Forbidden Love

Autora: Sayuri Maxwell
Sinopse: O príncipe herdeiro de um dos tronos mais importantes deve fazer uma difícil escolha que traçará o destino de seu país.
Comentários da autora: Estou de volta, povo! Satisfações sobre o meu sumiço e informações sobre Myth Kingdom encontram-se no final do capítulo. Well, gente, eu tive a idéia de fazer essa fic durante uma aulinha básica de História (pra alguma coisa esse troço teve que servir, né?). Daí a minha mente, em vez de prestar atenção no restante da aula, resolveu ficar maquinando e enfim a idéia inteira apareceu na minha cabeça bem rápido. Essa é a segunda vez que eu escrevo essa fic, porque o imbecil do PC resolveu deletar meus arquivos... u.u Fazer o quê? Mas olhemos pelo lado bom, a minha primeira tentativa de escrever essa fic não ficou lá grandes coisas, e agora quando eu fui reescrever, aperfeiçoei minhas idéias e consegui criar algo melhor. Ok, agora sim vamos à fic porque eu já enchi o saco bastante. n.nU


Capítulo 01 – O jovem herdeiro de Epyon

Acordos, tratados… São simples pedaços inúteis de papel para adiar o inevitável. Um dia ou outro a guerra há de estourar, e todos esses inúteis papéis serão ignorados como se nunca houvessem sido assinados.
Paz… O que é a paz? Na minha concepção, paz é o resultado da guerra. Ou talvez um intervalo entre uma guerra e outra. O verdadeiro conceito de paz é um sonho inatingível da maioria das pessoas. A tão desejada paz mundial é apenas uma fantasia, uma utopia. Não existe e nunca existirá paz mundial enquanto um único homem caminhar sobre a face da Terra.

– Com licença, Vossa Alteza. – Itsuki, meu servo mais fiel, interrompeu meus pensamentos. – Sua Majestade exige vossa presença no salão principal imediatamente.
– Já estou indo. Obrigado, Itsuki.
– Com licença. – curvando-se levemente, Itsuki retirou-se.

Sem mais demoras, levantei-me da cadeira de meu quarto e segui em direção ao local onde se encontrava meu pai. Provavelmente estava discutindo assuntos políticos com representantes de outros reinos e queria que eu participasse. Como herdeiro do trono do Reino Epyon, era meu dever estar bem-informado em relação a tudo.
Haviam dois guardas em frente à porta do salão principal, assim como em todas as outras portas. A segurança do castelo fora reforçada após uma tentativa de invasão por parte de um pequeno grupo de imigrantes do Reino de Sank. Ao notarem minha presença, os guardas abriram passagem.

– Ah, Heero, finalmente você chegou. – meu pai, mais conhecido como o Rei Odin, sorriu e depositou sua taça de vinho em cima de um pequeno balcão. – Este é o Conde Tubarov. – disse, mencionando um homem de meia-idade.

– É um prazer conhecê-lo, Príncipe Heero Yuy. – disse Tubarov.

Então esse era o representante do inimigo do qual meu pai falou.

– Você é do Reino de Sank. – afirmei, não me dando ao trabalho de cumprimentá-lo.

O conde pareceu orgulhar-se da minha afirmação.

– Fico feliz que já tenha ouvido falar de mim.
– Ele veio aqui para nos convidar a um baile que o Rei Darlian estará promovendo no Reino de Sank. Diz que será uma boa oportunidade para discutir um acordo de paz.

Eu ergui uma sobrancelha; mais uma vez esses malditos acordos…

– E por que agora querem assinar um acordo de paz com o Reino Epyon, se ambos os reinos são inimigos há séculos? – perguntei, estreitando os olhos para o Conde. Algo nele não me agradava nem um pouco.
– Ora, Heero, você prefere que vivamos em guerra para sempre?
– Essa é a realidade. Mesmo que esse acordo seja assinado, mais cedo ou mais tarde outra guerra vai acontecer. Eu já disse que esses acordos são inúteis.
– Príncipe Heero, creio que deva refletir um pouco mais sobre isso. Um acordo de paz pode trazer muitas vantagens para ambos os lados. – disse Tubarov.
–Vantagens… Talvez para a nobreza haja vantagens. Algum de vocês pensa nos camponeses quando falam de vantagens?
– Vossa Alteza, por favor… Se os camponeses fossem obter vantagens, acabariam se voltando contra nós para tomar o nosso lugar.
– Heero, conforme-se. Cada um tem o destino que merece. Nós somos privilegiados por fazermos parte da família real. Se os outros nasceram em famílias pobres, é porque Deus assim desejou. – completou meu pai.
– Deus… Se esse tal de Deus fosse tão misericordioso quanto os bispos clamam, haveria igualdade para todos. Falando assim, parece que Ele é tão corrupto quanto vocês.
– Heero! Deveria morder a própria língua antes de falar algo assim. Quer ser castigado por Ele?
– Ser o herdeiro do trono já é o meu martírio. – concluí, virando-me de volta para a porta e saindo do salão.

Ouvi, ao longe, o rei pedindo desculpas por meu comportamento "imaturo". Hn. Se houvesse necessidade de pedir desculpas, eu mesmo teria pedido… Ou talvez não. Não sou homem de me arrepender do que faço. E, nos 17 anos em que vivi nesse mundo, nunca encontrei alguém merecedor de um pedido de desculpas de minha parte.
Após passar por vários corredores e portas, finalmente cheguei aos meus aposentos. Era um quarto razoavelmente grande, já que eu não aceitei o quarto que foi designado a mim no começo de minha existência; ele era grande demais para alguém simples como eu. Meu quarto era mobiliado apenas com o necessário: uma cama, um guarda-roupas, uma mesa com várias pilhas de papéis, a cadeira na qual eu estava sentado antes, uma porta de madeira que dava para meu banheiro particular, e duas portas de vidro que ligavam meu quarto a uma sacada que eu mandei construir, além das grandes janelas que ocupavam metade das paredes.
Abrindo as portas de vidro, eu andei até o muro de mármore que cercava a varanda, apoiando meus braços sobre o mesmo. O sol ainda estava alto, iluminando o reino que um dia seria meu. Graças à localização do castelo, que ficava no alto de uma colina, eu podia ver boa parte do reino, desde as mansões dos nobres até as pequenas cabanas dos camponeses.
À esquerda do meu campo de visão encontrava-se, escondida pelas sombras àquela hora do dia, a propriedade de Lorde Zechs Merquise. Eram terras extensas, que abrangiam vários casebres e a mansão do lorde. Zechs era conhecido por abrigar garotos de rua, normalmente adolescentes, e dar-lhes emprego. Não era exatamente um emprego com o qual se sonha a vida inteira. Os meninos eram transformados em garotos de programa. Em pequenos grupos, eles habitavam naquelas casas e tinham direito a refeições decentes. Todo o resto era por conta deles.
Contudo, havia um garoto que diziam ser especial para o lorde. Seu nome eu desconhecia até então, porém sabia que ele morava junto com Zechs na mansão e tinha tudo do bom e do melhor. Teve aulas de etiqueta e era famoso por sua beleza incomparável. Estava sempre presente nas festas da alta sociedade e já havia se envolvido com a maioria dos poderosos, menos com a família real. Eu nunca o havia visto, já que não costumava freqüentar essas ridículas festas. Quanto ao rei, pode até ter visto, mas não creio que tenha prestado atenção nele.
À direita, ficava o castelo de Lorde Bloom, pequeno se comparado ao nosso, porém grande o suficiente para ostentar bastante luxo, riqueza e extravagância. O lorde morava com sua esposa e sua bela filha Cathrine. O filho mais velho, Triton, havia nascido morto, o que causou um grande choque ao casal. Demorou alguns anos para que eles superassem o trauma, e então Cathrine nasceu, para a alegria deles. Os negócios do lorde prosperaram e a família Bloom se tornou uma das mais ricas do Reino Epyon.
Ao centro encontrava-se a maior concentração do comércio e a estrada principal, que ligava o Reino Epyon a outros reinos. E era justamente por ela que, naquela hora, a caravana do Conde Tubarov voltava ao Reino de Sank. O Rei Odin provavelmente havia aceitado a proposta do conde e estaria de partida em breve.

– Heero, partimos em uma semana. – a voz de meu pai soou por trás da porta de meu quarto, como se adivinhasse meus pensamentos.
– Não, você parte em uma semana. Eu fico aqui.
– A caravana estará esperando por nós, você tem bastante tempo para se preparar. – o rei continuou a falar, me ignorando completamente.

Ouvi os passos dele se distanciando ao longo do corredor. Meu sangue ferveu; se existe uma coisa que eu odeio, é ser ignorado. Minha vontade foi de me levantar da cadeira e acertá-lo com um soco, mas tive que me conter. Sabia que eu seria preso, mesmo sendo o príncipe. Odin provavelmente me deixaria no calabouço até chegar o dia da viagem, para que eu "aprendesse a lição". Ainda assim, eu precisava me acalmar. Resolvi dar uma volta a cavalo pelo reino. Eu gostava muito de fazer isso, sempre usava roupas comuns para não chamar a atenção das pessoas, e conseguia me acalmar. Apesar de, às vezes, algum infeliz me reconhecer assim mesmo e eu ter de voltar ao castelo para evitar tumultos.
Cheguei ao estábulo e andei em direção ao meu cavalo branco, Wing. Tinha esse nome por sua velocidade surpreendente. Apenas eu podia montá-lo; Wing era extremamente hostil com outras pessoas, e era por isso que ele ficava afastado dos demais cavalos. Selei-o e o guiei até a saída do estábulo, logo depois montando nele e partindo em direção à estrada principal. Após alguns quilômetros, a estrada se ramificava em várias direções e eu virei na primeira à esquerda, que dava num pequeno povoado habitante das margens de um riacho. Eu já era conhecido ali, pelas várias vezes que eu cavalguei por aqueles lados, apesar de ninguém saber a minha identidade.

– Oh, olá, meu rapaz. Faz tempo que você não nos visita. – ouvi a voz de um senhor idoso, e diminuí minha velocidade.
– Boa tarde, Sr. Smith. – cumprimentei-o, acenando com a cabeça, e continuei meu caminho.

Cavalguei por mais alguns minutos e cheguei a uma humilde taberna, onde servia um vinho delicioso. Deixei Wing no pequeno estábulo da proprietária do local e entrei.

– Sra. Carmélia, o de sempre, por favor. – disse à velha senhora atrás do balcão.
– Senhorita, meu jovem, senhorita! Não sou casada ainda, e muito menos velha. – respondeu, sorrindo e mostrando os poucos dentes que tinha.
– Claro, Srta. Carmélia.
– Aqui está, querido. – disse, colocando um copo de vinho à minha frente.

Saboreei o líquido vermelho que era melhor que o do castelo. Graças ao meu auto-controle, eu conseguia manter meu metabolismo normal ao ingerir bebidas alcoólicas, e então não dava vexame.
Após alguns copos, resolvi continuar minha cavalgada. Paguei a conta e, ao virar-me para o lado, meu cérebro pareceu paralizar meus movimentos. No fundo da taberna encontrava-se o ser mais belo em que eu já tinha posto meus olhos azuis. Longos cabelos castanhos presos em uma trança, com alguns fios soltos emoldurando o rosto perfeito; olhos violetas como as ametistas que as damas da alta sociedade usavam em suas jóias; e um corpo que era definitivamente masculino, apesar de seu pequeno porte.

– Srta. Carmélia, quem é? – perguntei, indicando o garoto com o queixo.
– Ah, esse é Duo Maxwell. É um bom rapaz – respondeu a velha, abaixando seu tom de voz. – Coitado, sofre tanto nas mãos do loirão lá…
– Loirão? – indaguei, tentando me lembrar de todos os loiros que eu conhecia.
– É… Duo não me disse o nome dele, mas é uma pessoa horrível. O pobre garoto vem aqui de vez em quando para desabafar comigo.

O garoto levantou-se de onde estava sentado e andou até a ponta do balcão que ficava mais perto da porta. Fiquei intrigado pelo fato de eu nunca tê-lo visto por lá. Queria perguntar mais sobre ele, mas logo o sol iria se pôr, e eu precisava voltar ao castelo imediatamente.

– Bom, Srta. Carmélia, preciso ir agora.
– Oh, até mais, querido. Volte sempre.

Virei-me e caminhei até a porta, nunca deixando de prestar atenção no garoto que tanto me fascinou. Em um determinado momento, nossos olhos se encontraram e o mundo à volta pareceu desaparecer. Os olhos violetas apresentavam um brilho melancólico característico de quem já havia sofrido muito na vida. Por algum motivo eu tive a vontade de abraçá-lo forte e nunca mais soltar, mas apenas permaneci parado no meio do caminho, hipnotizado por sua imensa beleza.

– Com licença, senhor. – um homem disse a mim, querendo passar pela porta.

Sentindo-me um completo imbecil, dei passagem ao homem e, ao olhar novamente para o garoto, vi que ele havia voltado a sua atenção para a bebida em seu copo. Resolvi sair logo dali antes que eu fizesse alguma besteira.
Durante a cavalgada de volta ao castelo, não pude tirar aquela visão de minha mente. O jeito que aquela trança balançava sedutoramente quando ele andava, o ar melancólico que o envolvia, os traços de seu corpo perfeitamente proporcionais, tudo nele me encantava. Duo Maxwell… Algo me dizia que eu estaria de volta àquela taberna mais breve do que eu imaginava.

Comentários da autora: n.n / Olá novamente, galera! Nhai… 'cês acham que o Heero tá muito bonzinho nessa fic? Well, eu não pretendo fazê-lo tãooo frio quanto no anime, mas non se preocupem, eu vou fazer ele dar um daqueles ataques de fúria que a gente tanto ama, só que talvez demore mais um pouquinho. Tah? Esperem só a Releka entrar em ação. Falando em Relena, vocês notaram que eu não usei o sobrenome Peacecraft, e sim o Darlian? Pois é… É porque, nessa fic, a Remelenta definitivamente non vai ser uma pacifista, enton… nada de Peacecraft pra ela! –risadas malignas-

Avisinhos e desculpas:Nha! Eu seeei, faz meeeeeses que eu non posto nada! Mil perdones! -ajoelha- Eu sinto muito, muito, muito mesmo! É que só tem acontecido coisas anti-inspiração na minha vida e a inspiration foi pro ralo. Eu atétinha começado a escrever o capt 7 de Myth Kingdom (T-T tinha várias páginas de ação e um pouco de romance), mas, como eu já disse lááá em cima, o PC deletou meus arquivos e eu non tenho tido mais inspiração. Mas eu prometo que vou tentar voltar a escrevê-lo o mais rápido possível, antes que eu seja assassinada brutalmente. Ah, agora vamos ao aviso. Eu não estarei continuando Unbreak My Heart. Por quê? Porque non quero. n.nU No, agora é sério. É porque eu me desencantei com a fic, no estou mais entusiasmada com ela e além do mais, ela non teve tanta repercussão quanto MK, enton acho que nem vai fazer tanta diferença. Mas Myth Kingdom eu com certeza vou voltar a escrever, okay? n.n
Ja ne, minna-san!

Sayuri Maxwell