Os gritos de vitória já haviam parado. O sol já brilhava forte. Ela caminhou pela estrada de terra em direção ao portão arrebentado. O castelo estava caótico, mas não importava. Na verdade, nada importava.
As pessoas se mobilizaram ao redor da grande construção, mas Pansy sabia que ele não estaria ali. Estaria em algum canto, sozinho, lamentando pelas perdas no campo de batalha. Patético... E incrivelmente doce. Ao longe ela viu os cabelos rebeldes dele balançando ao vento. Lembrou-se da intensidade do seu olhar, como se repudiasse-a. Odiou-se por não ter ficado do lado vencedor, mas, mais uma vez, ela escolheu seu lado, sua sobrevivência, e se não fizesse isso perderia parte de sua identidade. Agora ela teria que engolir seu orgulho e fazer o que pensava ser certo.
Sentou-se ao lado do moreno sem encará-lo, a consciência dando cambalhotas:
- Desculpe-me. - Pediu em um sussurro. Orgulho quebrado. - Eu não deveria ter sugerido entregá-lo, mas entenda... - Ele interrompeu-a, puxando seu rosto para fixar os olhares. As esmeraldas dele fundiram-se aos avelãs dela e todo ódio foi dissipado, ambos sorrindo gentilmente.
- Nada mais importa. - Então sorriu e ela soube que ali e agora poderia recomeçar.
