Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens não me pertencem, esta fanfiction é totalmente sem fins lucrativos.
Categoria: Smut/ Romance
Censura: (M) Absolutamente, terminantemente proibido para os menores de 18 anos. Linguagem explícita, mas com classe!
Shipper: Sana
Sinopse: Foram longos e difíceis dias enquanto o grupo liderado por Ana-Lucia Cortez atravessava à ilha rumo ao acampamento dos demais sobreviventes do vôo 815, porém, a atração intensa e mútua entre a líder do grupo e o espevitado e sarcástico Sawyer, travestida de ódio pode tornar a árdua viagem mais interessante.
Nota: Escrevi esta fic a convite de uma amiga, nunca tinha escrito uma fic smut antes, ou seja, com o foco voltado para o erótico, portando foi um desafio interessante para mim e eis o resultado nesta fic de três capítulos.
À todas minhas amigas leitoras que são sanas fanáticas como eu!
Enjoy!
The 3 other days
Capítulo 1- Te quiero!
A
dor no ombro era quase insuportável, mas ele não se
permitiria gritar, não daria esse prazer à ela, aquela
mulher odiosa que há dias arrastava a ele e seus amigos como
se fossem animais pela selva, cutucando-os com vara curta. Não
era permitido a ele, Michael e Jin fazerem qualquer pergunta tinham
apenas que seguir em frente, de cabeça baixa.
Sawyer apertou o ombro ferido com os dedos, tentando conter a dor,
fitou a mulher cruel que caminhava alguns passos à sua frente.
Ela era agressiva e não tinha misericórdia por ninguém,
não hesitara em golpear-lhe mais vezes do que ele se lembrava
quando tentou se impor contra ela: Ana-Lucia. O nome era doce demais
para alguém tão má, deveria se chamar Lucrecia
Bórgia.
- Vamos descansar!- disse ela, com sua voz rouca e
autoritária quando alguns pingos gelados de chuva começaram
a cair.
Ele não era um homem religioso, mas deu
graças a Deus quando o demônio resolveu dar descanso às
pobres almas habitantes do inferno. O ar estava pesado e a chuva logo
engrossaria. Mas Sawyer não se importou, estava mais vivo do
que morto e apenas se jogou no chão lamacento recostando às
costas a uma árvore. Inspirou e expirou e de repente notou que
estava sendo observado por um par de olhos negros, intimidantes e
belos ao mesmo tempo.
- O quê? Agora não se pode mais
nem respirar?- disse ele com petulância.
A
mulher malvada deu um sorriso, um sorriso estranho, mas um sorriso.
Se aproximou dele e inacreditavelmente lhe estendeu um cantil de
água. Sawyer olhou para os lados, todos estavam muito ocupados
para prestar atenção aquele nobre e raro
gesto.
Sedento, Sawyer aceitou a água e a bebeu em grandes
goles. A mulher sentou-se ao seu lado e ele sentiu o cheiro forte que
exalava dela, suor, areia e mulher. Sim, como um espécime
masculino ele era capaz de filtrar instantaneamente o cheiro advindo
das condições deles na selva e alcançar o aroma
feminino que se espalhava ao redor dele a cada vez que ela se
aproximava e Sawyer particularmente, gostava desse cheiro, flores,
erva da floresta, água dos córregos, não era
possível identificar com palavras, ele só sabia que o
cheiro dela era bastante atrativo.
Ana-Lucia poderia
ser arrogante, cruel, mandona, por vezes intragável, mas não
deixava de ser uma fêmea em potencial e ele andava necessitado.
Kate, a garota tão sexy quanto sardenta do organizado
acampamento do Dr. Jack era do tipo que gostava de provocar e fugir.
Sawyer já tinha percebido que Ana-Lucia gostava de bater, mas
será que ela também gostava de assoprar?
Sawyer tomou um último gole e devolveu o cantil para ela,
limpando a boca com as costas das mãos. Ana-Lucia pegou o
cantil das mãos dele e o virou direto na boca sem limpar o
gargalo. Ele teve um pensamento pecaminoso diante daquele pequeno
gesto, sua saliva acabara de se misturar com a dela e ela não
se importara. Se importaria se a boca dele tomasse a dela e ela
provasse direto da fonte?
- Por que está olhando pra mim?-
ela perguntou, se levantando e o fitando com ar zombeteiro. – Viu
algo de interessante?
- Vi.- respondeu ele com um sorriso
debochado. – Você tem um belo bigode.- acrescentou e se
levantou também.
Ana-Lucia não ligou para a
provocação e deu as costas para ele, dizendo para o
grupo:
- Acabou o descanso!
Todo
mundo se levantou e começou a seguir sua líder sem
reclamações. Michael se aproximou
de Sawyer e indagou:
- Você está bem, cara?
Ele apenas assentiu, sem dizer nada. Continuaram a caminhada, por
horas a fio, sem fazer nenhuma parada. Sawyer tentava concentrar seus
pensamentos em um ponto que o fizesse esquecer a dor no ombro e que
assunto melhor para se pensar do que em mulher? Além de
Ana-Lucia havia mais duas mulheres no grupo, Libby e Cindy.
Libby
era loira, alta e magra. Seu rosto alvo impregnado pela sujeira
devido à dias sem tomar um banho decente. Podia dizer que era
atraente, mas talvez ela fosse meiga demais para seus propósitos
e Sawyer gostava de mulheres fortes, que adoravam desafiá-lo.
Cindy, a outra mulher era uma das aeromoças do avião.
Morena, o rosto bem feito, um belo nariz, mas parecia tão
assustada que Sawyer tinha a impressão de que se falasse um
pouco mais alto com ela, sairia correndo.
Ana-Lucia, ao
contrário das outras duas, não tinha nada de meiga, nem
de assustada. Parecia preparada para o que der e vier, apenas
sobrevivendo. Naquele momento ela caminhava bem à frente do
grupo com seu guarda-costas, um homem negro, muito alto e
naturalmente musculoso que se apresentou a ele como Mr. Eko.
Ficou imaginando se Ana-Lucia tinha alguma coisa com o Sr. Eko. Ele
era muito mais alto do que ela, mas ao seu lado parecia um gigante
babão obedecendo às ordens dela. Será que ela o
recompensava por isso? À noite, quando todos se recolhiam para
dormir ela e o Sr. Eko trocavam carícias lascivas atrás
da moita?
Sawyer não gostou de pensar nisso, não
sabia nem por que. Já estavam há quase quatro dias
caminhando pela mata sem destino e todos os dias ele e Ana-Lucia
faziam provocações bobas um com o outro, apesar de não
querer admitir gostava daqueles joguinhos e esperava que as coisas
esquentassem mais entre eles se não morresse antes de infecção
por causa do braço.
Observou hipnotizado
o movimento dos quadris dela enquanto caminhava à frente do
grupo, a calça jeans suja colada ao corpo. Como queria encher
a mão naquele traseiro petulante e lindo. Amaldiçoou-se
em pensamento, há mais ou menos dois dias estava tendo
pensamentos eróticos sobre a mulher que odiava, e detestava a
si mesmo por não conseguir contê-los. Tudo porque tivera
um sonho inspirador com ela depois de ter ido dormir com o maxilar
ardendo por ter levado um soco ao desobedecer suas ordens.
- Filha
da puta!- murmurou baixinho.
Libby, sempre atenciosa, notou que
havia algo de errado com ele e caminhou ao seu lado, solícita:
-
Hey, você está bem? Me parece meio pálido?
-
Eu estou ótimo, melhor não poderia estar!- ele falou
essas palavras mais alto do que pretendia e chamou a atenção
de Ana-Lucia.
Ela se virou para ele e com o olhar cheio de ira,
levou o dedo indicador aos lábios.
- Shiiiii, seu idiota! O
que você está pensando? Eu já disse que temos de
falar baixo por aqui.
- Eu falo com eu quiser!- Sawyer falou ainda
mais alto.
O grupo se entreolhou imaginando que Sawyer era maluco
por desafiá-la daquele jeito, mas de todos ele era o único
que não parecia temê-la.
Ana se aproximou dele como
uma tigresa pronta a rasgar-lhe a carne com as unhas e o teria feito
se Mr. Eko não tivesse se prostrado na frente dele.
- Sai
da minha frente...- sussurrou.
- Não.- respondeu o
intimidante homem, com voz baixa e tranqüila. – Ele não
está bem, se continuar machucando-o vai matá-lo, Ana.
-
Menos um pra eu me preocupar!- respondeu ela, dando as costas ao
amigo gigante e seguindo em frente. – Vamos! Ainda não
estamos seguros!
O grupo a seguiu e Sawyer ficou para trás
com Eko, Michael e Jin. O coreano disse várias coisas a ele, e
Sawyer apenas assentiu, dizendo:
- Estou bem Chewie.
- Não
a desafie assim!- avisou Eko. – Ou então não poderei
mais protegê-lo.
Quando Eko se afastou, Michael comentou
baixinho:
- Cara, eu não sei qual é a dessa mulher!
- Nem eu.- respondeu
Sawyer. Mas no fundo ele gostaria de descobrir. Continuaram andando e
Sawyer recordou-se que em seu sonho, quando ele a tocava ela se
transformava de tigresa em cordeirinho sucumbindo a todas as suas
vontades. Mas lógico que aquele era um sonho tolo, uma coisa
que jamais aconteceria.
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Após mais
meia hora de torturante caminhada, Sawyer estava a ponto de desmaiar
quando viu uma luz no fim do túnel. Uma velha casa de madeira
onde Ana-Lucia resolveu buscar abrigo para o seu grupo.
Quando
entraram, ele se escorou na parede e acabou desabando no chão,
não estava agüentando mais. Ficou ouvindo vozes ao seu
redor, mas mal entendiam o que diziam. Sentiu um carinho agradável
em seu cabelo e relaxou, deixando que o cansaço o levasse para
bem longe daquele pesadelo.
- Ele desmaiou, Ana.- disse Bernard,
muito preocupado ao lado do corpo inerte de Sawyer.
- E o que
vocês querem que eu faça?- resmungou Ana-Lucia. –
Joguem um balde de água fria nele e pronto.
Ela saiu
caminhando a passos duros e Mr. Eko disse a ela.
- Vou procurar na
floresta uma planta para fazer um chá calmante para ele,
ajudará a diminuir a dor e lhe dará algum ânimo e
conforto.
- Por mim!- respondeu ela, ríspida. – Tudo o
que eu queria mesmo era tomar um banho.
- Tem um quarto separado
na casa, acabei de verificar.- disse Mr. Eko. – Posso carregar água
do córrego e arranjar pétalas de rosa para o seu banho,
vai se sentir melhor.
- Não precisa fazer isso.- respondeu
ela.
- Mas eu o farei.- afirmou ele.
Quando Eko saiu, Ana-Lucia
fitou Sawyer desmaiado no chão, Libby lhe acariciava os
cabelos tentando reanimá-lo. Observou o semblante desamparado
do homem, mesmo sujo e desgrenhado ele era lindo, com um corpo
musculoso e atraente. O sorriso cínico era de tirar o fôlego.
Ana não se lembrava de quando tinha visto um homem tão
atraente assim.
Era óbvio que
não queria que ele morresse, assim como não quis que
nenhuma das pessoas que ela sentia serem sua responsabilidade naquela
ilha tivessem morrido, mas não podia se mostrar fraca, e sua
forte atração por aquele homem era um claro sinal de
fraqueza, não podia se desviar de seu objetivo, absolutamente,
por mais que o sotaque carregado, os modos bruscos, os lábios
tentadores e o volume atraente nas calças costumassem deixar
sua calcinha molhada se fixasse seu olhar nele por muito tempo.
Por
isso se contentava em flertar, jogar com ele, era tudo. Estavam
sobrevivendo e ela não podia perder tempo com
tolices.
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- Há quanto tempo estive
desacordado?- indagou Sawyer quando acordou, a cabeça
latejando e o estômago roncando de fome.
- Umas duas horas.-
respondeu Michael que comia um pedaço de manga ao seu lado.
-
Meu ombro já não está mais doendo.- comentou.
-
Parece que o Sr. Eko arranjou um remédio pra você e a
Libby te fez tomar, não se lembra?
Ele balançou a
cabeça negativamente.
- Quer comer?
Sawyer aceitou o
pedaço de manga das mãos de Michael e pôs-se a
comer avidamente. Depois levantou-se com cuidado.
- Aonde você
vai?- indagou Michael.
- Preciso tirar água do joelho,
cara.
Ele passou por Mr. Eko e Bernard à porta da cabana
onde estavam e o gigante lançou um olhar a ele.
- Eu só
vou dar uma mijada lá fora, cara!- respondeu sem rodeios e Eko
não impediu de sair.
Uma vez fora da cabana respirou o ar
puro da noite e sentiu-se muito melhor. Não sabia que remédio
tinham lhe dado, mas o fato é que fizera muito efeito. Foi até
a árvore mais próxima e aliviou-se. No entanto, quando
já estava voltando para a cabana, ouviu um barulho em uma
cabana bem menor, ao lado da que estavam.
Estava escuro, mas uma
nesga de luz parecia brotar lá de dentro. Aproximou-se devagar
e ouviu uma voz rouca e melodiosa cantarolando uma canção
em um idioma que ele não entendia, mas que reconhecia como
espanhol.
Chegou bem perto da
porta da pequena cabana e notou que estava entreaberta. Sentiu um
aroma de rosas vindo de lá de dentro e ficou muito curioso,
resolveu espiar discretamente.
Viu Ana-Lucia, sozinha dentro da
cabana, com uma tina improvisada à sua frente, cheia de água.
Em cima de um banquinho de madeira havia uma lamparina construída
por Mr. Eko com tecido e álcool dentro de um recipiente, a luz
que ele vira do lado de fora.
Ela cantava e massageava os próprios
pés, de olhos fechados, desfrutando daquele momento. Ela
sorria com o prazer provocado pelas próprias mãos em
seus pés e Sawyer se sentiu compelido a observá-la.
Depois
de alguns segundos massageando os pés ela começou a
subir a camiseta vagarosamente e o coração de Sawyer de
um pulo. Ela estava se preparando para tomar banho e Sawyer estava
confortavelmente na platéia.
Sorriu empolgado e ansiou para
que ela tirasse logo a camiseta preta e revelasse os seios por baixo
do tecido. Sawyer acompanhava atentamente os movimentos dela
despindo-se, cada pedacinho de pele revelada. Viu uma barriga reta,
uma cintura fina e um umbigo pequenino e fundo. Lambeu os lábios
imaginando sua língua enfiando-se ali.
Ana subiu mais a
blusa e Sawyer sentiu a primeira pontada na virilha. Os seios se
desnudaram à sua frente. Eram maiores do que aparentavam,
firmes e cheios, os mamilos eram grandes e escuros, contrastando com
a pele morena dela, dois apetitosos bicos cor de chocolate.
Ela
deixou a blusa de lado e pôs-se a deslizar a calça jeans
para baixo. O que revelou-se a seguir foram coxas grossas, pernas
malhadas de atleta, provavelmente ela tinha o hábito de fazer
longas corridas. O bumbum era empinado e carnudo, a calcinha branca
que vestia era minúscula e perdia-se nas reentrâncias de
seu traseiro, quase não deixando nenhum tecido de fora.
Sawyer queria
assobiar. Sem fazer a menor idéia de que estava sendo
observada, Ana-Lucia abaixou-se e lhe deu um ângulo de visão
de tirar o fôlego. Ela pegou algumas pétalas de rosa e
começou a passar pelos seios, contornando os cálidos
mamilos. Eles se tornaram mais túmidos e ela começou a
brincar com eles, esfregando as pétalas de rosa.
Ele mordeu
os lábios e sentiu que estava duro, tão duro que não
tinha como se mexer do lugar, mas conteve a vontade de abrir a calça
e colocar seu amigo para fora para participar da festa.
Ana-Lucia
agarrou os próprios seios e derramou água sobre eles,
regozijando-se com o líquido reconfortante sobre sua pele.
Suspendeu os cachos negros acima da nuca e os prendeu com os próprios
fios, ocupando-se em seguida de lavar as pernas com as pétalas
de rosa.
Sawyer queria ser aquelas pétalas naquele momento,
se esfregando no corpo dela e liberando perfume. Quando ela passou as
pétalas pelo umbigo e deixou escapar um pequeno gemido, o
corpo dele formigou e exigiu satisfação imediata.
A
mão dele foi automática para o cós da própria
calça, porém mais uma vez ele se conteve, não
estavam em vantagem ali, se Ana-Lucia ao menos sonhasse que ele a
estava observando, ele, Jin e Michael seriam mortos ou jogados aos
ursos polares. Ou então, o guarda-costas grandalhão
dela os aniquilaria com um único soco. Portanto, teria que se
contentar em apenas observar.
Ela terminou de lavar as pernas e
para a alegria de Sawyer, tirou a calcinha. O olhar dele se
concentrou no ninho de pêlos escuros que cobria sua parte mais
íntima e mais uma vez seu pênis protestou, insistindo
ser convidado para participar daquele banho sexy.
Ana-Lucia encheu
uma casca de coco raspada com água e derramou sobre o corpo, a
partir do pescoço, jogando a cabeça para trás.
Sawyer ficou observando as gotas de água tremeluzindo pelo
corpo moreno, rodeando o umbigo e caindo lá dentro.
Estava ficando
quente ali e ele não sabia quanto tempo mais poderia agüentar
assistir aquela apresentação de luxúria como um
expectador passivo. Ela colocou a casca de coco de lado, olhou para
os lados claramente como se temesse que a alguém a estivesse
observando e sua mão deslizou para os pêlos entre as
pernas, cobertos por gotículas de água.
Sawyer não
agüentou e desceu o próprio zíper da calça,
acalentando seu melhor amigo com uma das mãos. Se conteve para
não gemer quando a viu acariciando lentamente a vagina e
deixando escapar um dedo pela fenda úmida. Um suspiro escapou
dos lábios dela e Ana mordeu os lábios antes de
dizer:
- Oh Sawyer, como te quiero...como te quiero...- os dedos
esfregando freneticamente, procurando o botão inchado de
excitação entre os lábios de seu sexo.
Se
sofresse do coração, Sawyer teria tido um ataque
cardíaco naquele momento. Teria sido um sonho ou a mulher que
mais odiava estava nua na sua frente, se tocando e gemendo que o
desejava. Sawyer não era um profundo conhecedor da língua
hispânica, mas a situação estava clara à
sua frente: Ana-Lucia o desejava, o que ele faria sobre
isso?
Continua...
