N/A: Vocês devem estar pensando "que porra é essa de nome de fic?". Tá, depois de muito pensar, de pesquisar na Google algo que envolvesse música, encontrei isso que completa a idéia de que eu estava precisando a respeito de Glee e de tudo que possa envolver minha fic. Não sei explicar muito bem a vocês seu significado, maaaaassss só pesquisar na Google que você entende ^_^
CAPÍTULO 1 – Si Menor *
Brittany ajeitou-se um pouco melhor no sofá, colocando as pernas em cima do assento enquanto mudava de canal, absorta nos próprios pensamentos. Uma jovem de aparentemente sete meses e meio de gravidez, acariciava a barriga, sentada a poucos metros da amiga que dava risada do programa dos Simpsons, onde ela olhava pensativa para fora da janela da sala.
- Nossa, dou muita risada com eles! Você não, Q? - Brittany olha para trás esperando a resposta da amiga.
- Quê? – ela perde o fio de seu pensamento com a pergunta da jovem Cheerio que ainda a olhava curiosa. – O que você disse?
- Se você gosta deles, de Futurama. – Quinn olha para a televisão. Via Homer Simpson bebendo uma cerveja no bar do Moe, arrotando em seguida.
- É Os Simpsons, Britt. Não O Futurama. – Brittany que sorria, murchou voltando a olhar a televisão.
- Mas é muito parecido... – ela disse baixinho.
- Porque é do mesmo criador. – concluiu Quinn.
Brittany concordou com a cabeça com uma expressão de entendimento na face. Quinn continuava olhando para a televisão, mas não prestava a atenção em nada que estava passando, estava tão distraída com o interior de sua mente que não podia decifrar o que Bart falava com Lisa naquele momento e do porquê de Brittany dar risada daquela cena, mas não deu muita importância. Pensava tanto em Finn naqueles meses próximos do nascimento de sua filha, que não teria idéia do que pudesse acontecer na hora em que sentiria toda a dor do parto e ele não estaria lá para segurar sua mão para acalmar toda sua tensão, do grito de incentivo que ele poderia fazer quando a criança estivesse na reta final de sair do ventre dela. Quinn fechou os olhos e balançou a cabeça sorrindo ao imaginar a careta que ele pudesse fazer enquanto gritava em sinal de vibração positiva para ela não sentir tanta dor nos minutos finais de gravidez. Finn fazia falta. E Ela sentia isso. Sentia dor por tê-lo feito de tolo tanto tempo e assumir toda aquela mentira. Queria conversar com ele, dizer que sentia muito por tudo que ele passou, que não tivesse mágoa dela. Mas como?
- Você já teve medo de algo, Britt? – ela perguntou ainda vidrada na televisão sem foco.
- Claro, Q! Tenho muitos medos. Tenho medo de não encontrar um namorado, de errar algum passo no treinamento da Sue e ela me xingar com os olhos esbugalhados até que eles saiam da cara dela.
Quinn bufou.
- Não esse tipo de medo, Brittany.
- Ah – ela começou. – Quando eu tinha nove anos, minha mãe quase me deu uma surra por eu ter quebrado o copo preferido dela, mas então eu corri até meu quarto, fechei a porta e me cobri até a cabeça com meu cobertor para me esconder. Sabe, ainda tenho medo da cara dela quando fica com raiva.
- Sério? – Perguntou Quinn sem muita importância revirando os olhos, mas fez para não magoar tanto a amiga.
- Sim. Depois disso, quando ela vem querer me bater, eu corro para meu quarto e me escondo. Aquele quarto é meu refúgio quando fico com medo ou paro para pensar em alguma coisa.
Quinn piscou duas vezes, como se um lapso surgisse em sua mente, antes de pronunciar algo que fez Brittany levantar uma das sobrancelhas.
- A praça. – Ela levantou de súbito, pegando sua blusa branca de frio.
- Aonde você vai? – Perguntou Brittany assustada. Quinn não respondeu – Mas você está grávida, não pode sair assim.
- Exatamente, Brittany. Estou grávida, mas não estou com algum tipo de doença. – Abriu a porta e saiu, deixando a amiga com os olhos arregalados e sem nenhuma reação.
Angel of mercy
Anjo do perdão
How did you find me?
Como você me encontrou?
Where did you read my story?
Onde você leu minha história?
Pulled from the papers
Puxado dos papéis
Desperate and hardened
Desesperado e endurecido
Seeking a moment every fix
Procurando um momento em cada reparo
Estava escuro pois já se passava das seis, mas as luzes das ruas estavam acesas para iluminar o ambiente. Sabia exatamente para onde estava indo, para onde virar, quantos passos dar. Mas não sabia o que dizer quando chegar. Os passos largos que dava a cansavam de uma forma gigantesca, o peso da barriga dava mais dificuldade para se locomover mais rápido, mas ela não se importava tanto. Ela parou para apreciar o lugar, aquele lugar onde tudo começou. E ela sabia que ele estaria lá porque, como ele sempre dizia, quando sentia medo se refugiava em algum lugar que ninguém o incomodaria e que pudesse se lembrar de coisas boas - e ter pedido ela em namoro naquela praça foi a melhor coisa que ele havia sentido em toda vida.
E ele estava realmente lá, mexendo com a bola de futebol americano com as mãos, sentado e apreciando os próprios pés como fazia sempre quando estava pensativo. Ela respirou fundo ainda ofegante e caminhou lentamente até ele.
- Finn... – Ela sussurrou a poucos metros dele.
O rapaz levantou assustado, ainda olhando para os pés. Estava muito machucado interiormente, Quinn via isso estampado em seu rosto. E a culpada era ela, inteiramente ela.
- Sabia que você estaria aqui.
Ele não respondeu. Colocou uma mão no bolso e com a outra segurou a bola de futebol firmemente, tinha uma expressão tão rude, tão séria que Quinn achou estranho por alguns segundos.
- Se você não quiser que eu fique, vou entender claramente. – Terminou girando os calcanhares e caminhando devagar, deixando-o para trás.
- Por que você fez isso comigo, Quinnie? –Escutou a voz de Finn ecoar em seus ouvidos.
All I wanted to say
Tudo o que eu quis dizer
All I wanted to do
Tudo o que eu quis fazer
Is fall apart now
Desabou agora
All I wanted to feel
Tudo o que eu quis sentir
I wanted to Love
Que eu quis amar
It's all my fault now
É tudo minha culpa agora
A Tragedy I fear
Uma tragédia, eu tenho medo
Quinnie. Esse era o nome dela, fato. Mas Quinnie só saía dos lábios dele quando estava realmente magoado. E tudo que ela fez tinha sido mais que magoá-lo. Era uma mistura de dor e tristeza, como se algo tivesse sido arrancado dele e que não conseguiria mais ser reparado.
Ela girou novamente seus calcanhares encarando-o. Ele levantou lentamente a cabeça para olhar no fundo dos olhos dela. Sim, ela podia ver perfeitamente a tristeza dele naqueles olhos castanhos.
- Finn... - Ela disse novamente.
- Por que, Quinnie? – Ele perguntou de novo.
- Eu...Eu sinto muito. – Começou. Segurava a barriga com uma das mãos, sentia-se enjoada. – Queria que tivesse acontecido com você.
- Mas foi com o Puckerman. – Ele concluiu.
Puckerman. Outra maneira de descrever o modo como ele se sentia. Esse não era o nome dele, claro. Na verdade era Noah, mas a maioria das pessoas o chamavam pelo sobrenome judeu: Puckerman ou Puck para muitos. E para Finn, Puckerman era a maneira que se dirigia a Puck quando estava, não magoado, mas irritado. E ela percebeu que quando ele disse isso, uma raiva crescente pairou sobre ele.
- Eu sinto muito, Finn.
- Você não tem idéia – Ele voltou, ignorando as palavras dela. – Você realmente não faz a mínima idéia do que eu to sentindo por dentro – ele tirou a mão do bolso e depositou-a em seu peito, na região certa onde estava o coração.
Ela sorriu por dentro, contente por ele ter acertado finalmente a região certa onde o coração ficava.
- Eu nunca quis te machucar.
- Mas você fez pior do que isso... – Apertava ainda mais seu peito como se uma dor descomunal o envolvesse. - To sentindo como se tivesse levado uma surra. Jamais pensei em fazer algo assim com você.
- Eu estava bêbada. Não sabia o que estava fazendo. –Porém essa não tinha sido uma frase correta, pois a confusão que sentia em relação a Noah a incomodava o tempo todo.
- Isso não justifica nada.
- Me perdoa. – Ela colocou a mão em seu coração também. Estava tão acelerado que não conseguia descrever se havia parado ou ainda estava pulsando.
- Estou tão....sei lá. – Ele concluiu balançando a cabeça meio atordoado.
- Por favor... – Ela insistiu.
- Como posso perdoar alguém que mentiu tanto para mim? Eu amei essa garotinha, Quinnie – e apontou para a barriga dela. – Como se ela fosse minha. – E apontou para si mesmo com violência. – Como se ela fosse nossa. A nossa garotinha. – Uma lágrima caiu dos olhos dele, seguida por uma outra que desceu ainda mais rápido.
O bebê mexeu na barriga dela. Ela sentiu um arrepio na espinha, pois a criança nunca havia chutado tão forte daquele jeito. Um vazio no peito surgiu do nada. Como ela queria que ele a perdoasse? Fechou os olhos por alguns segundos enquanto uma lágrima solitária descia delicadamente sobre seu rosto angelical.
Angel of mercy
Anjo do perdão
How did you find me?
Como você me encontrou?
How did you pick me up again?
Como você me escolheu novamente?
Angel of mercy
Anjo do perdão
How did you move me?
Como você me moveu?
Why am I on my feet again?
Por que estou sob meus pés novamente?
And I see you
E eu te vejo
- Nós podemos recomeçar. – Ela sugeriu aflita, sabendo da resposta dele.
- Como ela está? – Apontou novamente para a barriga dela, ignorando suas palavras de novo.
Quinn olhou para a própria barriga e para sua mão que a segurava.
- Está bem – respondeu. – Chuta muito, mas a médica disse que isso é natural.
- Sete meses e meio, não é? – Ele indagou.
Ela se impressionou e voltou-se para ele.
- Você está contando?
Novamente ele não respondeu, voltou seus olhares para uma árvore próxima.
- Ainda não associei a idéia de que ela não é minha filha.
Ela ficou boquiaberta. Não pensava que ele estaria tão próximo daquela criança assim.
- Sabe... Foi exatamente aqui que te pedi em namoro. – Ele comentou distraído, girando seus olhos para encarar em volta.
Ela sorriu, também distraída lembrando do momento em que ele parou em sua frente, com seu jeito desajeitado de ser, tocando em sua face e dizendo as palavras que os uniram naquele momento. Outra lágrima caiu discretamente dos olhos dela, deixando registrado que ela destruiu tudo aquilo que eles viveram.
I Fell you
Eu sinto você
Before just the daylight
Antes do dia nascer
Come and I stand by
E eu ir descansar
Waiting to catch the quickest plane
Esperando para embarcar no avião mais veloz
Flying to nowhere
Voar para lugar nenhum
Is better than somewhere
É melhor do que algum lugar
That's where I've been and nothing's changed
Isso é onde eu sempre estive, e nada mudou
- Eu gosto de você ainda, Quinn. E não vou negar isso porque estaria enganando a mim mesmo. – Ele virou para encará-la. Outra lágrima caiu dos olhos dele, assim como dos dela também. Envergonhado, ele abaixa a cabeça para apreciar o chão.
O coração dela apertou ao ouvir aquilo. Como ele conseguiria ainda gostar de alguém que o destruiu quase que completamente? E como esse monstro que o destruiu ainda pode gostar dele também?
- Perdoe por tudo que eu fiz...
Finn inspirou e expirou profundamente ainda sério e tentando conter outras lágrimas que teimavam em cair.
- Eu gosto demais de você, Finn. – Ela sussurrou, mas o suficiente para ele ouvir. – Será que podemos nos apaixonar outra vez?
Houve um silêncio repentino. Ela o olhava em busca de alguma resposta e ele ainda olhava para baixo. A bola de futebol que ele segurava foi solta delicadamente até cair no gramado verde e fofo e, sem esperar, ele correu em busca de seus lábios, segurando sua nuca e tomando o cuidado para não machucá-la com aquele movimento brusco. Tocou sua barriga suavemente e ela colocou sua mão sobre a dele. O bebê chutou novamente, ainda mais pesado do que antes, e Finn pode sentir, assim como Quinn também sentiu. Juntos.
I'm so lost in you
Estou perdido em você
A tragedy seemed to be over now
Parece que uma tragédia terminou agora
A tragedy it seemed to be
Uma tragédia que parecia ser
E sorriram entre o beijo, permanecendo ali, parados, desfrutando aquele momento. Os três.
- E então? – Começou.
- Então o que? – Ele parecia inquieto de estar lá.
- Oras! Não vai me dizer que não sabe por que está aqui? – Era como se fosse a pergunta mais cretina num momento tão óbvio.
- Sei lá. Foi você que me chamou até aqui. É você que tem que me explicar. – Cruzou os braços, encostando relaxadamente na cadeira, virando para o lado, apreciando um bolinho de chocolate na cantina.
- Claro. – Ela abaixou os olhos para o tubo de catchup a sua frente. – Eu vejo que não consegue parar de olhar pra ela. – Concluiu como se aquilo estivesse estampado na cara dele para todo mundo ver.
- Quê? – Ele virou para ela.
- Sei que ama a Quinn, Noah.
- Não é ela. É o bebê. – Atacou na cara dela uma coisa que poderia obter mais lógica.
- Ok. Não é só a preocupação de como ele irá se mexer na barriga dela ou que tipo de doença genética ele poderá ter quando nascer – já que aliança de judeus com não-judeus pode acarretar numa doença hereditária cham...
- Tá, Tá. – Interveio ele sem dar muita importância.
- A questão é: Não é apenas se o bebê vai estar bem, mas sim se a [i]mãe[/i] vai estar. Portanto, de acordo com as análises observadas e seguindo as regras conclusivas disso, você pode até ter um laço afetivo pelo bebê na barriga dela, mas em primeiro lugar é por [i]ela[/i], pela Quinn. Logo, você a ama. – Sua expressão de como se aquela conclusão fosse tão lógica, o deixou ainda mais impaciente.
- Vai dar uma de psicóloga, Rachel? - Se desvencilhou do encosto da cadeira. – Por que não sou o único com problemas aqui, já que depois que o Finn ter rompido com a Quinn, ele nem sequer te chamou para tomar um sorvete.
Ela ficou séria por longos minutos.
- Ele estava machucado por descobrir toda a verdade...
- Verdade essa que você mesma se deu o trabalho de dizer...
- A qual eu nunca teria a coragem de compactuar com essa mentira, que continuou em andamento porque você, ou ela, não tiveram a [i]coragem[/i] de dizer. Mas eu não a culpo, afinal, ela o escolheu para compartilhar sua vida e a do bebê, sabendo que ele era um meio dela se sentir segura. – Suas últimas palavras foram ditas em som meio dégradé.
- Ele nunca será seu, Rachel, entenda isso. – Disse Puck em um tom visivelmente claro.
A sala de ensaios estava vazia por ser uma hora da tarde e a aula começaria às três. Rachel entrou, como de costume, para aquecer seu tom soprano ou outro tipo de tom, assustando-se ao ver Finn sentado em frente à bateria, revirando a mochila a procura de, supostamente, suas baquetas. Ela sorriu meio sem jeito quando ele percebeu sua presença e sorriu também.
- O que faz aqui? – Perguntou sentindo o coração pulsar rapidamente, absorvendo a idéia de que eles estavam lá, sozinhos.
- Pensei em treinar um pouco mais cedo – deu uma batida singela em um dos pratos com as duas baquetas – e tocar bateria.
Rachel assentiu com a cabeça, colocou a mochila no chão, próxima ao piano e caminhou em direção a ele.
- Então assim você pode me ajudar a ensaiar. – Ela afirmou colocando-se ao seu lado.
- Opa, – Finn levanta as duas baquetas para o alto, preparando-se – é só dizer quando Quinn! – Em instantes Finn percebe o que disse e baixou as baquetas lentamente até a altura de suas coxas.
Rachel, que sorria timidamente, emudeceu, baixando a cabeça como se tivesse levado um tapa.
- Você não a esqueceu, não é? – Dizia segura de si, permanecendo séria e de cabeça baixa.
- Não é exatamente assim, Rachel... – Começou ele, olhando para o bumbo a sua frente. – Estou muito confuso com o que estou sentindo.
Ela irritou-se, virando abruptamente, mais séria do que antes.
- Como você pode se sentir assim a respeito de uma pessoa que fez tudo o que fez? Será que você não vê? – Sentia-se tão inconformada com toda aquela situação que, se tivesse coragem naquele momento, daria-lhe um tapa semelhante àquele dia em que descobriu que foi enganada por....Por Finn, quando ele a havia ludibriado, levando-a ao boliche, tentando fazer com que ela voltasse ao Glee Club. Como ela tinha a coragem de gostar de alguém que a enganou uma vez? Apesar dela entender que ele estava sendo pressionado por toda aquela situação de paternidade. Tá, Rachel havia desconsiderado esse fato do passado e considerado o fato de que ele tinha motivos para fazer aquilo. Um ato maduro da parte dele, e que fez seu coração pulsar ainda mais quando este se aproximava. Mas não, naquele momento ela teve a vontade de socar-lhe o rosto para tentar acordá-lo.
- Nós tivemos momentos felizes, não tem como esquecer isso de uma hora para outra. – Respondeu ele, deixando-a ainda mais furiosa. – Não consigo olhar para ela sem ter vontade de chorar, mas também não consigo parar de pensar nela. – Explicou.
Rachel virou para o lado, não queria que ele a visse chorar, tinha vergonha de sentir toda aquela humilhação dentro dela sair. Mas não, ele sentiu. Sentiu a ponto de ficar incomodado por ter dito aquilo.
- Olhe, me desculpe. –Ele levantou, deixando as baquetas no chão, andando até ela. – Estou confuso com tudo, minha cabeça está uma bagunça. Eu só quero... Ficar bem...
Rachel não disse uma única palavra. Afastou-se dele, andando em direção ao seu material deixado próximo à porta, reuniu-o em seus braços rumando até a porta de entrada e saída da sala.
- Mas só consigo ficar bem perto de você. – Terminou.
Rachel parou, ainda com os materiais nas mãos, olhando para trás. Queria encarar-lhe os olhos depois de ter escutado aquilo. Naquele momento ela teve certeza. Finn gostava de Quinn. Mas também gostava dela.
- Só preciso pensar um pouco...Tentar esquecer tudo que está dentro de mim, entende? Não sei explicar muito isso, mas...Mas é isso. – Finn parou por alguns minutos ficando perdido em seus próprios pensamentos.
Foi então que ela teve outra certeza. Ela e Finn eram parecidos a respeito do amor, pois você não escolhe quem ama, apenas...Ama. Ignorando alguns fatos, colocando-se no lugar da pessoa, imaginando positivo a respeito do problema que esta ocasionou, compreendendo o porquê dela ter feito aquilo.
O amor, você – simplesmente - ama e ponto final.
-Você não sabe de nada, Noah. – Enfatizou ela. Puck revirou os olhos sem se importar com a resposta. – Mas não vim aqui para falar com você sobre isso. Vim lhe fazer uma proposta.
A expressão sem importância mudou para uma de curiosidade e seriedade.
- Que proposta? – Agora o sorriso de malícia surgiu com tanta rapidez, quando este se aproximou lentamente do rosto de Rachel, que conseguiu sentir o hálito quente vindo dele, porém ela permanecia ali, sem mover um músculo. Com firmeza ela o afastou com uma das mãos, se recompondo suavemente da posição em que estava.
- Você quer a Quinn, não quer? - Disse baixinho para que só ele pudesse ouvir. – E eu quero o Finn. Sugiro que eles nos vejam juntos.
- Então posso reviver aqueles momentos que tive com você? – Se ajeitou um pouco melhor na cadeira para apreciar ainda mais seu rosto com uma sobrancelha erguida e um sorriso maldoso no canto dos lábios.
Rachel revirou os olhos enojada com tamanha ridicularidade da parte dele.
- Não pense que estou realmente [i]gostando[/i] da idéia. – Acrescentou ela, fazendo com que abaixasse a sobrancelha. - Só acho que assim poderíamos causar ciúmes a eles, já que voltaram a namorar. – relembrou um pouco cabisbaixa.
"E por que eu aceitaria uma proposta vindo dela?", pensou.
Os verdes seguiram os claros cabelos dela, da mesma forma que seguiram sua pele branca e suave como a de um Anjo. Mas anjos podem se transformar em demônios. E ele sabia disso, já que essas duas características se misturavam no ser de Quinn Fabray. Roupas e fisionomias de anjo, porém personalidade, rispidez e malícia de um demônio. Mas ali, parada, sentada em um canto semi-isolado do New Directions, com as mãos apoiadas naquela barriga perceptível de grávida, fez perceber que ela havia deixado algumas de suas características de demônio para dar lugar à sensibilidade e tristeza de um anjo que não conseguia mais subir aos céus e sentir-se acolhido perto de seus semelhantes.
Sim, Quinn Fabray estava despedaçada e Puck sabia disso mais do que qualquer um quando olhava para ela a cada minuto que iniciava os ensaios.
Mas ele não conseguia ficar lá, sentado sem fazer nada, só apreciando sua expressão entristecida, separada dos outros que tentavam distraí-la diante daqueles acontecimentos ocorridos, – com exceção de Finn que desviava o olhar quando passava ao seu lado – procurando alternativas para ficarem próximos a ela ou conversarem poucas palavras – apesar dela dar muitas respostas atravessadas quando eles tentavam puxar algum tipo de assunto que não era de seu interesse ou que incomodava.
"Talvez seja o motivo deles recuarem um pouco.", pensou o rapaz.
Mas não podia deixar ela lá, encolhida naquele canto. Essa não era a Quinnie que conheceu.
- Hey. – Ele disse caminhando lentamente até ela.
Ela não respondeu, continuou a olhar para o piano pensativa.
- Sei que você não quer muita conversa comigo e eu entendo isso. Mas não agüento te ver assim, Quinnie.
- E como você quer que eu fique? – Ela voltou-se para ele suavemente. – Fingindo que nada aconteceu, é isso?
Ele abaixou a cabeça pensativo.
- Só quero...Só quero te ver bem. Só isso. – Respondeu, sentindo um aperto forte em seu peito. – Quero ficar perto de você, será que não entende?
- E ficar transando com outras quando eu ficar sem vontade de transar? – Bufou baixinho, balançando a cabeça inconformada. – Não sou seu cachorrinho, Puck.
E aquilo bateu como luva na cara dele. Se ele não tivesse essa vontade insaciável por sexo, mulheres e diversão! Teria que mudar muito para conseguir o respeito de Quinn de volta – mesmo ele sabendo que ela nunca confiou muito nele.
- Eu perdi tudo. – Começou ela. – Perdi a confiança do Finn, a segurança que ele me passava. Tudo.– Ela balançou a cabeça novamente, tentando tirar aqueles pensamentos de sua mente.
Finn. Sempre a merda do Hudson. Será que ele possuía algum mel, feitiçaria ou sei-lá-o-que para conseguir conquistar todas que ele se sentiu atraído? – Sim, ele havia se sentido atraído pela patética – patricinha – com – roupas – da - avó, Rachel Berry. – Porém, acreditou que era a inocência de Finn que conseguia dar esse efeito nas garotas. Aquele meio termo de inocência que tinha, com uma pitada de trapalhadas, seriedade e ignorância. E apesar de tudo, Quinn gostava disso.
-Gah. – irritou-se ele. – O que ele tem que eu não tenho?
Quinn respirou fundo com os olhos fechados.
- Fidelidade. – Respondeu.
Ele voltou a olhar pensativo para ela. Fidelidade. Era isso que ele não conseguiria ter, mesmo se ele quisesse. Porra, como ele não conseguia fazer isso por ela? Precisava mostrar isso de alguma forma para ela, para que com isso ela conseguisse vê-lo com outros olhos – aqueles mesmos olhos de quando ela o chamou para servir de babá para os filhos da irmã da Mrs. Schue.
- Quero cuidar de nós três, Q. Me dê alguma chance. – Insistiu ele.
- Fidelidade, Puck. É algo difícil de se conquistar...E queria muito isso em você. – E saiu, levantando-se com dificuldade, dirigindo-se aos companheiros do Glee Club, ao lado de Brittany, deixando Puck envolvido em seus próprios pensamentos.
Então ele concluiu. Quinn gostava de Finn pela fidelidade, confiança e segurança que ele passava. E isso era algo que Puck precisava fazer para não perder Quinn definitivamente. Para não perder o resto do amor que ela tinha por ele – pois sabia disso. Sentia isso vindo dela quando se encontravam e aquele calor invadia o corpo de ambos.
- E então? – Perguntou Rachel encarando aqueles olhos verdes fixos aos castanhos dela.
- Fechado.
*Si Menor:(abreviatura no sistema europeu Si m e no sistema americano Bm) é a tonalidade que consiste na escala menor de si, e contém as notas si, dó , ré, mi, fá , sol, lá e si. A sua armadura contém dois sustenidos. A sua tonalidade relativa é ré maior, e a sua tonalidade paralela é si que si menor está estreitamente vinculado a ré maior, uma tonalidade muito comum, não é tão usada como tonalidade principal na música clássica. Si não é uma corda ou um harmónico natural em nenhum instrumento, excepto em alguns contrabaixos com 5 cordas com uma corda extra de si música barroca, si menor foi considerada como a tonalidade do «sofrimento passivo».É uma tonalidade comum na música rock, folk, country e outros estilos guitarrísticos.
COMPOSIÇÕES:"Hitchin' a Ride" - Green Day;"Hurt" - Nine Inch Nails; "Hotel California" - The Eagles; "Kryptonite" - 3 Doors Down; "Last Resort" - Papa Roach E OUTROS.
