Essa oneshot é baseada numa fanart, é só seguir as instruções:
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Ele não parecia tão poderoso e ameaçador quando dormia, muito menos quando tinha um bebê aconchegado em seu ombro. Quando Naruto se sentou na cama, o pequeno Kai abriu seus olhos preguiçosamente, o menino era muito parecido com Sasuke, tendo herdado apenas seus olhos e as marquinhas na bochecha.
- Seu Uchiha ainda está muito fraco. – Kurama avisou, a voz poderosa era desaprovadora.
- São as restrições no chakra. – Naruto respondeu, calmo.
- Ninguém pode viver com o chakra restrito dessa maneira. – Kurama insistiu.
- Sakura garantiu que ele tem fluxo suficiente para ser saudável.
- Você pode fechar o punho ao redor da areia, mas ela vai continuar te escapando entre os dedos. – Kurama disse, terminantemente.
Naruto soltou um suspiro e se inclinou para beijar Sasuke suavemente nos lábios, coisa que o fez acordar, a mão do Uchiha voou até o rosto de Naruto, e o loiro não evitou a bofetada mesmo podendo. Os olhos negros eram frios como gelo e o desprezo continuava ali, assim como o silêncio.
- Não devia deixá-lo dormir com você, ele vai acabar mimado. – Naruto disse, acariciando os cabelos de Kai e fazendo caso omisso da ardência em seu rosto.
Sasuke continuou sem proferir palavra, era assim desde que tinham feito os rituais que selaram o chakra do Uchiha de tal maneira que o impedia até mesmo de ativar seu sharingan, eles ainda nem sabiam que o moreno estava gestando, fato que só apareceu depois, quando ele colapsou, os selos ainda brilhavam em suas costas como marcas de queimadura quando foi levado para Tsunade. A restrição era uma imposição do conselho dos Kages, era a única maneira de evitar a execução de Sasuke, que era demasiado similar a Madara e Obito, os dois carrascos de centenas de ninjas. Mesmo sendo Hokage, Naruto não podia ir contra todos eles, a menos que quisesse outra guerra. Sua decisão de proteger o companheiro o tinha obrigado trair a confiança do amante recém conquistado, uma confiança que nunca mais teria de volta. Os três viviam no antigo bairro Uchiha, a casa e a prisão de seu último herdeiro.
- Você vai ter que falar comigo um dia… com alguém, não pode passar o resto da vida sozinho. Sempre tem uma maneira, um caminho…
O moreno arqueou uma sobrancelha.
- Eu te amei um dia, talvez mais do que te odeio hoje, mas não se preocupe, sou muito bom em deixar meu ódio crescer.
- Uchihas não perdoam. – Kurama disse em sua mente, numa mistura de pena e praticidade.
- Eu já sei. – Naruto respondeu aos dois, com voz cansada.
