Titulo: Antes da tempestade (antiga falling slowly)
Descrição: Eu nunca pensei que o amor pudesse doer tanto, mas também nunca consegui imaginar um mundo no qual você pudesse me amar. E por isso doeu. Doeu porque por um segundo, eu acreditei na existência de um "nós". Doeu porque você sempre seria um Malfoy, e eu, uma sangue ruim que não se encaixa em lugar algum.
Disclaimer: Harry Potter não me pertence.
Aviso: Vamos lá! Como é muito comum aqui no fanfiction, eu estou repostando uma história antiga. A Falling Slowly foi uma história que eu comecei a escrever com uns 13 anos de idade e depois parei. Mas eu nunca parei de pensar nessa fanfiction. Contudo, eu não conseguia olha para história antiga sem me contorcer de agonia com os erros grotescos, sem falar que aparentemente, aos 13 anos eu não entendia o conceito de singularidade. Enfim, eu estou reescrevendo as história, e acho que dessa vez está menos pior. Eu sinceramente espero que vocês gostem dessa nova versão.
"Levei um tempo até perceber que eu não era o suficiente pra mim. Então como eu poderia ser o sufiente pra você ?" - F.F.
Minha mãe estava desesperada. Minha tia Bella, estava orgulhosa. Todos os outros tinham certeza que eu fracassaria na primeira tentativa. Meu pai estava preso. Eu dizia estar confiante, mas a verdade é que eu estava com medo. Morrendo de medo.
Os últimos dias na mansão Malfoy tem sido no minimo assombrosos. Um fluxo cada vez maior de comensais da morte desfilava pela minha casa quase diariamente. Minha mãe, pobre Nacisa, estava quase tão insatisfeita com aquilo quanto a Ordem da Fênix estaria se soubesse o que acontecia aqui, bem na minha sala de jantar. Eu sabia que ela queria acabar com aquilo, queria poder simplesmente dizer que estava cansada, que aquela guerra não era dela, mas havia uma tatuagem em seu braço esquerdo que dizia que era. E essa mesma tatuagem dizia que virar as costas para aquela gente seria suicídio. Então ela abria a morta da nossa casa, e forçava o seu melhor sorriso cada vez que Bella e sua trupe adentrava a nossa sala.
Contudo, quando eu não estava assombrado eu me sentia entediado. Toda a minha rotina de verão havia mudado. Normalmente a família Malfoy oferecia jantares e coquetéis para alta sociedade mágica, Viajávamos pelo mundo e dávamos festas sofisticadas, apenas para mostrar o quanto podíamos gastar. E eu gostava disso. Gostava de estar próximo a pessoas influentes, gostava do wisk, gostava do luxo.
A única coisa que salvava era a rotina de exercícios que eu havia criado para aliviar tensão.
Naquela manhã eu estava decido, eu iria falar com a minha e a convencia passar o restante do verão na nossa casa de campo na França. Ainda tínhamos o direito de ir e vir, certo? Eu poderia dizer que concordaria em fazer compras em Paris, minha mãe tinha um fraco por sapatos trouxa, eu mencionaria o nome daquela loja, Parda? Prada, talvez.
Eu estava prestes abrir a porta do meu quarto quando minha tia o fez antes de mim.
- Draco.
A suavidade em sua voz muitas vezes era quase tão assustadora quanto o tom mais severo do meu pai. Minha tia era louca, e não me agradava ter que lidar com ela antes das 10:00 da manhã.
- Bella, a que devo a honra?
- O sarcasmo lhe cai com uma luva, mas receio que talvez seja melhor tentar contê-lo na presença do Lorde das trevas. - Sussurou com o seu olhar maníaco.
- E por diabos eu falaria com o Lorde das traves?
- Porque ele está te esperando no salão de festas, querido.
E foi assim que eu troquei minha férias de verão pela missão de me tornar um assassino e de bônus, espionar a ordem.
Eu acho que nunca estive tão ansiosa para ir para A Toca. Minhas férias de verão nunca foram tão frustantes.
Eu havia planejado tudo. Acordaria cedo para correr no bosque perto da minha casa com o meu pai, depois passaria o restante da manhã estudando. A tarde eu dedicaria um tempo para melhorar o meu francês e talvez eu pouco de latim (era muito útil no mundo bruxo). No final da tarde eu ajudaria minha mãe com o jantar e à noite eu poderia ler álgum romance bobo por diversão. Estava tudo planejado. Até Juliette chegar.
Juliette Girard era minha prima materna que viva com sua família na França. Ocasionalmente ela passava alguns dias das férias de verão conosco, ou eu ia vistá-la na França, coisa que eu não fazia há dois anos. Porque Juliette Girard era basicamente insuportável.
Eu costumava dizer que ela era a versão trouxa de uma veela. Alta, loira, meigos olhos azuis, e um corpo deslumbrante, ou seja, linda. Todos a adoravam, todos. Ela sempre conseguia o queria, mesmo sem ser tão inteligente, ela sabia como usar aquele sorriso em seu favor. Acho que por isso eu implicava tanto com a Fleur Delacour.
Falando assim, parece até que eu a odiava, mas a verdade é que eu venerava, porque eu nunca seria como ela. Eu poderia ser tão magra quanto um maneguim de loja, poderia consertar os meus dentes e domar o meu cabelo. Mas eu nunca teria aqueles olhos e aquela essência que fazia com que todos a amassem, e a preferissem.
E por isso eu me esforçava tanto. Eu me esforçava para ser perfeita mesmo sabendo que eu era a personificação da imperfeição. Eu estudava dia e noite para tirar as melhores notas. Usava os melhores sapatos e o meu uniforme estava sempre impecável. Minha unhas estavam sempre intactas e cuidava para que a minha balança me mostrasse números aceitá estava me encaixar.
O fato é passar as ferias competindo e sendo comparada a Juliette não fazia parte dos meus planos, mas aparentemente, eu não tinha escolha. ótimo.
-...e então eu falei "é claro que eu posso dançar os dois! Quer dizer, vocês sabem que quando eu cismo com uma coisa, eu não paro até conseguir.
- Oh, Julie! Eu estou tão feliz por você, seus pais devem estar tão orgulhosos! - Minha mãe falou enquanto esticava a mão sobre a mesa de jantar para apertar a de Juliette que estava ao meu lado.
Juliette dançava em uma escola de ballet muito respeitada em Paris. E agora ela seria a aluna mais jovem a dançar os papéis de Odile e Odette*. É claro que eu estava feliz por ela, mas a forma como meus pais olhavam pra ela me enlouquecia. Meus tios gostavam exibi-la como um troféu, e meus pais nunca poderiam fazer o mesmo.
Eles nunca disseram nada, sempre foram compreensivos, mas eu consigo imaginar como deve ser difícil guardar um segredo como o meu. Desde que eu era criança coisas estranhas aconteciam comigo.
Aparelhos eletrônicos eram um problema no minimo perturbador. E você deve estar se perguntando, como um aparelho eletrônico pode ser um problema perturbador?Bom, eles se tornam um problema quando eles quebram ou diminuem o seu desempenho toda vez que a sua criança o toca.
Era estranho porque bastava tocá-los, como se a minha energia sugasse toda a energia que mantinha um determinado eletrônico funcionando, e até meus pais perceberam que eu era o problema, celulares, tv's e até simples rádios a pilha foram danificados com o meu toque. Hoje eu já aprendi a controlar a minha "energia".
Essa era só uma das dificuldades de ter uma filha bruxa em casa. Não foi nada fácil explicar a todos os nosso famílias que "de repente" eles decidiram me matricular em um colégio interno fora do pais, e o porquê desse colégio nunca permitir que eu voltasse para casa nos finais de semana. O porquê de eu não poder frequentar aulas de ballet como Juelitte, o teatro, ou qualquer atividade extracurricular normal para uma garota de 11 anos.
O fato é que eu era inadequada para minha família, e isso me magoava. Então eu tentei ao máximo me adequar ao mundo bruxo, pra fazer tudo isso valer pena. Se era pra ser uma bruxa, eu fosse a melhor.
Eu estava divagando sobre isso quando Juliette estalou os dedos em minha frente.
- Desculpe, eu estava em outro mundo.
- Eu percebi! - ela riu - Vamos subir, quero te dar uns presentinhos que eu trouxe!
Então subimos para o meu quarto, Juliette estava tirando um presente da mala quando o seu celular vibrou, quando a tela se iluminou eu pude ver uma foto de Juliette ao lado de um rapaz bonito que aparentava ter mais ou menos a nossa idade.
- Ei, quem é esse Julie? - Perguntei apontado para o seu celular.
- Eu estava DOIDA para te contar! Eu esto O. - Dava pra perceber o quanto ela estava feliz pela maneira que enfatizou a palavra "namorando" - Ele é incrível, você não vai acreditar quando eu...
E passamos aproximadamente uma hora falando sobre como Stevan é bonito, inteligente, rico e perfeito. Até o momento em que Juliette resolveu focar em mim.
- Mas e você? - Ela perguntou
-E eu...?
- Corta essa Hermione! Colégio interno, longe de casa...- Ela arqueou a sobrancelha de forma sugestiva.
- Ah, bem...não sobra muito tempo pra essas coisas e...
Ela nem ao menos me deixou terminar.
- Nem pra ficar? - Pude sentir o rubor em minhas bochechas - AI MEU DEUS, não vai me dizer que você nunca ficou com alguém?
- Bom, tecnicamente não, mas...
- Nossa, eu não acredito! Como assim? Você até que é bonitinha...aposto que deve ter alguém interessado em você.
- Ei, qual é mesmo a idade do Stevan?
Esse era o melhor caminho para fugir das perguntas de Juliette, era adorava falar de si mesma, sempre funcionava.
E essas foram as minhas férias de verão em Londres. "Oh, Julie, seu cabelo está tão brilhante." - "Hermione, estuda demais." - "Você acha mesmo que deveria comer todo esse sorvete?" - "Stavan disse que já está morrendo de saudade." - "Bonitinha".
N/A: Então, o que acharam? REVIEWS ;)
