Aproveitei que não era minha vez de correr em volta da casa dos sanguessugas e resolvi dar uma volta. Sai correndo pela floresta. Depois que eu já estava à uma distância relativamente grande, me permiti chorar. Isso porque eu não queria que ninguém me visse assim. Não a "garota-lobo". Nunca ela.
Correndo pela floresta, eu podia me libertar, ser eu mesma.
Tudo porque eu havia me apaixonado novamente, agora pelo meu Alfa. Não bastasse eu ter sido trocada pela Emily da primeira vez, não. Claro, eu tinha que me apaixonar por ele. Ele, tão machucado quanto eu. Primeiro, a recém-nascida sanguessuga da Bella o trocou pelo Cullen. Ele sofreu, como eu sofri pelo Sam. Ambos machucados profundamente.
As lagrimas corriam soltas pelo meu rosto e eu não tinha nenhuma intenção de parar-las.
Mas agora, que eu achei, tive a ingenuidade de pensar que juntos, nós poderíamos curar as nossas feridas, ele teve que ter a maldita impressão com a filha aberração da recém-nascida!
Cheguei a uma pequena cachoeira que existia ali nas terras dos Cullen's. Sentei em uma das pedras e me permiti ficar ali chorando.
Agora, que eu tinha a minha chance de recomeçar, de tentar ser feliz - sim, porque eu tinha que ter esse direito - ele teve a impressão com a bebê monstro e agora a seguirá por aonde ela for. E eu, que larguei o meu bando, minha mãe, vou ficar aqui, mais uma vez abandonada. É tão doloroso como ficar ouvindo os pensamentos do Sam em relação a Emily.
Passos na floresta. Enxuguei as lagrimas correndo. Uma voz:
- Leah?
Eu nunca precisei me virar para reconhecer essa voz. Não a dele.
- Diga Jacob.
- Leah, o que você tem?
- Nada ôh poderoso Alfa.
Ele nunca entenderia. Mesmo se eu lhe contasse ali, tudo o que eu sentia. O medo de perdê-lo. Ele nunca seria capaz de entender. Tudo porque ele já tem a sua impressão.
- Você tava chorando?^
- Não!
- Hm, certo, o que quer que seja, se precisar eu vou estar aqui. - disse me abraçando.
Tudo isso ele achando que ia me fazer sentir melhor. Achando que estava me apoiando. Idiota. Se ele soubesse o quanto sentir seu calor e seus braços quentes em volta de mim tornava tudo muito mais doloroso. E antes mesmo que eu percebesse, eu comecei a chorar novamente.
- Leah... Leah, você esta chorando?
- Claro que não, eu apenas...
Mas ele me calou. Calou-me apertando mais o abraço que ele me dava. Tentando me reconfortar.
- Leah, o que está acontecendo com você?
- Nada, é saudade da minha mãe, só isso.
Eu precisava mentir. Eu precisava esconder dele. Mesmo que ele soubesse ali, tudo o que eu sentia, assim que os sugadores de sangue fossem embora, ele iria junto.
- Tem certeza? Mesmo?
- Claro que sim! Já te falei. Agora vai, me deixa sozinha aqui.
Eu precisava mais do que tudo ficar sozinha.
- Então ok. Qualquer coisa... hm, bem chame.
E então, o motivo e a solução de toda a minha dor e desespero virou-se e foi embora. Provalvemente para ver a bebê monstro.
Eu continuei ali, apreciando a vista por mais um bom tempo. Talvez, alguns um dia, quando eu contar essa história, me chamem de covarde, falem que eu deveria ter contado para ele e tentar conquistá-lo. Mas nem todas as histórias tem finais felizes.
Primeira fic!
Depois de ler algumas fics deles, eu tive que fazer uma!
Mereço reviews?
Beijos
