Este capítulo está podre.

E logo o primeiro. Vou ter poucos reviews.

Comentem ao menos a dizer que não gostam.

LOOL

Vá, espero que gostem, é com carinho.


- Juras?


Quando a vi a aproximar-se dele, quase engoli em seco. Mas a minha boca não deixou pois os meus dentes estavam cerrados de raiva. Senti dor na boca e os dentes resmungaram. Quase os podia ter partido se não fosse Rosalie a dar-me um encontrão no braço – que me fez acordar para a vida.

- Então, rapaz? – Sorriu no seu jeito simpático de irmã completamente egocêntrica. – Tudo bem?

Eu sabia que aquela pergunta não procurava por resposta, pelo que a ignorei.

Rosalie era aquele tipo de pessoa que era fiel unicamente ao espelho. Pensando melhor, nem ao espelho. Só ao seu reflexo. Desde que ele ocupasse o seu raio de visão, tudo estaria bem. Assim sendo, qualquer pergunta que transparecesse preocupação não passaria de pura e simplesmente hábito ou então, ela procurava algum tipo de informação.

Eu já conhecia cada passo seu, pelo que bastava ouvir a sua voz que, automaticamente, saberia qual das duas hipóteses estava ela a usar. Naquele momento, Rosalie estava, provavelmente, a pensar no quão bonitos eram os seus cabelos ou o quão bonita estava ela dentro das suas roupas normais que, incrivelmente, lhe caiam sempre bem, como aquelas raparigas lindas dos reclames dos champôs ou dos cereais para manter a linha. Coisas que estavam fora do meu alcance extraordinário de perceber as mulheres.

- Sabes, hoje o Emment pediu-me para casar com ele. – Começou a brincar com uma mecha do seu cabelo enquanto me olhava do canto do olho à espera que saltasse de alegria como sabia que Alice ia saltar. Mas, como rapaz que era, tinha que respeitar o código.

- Ah! – Foi tudo o que disse, sem sequer a olhar, enquanto continuava a observar o espectáculo que aqueles dois estavam a fazer, ainda com repugnância.

- Bolas, Edward. – Alto! Ela nunca me chamava Edward. – Não serves para nada. Tenho saudades da Alice.

- Também eu. – Bateu-me na nuca e foi embora amuada.

Bufei. Vi Verónica a afagar os cabelos do gajo mais insuportável que eu conhecia. Eu sabia que eu era entroncado, alto, e bonito. Mas aquele… "ser" roubava-me sempre as minhas mais recentes conquistas. Era bem moreno, muito moreno aliás. O cabelo era comprido e escorregava-lhe pelos ombros como uma rapariga. No meu interior, eu chamava-lhe esfregona. No entanto, todos lhe chamavam Tarzan. E todas as mulheres que um dia teriam sido minhas, agora ou talvez outrora, acabariam por ser dele. Jacob. Até me enojava dizer este nome a mim mesmo.

Jacob estava agarradíssimo a Verónica, a minha ultima namorada. Ela, magrinha e esganiçada, estava perdidíssima no meio dos ombros larguíssimos do limpa-chão. Perdida? Eu quase não a via no meio daquele físico enorme. Metia impressão olhá-lo. O seu cérebro reduzia-se a pó e por isso ele passava todos os intervalos de tempo na sua igreja, o ginásio, a rezar às maquinarias todas que havia nele, para que os seus músculos crescessem. Aposto que os media.

Quase vomitei. Mas mais uma vez, fui interrompido por um monstro, dentro de roupas pouquíssimo femininas. Bem, na verdade aquelas eram roupas d'homem. No entanto, a cara da pessoa era de menina, ainda que cheia de expressões duras.

- Ei. – Resmunguei. – Qual é a tua, meu?

Sorriu.

Franzi o sobrolho à espera que me respondesse e fosse embora.

- Des… - engasgou. – Desculpa… meu.

Ignorei e fui embora enjoado com a visão.

BELLA POV

Vi-o abraçar aquela pega. Aquela que outrora estivera pregada ao corpo de Edward. Bem que se mereciam. No entanto, como sempre, elas acabavam por se encostar aos músculos perfeitos de Jacob.

Enjoei com a visão. Apesar de me vestir como um rapaz, o meu estômago verificava-se feminino, pelo que deu voltas chorei da dor que estava a ser causada pelo teatro. Eu sabia que ele me amava, por isso não ia odiar que eu os afastasse.

Avancei para eles, tentando acabar com aquilo que eu chamava : Duas pessoas a engolirem-se.

No entanto, pareceu que o nojento do Edward também estava a ser afectado pelo tal fingimento por parte daquela pega. Sem notarmos, embatemos um no outro. Quase o insultei.

- Ei.– Parecia furioso pelo meu Jacob ter-lhe tirado mais uma das meninas que ele queria que lhe aconchegasse entre as pernas. Sorri. - Qual é a tua, meu?

- Des… - meu? Ele achava que eu era um rapaz? Tentei engrossar a voz. – Desculpa…meu.

Sem dizer mais nada, avançou no seu rumo a algum lugar onde não houvesse vestígios de Jacobs ou Verónicas. Concordei com ele em fugir. Mas eu era mais forte que aquele senhor. Eu conseguia enfrentar os meus medos. Eu não ia perder de vista o meu Tarzan. Ele ia ser meu.

- Jake, - chamei. – Ei Jake ! Temos que ir.

Jacob largou Verónica e acenou-me.

- Já vou, Bells. – Sorriu. – Sabes como é !

É. Eu sabia bem como era. Sabia muito bem, aliás. Sempre soubera. Sempre soubera como era quando ele me dizia que me amava e, no minuto seguinte, estava a correr para os braços da primeira que lhe afagasse o cabelo. Será que ele notava que eu sempre lhe acariciara o cabelo? Será que ele alguma vez me vira desmaiar nos seus braços?

Eu tinha que fazer algo para que ele notasse a minha presença.

Já não me doía vê-lo agarrado a outras. Porque sabia que não as amava. Mas magoava ver que ele não me via a mim.

Eu queria que ele me visse.

Ele ia-me ver. Ele tinha que me ver.

- Jake! – Chamei meia hora depois, já encostada à mota dele, quase a cair do enjoo. Ele riu e despediu-se dela.

Caminhou, como que a gozar com a minha cara, lentamente. Fiz um ar triste e riu.

Correu até mim.

- Sabes que ela não significa nada, meu amor! – Brincou enquanto me abraçava sem qualquer sentimento. Apenas por hábito.

- Eu sei. – Sorri nos seus braços enquanto não me via. – Mas apanhei uma seca de primeira.

Empurrou-me para trás, sorriu-me.

- Vamos embora mas é.

- Jake, eu acho que me apetece ir a pé.

- Oh … - pôs o capacete e colocou-se em cima da mota. – Então a gente vê-se amanhã.

Foi apenas mais um por entre muitos dos desgostos que Jacob me trazia. Como cavalheiro que era suposto ser, devia acompanhar-me. Ou insistir para que fosse com ele. Mas não. Apenas se limitou a ir embora. Como se eu não valesse nada.

Fui para casa muito devagar, à espera que ele voltasse para traz.

- Ei, miúdo. – Ouvi uma voz atrás de mim. – Ei.

Virei-me trocando os olhos ao me aperceber de quem se tratava.

- EU NÃO SOU UM MIUDO! – Explodi. Apertei a minha camisa branca larga para que visse as curvas que o meu peito fazia.

- EI – corou Edward. – Desculpa, meu!

- Meu?

- Desculpa! – Riu. – Isso explica muita coisa.

- Explica?

- Explica o porquê de estares apaixonado… - Olhou-me de alto abaixo. - …apaixonada por ele.

- Eu não estou! – Funguei.

- Estás sim. – Sorriu.

- Não estou. – Caminhei mais rápido, deixando-o para trás.

- Supondo que estás. – Ouvi-o cada vez mais longe. – Supondo que gostas dele. Serias capaz de mudar para poderes ter o que a Verónica teve?

Parei.

Mudar?

Eu queria-o mesmo. Eu necessitava de querer aquele corpo.

- Mudar? – Virei-me. Estava a sorrir. Aproximou-se.

- Mudar!

- Mudar como?

- Física e Psicologicamente. – Hesitou, esperando pela minha reacção.

- Eu não sei ser diferente.

- Meu, - riu. – Eu não gosto dele. Mas quero a Verónica de volta. Tu queres o rapaz. Que me dizes a ajudar-te?

- Eu não gosto de ti! – Deitei.

- E eu não gosto de ti.

- Feito.

TTT

Edward:

Na verdade eu não queria Verónica. Mas tinha que me vingar daquele cobarde que se sentia bem em roubar-me as minhas mulheres. Assim que o rapaz me mostrou as suas curvas eu tive a brilhante ideia de o transformar numa das mulheres que eu sempre desejara. Seria difícil. Mas assim que Jacob o quisesse e eu ficasse com ele… assim que Jacob se apercebesse que ele não poderia ter aquela em especial… ele ia lutar. Ia perder. Ia-se apaixonar. Assim que os seus olhos se mostrassem carentes, o miúdo ia para os braços dele e eu podia voltar à minha vida de garanhão.

Não ia ser difícil. Era um plano perfeito.

- Meu, - brinquei. – Isto é estranho mas vais ter que te vestir de mulher.

- Não. – Quase gritou.

- Não é para já! – Acalmei. – Quando te sentires preparado.

- Preparada!

- Sim, sim. – Sorri.

- Eu fico aqui. – Disse-me apontando para uma casa branca, mesmo colada à minha.

- A minha é mesmo ao lado.

- Eu sei.

- Meu… A gente vê-se, então!

- Acordo jurado, não pode ser quebrado.

Ri. Era definitivamente uma mulher que se escondia atrás daquelas roupas.

- Ei, mudar para ser feliz. - Tentei convencer.