Declaimer: Nenhum personagem desta fic me pertence. Apenas os pego emprestado para por minhas idéias em papel, e divertir-me um pouquinho com os marotos e Lílian Evans.

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Capitulo Um – Monitora Em Apuros

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Quinta Feira - 11 de novembro de 1977.

Salão comunal.

- Pare de secá-lo, Alice!

- Pare de me reprimir, Marlene!

Lilian Evans levantou o olhar para as duas amigas. Marlene McKinnon, sentada a seu lado, censurava a atitude de Alice Bunch, sentada a sua frente, que tinha o olhar constante, mas sorrateiro, parado sobre um garoto magro de cabelos castanhos sentados à outra extremidade da mesa Grifinória. Aquele era Frank Longbotton.

- Eu realmente admiro o seu modo de ser discreta, Alice – Marlene continuou.

- Ele não está nem olhando – Alice deu de ombros, realmente frustrada por isso,fungando para seu prato – Ele não deve estar mais interessado.

- Vocês saíram ontem à noite – Foi Lily quem falou, dando um generoso gole em seu suco de abóbora – Dê um tempo. Ele virá te procu...AI!

Lílian foi interrompida ao receber uma certeira cotovelada de Marlene em seu estômago. Olhou-a indignada, e esta fez sinal para que olhasse para cima. Assim o fez.

A ruiva sentiu seu estômago latejar ainda mais ao que seus olhos verdes se cruzaram com o par de castanhos – esverdeados que atravessavam o salão, em direção à saída. Tiago Potter passou a mão nos cabelos e lhe dirigiu um de seus melhores sorrisos. Lily piscou, sentindo sua respiração dificultada tanto pela cotovelada, quanto pelo efeito que aquele sorriso lhe causava. Ela simplesmente acenou com a cabeça e desviou o olhar para seu prato, sujo com pedaços de torta de abóbora.

- Isso doeu, Marlene! – Falou, ao ver os quatro marotos abandonarem finalmente o salão, por baixo de dezenas de olhares femininos intencionados.

- Ora, doeu – Marlene a olhou com ironia – Você deveria me agradecer por te fazer notar o jeito com que Tiago Potter te olhava desde que te viu sentada aqui...E vamos combinar, Lílian...Foi aquele olhar!

- Conte outra, McKinnon – Lílian sorriu, censurando-a com o olhar –Você acha que eu não sei porque você ficou toda serelepe só de ver aqueles quatro passarem?

- Ah, não venha me falar de Black agor...

- Não.Não o Black – A ruiva interrompeu – Estou falando de Remo Lupin.

Marlene se calou, apenas cruzando os braços, procurando não olhar diretamente para as amigas.

Lílian e Alice riram.

- Você acha realmente que acreditamos quando você diz que vai a biblioteca para estudar? – Alice falou, inclinando a cabeça para um lado - Você nem é tão dedicada assim, Marlene...

- Remo só tem me ajudado em Defesa Contra as Artes das Trevas – Marlene sacudiu os ombros, fitando as próprias unhas – Vocês sabem que preciso de uma boa nota...E a propósito, ele é definitivamente muito bom.

- Alice e eu te oferecemos ajuda, Lene – Lily ergueu as sobrancelhas, sorrindo.

- Ah, Lily, você é monitora. E Alice ultimamente só tem pensado em Frank Longbotton!

- Fale mais alto, Marlene - Alice fechou a cara – Os elfos domésticos lá da cozinha ainda não ouviram.

Lílian riu, acabando com o ultimo gole que restava de seu suco de abóbora.

Muitos alunos desviaram suas atenções ao ver um garotinho sonserino loiro, de bochechas rosadas, entrar correndo no salão em direção ao trio de garotas grifinórias que riam enquanto almoçavam.

- Monitora! ...Monitora!...Monitora Evans!

Lílian virou-se no banco para ver o garotinho se aproximar. Ele parou a sua frente, apoiando as mãos nos joelhos, ofegando como se tivesse corrido uma maratona para chegar até ali.

- Pois não? – A ruiva ergueu as sobrancelhas.

- Preciso de sua ajuda monitora – O sonserino falou, mantendo seus olhos baixos, como se tivesse medo de encará-la – Eve Waltham! – Falou.

- O que aconteceu?

- Eve Waltham ficou presa no armário de vassouras...Estávamos brincando, sabe,monitora – Suas bochechas se rosaram ainda mais – E Waltham quis se esconder lá. Não conseguimos tira-la, monitora, ela ficou presa!

- E onde estão os monitores de sua casa? – Lílian espiou, desconfiada, o logotipo verde da sonserina bordado impecavelmente sobre a capa preta do garoto.

- Não encontrei nenhum deles, monitora. Pode nos ajudar? ...Por favor?

Lílian olhou para as amigas, incerta de se deveria confiar, ou não, nas palavras do garoto. Sonserinos nunca lhe pediam ajuda. Nunca aceitavam advertências de outros monitores que não fossem de sua casa. Quem dirá, então, pedir ajuda. Ainda mais a ela.Lílian Evans. Grifinória, filha de pais trouxas.

- Hum...Tudo bem – Ela se levantou. Era seu dever de monitora, afinal – Nos vemos mais tarde, meninas.

Alice e Marlene assentiram, sem muito que dizer.

- Você pode me mostrar onde ela está? – O garotinho assentiu, e os dois seguiram caminho para fora do salão comunal.

Os dois alunos desceram a passos largos as diversas escadas que levavam até a salinha abafada, em que ficavam os armários de vassouras.

Lílian notou que o garotinho parecia assustado, olhava de um lado a outro a cada esquina que cruzavam, e em nenhum momento chegou a encarar a monitora por completo.

- Ela está aqui – Ele falou, apontando para a porta que dava para a salinha de armários.

Lílian avançou e abriu a porta. A sala estava escura, os únicos resquícios de claridade vinham dos raios de sol que ultrapassavam o tecido da cortina avermelhada. Havia pelo menos uns dez armários de vassouras enfileirados lá, todos estavam fechados e silenciosos.

- Tem certeza? – Lílian franziu a testa – Em qual deles ela se enfiou?

- Aquele – O garotinho apontou para o ultimo armário da fileira próxima à janela – Ela está ali, m-monitora.

Lílian jogou os cabelos ruivos para trás, apunhalando a varinha no bolso da capa, e deu seu primeiro passo para dentro do aposento.

- E-eu vou...Vou chamar meus amigos, monitora...Para ajudar! – E antes que Lily pudesse responder, o garotinho saiu correndo escadas acima, tropeçando nos próprios pés.

A ruiva respirou fundo, sentindo-se estúpida por desencorajar-se em uma situação como aquela. Decidiu entrar de uma só vez, e caminhou o mais rápido que pôde até o armário indicado pelo pequeno sonserino.

- Eve Waltham? Você está ai? – Ninguém respondeu. Lílian segurou o puxador do armário e abriu a porta.

- Eve Walthaaaaaaaaaaaaah! – Tudo foi muito rápido. Assim que se deparou com a escuridão interior do armário, ela sentiu mãos grossas e frias agarrarem seus braços e empurra-la de uma só vez para dentro do móvel.

Antes que pudesse se levantar, ignorando a dor latejante que sentiu nos joelhos, a porta já havia sido fechada. Risadas gélidas e estrondosas se ouviam ao outro lado dela.

- Ei! – Ela chutou, socou, esmurrou a porta, mas nada fez com que ela se abrisse – Abram! ABRAM AGORA!...SOCORRO!...ALOHOMORA!

E nem assim. A ruiva ouviu as risadas se distanciarem, e cessarem, com o estampido final da porta da salinha de armário se fechando.

Lílian urrou de raiva, chutando pela ultima vez, com toda força que tinha, a porta do armário escuro e fedorento.

A lugar era estreito e retangular, o odor mesclava-se entre mofo e terra molhada. Havia algumas vassouras penduradas por ganchos na parte mais alta do respaldo do armário, e um balde coberto de trapos antigos e imundos encostado no canto direito.

Lílian bufou e se sentou no espaço que supôs estar vazio. A estranha sensação que experimentou ao fazê-lo a sobressaltou. Bom, para ser um armário, o lugar em que sentara a fez estar mais alta do que o nível real do chão do tal móvel. Para ser um armário, o lugar em que sentara estava "fofo", ou melhor, cômodo de mais. E definitivamente, para ser o chão de um armário, o lugar em que sentara estava roliço de mais.

O coração de Lílian disparou. Seus olhos se sobressaltaram.

PERNAS!

A ruiva levantou-se tão rápido, que sentiu a ponta de seu nariz roçar na madeira do outro canto do armário.

- Tem alguém aí? – Procurou sua varinha no bolso da capa. As mãos tremendo.

Recebeu um gemido como resposta.

- Lumus! Aaaaahhhhhhh!

O susto foi tão grande que, ao recuar, a ruiva tropeçou com os próprios pés, estatelando-se desastrosamente entre as vassouras velhas e mofadas que lá guardavam.

Ela ouviu mais gemidos.

Apanhou a varinha novamente, direcionando-a lentamente para o que vira, segundos atrás. Ela deixou seu queixo cair. Não fora um engano. Ela realmente tinha enxergado bem.

- Sirius?

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N/A: E ai foi o primeiro capitulo! Sem muito o que se dizer não? Não julguem a fic, por favor! Odeio primeiros capítulos! Tem muita coisa para acontecer ainda! Por favo,...REVIWS! Preciso saber a opinião de vcs!

N/B: Aaaah! Aplausos por favor!Minha queridissima amiga Cah sempre se supera em todas as fics! Consegue ser emocionante desde o primeiro capitulo!Querida parabéns! E aos leitores, comentem e me desculpe os eventuais erros!

Próximo Capitulo:

- Evans!

- Lílian Evans?

- Não! Minha avó, Rabicho! – Tiago retrucou.

- O que tem a Lílian? – Remo indagou.

- Não a vejo, Aluado – Os amigos se entreolharam – Ela também não está aqui.

Até mais!!!