Capítulo I

-Oh não senhorita, deixe que eu mesmo a ajudo a tirar as malas do carro... – Disse o taxista tentando ser gentil, mas claro que para ela aquilo soava mais como mais uma típica demonstração de machismo. Por que os homens sempre achavam que as mulheres eram fracas e indefesas?

-Não é necessário! Posso fazer isto sozinha! – Respondeu irritada enquanto tirava as valises e pagava a corrida ao motorista. Aquela fora uma árdua viagem até a sua antiga vila natal, Redbounr, pertencente à cidade de St Albans, no coração do condado de Hertfordshire, mas o que ela não faria para comparecer a festa de cinco anos de casado de sua melhor amiga Alice com Jasper Whitlock?

Mesmo que para isto ela tivesse que enfrentar seu antigo amigo, Edward Cullen, de quem vinha fugindo nos últimos tempos. Já tinha se passado três longos anos desde a última vez em que o viu, mas ela tinha certeza de que o desgraçado ainda devia ser o homem mais bonito de todo o Reino Unido!

Só de lembrar-se daqueles olhos verdes, ela sentia um terrível arrepio correndo pela espinha. A verdade era que Isabella sempre o amou, mas jamais teve coragem de se declarar para o melhor amigo! Principalmente depois que ele começara a namorar com a irritante Tanya Denali durante o último ano do ginásio.

Mas aquela não era hora para se pensar no passado. Afinal, agora ela teria de encarar o presente, e sem nenhuma perspectiva de futuro, o que era mais deprimente ainda. Arrastando as pesadas malas pelo jardim mal cuidado e empestado de ervas daninhas, ela tirou as chaves do bolso de seu velho jeans e abriu a pesada porta da casa que outrora fora de seu falecido pai.

Ao adentrar na sala peculiar e terrivelmente empoeirada devido aos meses sem manutenção, Isabella não pôde deixar de sentir um forte aperto no peito ao lembra-se dos terríveis momentos que passara lá.

Será que algum dia ela conseguiria olha para o velho sofá de couro marrom sem recordar de como seu pai costumava cair bêbado sobre ele após ter passado o dia todo enchendo a cara em algum bar da cidade? Era provável que não. Mas ela não pretendia ficar naquele mausoléu por muito tempo, pois assim que terminasse a festa de bodas de Alice e Jasper, pegaria o primeiro táxi de volta para Londres e deixaria toda aquela miséria para trás novamente.

Subindo os dois lances de escadas com dificuldade, pois suas malas estavam bastante pesadas, Bella se dirigiu ao seu antigo quarto, onde tudo fora deixado da mesma forma, inclusive os antigos pôsteres de bandas de rock e filmes velhos que ela idolatrava. Seu quarto era o antigo sótão, e ficava sob o declive do beiral do telhado, com uma pequena janela de onde se avistava a floresta conífera que ficava do outro lado da rua. Provavelmente, ninguém fizera uma faxina descente ali desde que fora cursar faculdade de música em Londres, há mais de seis anos.

Sem ter condições de ficar em um cômodo tão empoeirado, Isabella desceu até a cozinha, pegou uma vassoura e um velho pano e se pôs a fazer uma rápida faxina no quarto antes de trocar a roupa de cama e as desbotadas cortinas de renda negra. Com um esforço enorme, ela conseguiu abrir a janela para ventilar um pouco, e automaticamente, lembrou-se das enumeras vezes em que fugira por esta, descendo pelo telhado e se escondia na casa de Edward até que a bebedeira de seu pai passasse.

Colocando por fim as pesadas malas em cima da cama de solteiro, ela se pôs a desfazê-las e depositar as roupas de forma organizada em seu antigo guarda-roupas, cujas portas estavam lotadas com figuras e letras de música que ela outrora compusera. Mas teve sua atenção retida em uma velha foto onde podia ver o rosto gentil e suave de sua mãe e de seu marrento irmão mais velho, que haviam morrido quando Bella tinha apenas sete anos. Tudo teria sido diferente, se aquele fatídico acidente de carro não tivesse levado metade de sua família e tornado o seu bom pai em um maldito alcoólatra que morrera de cirrose hepática.

Quando por fim terminou de organizar todos os seus pertences, se dirigiu até o andar inferior e se preparou para realizar a mais terrível e pesada faxina de toda a sua vida. De certo, a casa não era muito grande, mas o pó tomara conta praticamente de todos os cômodos após passar anos trancada e sem a devida manutenção. A cozinha fora a pior, pois estava empestada com pequenas baratinhas. E o que falar do banheiro então?

Após longas três horas de pura arrumação, Bella encontrava-se mais suja e suada do que nunca estivera em toda a vida. E o pior era o monstro revolto que lhe inflamava o estomago vazio, implorando por alimento. Mas antes de comer algo, ela tomou um bom banho, deixando a água morna da calefação que ainda funcionava acariciar-lhes a pele extremamente pálida e tomando um cuidado maior com os longos cabelos negros que estavam cheios de teias de aranhas e poeira.

Por sorte, ela trouxera em suas malas uma toalha limpa, com a qual enxugou o corpo úmido. Como tinha pressa pra comprar alguma coisa que lhe saciasse a fome, Isabella não perdeu tempo escolhendo roupas. Apenas vestiu uma camiseta preta básica, uma calça jeans escura e suas velhas botas de couro falso, pois a manhã tinha sido chuvosa e provavelmente haveria lama no caminho até a lanchonete mais próxima.

Por fim, Bella pegou sua mochila cheia de botons e o sobretudo cinza que acabara de guardar no guarda-roupas, pois o clima frio poderia congela-lhe os ossos. Certificando-se de que não esquecia nada, a garota se pôs a descer as escadas e finalmente saiu da velha casa trancando devidamente a porta atrás de si.

O ar gelado típico do outono que lhe atingiu na face, a fez estremecer. Era estranho voltar a pisar naquela rua, onde tantas vezes brincara com Edward e todos os outros. Mas está era a única coisa que a fazia falta naquela maldita vila com pouco mais de seis mil habitantes no leste britânico. Para os adultos, ela não passava de uma menina problema que tinha um pai bêbado para cuidar. Para os adolescentes, Bella não era mais do que uma garota que gostava de se vestir com roupas extremamente desleixada e ameaçava quebrar a cara de qualquer um que a irritasse.

-Oh meu deus! – Gritou uma voz feminina e madura da qual reconhecera automaticamente – Isabella Swan, é você?

-A própria! – Respondeu dando um largo sorriso enquanto a velha senhora de feições ternas a abraçava de forma calorosa – Como vai Elizabeth?

-Estou ótima querida, melhor agora que a encontrei! – Elas se afastam para que a simpática mulher de cabelos grisalhos pudesse estudar com olhos atentos as mudanças que Isabella passara depois de todos aqueles anos – Como você ficou bonita minha filha!

-Oras, não seja tão exagerada...

-Sabe muito bem que sempre fui sincera! Mas me diga, por que você não foi até minha casa assim que pisou em Redbounr?

-Bem, é que eu cheguei hoje de manhã cedo e tive que passar a maior parte do tempo limpando a antiga casa de meu pai. – Elizabeth Cullen era certamente uma das poucas pessoas com quem tolerava trocar mais que duas palavras. Todos sabiam que a jovem garota Swan falava apenas quando necessário, mas quando estava entre amigos, sentia-se a vontade para conversar.

-Então, já terminou a faculdade de música?

-Oh sim, faz cerca de dois anos que me formei. Agora trabalho como compositora para os "fury of wolfes".

-Não diga? – Exclamou Elizabeth boquiaberta – Soube que essa é uma das bandas do momento. Claro que eu não gosto muito do estilo deles, pois sou velha demais para isto, mas ouvi falar sobre eles pela TV. Escute, você já almoçou?

-Bem, eu estava indo até o restaurante da Emilly ver se o hambúrguer de lá ainda é o melhor do condado...

-De forma alguma minha cara! Jamais deixaria que a melhor amiga de meu filho comesse um simples hambúrguer no almoço. Você irá almoçar em minha casa e não se fala mais nisto. – Claro que Bella adoraria comer a deliciosa comida caseira de Elizabeth, mas ela não estava pronta para encarar o filho desta.

-Eu adoraria, mas...

-Mas nada! Vamos, venha. Será maravilhoso ver a cara do Edward quando souber quem almoçou comigo hoje. – E antes que ela pudesse protestar, a mais velha a segurou pelo pulso e começou a puxá-la na direção da casa vizinha.

-Então o... O Edward ainda não chegou? – Perguntou como quem não quer nada.

-Ah não! Parece que ele teve um terrível contratempo em uma planta que tinha preparado para a nova ponte do rio Cam! Sabe como são essas coisas de engenheiros, sempre tem algo para se rever e todo o mais...

-Posso imaginar. E a Tanya? Ela vem também? – Elizabeth parou em frente à porta de sua casa, e tirou do bolso um molho de chaves para a abrir.

-Infelizmente a senhorita perfeição também virá! Já até preparei o quarto dela, pois me recuso a permitir que aqueles dois durmam na mesma cama sem ainda estarem casados perante a lei! – Aquilo fez Bella corar ao lembrar-se das enumeras vezes em que ela fugia escondida para o quarto de Edward e ambos dormiam juntos na diminuta cama dele. Claro que nada demais acontecia, até por que ele a via apenas como irmã, mas Elizabeth não tinha uma mente tão aberta assim, e provavelmente ficaria horrorizada ao saber que a jovem menina Swan passara a maior parte de sua adolescência na cama de seu filho.

-Acho que a senhora esta sendo um pouco antiquada não? – Indaga enquanto tirava o sobretudo e entrava na aconchegante casa dos Cullen – Afinal, Edward e Tanya namoram desde o último ano do colegial, e se não me engano, já estão morando juntos desde que terminaram a faculdade...

-Sim, mas morar junto não é casar! Me recuso a aceitar uma pouca vergonha dessas sobre o meu teto! – A velha senhora rumou até a cozinha, sendo seguida de perto por Bella, e começou a tirar algumas sobras da geladeira para serem esquentadas no forno – Sem falar que eu não gosto daquela mulherzinha!

-E por que eles não se casam afinal? Já estão morando há tanto tempo juntos que assinar um mero papel não deve ser uma decisão difícil de tomar.

-Sim, mas acontece que a senhorita Denali não quer! Acredita que aquela mulherzinha disse que casamento é coisa do século passado? E você tem que ver a cara dela quando a pergunto se algum dia me dará um netinho... Acho que ela não pode suportar a terrível ideia de estragar o maravilhoso corpinho!

-Sim, lembro-me bastante o quão Tanya era vaidosa... – Pensou enquanto lembrando-se de que as duas sempre foram totalmente diferentes tanto fisicamente quanto interiormente. Talvez tenha sido por isto que Edward preferiu ficar com Tanya Denali! – Ela ainda está trabalhando como garota do tempo naquele jornal do canal 8?

-Oh não, aparentemente a senhorita perfeição esta escalada para dirigir seu próprio programa no ano que vem! Acredite ou não, mas a contrataram para ser apresentadora de um daqueles programas em que se entrevista celebridades. Já tem até um nome, algo como "de estrela para estrela..." Acho que finalmente o diploma em jornalismo dela valeu à pena! – Respondeu a mais velha enquanto colocava uma travessa no forno já aquecido e tirava algumas frutas de dentro da geladeira pra fazer suco – Ultimamente, Edward vem tentando convencê-la a vir morar aqui!

-O que? – Exclamou enquanto segurava os pratos que Elizabeth lhe dava para por a mesa – Edward quer morar aqui em Redbounr?

-Ele recebeu uma proposta pra trabalhar na cidade de St. Albans, que lhe pagará melhor do que em seu atual emprego. Meu filho ficou muito tentado com isto, mas a senhorita perfeição se recusa a sair de Cambridge e abandonar sua carreira explosiva!

-Nossa, mas seria realmente bastante vantajoso para ele... Afinal, a cidade de St. Albans fica a apenas 4Km de Redbounr!

-Sim... Edward poderia ir e vir todos os dias e ainda por cima ficaria perto de mim. Sabe querida, ser uma velha divorciada não combina muito comigo, venho me sentindo bastante solitária ultimamente! Mas não vamos falar sobre esses por menores sim? Diga-me, como vão as coisas com você em Londres?

-Oh, estão ótimas! Eu acabei de quitar um pequeno apartamento no centro e pretendo mobiliá-lo o mais rápido possível.

-E por que não vem morar aqui minha querida? Não acho que seu trabalho de compositora exija sua presença constante em Londres.

-De fato, não... Tenho horários bastante maleáveis e meu chefe e eu somos bastante íntimos. Mas não gostaria de voltar a morar em Hertfordshire!

-Eu compreendo minha menina! – Disse a senhora Cullen ternamente enquanto despejava o suco das frutas vermelhas em uma jarra de vidro e a colocava sobre a mesa da sala – Você sofreu bastante aqui... E eu lamento não poder ter dado mais assistência ao velho Charles Swan nos últimos momentos de sua vida.

-Não diga isto! Você cuidou de meu pai melhor do que eu mesma...

-Oh, por deus! Não se culpe por isto querida! Afinal, você não podia cuidar dele enquanto estava na universidade.

-Sim, e aliais, acho que o assado já está cheirando! – Com uma habilidade de se dar inveja, a velha mãe de Edward tirou a travessa recém esquentada do forno, e a depositou sobre o balcão da pia. A comida cheirava tão bem, que dava água na boca da esfomeada Isabella só em observar a forma tentadora como a fumaça saia da massa.

As duas sentaram-se a mesa, e saborearam a deliciosa refeição. Fazia tanto tempo que Bella não provava a comida caseira de Elizabeth, que teve de repetir o prato. Por fim, após tomarem um maravilhoso sorvete de baunilha com cauda de chocolate, a menina Swan teve de se despedir da velha amiga, alegando que ainda tinha de fazer compras, pois a geladeira da casa de seu falecido pai estava vazia e descongelada!

À tarde foi uma verdadeira provação para ela! Como tinha planejado, fora ao supermercado mais próximo e fez uma feira que deveriam durar até o fim de semana. Mas o pior foi ter de enfrentar o olhar curioso que as pessoas no supermercado a dedicavam. Todas pareciam querer saber como estava à filha do bêbado que acabara com a própria vida devido ao vicio após ter perdido a esposa e o filho!

Mas Bella não se deixou abater. Ergueu a cabeça, pagou pelo que comprou, e saiu carregando as sacolas. Pro seu grande azar, já tinha voltado a chover. Mas sem tempo a perder, levantou o capuz do sobretudo e enfrentou a garoa. Era nessas horas em que ela se arrependia de não ter um carro! Certamente poderia muito bem comprar um seminovo com o salário que ganhava, mas sempre que pegava no volante de um carro, lembrava-se do terrível acidente que matara sua mãe e seu irmão, mudando drasticamente o destino de sua família e o seu próprio.

Ao finalmente chegar em casa, guardou as compras, e correu para secar-se, pois não estava afim de pegar um resfriado. Quando o relógio marcou as sete da noite, ela comeu um leve sanduíche que preparou e se pôs a tocar uma ou duas músicas com o velho violão de sua mãe, Renée Swan, que estava escondido no armário da escada.

Seu pai a tinha proibido de pegar naquele instrumento depois de ter ficado viúvo. Antes de morrer, Renée Swan era uma das melhores musicistas de toda a região. Ela e o marido trabalhavam tocando em bares e restaurantes e ganhavam muito bem em suas noitadas de shows. Quando tinha apenas três anos, Isabella já tomava aulas de piano e de violino, que sua própria mãe lhe dava frequentemente, e graças a isto, a menina Swan parecia ter herdado o gosto pela música de seus pais.

Mas no dia de São Valentin, quando Bella tinha apenas sete anos, pedira para que os pais a levasse ao parque de diversões que ficava na cidade de Harpenden. Infelizmente, na volta para casa, um caminhão desgovernado acertou em cheio o pequeno carro de passeio da família, matando instantaneamente sua mãe e seu irmão, e a deixando em coma por três meses. Por um milagre, o pai de Bella apenas teve algumas costelas quebradas e um pulmão perfurado. Mas após o acidente, o pobre Charles Swan se afogou na bebida na vã tentativa de esquecer a tragédia que assolara a família.

Desde então, o senhor Swan não conseguia manter-se em um único emprego, e era cada vez menos requisitado para fazer seus pequenos shows. Graças a isto, Isabella aprendeu desde pequena, a cuidar de si mesma e da casa. Com o passar do tempo, ela fora crescendo, e como não teve a influencia de uma mãe para auxiliá-la e ensiná-la a se portar, acabou virando uma garota rebelde e sem nenhuma vaidade. Mas Bella não lamentava por isto! A única coisa que realmente a incomodava, eram as frequentes bebedeiras de seu pai, que acabavam pondo-a em perigo constantemente.

Como todos sabiam que Charles costumava beber até desmaiar, a indefesa menina Swan tornava-se um alvo fácil para qualquer um que estivesse a fim de se divertir um pouco. Bella tentava pousar de durona, mas morria de medo de ser atacada por um dos marginais que viviam em Redbounr e sabiam que ela não contava com a proteção de um pai ou de uma mãe. O pior certamente era James Cater, um garoto que estudava no mesmo ano que ela e constantemente era visto rondando à casa dos Swan!

Teria sido praticamente impossível para Bella passar por todas estas provações sem o apoio e a proteção de seu melhor amigo, Edward. Eles se conheciam desde pequenos, e mesmo havendo uma diferença de quase quatro anos entre o menino Cullen e ela, os laços afetivos que os unia ficaram ainda maiores após todos os terríveis acontecimentos que atingiram a família de Bella. Mas ela só percebera que amava Edward quando havia completado seus dezessete anos, e o flagrou aos beijos com a egocêntrica Tanya Denali. Primordialmente não entendeu o que significava aquele aperto no peito que sentia sempre que os via juntos, mas por fim, com a ajuda de sua única amiga do sexo feminino, Alice, descobrira que se tratava de ciúmes!

Infelizmente Isabella não estava pronta para lidar com aqueles novos sentimentos, e por isto, acabara fugindo para Londres, onde conseguiu ganhar uma bolsa na universidade de música, graças a seu talento indubitável com o violino, o piano e o violão. Com o passar dos anos, ela passara a ir cada vez menos a Redbounr, mesmo não sendo muito distante da capital britânica. Sempre que possível, evitava retornar as ligações de Edward, que estava cursando o último ano de engenharia na universidade de Hertfordshire, e muitas vezes encontrava excelentes desculpas para não comparecer as constantes reuniões que Alice organizava. Mas agora, com seus vinte e quatro anos, não tinha mais escapatória! Afinal, perder a festa de bodas de madeira da única amiga verdadeira que tivera durante todos estes anos seria praticamente imperdoável!

Ouvindo um barulho de automóvel parando na casa ao lado, Isabella ficara curiosa e não pôde deixar de levantar-se para ir correndo até a janela de seu quarto e ver o momento exato em que Edward e a namorada saiam do luxuoso carro esportivo para serem recebidos por Elizabeth. Como a desgraçada da Tanya conseguia ficar mais bonita a cada vez que a via? Seus cabelos loiros morango pareciam ainda mais bonitos, mas aparentemente, Tanya tinha os cortado rente ao queixo, o isto só serviu para valorizar ainda mais os olhos violetas e o corpo escultural e bronzeado de sua rival!

Céus, ela nunca teria a menor chance contra Tanya, afinal, jamais deixaria de ser a branquela com cabelos e olhos extremamente negros. Foi só então que Isabella quase prendeu a respiração ao observar finalmente Edward abraçar a mãe. Ele era bastante alto, devia ter mais do que um metro e oitenta, o que contrastava de forma marcante com seus ombros largos. Parecia que tinha deixado os cabelos cor de bronze crescerem um pouco, o que lhe dava um ar mais jovial para quebrar o efeito másculo de seu queixo forte. Mas de repente, Bella sentiu que ele direcionava seus belos olhos verdes na direção de sua casa. Sabia que estava segura enquanto permanecesse atrás das cortinas de renda negra que cobriam sua janela, e por isto, se deu ao luxo de admirá-lo.

Após observá-los por mais alguns segundos, ela os viu entrarem na velha casa de Elizabeth e sentiu um terrível vazio em seu peito. Sabia que mesmo depois de seis anos terem se passado, ela ainda continuava sendo a mesma covarde de sempre, pois jamais teria coragem o suficiente para lutar por ele! Mas depois de um dia tão agitado, Bella acabou bocejando de cansaço. Como não gostava de usar camisola, vestiu um blusão desbotado com o emblema de uma de suas bandas favoritas, escovou os dentes e se jogou na cama para esperar pacientemente adormecer, enquanto um par de olhos verdes lhe vinha à mente.


Olha eu aqui de novo com mais uma história! Está aqui é um pouco mais dramática, mas também é boa!

Sei que este primeiro capítulo ta meio monótono, mas as coisas vão agitando com o decorrer do tempo oks?

Espero que gostem...

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