Shouting for love...

Clamando por amor...


Anime: Gundam Wing

Personagens: Duo, Heero, Quatre, Trowa, Chang, Milliardo, ...?(Pode pintar mais)

Classificação: Yaoi, Angst, AU, OCC, Violence, Lemon

Status: Em andamento

Disclamer: ©copyright Bandai Entertainment Incorporated e Gundam Wing © SOTSU AGENCY - SUNRISE – ANB

Nota1: Esta é uma fanfic sem fins lucrativos. Como consta acima, os G-boys não são meus.
Nota2: Espero que vocês não desejem me matar com o enredo desta fic. Simplesmente resolvi dar uma reviravolta nas coisas para e pensa... é acho que eu vou morrer mesmo com esta fic,hehehe

Segue a fic... Boa leitura... COMENTEM


Prólogo

Eu sempre procurei não voltar no tempo, não olhar para trás, não pensar no passado... No infeliz ponto de minha vida que me vi fugindo de tudo que me cercava, de todos que eu conhecia e amava, fugindo desesperado até de mim mesmo.

Já se passaram sete anos, sete longos anos sem que eu conseguisse deixar de lembrar. O que eu mais queria era esquecer, mas isto nunca aconteceu e pelo visto estaria me assombrando até o fim de minha vida.

Atualmente nada espero, nada além de continuar trilhar esta vida destroçada que levo. Não sendo completo, desejando, mas ao mesmo tempo repudiando.

A muito desisti do amor, a muito isto ficou para trás... perdido juntamente com toda a minha inocência, honra, alegria e graça. Porque um bastardo como eu não é digno de ter e sentir um sentimento tão belo que só pertence aos puros. Puros de coração, alma e corpo.

Hoje em mim só existe o corpo, que deixou de ser puro... O coração nunca vibrou como deveria vibrar e minha alma... esta não mais reside dentro de mim.

Muitos me olham, mas ninguém realmente me vê... Muitos me desejam, mas isto é uma coisa que ninguém terá. Não da forma que desejam.

Somente uma pessoa está ao meu lado constantemente. Uma pessoa que não me deixou depois de tudo aquilo. Um amigo que com todo este tempo é o único que sabe como eu realmente estou. Uma pessoa com quem divido não só a amizade e um apartamento, mas também uma relação.

Devem estar se perguntando que se eu não me deixo ser tocado, por que então eu estou em uma relação? Simples, por que ele não me cobra nada e eu também não cobro nada dele. A nossa relação além de tudo é baseada em fortes laços de amizades e vínculos com o passado, mas isto meus caros... vocês vão descobri, afinal minha vida deixou de ser MINHA a muito tempo.


.

Cap I

"Ali... peguem ele, não deixem que ele fuja... Hoje ele será meu a força". Falava um rapaz de cabelos curtos com mexas loiras, corpo de um adolescente de 17 anos, alto e que pelo porte e jeito de se impor, era o líder do bando. Os demais apenas estavam cumprindo as ordens.

"Merda, mil vezes merda... e agora o que eu devo fazer?". Deixava sua voz sair em xingamento da situação que se encontrava enquanto corria que nem um desesperado para salvar sua pele. "Por que ele não me deixa em paz? Merda, eu nunca..." Seu pensamento verbal foi interrompido bruscamente quando deu de encontro com os outros rapazes daquele bando. Seus olhos se arregalaram de tal forma que se fosse possível teriam rolado por seu rosto. E só um único pensamento lhe veio a mente naquele miserável momento... 'Estou ferrado'.

Estava envolvido por cinco garotos de 15 a 17 anos, todos eles maiores do si mesmo, não tinha como conseguir escapar daquela situação, mas não iria deixar barato, não poderia se entregar tão facilmente sem lutar. Seu pai havia lhe ensinado que em momentos críticos era necessário deixar os instintos assumirem os comandos do corpo e quando notou que estava preste a levar um soco, começou a revidar da melhor maneira possível, dando socos e pontapés a esmo para poder acertar algum deles.

Tudo parecia conspirar a seu favor, ninguém passava por perto, nenhum adulto por ali, nenhuma polícia e estava sentido seu corpo cansado a beira da exaustão de tanto tentar não se deixar ser pego por aqueles maníacos.

Infelizmente o cansaço falou mais alto e a batalha travada pelo belo jovem estava vencida... Vencida pelo bando. Seu corpo foi fortemente chutado várias vezes. Chutado pelos que foram feridos, chutado por aqueles que deveriam deixa-lo bem inconsciente...

Na esquina da rua apareceu ele... o líder... Marcel. Seus olhos brilharam de antecipação, um largo sorriso surgiu em seus lábios ao visualizar o corpo caído no chão do jovem que há muito tempo ele desejava ter. Não tinha em mente que fosse necessário chegar a este ponto, mas depois de tantas tentativas frustradas, escárnio e tudo o mais que poderia deixar uma pessoa irritada, vindo de seu alvo de desejo... era apenas questão de tempo de ter o belo jovem em suas mãos, e sim... aquele era o momento e não iria desperdiça-lo, seria ali mesmo e na frente de todos do bando. Queria humilhar, queria deixar a mancha da vergonha estampada naquela bela face e naquele delicioso corpo...

Aproximou-se do corpo estendido no chão segurando com força o queixo, fazendo-o olhar diretamente em seus belos olhos verdes. "Eu disse que um dia você seria meu, não disse Maxwell? Pois bem, agora você vai sentir na pele tudo que eu tenho para lhe dar". Falou olhando os belos olhos ametistas de Duo que estavam oscilando entre nublados de inconsciência e consciência.

Sentia vontade de chorar pelo que estaria por acontecer. Era inocente sim, mas sabia muito bem do que Marcel estava querendo fazer. Aquele loiro sempre tentou, cercou e várias outras coisas para que pudesse colocar as mãos em seu corpo. E agora ele iria conseguir... Por Deus, ele seria... seria violentado ali... na frente de todos e não poderia fazer mais nada, não tinha mais forças e nem conseguia falar sem sentir o gosto de sangue em sua boca.

Quando a consciência ficou um pouco mais clara despertando lhe dores pelo corpo, estava sendo arrastado para algum lugar, mas não conseguia enxergar direito já que os olhos estavam muito inchados.

Sentiu sua roupa sendo rasgada. A fina blusa creme estava com certeza toda manchada de sangue e agora era rasgada deixando a parte superior de seu corpo visível aos olhos sedentos daquele loiro maníaco.

Tentou se debater em vão sentindo as dores pelo corpo quando notou que sua calça estava sendo retirada seguida de sua roupa debaixo. Cerrou os olhos doloridos desejando morrer ou ficar inconsciente para não presenciar aquilo, para não sentir aquilo, mas parece que este desejo não seria atendido. Não era muito crente em Deus, deixou de ser mais depois que sua mãe faleceu, e agora pensava que isto deveria ser algum castigo.

Marcel olhava repleto de luxúria para o corpo a sua frente... todos olhavam, mas ninguém ousaria tocar um dedo em Maxwell, pois se o fizesse teriam que encarar a fúria insana do líder.

O loiro se aproximou mais e mais do rosto machucado de Duo e deixou a língua percorrer o rastro das lágrimas que se misturavam ao sangue que vertia dos finos lábios. "Delicioso... assim como você deve ser por inteiro" Deixou uma risada maldosa surgir enquanto olhava atentamente o medo estampando não só pelo rosto de Duo, mas em todo corpo, que por mais machucado que se encontrava... era lindo e mais lindo ainda vê-lo tenso enquanto o loiro ia abrindo e abaixando sua própria calça.

O que aconteceu em seguida não foi nada agradável, um estupro nunca é agradável há ninguém.

Enquanto Marcel ordenava para que seus comparsas de bando segurassem bem os braços e pernas, estas muito bem abertas, de Duo... o loiro se arremetia bruscamente dentro de Duo, sem se importar que aquela era a primeira vez do jovem, que o ato o deixou sangrando como se estivesse sendo atravessado por uma lança em brasa.

Duo não conseguia gritar, não tinha forças além de chorar e somente Deus sabia o quanto desejava a morte naquele momento a ter que levar a vergonha em sua alma.

Seus olhos perderam todo o brilho a partir daquele momento, toda a alegria, toda a sua pureza e felicidade de um futuro de sonhos. Sua alma parecia que havia fugido de dentro de si só deixando ali o corpo e um coração despedaçados. E isto só se intensificava ao escutar os gemidos de prazer do maldito loiro que estava lhe tomando a melhor parte de sua vida... A sua vida.

Algo aconteceu neste meio tempo que tudo estava ocorrendo, pois quando realmente voltou a si, notou que estava sozinho no canto daquele maldito beco. Pelo visto havia apagado durante o estupro, estava certo que foi somente depois de uma frase do loiro que fez o horror crescer ainda mais dentro de si... "Agora você é meu, marcado para ser meu sempre que eu quiser, Maxwell..." Sim, lembrou-se vividamente destas palavras e foram elas que com certeza o fizeram apagar. Agora além de ter sido usado e abusado por aquele maldito loiro, ele estaria sempre marcado para ser pego por ele... Nunca... Preferiria morrer a ter que passar por aquilo novamente.

Olhou forçadamente ao redor em busca de seus trapos, por uma extrema sorte a calça estava basicamente inteira, já a blusa... Teve que ir lentamente se vestindo, a dor era enorme, os ossos pareciam quebrados, hematomas com certeza surgiriam, mas o que estava dentro de si, este nem o tempo e remédios fariam sumir.

Com uma grande dificuldade começou a se arrastar para encontrar apoio e se erguer melhor. Não conseguia respirar direito, mas tinha que ir tinha que encontrar forças no meio disto tudo e mesmo despedaçado começou a caminhar lentamente de volta para casa.

O caminho que antes seria feito tão brevemente parecia levar uma eternidade. Queria chegar logo em casa e se livrar daquilo tudo, daquela sujeira, sentia-se imundo, sentia o líquido escorrendo por entre suas pernas e sabia que deveria estar visivelmente horrível e manchado. Já era tarde da noite e torcia para que seu pai estivesse ainda fora, mas seria pedir muito se isto realmente acontecesse.

Ao chegar na porta de casa, nem teve tempo de ir aos fundos para entrar sorrateiramente. A porta central logo se abriu deixando um senhor de cabelos castanhos claros e uma feição bastante apreensiva aparecer.

Normalmente Duo deixaria um sorriso aparecer sabendo que iria ganhar bronca, mas não estava para isto e sua pouca visão notou seu pai vindo apressado ao seu encontro antes de ir ao chão.

E só registrou a voz preocupada de seu pai em um sonoro "Duo, meu filho..." antes de se desligar por alguns momentos.

Já dentro da casa, a uma meia luz que envolvia seu quarto, Duo despertou e tentou se mexer. Isto lhe arrancou dezenas de palavras não autorizadas pelo seu pai, de tanta dor. Infelizmente as seqüências de lembranças do motivo das dores lhe fizeram voltar lágrimas em abundância. Era um desgraçado agora, a mancha da família.

"Duo?" Uma voz madura, mas suave soou pelo quarto e com isto o belo jovem se viu retraído e novamente tenso. Era a voz de seu pai, ele estava ali, ele iria o detestar agora. Soltou um pequeno resmungo como se dizendo que estava acordado. "Humm".

Martin Maxwell era um homem exemplar, tanto como pai, como empresário e como fora também com sua amada esposa. Um homem já passado dos trinta anos, mas que com toda seriedade, ainda possuía sua jovialidade. Um homem digno.

"Duo, meu filho... O que realmente aconteceu com você?" Na verdade ele sabia o que tinha ocorrido com seu filho, mas desejava saber pelos lábios de seu próprio sangue. Ele sabia por que ao segurar Duo nos braços antes deste ir ao chão notou as roupas rasgadas e sujas de sangue, mas se desesperou ao ter que retirar a calça de seu próprio filho e constatar que havia mais sangue e fluídos em outras regiões. Poderia parecer uma tortura ter que pedir ao filho para falar sobre o ocorrido, mas era necessário... era preciso encarar isto e fazer Duo encarar também. Sua voz voltou a sair em tom baixo, cauteloso e de forma carinhosa. "Meu filho, por favor... conte-me o que aconteceu. Sou seu pai e nada neste mundo mudará isto, você é sangue de meu sangue, filho da única mulher que amei na vida, você para mim é ela, e assim como eu a amei e amo através de você... eu nunca vou te odiar ou abandonar... Por favor, Duo, por mim, por sua mãe... por você meu filho... diga-me..." Martin estava já sentado na cama com pequenas lágrimas embaçando seus olhos enquanto olhava para o rosto de seu filho que estava voltado para o outro lado fitando a janela.

"Pai... eu quero ir embora daqui, eu sou um desgraçado pai, uma vergonha perante seus olhos..." A voz de Duo saia rouca e entre soluços de uma torrente de lágrimas.

"Nunca meu filho, você nunca será uma vergonha e nem um desgraçado... Não diga uma coisa destas meu filho, eu sempre vou te amar, não importa o que aconteça". Não sabia o que poderia fazer para aplacar a dor que seu filho sentia. Ver-lo se menosprezando por algo que com certeza ele não tinha culpa, era por demais doloroso. Sentia que se não fizesse algo iria perde-lo para uma depressão sem fim, e pensar em perder seu filho, a única pessoa que era capaz de deixar viva sua amada esposa em sua mente, não era uma opção...

"Então pai... me deixa ir embora para longe daqui... não quero mais viver nesta cidade com esta mancha..." Seus olhos estavam inchados e a luz ainda era fraca no quarto, mas o que neles estavam estampados quando disse estas ultimas palavras, era desespero... "Não quero que aconteça de novo... Ele fará de novo pai, eu estou marcado".

Sim, era desespero aquilo que notara em seu filho... Seu único filho estava tentando lhe pedir ajuda para algo que poderia acontecer novamente. "Então meu filho temos que denunciar e..." Sua voz foi interrompida...

"NÃO...não... não... ir embora, sair... por favor..." Não conseguia falar as coisas com exatidão, mas se aquietou quando escutou seu pai concordando de forma apressada para lhe acalmar.

"Tudo bem meu filho, vamos embora, tudo bem... acalme-se por favor... Iremos assim que você conseguir se levantar e andar". Acariciou levemente o rosto de seu filho antes de vê-lo cair em um sono de exaustão. E em um suspiro apenas rogou a Deus e a sua esposa por forças para poder levantar seu filho... a último pedido foi feito em um tom de voz baixa, mas triste... "Minha amada Helen, me dê forças para não deixar nosso filho perdido". Suspirando se levantou deixando o quarto para ir resolver apressadamente a saída deles daquela cidade.

Continua...


Notas? Bom, Duo sofreu esta violação quando tinha 15 anos. Vocês vão notar no decorrer da fic que depois disto muita coisa se alterou e não vou comentar pra não perder a graça, afinal eu quero comentários e o desenvolvimento da fic (apesar de já estar traçada) depende de vocês.

Outra coisa é que por ser AU, OCC, espero que vocês não me matem XDD Já notaram que o Duo aqui possui um paizão e que só infelizmente é órfão de mãezinha?

Qto ao adorado e insano Marcel...(ele é adorado tah, alguém no mundo tem que gostar dele...rs) ainda teremos outras coisas.

Uma dica... Estes primeiros caps estão mostrando uma parte do passado dele, então pensem da seguinte forma... Um pulo de sete anos... Entenderam?

Agradecimento: A Mey Lien, que foi a 1ªpessoa a quem mostrei o esboço desta fic onde só tinha alguns trechos e ela ficou agoniada e mais ainda depois de ter lido o prólogo e o 1°cap. Já prontos.

Oferecimentos: A todas que curtem um angst de GW com Duo e Heero. A Dee-chan(Yaoi-Girl) que voltou pra nós, a Yoru no Yami q sempre me inspira, a tnts escritoras maravilhosas q fazem a minha mente vagar e meus olhos lagrimejarem. Obrigada a tds vcs

Façam uma Youko feliz... Comentem a fic