Deitei-me na cama, e fitei o tecto escuro. Uma música instrumental dos Linkin Park soava da aparelhagem, na mesinha de cabeceira, e quando, inconscientemente, coloquei a voz de anjo do meu melhor amigo naquele som, as lágrimas começaram a correr pelo meu rosto.

Se alguma vez houvera alguém na minha lista "Pessoas Por Quem Nunca Me Irei Apaixonar", esse alguém era Jasper Cullen Hale, o meu melhor amigo. Para mim, Jazz era alguém que me conhecia como a palma da sua mão, alguém que me apoiava. Desde que nos aproximámos, que eu desejava acima de tudo ouvir o seu riso, que para mim era comparável ao som da voz mais doce, do instrumento mais afinado que podia existir. Se Jasper estivesse feliz, eu estava feliz. Ele nunca me magoava, fazia sempre tudo com um cuidado excessivo, como se eu fosse um bebé e ele o meu pai, com um medo absurdo de fazer algo que me pudesse afastar dele.

Não sei quando me apercebi que estava apaixonada por Jasper. Talvez uns dias depois de Maria ter acabado o relacionamento com ele. Talvez tenha sido nessa altura que o meu coração começou a bater mais forte pelo meu melhor amigo.

Eu sonho. Sonho com o dia em que poderei gritar ao mundo que adoro Jasper, de uma maneira "não fraternal". Porém, sei que isso são apenas sonhos. Jasper Hale será sempre apenas o meu melhor amigo, e eu, Isabella Swan, serei para sempre a tola que se apaixonou pelo melhor amigo.