SINCERIDADE PROFUNDA

AU/ /Wincest

Se vocês ainda não se cansaram, nem eu.

Mais uma de amor.

Sinopse: AU. Wincest. Enquanto tentam impedir que o Apocalipse aconteça, Dean tem um surto que seu jovem irmão Sam chama de Síndrome da Sinceridade Profunda. O que pode ser isto?

Personagens originais são meus, todos meus. O resto é de quem escreveu a série Supernatural (seja lá quem for). Escrito por diversão, não por lucro.

CAPITULO 1

Aquele era o dia da formatura de High School de Sam Winchester. E ele estava anormalmente ansioso. Bom, Sam era um garoto ansioso, no auge dos seus dezenove anos. Um pouquinho velho demais para achar divertido o fato de que haveria um baile mais tarde. Apesar de ser intelectualmente superior a muitos de seus pares naquela ocasião, acontecimentos em sua vida fizeram com que Sam atrasasse um pouco os estudos. Ele estava sentado com os outros formandos, mais precisamente, em algum lugar entre os intercambistas e a turma normal. Mas na verdade, Sam viera para esta escola apenas para terminar as provas finais e ter sua cerimônia. O pai fazia questão.

E John Winchester estava ali, na platéia, exibindo um sorriso tamanho gigante que estava inclusive desconcentrando algumas professoras e mães. E alunas. Ahan.

Não precisava ser nenhum gênio em genética ou em lógica para saber que o moreno estranho e sorridentemente satisfeito era pai do moreno lindo e sorridentemente constrangido. E as mulheres tinham mesmo um faro para isso.

Bom, voltemos a Sam. No exato momento em que alguém que ele sequer conhecia era convidado a fazer um discurso, sua cabeça simplesmente vagou para a cadeira vazia ao lado do pai. Ali deveria estar o resto de sua família. Seu irmão mais velho, Dean. Mas Sam sabia que ele estava longe. Caçando seres sobrenaturais.

Assim era a sua família.

Eram caçadores. Caçadores do sobrenatural.

Isto tinha começado há muito tempo atrás. Por muito tempo, na verdade, Sam Winchester acreditara ser somente mais um filho de pais separados que se odiavam.

Desde seus dois anos de idade, quando a mãe, Mary, partiu para nunca mais voltar, Sam aprendera a confiar no pai e no irmão. Apesar de o pai ter aquele seu jeito durão e militar, na maioria das vezes. E de Dean bancar o fanfarrão o tempo todo. Ambos cuidaram dele e Sam tinha todos os motivos do mundo para ser muito grato a eles. Devia a vida a eles.

Apenas se lembrava que a vida quando criança tinha sido dentro das regras e da disciplina rígida do Winchester pai, na casa da família em Lawrence, Kansas. E esta era um tanto espartana. Mas claro, o irmão mais velho sempre dera um jeito de amenizar as coisas para Sam.

Ele se acostumara a não ter a mãe por perto, e quando teve idade o suficiente para entender que a maioria dos amigos dele tinha mãe, mas a deles não estava à vista, soube também que a mãe tinha uma ordem judicial a impedindo de chegar perto dos dois filhos. E mesmo na escola estavam avisados deste fato. Era assustador, mas Sam lembrava-se um pouco dela. O nome Mary Winchester era tabu, e Sam aos poucos foi entendendo que após o seu nascimento, a mãe começou a ficar transtornada, agressiva. Mary recusava tratamento psicológico. O pai agüentou o quanto pode até que o casamento não suportou e tudo acabou. Ninguém sabia ao certo do paradeiro dela. E Sam ficava pensando por que a mãe os abandonara assim.

Talvez por isso o pai fosse tão chato, costumava pensar entre sete e nove anos. Embora a vida deles fosse quase normal e eles muitas vezes recebessem a visita da avó Winchester, nos feriados prolongados. O pai gostava de mantê-los saudáveis, praticando esportes, caçando e pescando, estudando muito e aprendendo na oficina dele.

Aliás, John Winchester tinha feito sua modesta oficina crescer e ganhar nome. Tinha funcionários e podia orgulhar-se de seu trabalho honesto. Mas apesar de ser um homem divorciado jovem, bonito e com dois filhos exemplares, aparentemente demorou bastante para alguém tomar o lugar da ex-mulher em sua vida.

Mas um dia, isto aconteceu.

Na verdade, com um pouco da ajuda de Sam. Sua professora do primário, Nancy , era a mulher que tinha feito John parar de paquerar a esmo. Mesmo quando Sam já tinha deixado o primário, eles se viam e então os garotos Winchester começaram a desconfiar que desta vez o pai fosse arranjar uma namorada.

Sam tinha dez anos na ocasião. E foi no mesmo ano que o pai arranjou sua primeira namorada séria em oito anos, que tudo mudou na vida deles.

Era dezembro e o mais velho esperou o irmão mais novo sair da classe para voltarem. Despediu-se dos amigos, que Sam também conhecia de vista. _Ei Sam, eu vi a Britanny te entregando um bilhete!

Sam corou, apesar de já estar de bochechas avermelhadas por causa do frio.

_Qual o problema? Você também tem namorada.

O mais velho esfregou a cabeça do menor, rindo perversamente:

_Vai beijá-la?

_Vou!-Sam falou ousadamente, não podia ficar para trás. Dean já tinha dado vários beijos em várias garotas e ele também queria saber como era.

Chegaram a casa. O pai chegaria dentro de poucos minutos, para o jantar. Enquanto Dean tirava o casaco, Sam viu a correspondência que a faxineira tinha colocado sobre o aparador do hall. Dentre elas, uma chamou a atenção. Sam ficou olhando fixamente para a carta cheia de selos. Pegou com cuidado com a mão enluvada.

_Dean...

A voz do mais novo tinha uma entonação tão angustiada que Dean imediatamente veio ver o que era. Pegou a carta na mão, ficando tão branco quanto um papel em segundos. Era uma carta para John Winchester. A carta era assinada por Mary Campbell.

O envelope era volumoso. Folhas e folhas e os dois ficavam se entreolhando e olhando par aquele envelope, sem saber o que fazer. Até ouvirem o pai chegar com o carro, e Dean colocar a mão no ombro do mais novo.

_O que foi, meninos?

O pai saltou a saudação habitual ao encontrá-los tão unusualmente pálidos ainda no hall de entrada.

O garoto loiro estendeu o envelope para o pai, que de inicio ainda os encarava inquisitivo. Pensando talvez que eles estivessem aprontando alguma coisa. Mas ao olhar o envelope foi sua vez de empalidecer. Engoliu em seco e apertou o papel em suas mãos;

_Dean, esquente o jantar para o seu irmão.

John Winchester subiu para o quarto, levando consigo o segredo do conteúdo daquela carta.

CONTINUA

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