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Ela abre a porta do bar presa em suas memórias, cansada, judiada pelos seus dias de solidão, pensava em como a sua vida havia se tornado tão miserável e solitária para uma mulher de sucesso como ela. Ser uma diretora de um hospital para muitos é algo incrível, mas não ter ninguém para falar sua rotina, ninguém para beijar e chamar de seu, no fundo ela trocaria qualquer coisa para poder viver um romance Shakespeariano naquele momento. Amor? Será que isso era realmente possível, será que não era mais uma utopia que inventaram para vender produtos no dia dos namorados? Ela estava vencida pela desilusão. Senta no balcão do bar e sorri para o barman.

Joe: Dra. Cuddy, o que a senhora gostaria?

Cuddy: Martini, por favor.

Cuddy bebe seu drink pensando no que havia se tornado, por que não conseguia ter um momento de paz? Será que era tão velha para ser amada? Será que seu destino era ser uma eterna infeliz nos seus relacionamentos? Ela se questionava, ao momento que estava absorta em seus pensamentos, a melodia que estava sendo cantada entrava em sua mente parecendo uma trilha perfeita para seus dilemas.

Que maravilha só precisava disso para aumentar minha deprê... Pensava ela. Mas a música era tão bonita e tão melancólica que ela se sentiu cada vez mais atraída por ela, mas Cuddy não estava lá para apreciar música, mas sim para ter um momento só para ela, preparando-se psicologicamente para mais uma noite em seu quarto vazio e solitário. Ela bebia cada vez mais e cada vez estava no seu mundo interior, mas a música estava cada vez mais presente. O público do bar estava hipnotizado pela melodia e também pelo belo cantor que cantava com emoção como se vivesse aquilo que estava cantando, a música falava de desencontro, algo que Cuddy conhecia muito bem em sua vida esta por sinal era cheio delas.

Moça: Joe onde você encontrou esse cantor? Ele é muito bom e muito lindo.

Joe: Ele vem cantar aqui às vezes, ele é um freguês aqui do bar.

Cuddy ficou prestando atenção na conversa, realmente o cantor era muito talentoso, mesmo que ela ainda não tivesse se indignado a olhar quem era, sua voz e seu modo de cantar eram maravilhosos.

Moça: Por que você não o contrata, ele iria fazer um grande sucesso, além de chamar várias garotas para o local, olha quantas estão loucas por ele.

Joe: Eu já pensei nisso, mas ele já tem um bom emprego, duvido que queira trocar para ficar cantando na noite, como eu falei as vezes ele vem e pede para tocar algumas músicas e vai embora.

Moça: Que pena, mas o que ele faz?

Joe: Ele é médico.

Cuddy se interessou pelo assunto e perguntou: Médico?

Joe: Sim Doutora, acho que ele trabalha no seu hospital, você não o conhece?

Cuddy se vira para ver quem era a pessoa dono das melodias que a havia cativado tanto como se soubesse o que ela estava pensando, ao olhar para o pequeno palco em um canto discreto do bar viu pela penumbra a silhueta de um homem jovem com os cabelos poucos longos, dedilhando notas suaves em um violão elétrico em tons românticos, ela ao firmar o olhar surpreendeu-se com que era, nunca imaginava que alguém como ele poderia ser assim. Ela observa cada gesto do cantor que até o momento estava tão dentro da música que era como não houvesse ninguém mais em volta, suas letras eram únicas e pelo jeito deveriam ser composições próprias porque ela não identificava nenhuma composição, mas a cada melodia era como se ele a conhecesse como ninguém. Ela estava cada vez mais admirada com a performance dele, agora ele estava terminando uma música sendo aplaudido por todos que estavam ali se deliciando com as belas músicas que já pediam bis, ele estava agradecendo quando seus olhos encontraram os de Cuddy, ela sorri e levanta seu quarto copo de Martini para ele como se estivesse brindando, ele sorri em retribuição. Olha para publico e pega mais uma vez o violão chegando ao microfone fala: Essa última canção vai para Dra. Cuddy.

Todos olham para ela que um pouco envergonhada sorri, ele começa a cantar como se estivesse cantando só para ela, ninguém nunca havia feito isso para ela pensava a médica, mas naquele momento ela deixou sua auto-piedade de lado e se permitiu simplesmente curtir a música cantada em sua homenagem.

Moça: Você é uma mulher de sorte! Quantas gostariam de estar no seu lugar!

Cuddy sorrindo: É verdade, mas não é isso que você está pensando, ele é meu funcionário.

Moça: Se eu tivesse um funcionário lindo como ele, já estaria presa por assédio sexual.

Cuddy sorriu pelo comentário realmente achava ele bonito, mas não o reparava como um homem, quer dizer como um homem desejável para ela, para ela, ele não passava de um médico talentoso, não imaginava que ele poderia ter outros talentos como este de cantar com a alma parecendo que lia os sentimentos das pessoas, seduzindo cada um, seja mulheres ou homens que estavam no local com suas melodias, realmente se uma lição que ela aprendeu naquele momento era que não se pode julgar um livro pela capa. Ele agora terminou a canção sendo aplaudido por todos agradeceu pela recepção das pessoas que estavam ali o escutando, guardou os instrumentos e se dirigiu até o balcão.

Joe: Se você continuar vindo aqui eu vou ficar rico.

Ele simplesmente sorri e pede uma cerveja, ele olha para Cuddy que parecia estar vendo outra pessoa, não acreditava que aquele cantor talentoso era um de seus funcionários. Ele sorri para ela e pergunta se ela gostou da canção.

Cuddy: Você poderia ficar rico cantando, eu adorei, não sabia que você cantava tão bem, Chase.

Chase: Têm muitas coisas que ninguém sabe Dra. Cuddy, eu sempre gostei de cantar é um modo de colocar as emoções para fora.

Cuddy sorrindo: Pelo jeito emoções não faltam para você colocar para fora, você canta com alma, mas as músicas têm uma carga de tristeza muito grande, alguma desilusão?

Chase: Todos nós temos não é verdade, mas só uma pessoa que passa por isso para entender, pelo visto estás no mesmo barco.

Cuddy com um sorriso melancólico: Eu não sou só a Dra Cuddy, reitora e diretora de hospital Chase, eu também sou a Lisa, uma mulher solteira que passou dos quarenta que queria ser mãe, que tem seus desejos e sonhos muitos deles não concretizados.

Chase: Todos nós temos frustrações nessa vida, é por isso que gosto de cantar é um modo de colocar isso para fora, mas uma coisa que eu aprendi tanto com a música como com a vida é que tudo que acontece conosco acontece porque permitimos, você com todo respeito é uma mulher linda e desejável, só tens que se permitir ser feliz por um momento que seja.

Cuddy sorrindo: Você está poético hoje, eu não conhecia esse seu lado.

Chase debochadamente: É eu tenho os meus momentos.

Cuddy pede mais uma dose de sua bebida enquanto Chase pega mais uma cerveja, eles conversavam sobre tudo exceto sobre o hospital, no fundo os dois não queriam trazer seus fantasmas para uma conversa que estava sendo para surpresa dos dois muito agradável, eles falavam sobre trivialidades, do que gostavam ou não, de relacionamentos, enfim de tudo um pouco. Ambos não acreditavam na pessoa que estavam realmente conhecendo, para ele Cuddy não passava de uma chefe carente que era conivente com House, para ela Chase era um médico talentoso, mas imaturo, algo que os dois viram que não era bem assim. Eles estavam entretidos com a conversa com as descobertas que estavam fazendo, até que foram interrompidos pelo garçom.

Garçom: Senhor, aquela moça pediu para eu entregar essa cerveja ao senhor e pediu que se possível senhor fosse falar com ela.

Cuddy: Parece que você arranjou uma fã.

Chase: É o que parece, Dra Cuddy, me dá licença só por um segundo que eu vou pelo menos agradecer a bebida.

Cuddy acena com a cabeça e Chase vai até a mesa sendo observado pelo olhar atento da médica, Cuddy olhava o modo cordial que ele falava com a moça e o modo que ela o devorava com os olhos, ela a vê falando algo para ele que o faz ri, nesse momento ela senti algo estranho como se estivesse perdendo alguém, talvez aqueles minutos com Chase fossem em meses os momentos mais agradáveis que ela tivesse tido, mas como ela mesmo pensava, ele merecia se dar bem nessa noite, ela naquele momento tornou-se um torcedora dele. Ela pede mais um drink e mais um momento fica observando o médico, pensando por que aquilo não acontecia com ela? Será que realmente era como ele falava, ela não permitia ser feliz nem que seja por um momento? Ela toma sua dose de uma só vez, deixa o dinheiro na mesa e sai sem se despedir. Agora ela estava na rua, esperando um táxi na madrugada, triste, pensando que depois daqueles momentos iria voltar para casa e enfrentar a solidão mais um vez por mais uma noite, ela deixa uma lágrima escorrer de seus olhos, foi quando ela é despertada de seus pensamentos por um toque delicado em suas costas.

Cuddy: Chase, o que estás fazendo aqui?

Chase: Eu vi você saindo, fiquei preocupado, você bebeu bastante.

Cuddy sorrindo: Eu vou pegar um táxi.

Chase: Negativo, eu te dou uma carona.

Cuddy sorriu, realmente esse australiano a surpreendeu, ela acenou com a cabeça aceitando a carona, eles se dirigiam para casa de Cuddy conversando sobre a noite que fora muito agradável, Chase sorria e fazia gestos que Cuddy começou a achar sexy, algo que ela estava se repreendendo por pensar, já ele sempre achou a chefe uma mulher bonita, mas como sempre viveu na função de sua paixão por Cameron não havia percebido como ela era uma mulher atraente e ao mesmo tempo carente, o que fazia ela se tornar mais interessante. Eles param na frente da casa de Cuddy, ele como um verdadeiro cavalheiro sai do carro e abre a porta para Cuddy, ela fica maravilhada pelo gesto.

Cuddy: Acho que você está merecendo um aumento.

Chase: Olha que vou cobrar.

Ambos sorriram, ele a acompanhou até a porta e esperou ela abrir para certificar-se que ela estaria bem, depois de abrir a porta Cuddy olha novamente para Chase que sorriu para ela.

Chase: Bom doutora está entregue.

Cuddy: Obrigado Chase, por tudo, pela carona, companhia e principalmente pela música.

Chase: Não precisa agradecer, você foi uma ótima companhia também.

Cuddy e Chase se abraçam para se despedir, nesse momento Cuddy sente o cheiro do perfume dele, o calor do corpo do médico fez com que um arrepio percorresse o dela, ele por sua vez sentiu que ela estava diferente.

Chase: Cuddy você está bem?

Ela simplesmente o olhava fixamente, com um olhar intenso, o fazendo ficar pouco apreensivo, quando ele ia perguntar mais alguma coisa ele é interrompido por um beijo intenso, Cuddy em um impulso pegou a cabeça do médico fazendo com que seus lábios se encontrasse, ele ficou assustado no inicio, mas não resistiu por muito tempo, logo correspondeu o beijo com desejo trazendo o corpo dela para perto do seu, ela por sua vez não imaginou que ele além de um ótimo cantor poderia beijar divinamente bem, eles beijaram-se até ficar sem ar, quando isso aconteceu ambos ficaram se olhando, mas Chase não queria se machucar mais uma vez.

Chase: Cuddy me desculpe, eu não devia, você bebeu demais, me desculpe.

Cuddy: Eu não estou bêbada Chase, você por acaso está com medo de mim?

Chase: Eu já tive uma experiência com alguém que não estava lúcida (fazendo aspas com os dedos), não quero que amanhã pareça que eu tenha me aproveitado.

Cuddy: Eu já disse que não estou bêbada, e mais uma vez, você está com medo de mim?... Falava arqueando a sobrancelha.

Chase: Não estou com medo de você, na realidade estou com medo de mim mesmo, por que estás fazendo isso doutora.

Cuddy: Estou me permitindo ser feliz nem que seja por uma noite, e me chame de Lisa.

Chase não resiste e a beija novamente agora com mais intensidade surpreendendo Cuddy, no meio do beijo ele fala: Pode me chamar de Robert... Ela sorri e torna a beijá-lo, os beijos se tornavam cada vez mais intenso com o passar do tempo, Cuddy puxa Chase para dentro da casa conduzindo o para direção do seu quarto, ele a pega no colo e adentra o recinto colocando ela na cama sem ainda deixar de beijá-la, Cuddy se deliciava com os momentos que estava vivendo, ela o puxa para perto beijando seu pescoço enquanto com as mãos desabotoava sua camisa, ele por sua vez fazia o mesmo com ela, depositando beijos e mordidas suaves no lóbulo da orelha da médica fazendo a mesma sentir arrepios, depois Chase a deita na cama, percorrendo com a boca o caminho do seu colo, ao mesmo tempo que a beijava ele tirava seu sutiã fazendo Cuddy delirar com a habilidade dele, ele passava os lábios nos seios dela, fazendo o percurso com as mãos de sua cintura até seu rosto, ela por sua vez chupava os dedos dele fazendo o delirar, depois de um tempo nessa brincadeira, falando em como ela era linda, Chase percorre o corpo de Cuddy mais embaixo com beijos e caricias tira a saia dela, por um momento ele para e fala.

Chase: Você é perfeita.

Cuddy sorri e puxa ele pela calça fazendo com que ele caísse ao seu lado, ela sobe para cima dele e fala que agora era a vez dela, ela começa a beijá-lo, percorrendo com a língua seu pescoço até seu abdômen enquanto ele acariciava os cabelos dela, Cuddy abre o cinto dele e começa mordiscar a cintura dele, enquanto tirava sua calça, ela passa a mão pelo membro de Chase fazendo ele sentir um arrepio algo que foi percebido por Cuddy que sorriu, Chase a puxa pelos braços fazendo ela deitar-se por cima dele, assim começa percorrer com as mãos toda a extensão do corpo dela, Cuddy estava sentindo o calor percorrer seu corpo e a cada momento que ela sentia o "desejo" de Chase crescer mais ela o queria, Chase agora a troca de posição ficando por cima, num impulso ele tira a calcinha dela e começa a beijar as pernas dela, percorrendo o caminho até o intimo da feminilidade de Cuddy entre beijos e língua, fazendo ela sentir sensações que nunca havia sentindo. Não resistindo mais de desejo ela pega os cabelos dele e dita o ritmo dos carinhos íntimos que queria, quando estava chegando ao êxtase ela o puxa trocando novamente a posição retribuindo a "gentileza" dele, fazendo com que ele também experimentasse sensações indescritíveis, ela sentiu o tamanho do seu desejo por ela, não resistindo mais ela o olha e este como se entendesse o pedido dela a deita novamente na cama preparando para penetrá-la, quando isso aconteceu, a excitação para ambos foi indescritível, com movimentos suaves regados a beijos e palavras de carinhos não demorou aos dois chegarem ao êxtase juntos. Exaustos pelo "exercício" adormecem abraçados.

Na manhã seguinte os raios do sol já adentravam o quarto fazendo com que Cuddy acordasse se deparando com o corpo nu ao seu lado, ela simplesmente sorriu se lembrando da noite maravilhosa e inusitada que tivera e principalmente pela lição que aquele homem ao seu lado deu a ela, realmente às vezes temos que nos permitir ser feliz nem que seja por um momento, ela alisa o cabelo de Chase fazendo com que este despertasse.

Chase ainda sonolento: Bom dia doutora Cuddy... doutora Cuddy!... Agora bem acordado com cara de assustado e falando todo atrapalhado: Nós fizemos sexo, quer dizer eu sei que fizemos sexo, mas não queria abusar de você, não que eu não quisesse você, quer dizer com todo respeito, você é linda, ai meu Deus eu não estou falando coisa com coisa.

Cuddy ainda deitada ao lado dele ria do jeito envergonhado de Chase: Robert cale a boca... Ela chega perto e dá um beijo na boca dele, depois se enrola no lençol e diz sorrindo: Vou fazer um café para nós, você pode ficar bem quietinho ai, quero você bem disposto para logo... Ela estava na porta quando se torna a virar para Chase: E mais uma coisa, eu já falei meu nome é Lisa.

Chase sorrindo: Ok, Lisa estarei te esperando.

Ela sorri e parte para cozinha deixando Chase pensativo e sorridente: Lisa... Por que não

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Nota do autor:

A – Huddys e Chamerons não me matem, eu sempre tive a curiosidade de fazer uma fic sobre esses dois, pode parecer loucura minha, mas acho que eles combinam por isso fiz um oneshot, se gostarem da idéia posso fazer mais alguns capítulos, mas acredito que muitos vão torcer o nariz para esse casal, o que eu acho uma pena.

B – Quem quiser mandem reviews dizendo o que acharam, eles serão bem vindos.

C – House MD e seus personagens não me pertencem.