winehouse. – diz, olhando diretamente para Sirius.
Olhar no qual ele – e todos os demais – percebem; Marlene franze o cenho.
O piano começa e ela começa a cantar.
He left no time to regret
Kept his lips wet with his same old safe bet
Me and my head high
And my tears dry, get on without my guy
You went back to what you knew
So far removed from all that we went through
And I tread a troubled track
My odds are stacked, I'll go back to black
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
I go back to us
I love you much
It's not enough, you love blow and I love puff
And life is like a pipe
And I'm a tiny penny rolling up the walls inside
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to…
Black, black, black, black
Black, black, black...
I go back to
I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to
We only said goodbye with words
I died a hundred times
You go back to her
And I go back to black
- Fantástico, Santana! – Will exclama, batendo palmas.
- Obrigado pela apresentação.
- Eu não estou entendendo, Sirius! – Marlene exclama, jogando os braços para o alto, exasperada.
- Me desculpe, Lene. – Sirius pede mais uma vez. – Mas eu não posso mais, eu não quero mais.
- Eu sempre suspeitei que você só queria me mostrar como troféu para os outros. – ela responde com os olhos estreitos de raiva.
- Não é verdade! – ele a contradiz. – Eu realmente gostava de você, mas você me fez esperar demais, Lene, e agora é tarde.
- Eu estava namorando!
- E eu perdi o interesse!
Eles ficam em silêncio.
- É por causa dela, não é? – pergunta, descruzando os braços, com uma expressão quase cansada no rosto. – Eu percebi o modo em que você a olhava ontem.
Sirius não responde.
- Uma pena que nós não tivemos tempo de começar. – Marlene lamenta, sorrindo de lado e desviando o olhar. – Nós daríamos um bom casal, sabe?
- Eu não acredito que isso está acontecendo... – Sirius diz e ela ri.
- Lamento que esteja.
- Me desculpe. – ele repete.
- Não precisa se desculpar. – ela afasta-se um pouco. – Só vá atrás dela antes que seja tarde demais, ok? Não a deixe esperando por muito tempo, ela pode se cansar e tentar seguir em frente.
Marlene acena com a cabeça e gira nos calcanhares, caminhando para a porta. Abre-a e saí, fechando-a atrás de si. O próximo barulho que Sirius escuta é um leve crack.
- Eu não estou entendendo mais nada. – diz James Potter, aparecendo na porta da sala.
- Nem eu, cara, nem eu... – Sirius coloca a cabeça entre as mãos, com os cotovelos apoiados nas pernas.
- Lembra-se quando eu estava correndo atrás de Lily no quinto ano? E você disse 'você pensa demais, caro Prongs, apenas corra até ela e lhe tasque um beijo que faça-a acreditar no que você diz.'
- E quando você tentou, ela deu um tapa na sua cara.
- Exato. – responde James, sentando-se ao seu lado. – Estou dizendo isso para você não sequer pensar em seguir o seu conselho.
Sirius ri.
- Nem para você ter um conselho que preste, veado.
- Eu tenho vários, mas só servem se você tiver três anos para consegui-la. – James ironiza. – E é cervo, quantas vezes eu terei que repetir?
Estarei esperando por você.
Mesmo lugar, daqui à uma hora.
Sirius.
Sirius senta-se em uma mesa nos fundos do pequeno restaurante e se posta a esperar. Ela viria. Ela estaria ali. Ela tinha que estar.
A porta se abre e ela entra. Está com óculos escuros e vestida inteira de preto, calça preta, blusa preta, jaqueta preta, saltos altíssimos e o cabelo está preso em um coque alto.
Santana.
Santana o vê e se dirige a sua mesa. Ela não sorri, apenas senta-se ao seu lado sem dizer uma única palavra.
- Por que os óculos? – pergunta, tentando puxar assunto.
- Não é da sua conta. – responde, fria.
Sirius respira fundo.
- Você não precisa agir assim.
- Agir como? Normalmente?
- Santana – chama -, olhe para mim.
Ela não o faz.
- Por favor, Santana.
Ele vê uma lágrima escorrer pela bochecha dela e levanta uma mão para enxugá-la, mas Santana o repele.
- Não. – diz, finalmente.
- O que aconteceu com você?
Santana fica em silêncio por um tempo até que responde: - Você.
- Eu?
- É, você. – fala, tirando os óculos e mostrando-lhe o estado em que se encontrava.
E ela estava num estado deplorável, com olheiras debaixo dos olhos, os olhos vermelhos, além de estar mais magra e pálida.
- Você acabou comigo, Sirius, acabou com tudo o que eu era, destruiu tudo o que eu sabia.
- Mas...
- Você me fez... – ela fecha os olhos – me apaixonar por você, Sirius.
- Santana...
- Por favor, me fale que...
- Sinto o mesmo? – completa. – Eu sinto.
Santana vira a cabeça rapidamente em sua direção.
- Eu amo você. – ele diz.
- Não, você ama Marlene.
- Amo-a assim como você – ele faz aspas no ar – "ama" Brittany.
Santana baixa o olhar.
- Eu realmente pensei que a amava, mas...
- Não era como você esperava? Você viu que há sentimentos maiores?
- É. – concorda, sorrindo de lado.
- E, a propósito, eu peço desculpas por... isso. – e ele aponta para o rosto dela.
- Vou pensar no seu caso.
Sirius sorri.
- Ah, sim, antes que eu me esqueça: obrigado pela música.
Santana levanta as sobrancelhas.
- Quem disse que a música era para você?
Sirius arregala os olhos levemente.
- Não era?
Santana ri e bate levemente em seu braço.
- Claro que sim, estúpido.
Sirius revira os olhos.
– Você é tão cruel.
- Muito obrigada.
- Disponha.
- Vou dispor, não se preocupe. – diz e se aproxima dele.
- Eu sinceramente espero que sim. – Sirius responde e sela seus lábios.
Santana passa os braços ao redor de seu pescoço e o puxa para mais perto. As mãos de Sirius estão em sua cintura apertando-a com força, mas ela não se importa. Ao se separarem, olham-se.
- Eu posso me acostumar a isso. – Sirius diz.
- Se acostumar a que?
- A ter uma namorada.
- Isso é um pedido?
- Quase.
- Eu aceito.
- Ótimo.
And if you didn't know the boy is mine
