Disclaimer: Nenhum dos personagens abaixo me pertence. É tudo da genial JK malvada...rs

Medo. Essa foi a primeira coisa que Draco Malfoy se lembrava de sentir. Não tinha mais do que sete anos e todos os dias tinha aulas de prática mágica, que eram dadas por sua mãe, pela tarde. Eram horas tortuosas em que ele se sentava na biblioteca defronte a ela, numa cadeira tão grande que serviria de certo de cama para o menino. Sua mãe era uma mulher rígida, endurecida pelos anos. Submetia-se a seu marido em quase todas as situações, exceto quando se tratava de seu filho. Possuía um zelo exagerado pelo menino, mas isso não a fazia mais doce ou carinhosa; apenas mais obcecada.

Lúcio Malfoy nunca foi o exemplo de um pai zeloso. Cada deslize do menino era punido com crueldade e Lúcio sabia ser cruel, se querem saber. Mas o garoto o admirava. De um jeito caótico e distante o pai era seu herói. Rico, famoso, bem sucedido, amante das artes das trevas e servidor fiel de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Draco não era exatamente o tipo de garoto em que as pessoas gostavam de apertar as bochechas. Isso se supondo que ele tivesse bochechas. Era franzino, amarelo, muito pálido, arrogante e mal-humorado. Exatamente o que costumavam chamar de mal criado; mas é claro que ninguém falava isso a frente de seus pais. Malfoys nunca inspiraram críticas, afinal.

Naquele dia saíra da aula como em todos os outros: a orelha um pouco dolorida pelos puxões da mãe, mas nada a que ele não estivesse acostumado. Ele foi andando pelos corredores extensos, em direção a sala de jantar. Era hora do lanche e ele não deveria se atrasar, mas uma coisa muito interessante o deteve pelo caminho: A porta do escritório do pai estava aberta. Aquele era o local proibido, onde ele nunca entrava, nunca parava em frente, nunca podia sequer observar a porta por muito tempo. Às vezes, quando o pai estava num raro dia bom e o ensinava algo interessante, ele ficava devaneando que coisas interessantíssimas deveria haver no escritório. E aquela era sua chance de vê-las; entrou silenciosamente num cômodo de paredes escuras, algo entre o cinza e preto, com uma grande poltrona no meio; mas havia coisas horríveis nas prateleiras. Dezenas de objetos estranhos, de toda a sorte e cor. Alguns pareciam inofensivos, mas outros pareciam ter saído de um filme de terror. Essas ele preferiu nem olhar. Aliás, ele não quis olhar mais nada. Simplesmente fechou a porta e saiu correndo.

- Onde você esteve Draco? – Sua mãe perguntou, já sentada à mesa, em uma atitude muito formal.

- Eu fui ao quarto lavar o rosto mamãe – Mentiu rapidamente ele, um tanto assustado.

- Não minta para mim. Não sou tão excepcional quanto Bella para descobrir segredos, mas posso dizer que sei quando alguém mente para mim.

- Estou dizendo a verdade. – Ele se sentou distante da mãe e ficou observando a xícara de porcelana que estava a sua frente.

- Não me obrigue a chamar seu pai. – Ela disse, seca.

- Me chamar para que? – O pai estava na porta, uma expressão doentia na face. Narcisa encarou o filho severamente.

- Draco mente para mim. Não quer me dizer onde estava.

- Hum, interessante. Pois eu sei onde ele estava... – Os olhos de Lúcio faiscavam e Draco se encolheu na cadeira – Pois eu deixei o meu escritório com a porta aberta e fui buscar uns papéis no quarto, e quando voltei...Ela estava fechada. E eu tenho uma teoria

- Não seja tolo, Lúcio. Deve ter sido o vento, ou algum elfo desastrado... Já conversamos a respeito daquele um, o Dobby. É uma aberração, deve ter sido ele.

- POIS EU ACHO QUE FOI OUTRA ABERRAÇÃO QUE ENTROU NO MEU ESCRITÓRIO – Lúcio gritou, indo até a cadeira de Draco e chacoalhando-o com força. – Seu imprestável, inútil, fraco, criadorzinho de caso barato, imbecil. Assume Draco, que você estava fuçando. Assume antes que eu te mate seu desastrado...

- Mãe, mamãe... – O menino começou a chorar.

- CALE-SE

- Lúcio seja razoável, é uma criança. Ele não pode ter mexido em nada, ou teríamos visto algum sinal. – Narcisa falou, ponderando. – Draco, se você tiver entrado no escritório do seu pai acho melhor confessar agora, antes que a situação piore.

- Não mamãe. Eu não entrei.

- MENTIROSO – Disse Lúcio arrastando-o pelas orelhas. – Vem comigo seu desgraçado, vou te ensinar a nunca mais entrar onde não é chamado. Se eu não acabar com a sua vida você aprende a lição.

O garotinho deu um último olhar de súplica para mãe, que abaixou a cabeça, e foi arrastado para fora do salão de jantar pelo pai.

Naquele dia ele deixou de ser seu herói.

N.A: Emocionada

Bem, essa é a primeira fic que eu publico, então estou obviamente muitíssimo nervosa...Primeiramente sim, o shipper é D/G. Mas a Gina vai demorar alguns capítulos para aparecer...E eu imagino que será um pouco mais centrada no Draco porque ele é um personagem com uma amplitude emocional maior...O que não significa que só ele terá lugar na fic...

E eu preciso muito de vocês. Críticas, sugestões, tomates, ovos podres, e até mesmo elogios são muito bem vindos... Ficaria muito feliz se vocês me mandassem rewiews... E o segundo capítulo estará aí muito em breve, só falta dar os retoques finais.

Estarei ansiosamente entrando de 5 em 5 minutos para verificar as rewiews... Menos Giovanna...Ou eles vão pensar que você está desesperada. Tá, 10 em 10 minutos...rssss

Beijinhos a todos Alguém ainda ta lendo isso aqui?