Olá, como vocês estão?

Welcome to one more story that I hope to have only three chapters.

If you don't understand Portuguese don't worry in a couple days the story in English will be available to you (I hope, because I'm having problems here to update my stories).

Maya e Lucas estão juntos a um tempo dividindo um apartamento para a tristeza de Shawn, mas...


- Feliz aniversário de cinco anos para nós!

Ele soprou a vela que já se encontrava pela metade e observou a fumaça se dissipar no ar se perdendo na escuridão. O barulho do relógio era o único som que se ouvia no cômodo clareado apenas pela luz do luar que atravessava as enormes janelas de vidro. Lucas moveu seu garfo o alinhando novamente ao lado de seu prato, seus olhos foram para a cadeira vazia a seu lado por um momento e em seguida foram para a mesa posta farta com as comidas favoritas dela que já se encontravam frias a muito tempo.

Ela não atendera suas ligações ou respondera suas mensagens, nem se dera ao trabalho de o avisar que chegaria tarde pois ficaria presa no trabalho. Na verdade, ele do fundo do coração queria que esse fosse o real motivo de sua ausência, mas ele sabia que não era, ele sabia disso há três meses mesmo que ele nunca tivera a coragem de perguntar a ela.

Tudo começou a mudar naquele fim de tarde quando ele fora encontrar ela na casa dos pais de sua melhor amiga Riley. Após estacionar o carro em uma rara vaga disponível ele viu aquela moto preta estacionada na frente da casa dos pais de Riley, ele não entedia porque aquela moto insignificante havia prendido tanto sua atenção a ponto de ele gastar alguns minutos a observando. Uma sensação ruim atravessou seu corpo e ele soube que algo estava errado, que as coisas mudariam a partir daquele momento. Quando ele entrara na casa após ser recepcionado pela amiga seus olhos automaticamente procuraram-na e a encontram sentada na mesa de frente ao moreno em sua jaqueta de couro. Ele não o via a uns sete anos mais ele continuava o mesmo, as mesmas brincadeiras, o mesmo charme e o sorriso de flerte em seus lábios.

- Tio Josh acabou de chegar de Los Angeles. Ele está se mudando para cá, isso não é legal!

Disse Riley animada com a volta de seu tio e a única coisa que Lucas pode fazer foi fingir um sorriso. Seus olhos não deixaram aqueles dois na mesa, ele tinha a sensação de que aquilo era um déjà vu. A forma como ela mexia em seus cabelos e inclinava seu corpo na direção dele enquanto Josh falava o fazia lembrar daquela garotinha que treze anos com uma grande queda pelo tio da melhor amiga que era três anos mais velho que elas e sempre a rejeitava alegando ser muito velho para ela.

Ele havia notado as pequenas mudanças depois daquele dia, Maya andava distraída, mais alegre, cantarolando pelos cantos algo que ele nunca havia visto. Ela chegava mais tarde de seu ateliê com uma certa frequência sempre alegando que estava muito ocupada, que tinha que entregar alguns de seus trabalhos em poucos dias e ele compreendia pois já a havia visto pintar várias vezes e nesses momentos ela se trancava em seu mundinho perdendo a noção de todo o que acontecia em volta.

O primeiro sinal de que algo estava acontecendo foi em uma das noites em que ele e seus amigos haviam reservado para apenas eles pelo menos uma vez por mês, a noite dos garotos. Um dos colegas de apartamento de Zay havia ligado e pedido para que ele levasse algo no trabalho para ele, Lucas ofereceu carona ao amigo que aceitara e em poucos minutos eles estavam em um barzinho no centro da cidade. Lucas havia decidido esperar o amigo na porta enquanto ele iria entregar o pedido de seu colega, seus olhos viajaram pelas pessoas no bar que já tinha um bom movimento naquele horário até que eles encontraram o casal sentado no balcão. Ele piscou não acreditando no que seus olhos viam, ela estava maravilhosa em seu vestido preto, seu cabelo loiro caia livremente em ondas perfeitas em suas costas e ela ria, ria como ele nunca havia visto. Maya havia o dito que sairia com um cliente para discutir um trabalho que ele queria então provavelmente chegaria tarde naquela noite. Ele teve vontade de ir cumprimenta-los, mas no momento em que o acompanhante dela virara para chamar o garçom seus pés congelaram no chão. O cliente era na verdade Josh, Josh Matthews. Josh se voltou para ela e pôs sua mão na perna dela e Maya não fez nada para tira-la apenas sorriu e moveu seu corpo para mais perto dele.

Ele encera a noite cedo pois ele não tinha mais ânimo de ficar com os amigos a única coisa que passava em sua cabeça era os dois sozinhos naquele bar, o sorriso que estava sempre presente em seus lábios como o daquela garotinha a anos atrás. Maya chegara as dez alegando que o cliente era muito exigente e ela não sabia se aceitaria o trabalho; Lucas queria dizer que ele sabia, que os havia visto, mas ele não conseguia.

Lucas guardou a comida na geladeira deixando na mesa apenas os pratos, os talheres, as taças, o vinho e a vela. Seus olhos foram para o relógio na parede que marcava dez e meia, ela deveria ter voltado para casa a umas três horas atrás com ele sempre fazia antes da volta de Josh, principalmente porque hoje era o dia deles, mas aparentemente eles já não eram tão importantes mais para ela.

Ele poderia ter visto isso se aproximando, eles não se viam muito nos últimos seis meses, seus dias de folga eram diferentes, seus horários poucas vezes se cruzavam, suas férias nunca coincidiam. Talvez eles estivessem ficando juntos certa de 48 horas por semana ou menos nas ocasiões em que Riley exigia um tempo para ela. Eles haviam se afastado, tendo vidas independentes um do outro, as vezes os objetos pessoais de ambos lembravam o outro da existência do outro, ou o peso do outro ao seu lado na cama. Nos últimos dias ele praticamente encontrava Maya dormindo e várias vezes ele a observava dormir e via como ela estava escapando de suas mãos aos poucos, então ele chorava silenciosamente pedindo para que quando a hora chegasse isso não doesse tanto.

As vezes Lucas se dizia que tudo aquilo era coisa de sua cabeça, que era normal ela querer passar um tempo com Josh pois eles eram amigos, mesmo que haja algo não finalizado entre eles. Então ele se apegava a essa ilusão que era destruída a cada vez que ela chegava tarde e ele fingia não estar acordado, a cada vez que ele via a felicidade em seu rosto ao receber as mensagens dele, a cada ligação escondida.

Ele tinha um ritual todas as vezes que a via quando eles estavam disponíveis para tomar café da manhã juntos, enquanto ela fazia as panquecas ele se aproximava e deixava uma trilha de beijos de seu pescoço até o seu ombro, só para a fazer rir e para que ele possa sentir o perfume de sua pele. Então naquela manhã quando ela tinha seu cabelo preso em um rabo de cavalo alto dando maior acesso a ele, ela usava sua confortável blusa de moletom dois tamanhos maiores que ela que deslizava por seus ombros facilmente; Lucas parou por um instante a observando na porta enquanto ela fazia a sua mágica no fogão, ela estava linda e aparentemente não havia notado sua presença então ele se aproximou a abraçando apertado e depositando sua trilha de beijou, ele a ouvir rir divertida como ela sempre fazia, ele sentiu mão dela em sua nuca fazendo um leve carinho enquanto ela sussurrava um bom dia. O moletom deslizou enquanto ela o dava mais espaço e quando ele estava quase terminado sua trilha ele a viu. Ele viu aquela marca arroxeada no ombro dela, marca originada por um beijo mais urgente a poucas horas que deixava a impressão de que ele havia ido mais longe do que deveria; ele piscou pensando que fora apenas uma confusão, mas ela continuava ali e Lucas se viu congelar ali. Maya o dispensara falando que ele a estava atrapalhando então ele se afastou e permaneceu quieto por todo café da manhã. Ele tentava manter seus olhos fora daquela área, mas ele não conseguia pois ela o atrai como se fosse um imã, aquilo era um lembrete para o dizer que ela não pertencia mais a ele.

Depois daquele dia Lucas se fechara em seu mundo se forçando a não pensar que Josh já a tivera para si e ele pode ver nos olhos dela que ela sabia que ele já sabia, então ela o dera espaço evitando ficar no mesmo lugar que ele por muito tempo. Duas semanas depois disso ele chegara em casa e a encontrar no quarto terminado de se arrumar depois do banho, Lucas prontamente entrou no banheiro e enquanto a água corria por seu corpo ele tomou uma decisão, ele a amaria de uma forma que ela nunca o pudesse esquecer.

Assim que ele deixou o banheiro ele a encontrou sentada em uma cadeira terminando de passar creme em suas pernas, ele a chamou e Maya o olhou esperando o que ele tinha a dizer, mas ao invés de dizer algo Lucas se aproximou e se ajoelhou em sua frente a pegando de surpresa. Maya o olhou confusa e então ele a disse que a amava, que a amava muito a beijando em seguida de uma forma urgente e ele a sentiu derreter em seus braços. Ele a amou aproveitando cada centímetro de seu corpo os memorizando com seus lábios, ele a teve lentamente a fazendo perder a cabeça na dança de seus corpos em perfeita sincronia. Lucas repetia várias vezes que a amava entre caricias para que Maya nunca se esquecesse disso e ao fim ele a tinha para si, em seus braços, sua cabeça descansando em seu peito como antes de tudo aquilo acontecer, mas quando ele quase estava dormindo ele a sentiu deixa-lo sozinho na cama e ele fingiu não ouvir seu choro no banheiro.

Depois daquele dia as coisas começaram a mudar, Maya estavam sempre por lá, não havia mais atrasos, seu celular ficava em algum canto do apartamento ao invés de seu bolso. Ele notava que ela tinha um olhar melancólico as vezes que sua cabeça estava em algum lugar e isso o deixou com medo. Então houve o primeiro atraso em dias e a única coisa que ele pode fazer foi chorar ao notar que já se passava da meia noite e ela não havia aparecido, ele sentiu o colchão se mover o que o fez abrir seus olhos para olhar para o relógio que marcava as três horas da manhã, ele sentiu o braço dela o envolver e ele chorou silencioso ao notar que ela havia adormecido.

E uma semana após aquilo ali estava ele no aniversario deles de cinco anos sozinho naquela mesa percebendo que ele não era mais a escolha dela. Ela havia escolhido seu sonho de criança, Josh. Agora três anos não significam nada, agora eles podiam terminar o jogo longo que eles haviam iniciado quando ela tinha doze anos para ficarem juntos de vez. Ele sabia que ela havia ficado decepcionada quando Josh comunicou sua mudança para a Califórnia, pois isso significava que todos aqueles anos esperando pelos tão esperados dezoito anos e começo da faculdade o momento que ele havia jurado que quando chegasse ele notaria ela como uma mulher não mais como a amiguinha de sua sobrinha foi uma completa perda de tempo. Ele havia a levado a um encontro antes de ir embora Josh a beijara e desde aquele dia eles nunca mais se viram.

Ele ouviu o barulho de chaves na porta e se voltou para ela a vendo abri-la, Maya parou tirando os saltos tentando não fazer muito barulho ao entrar no apartamento, ela tinha um sorriso em seu rosto mostrando que ela tivera uma noite agradável com Josh. Maya fechou a porta e seus olhos se encontraram com os dele sentado sozinho no escuro naquela mesa, ela se aproximou percebendo a arrumação da mesa e seu sorriso morreu, seus olhos pararam no calendário fixado ao seu lado na parede e então ela aparentemente lembrara só agora que aquele era o aniversario deles. Lucas se levantou da mesa e foi em direção aos quartos.

- Lucas!

Disse ela tentando obter sua atenção, mas ele não se voltou para ela. Lucas segurou a maçaneta do quarto que originalmente era para ser dela, pois Shawn não gostava da ideia de sua filha estar dividindo o apartamento com um cara como ele e Shawn gostou muito menos quando soube que os dois já não eram só amigos, o quarto em que ela nunca havia dormido lá.

- Espero que vocês dois tenham se divertido! - Ele disse com um tom magoado em sua voz, então ele se voltou para ela para ter uma última lembrança dela, Maya tinha uma expressão triste em seu rosto, uma lagrima escorreu por seu rosto enquanto o assistia abrir a porta – tenha uma boa noite, Maya!

Lucas trancou a porta e deitou-se naquela cama abraçando suas pernas enquanto olhava para a parede fixamente, não era preciso palavras ele sabia que ela sabia também, ela o havia machucado de uma tal forma que ele nunca pensou que ela poderia um dia fazer. Ele a estava deixando e ele sabia que esse era um de seus piores medos devido ao abandono de seu pai quando ela era criança que dissera que iria buscar leite e só voltou nove anos depois quando ela havia entrado em contato com ele para tentar o perdoar, porém ela não conseguira o perdoar pois nesse nove anos ele nunca tentara entrar em contato com ela e essa falta de interesse a machucou muito, só que dessa vez e ele sabia que ela no fundo apreciava isso pois eles não precisavam daquele discurso idiota do não é você sou eu, agora ela teria seu caminho livre para Josh e a única coisa que restava era que ele ficasse feliz por ela.


Até logo!

Beijos.

Já ia me esquecendo, se você me conhece sabe como essa história vai acabar! Né?